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Terapia Pulpar Introdução História da dor Sinais e sintomas clínicos (abcessos, fístulas = necrose) Interpretação radiográfica Testes pulpares (não é utilizado devido a subjetividade e indução de mais dor) Condição física do paciente e do dente (observar o quanto tem de remanescente radicular e de coroa) * Pode acontecer de o dente ter raiz, mas a coroa não tem possibilidade de ser reabilitada. Verificar o comprometimento sistêmico Mobilidade excessiva Alteração de cor Objetivo Manter a integridade dos dentes e dos tecidos de suporte. Manter o espaço, estética, mastigação, fonação. Manter o dente na boca o máximo possível até o tempo de esfoliação.. Diagnóstico Anatomia dente decíduo Canais atreasiados Assoalho fino (perfuração) Menor que o dente permanente Menos mineralizado que o dente permanente Camada de esmalte e dentina mais fino Câmara pulpar maior, corno pulpar acentuado (processo carioso acomete a câmara pulpar de forma mais rápida) Ponta raiz finaliza em bisel Raiz delgada Exame clínico Pode demonstrar impossibilidade de realizar o procedimento Deve-se apenas proservar de forma clínica e radiográfica. É uma hemorragia no dente. Pode não acontecer imediatamente. O permanente não vem escuro, mas se no trauma o decíduo tiver atingido o germe do permanente, pode causar uma mancha, geralmente branca no dente permanente. Tratamento para escurecimento intenso: em dente decíduo, pode ser feito uma faceta. ODONTOPEDIATRIA Exame radiográfico Observar lesões de cárie e restaurações Espessamento do ligamento periodontal Áreas de radiolucidez Calcificação pulpar (não é feito pulpectomia) Reabsorção patológica (não é feito pulpectomia) Considerações para realizar tratamento ↬ Condição física do paciente ↬ Grau de colaboração do paciente ↬ Possibilidade de isolar o dente ↬ Possibilidade de restaurar o dente ↬ Estágio de reabsorção radicular ↬ Estágio de desenvolvimento do permanente (estrutura de raiz e estágio de formação de permanente). Terapia Pulpar Vital Remoção de dentina infectada, mantêm dentina afetada Tratamento definitivo das lesões usando apenas materiais manuais Sem anestesia, sem isolamento absoluto Remoção de apenas dentina infectada Não utiliza instrumento rotatório, apenas colher de dentina Selamento da cavidade com CIV com alta viscosidade (definitivo) Terapia pulpar indireta Realização de tratamento restaurador atraumático (ART) ART modificado: uso de broca de baixa rotação em parede circundante, uso de sugador e refletor. Indicação Dentes decíduos e permanentes Cavidades rasas e médias Cavidades com cavitação no esmalte Cavidades sem sintomatologia dolorosa e espontânea Quase não é mais utilizada na odontopediatria Remoção de parte tecido cariado (dentina infectada) na primeira sessão, e na segunda sessão é removido o resto de tecido (dentina afetada) e feito as restaurações. Uso de ionômero de vidro (mais recomendado), mas existe a possibilidade de usar hidróxido de cálcio Realização de procedimento restaurador e proservação clínica e radiográfica. Tratamento com sessão única Dentes sem história de dor Pequena exposição (acidental) * não é feito, por exemplo, quando a criança já chegou com exposição, mas sim, quando, por exemplo, estava removendo o tecido cariado, e houve exposição de sangue Pequeno sangramento Crianças menores (máximo 4 anos - possibilidade de sucesso, maior que 4 anos, possibilidade de insucesso menor) Pouco utilizado na clínica infantil Criança já estava com exposição Só é recomendada para dentes com vitalidade Escavação gradativa Dentina infectada Invasão bacteriana Extensa desmineralização Degradação de fibras colágenas Dentina afetada Parcialmente desmineralizada Fibras colágenas sadias Deve ser preservada Capeamento pulpar indireto ! Em casos de cavidades grandes, é colocado CIV + resina. ! Cárie oculta: abrir o mínimo possível e restaurar. Conduta atual Remoção seletiva de cárie. Remoção apenas da dentina infectada. Terapia pulpar direta Conduta: Pó + cimento de hidróxido de cálcio Acompanhamento 1-3-6 Pulpotomia Remoção de tecido pulpar da câmara pulpar -> inserção do material obturador Exposição pulpar acidental Pequenas exposições pulpares por cárie Ausência de lesão apical Ausência de fístula Tecido consistente Sangramento vermelho vivo Dente com dor espontânea que não cessa com medicação Dente com mobilidade, fístula ou mais 2:3 de raiz reabsorvido (dente com essa reabsorção não é feito nem pulpectomia) Dente com coroa muito destruído Radiografia periapical Limpar o dente com clorexidina 0,12% Anestesia Isolamento absoluto Abertura coronária com broca de alta esférica Remoção do tecido cariado com cureta e broca esférica de baixa rotação com n° compatível com a cavidade Remoção do teto da câmara pulpar Remoção da polpa coronária com curetas de dentina Irrigação com soro e seringa Aspiração com sugador endodôntico Secagem com bolinhas de algodão estéril Colocação de cimento obturador (ZOE, hidróxido de cálcio, MTA, pata calen) Restauração na mesma sessão (ionômero + resina) Proservação * Guta percha não é utilizada porque há a reabsorção da raiz. Indicação Contraindicação Técnica 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Irrigação Deve ter maior penetração dos canais (não pode ser inerte) Deve ter agente quelante (EDTA - pulpectomia) Pulpotomia: soro Pulpectomia: soro + hipoclorito 1% (não tem problema usar 2,5%), clorexidina 2% Materiais empregados Padrão ouro para pulpotomia (MTA), bolinha de algodão com hemostop. Passo a passo Pulpotomia: 1. Remoção da polpa da câmara pulpar 2. Irrigação com soro fisiológico 3. Aplicar o hemostop em bolinha de algodão por 5min * pode tentar 2x o uso de hemostop, caso não pare de sangrar na primeira vez, pode colocar mais 5min 4. Remover o hemostop e observar se ocorreu fixação tecidual 5. Colocar cimento de obturação definitiva Formocresol: não é mais recomendado devido ao seu alto grau de toxicidade. Características bactericidas, ação antisséptica Materiais Obturadores Agregado trióxido mineral - MTA Vantagem: não necessita de um campo totalmente seco Ótimo selador endodôntico Possui potencial de induzir os odontoblastos a produzir e formar barreira dentinária Manipulação: mistura-se o pó com o líquido da embalagem (água destilada), 1:1 Óxido de zinco Ação antisséptica, secativa e anti inflamatória Não apresenta efeitos tóxicos ou adversos conhecidos Promove degradação do colágeno nos tecidos necróticos Efeito positivo na cicatrização Possui uma diferente taxa de reabsorção do dente, ou seja, o dente reabsorve e o material permanece. Hidróxido de cálcio Cimento biocompatível Custo acessível Não causa alteração de cor Induz a formação dentinária Propriedades anti bacterianas Regeneração pulpar Reduz processo inflamatório Processo de mineralização É manipulado o pó + soro fisiológico Terapia Pulpar Não Vital Anestesia Isolamento absoluto Remoção do tecido cariado Realização de odontometria (recuo de 1 mm) Realização de acesso endodôntico (pontas esféricas diamantadas Limpeza da câmara pulpar com curetas de dentina Irrigação Preparar a entrada do canal com brocas Gates 1 e 2 Pulpectomia Tratamento que realiza a remoção de toda a polpa coronária e radicular Instrumentação dos canais radiculares Uso do EDTA para remoção de smear layer Obturação com pastas reabsorvíveis Indicações Pulpite intensa Inflamação crônica irreversível Necrose e/ou exsudato nos canais radiculares Dentes com hemorragias intensas Dentes com fístulas e abcesso Deve haver integridade da cripta óssea Deve-se conseguir fazer a restauração posteriormente Contra indicação Mais de 1/3 de raiz reabsorvida. Grande perda radicular por reabsorção patológica Grande destruição coronária impedindo o isolamentoe restauração do dente. Perfuração do assoalho da câmara pulpar Lesões periapicais ou interradiculares extensas (envolvendo a cripta do sucessor permanente) Falta de colaboração do paciente Saúde geral do paciente ! Reabsorção radicular do dente decíduo é irregular ! Na instrumentação sempre recuar 1 mm ! Cuidado com a proximidade com o germe do permanente A pulpectomia pode ser classificada: Biopulpectomia Necropulpectomia ! Os pontos de eleição para o acesso é semelhante ao dente permanente Técnica 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Instrumentação (manual ou mecânica) 10. Manual iniciar com lima tipo Kerr compatível com o tamanho do canal, seguida de mais duas limas (utiliza-se três limas) 11. Obturação (OZE ou Pasta Guedes) 12. Radiografia para avaliar se a obturação foi adequada ! Curativo de demora: óxido de zinco e eugenol, por ser mais fácil de remover. ! É preferível fazer em sessão única ! Necropulpectomia: utiliza hipoclorito Instrumentação mecânica ODT = CRT - 2 mm Lima que travou + 2 limas: 3 limas em sequência Cada troca de lima: hipoclorito de sódio a 0,5% Secar -> cone de papel absorvente Acompanhamento Trimestral Resolução dos sinais e sintomas clínicos Quando considerar a exodontia: O processo infeccioso não puder ser paralisado pelos tratamentos de terapia pulpar Impossibilidade de restauração
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