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FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS SOLUÇÕES AULA # 1 PROF. DR. RODRIGO MOLINA MARTINS SOLUÇÕES São preparações líquidas homogêneas que contêm uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em solvente adequado ou em uma mistura de solventes mutuamente miscíveis. Além do fármaco, nas soluções estão presentes outros solutos como corantes, aromatizantes, edulcorantes, conservantes e estabilizantes. SOLUÇÕES Solvente Maior quantidade fase dispersante Soluto Menor quantidade fase dispersa Em soluções a fase dispersa é chamada de soluto e a fase dispersante de solvente. As soluções são preparadas através de dissolução de um soluto em um solvente, podendo ser: 1. Gás em líquido; 2. Líquido em líquido; 3. Sólido em líquido. 1 2 3 SOLUÇÕES Água sempre é considerada como “solvente universal” Exemplos: vinagre Álcool 70 cerveja Devido à sua capacidade de dissolver um grande número de substâncias. SOLUÇÕESSolubilidade É a propriedade que as substâncias (solutos) têm de se dissolverem espontaneamente numa outra substância denominada de solvente. Solvente é um componente cujo estado físico se preserva, quando a mistura é preparada ou quando está presente em maior quantidade; Solutos são os demais componentes da mistura. Soluto solvente SOLUÇÃO Mistura homogênea https://www.youtube.com/watch?v=JAWiJKhmbQc SOLUÇÕES Solubilidade Misturas homogêneas são aquelas em que não se distinguem os diferentes componentes, ou seja, apenas uma fase pode ser identificada. permanganato de potássio Água solução SOLUÇÕESSolubilidade A solubilidade de um fármaco num dado solvente pode ser avaliada por meio da preparação de uma solução saturada a uma temperatura específica e estabelecendo, por metodologia analítica, a quantidade dissolvida em determinada quantidade de solução (g de soluto / mL de solvente). Quando a solubilidade exata não for estabelecida expressões de solubilidade relativa podem ser utilizadas. SOLUÇÕES Solubilidade Então, com relação a um dado solvente, as substâncias podem ser classificadas como: Insolúveis: solubilidade menor do que 0,01 mol L-1, parcialmente solúveis: solubilidade entre 0,01 e 0,1 mol L-1; Solúveis: maior do que 0,1 mol L-1. A solubilidade em água é geralmente apresentada em termos de massa de soluto por 100 g de água (relação massa/massa). solução solúvel solúvel moderadamente solúvel insolúvel SOLUÇÕES Por exemplo, a 20°C, a quantidade máxima de Cloreto de ferro que se dissolve em 100 gramas de água é 64 g. Logo, dizemos que a solubilidade do FeCl2 é: 64 g FeCl2/100 mL de água a 20°C. SOLUÇÕES Classificação das soluções Levando em consideração a proporção entre soluto e solvente, as soluções podem ser classificadas em: Soluções insaturadas; Soluções saturadas; Soluções supersaturadas. coeficiente de solubilidade do NaCl é: 64 g FeCl2/100 mL de água a 20°C Soluções diluídas Soluções concentradas diluída concentrada Soluções insaturadas saturada supersaturada SOLUÇÕES Solubilidade: influência da temperatura A influência da temperatura na solubilidade é explicada pelo Princípio de Le Chatelier. “Quando se aplica uma força em um sistema em equilíbrio, ele tende a se reajustar no sentido de diminuir os efeitos dessa força”. Quando a dissolução é um fenómeno endotérmico, a solubilidade aumenta com a temperatura. Solução saturada Com corpo de fundo SOLUÇÕES Solubilidade: influência da temperatura A influência da temperatura na solubilidade é explicada pelo Princípio de Le Chatelier. “Quando se aplica uma força em um sistema em equilíbrio, ele tende a se reajustar no sentido de diminuir os efeitos dessa força”. Quando a dissolução é um fenómeno exotérmico, a solubilidade diminui com a temperatura. Solução saturada Com corpo de fundo SOLUÇÕES Solubilidade: influência da temperatura Curvas de solubilidade SOLUÇÕES Outros fatores que afetam a solubilidade Propriedades físico-químicas tanto do soluto quanto do solvente; pressão; pH da solução; Estado de subdivisão do soluto; Substâncias aditivas; Viscosidade da solução; Agitação aplicada à solução na dissolução; solubilidade (constante, g/mL) dissolução (velocidade [concentração de fármaco ]/unidade de tempo). SOLUÇÕESPROCESSO DE DISSOLUÇÃO Com relação ao valor de solubilidade, quando é alto a dissolução é obtida facilmente. Assim sendo, do ponto de vista farmacotécnico, estas preparações são as mais simples. Entretanto, para situações em que o fármaco apresenta baixa solubilidade, o conhecimento das técnicas de dissolução é fundamental. TÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO SOLUÇÕESTÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO Agitação mecânica: A convecção é a técnica de dispersão mais empregada. Embora seja a mais segura do ponto de vista da estabilidade, pode causar aeração e viabilizar a oxidação. SOLUÇÕESTÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO Aquecimento: A dispersão das moléculas e, consequentemente, a coeficiente de solubilidade, em geral, aumenta significantemente com a temperatura. Porém, a dissolução com aquecimento é contraindicada para fármacos termo instáveis ou voláteis. Óleos essenciais SOLUÇÕESTÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO Diminuição das partículas dos solutos Quanto menor o tamanho da partícula, mais rápido será a sua dissolução. SOLUÇÕESTÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO Uso de co-solvente Quando se utiliza pequena quantidade de um solvente inócuo e miscível com o veículo de escolha para dissolução prévia do soluto, dá- se a este solvente o nome de co - solvente. Igualmente, o soluto deverá apresentar alguma afinidade com o sistema solvente e não precipitar após a incorporação da solução previamente obtida no veículo. SOLUÇÕESTÉCNICAS DE DISSOLUÇÃO Ajuste de pH No caso de fármacos ácidos ou básicos, o ajuste de pH pode determinar ionização e, consequentemente, a hidrossolubilidade. As implicações da alteração de pH devem considerar ainda estabilidade ótima, biocompatibilidade e Biodisponibilidade. Na maioria das vezes, as soluções farmacêuticas não são saturadas com soluto, e, portanto, a quantidade de soluto que deve ser dissolvida geralmente está bem abaixo da capacidade do volume do solvente empregado. SOLUÇÕESVEÍCULOS Água Purificada; Etanol; Glicerina; Propilenoglicol; Álcool isopropílico. SOLUÇÕESVEÍCULOS Água Purificada 1. Água Deionizada Obtidas em aparelhos denominados deionizadores. Consiste na passagem de água por colunas trocadoras de íons, constituídas por resinas sintéticas não hidrossolúveis. Esta água pode ser utilizada em qualquer preparação que se exija água destilada. SOLUÇÕESVEÍCULOS 2. Água destilada Obtida em aparelhos denominados destiladores. A água destilada não deve ser utilizada após 24 horas de obtenção; Deve responder negativamente a alguns testes tais como presença de cloro, sulfatos, metais pesados; Deve responder negativamente a testes microbiológicos para coliformes e pseudômonas; Os aparelhos devem sofrer manutenção periódica preventiva. SOLUÇÕESVEÍCULOS 3. Osmose Reversa Uma corrente pressurizada de água passa paralelamente à face interna de um núcleo constituído por uma membrana filtrante. Uma parte da água permeia a membrana como filtrado. Este processo permite a utilização de água ultra pura retendo até bactérias e vírus. SOLUÇÕESVEÍCULOS ETANOL É empregado como o principal solvente para muitos compostos orgânicos. Forma com a água compostos hidro-alcoólicos que dissolvem substâncias solúveis Existem preocupações quanto aos seus efeitos tóxicos, quando de sua ingestão de medicamentos, principalmente em crianças. SOLUÇÕESVEÍCULOS GLICERINA • A glicerina é um líquido viscoso, transparente e doce. • É miscível em água e álcool. • Como solvente, é comparável ao álcool, mas, devido a sua viscosidade, o processo de dissolução dos solutos é lento; • A glicerina tem propriedades conservantes; • muitas vezes usada como estabilizante • solventes auxiliar em misturas com álcool e água. SOLUÇÕESVEÍCULOSPROPILENOGLICOL É um líquido viscoso miscível em água e álcool; Trata-se de um solvente útil que tem muitas aplicações frequentemente é usado em lugar da glicerina nas modernas fórmulas farmacêuticas. SOLUÇÕESVEÍCULOS ÁLCOOL ISOPROPÍLICO Consiste em 70 % de álcool isopropílico, o restante é água; Usado como rubefaciante, em produtos de aplicação de fármacos tópicos para pele; Na concentração de 91 % como agente desinfectantes de agulhas e seringas usadas por pacientes diabéticos. SOLUÇÕES Quanto ao seu uso específico, podem ser: Quanto a composição: Xaropes; ELIXIRES; TINTURAS; ÁGUAS AROMÁTICAS; ESPÍRITOS; ÁCIDOS DILUÍDOS. Soluções diversas otológica; nasal; parenteral. oral; tópica; oftálmica; CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES FARMACÊUTICAS SOLUÇÕES Quanto ao uso: soluções orais Formas farmacêuticas líquidas límpidas e homogêneas, que contém um ou mais princípios ativos dissolvidos em um solvente adequado ou numa mistura de solventes miscíveis. São misturas homogêneas de duas ou mais substâncias, resultando em um produto final com uma única fase. SOLUÇÕES Quanto ao uso: soluções nasais - Errinos Formas farmacêuticas líquidas, isotônicas, estéreis com faixa de pH restrita. São destinadas ao tratamento local ou sistêmico. pH ideal é entre pH 6,5 a 8,3; As soluções nasais são destinadas ao tratamento de doenças do nariz ou das vias respiratórias; Seu emprego deve se limitar aos casos de absoluta necessidade, pois seu uso abusivo e prolongado pode eliminar os benefícios de sua utilização; As gotas nasais devem ser pingadas na cavidade nasal sem introdução do conta- gotas no nariz. SOLUÇÕES Quanto ao uso: soluções otológicas Formas farmacêuticas líquidas isotônicas viscosas com pH entre 5 a 7,8. Acondicionados em frasco conta-gotas. Administração no Ouvido externo Usos: Remoção do cerúmen, Infecções e Inflamações; Frasco deve ser previamente aquecido entre as mãos; Após instilação, deve-se permitir que as gotas penetrem profundamente, segurando o lóbulo da orelha para cima e para trás. SOLUÇÕES Quanto ao uso: soluções tópicas São preparações que devem ser administradas sobre a superfície da pele ou do couro cabeludo. SOLUÇÕES Quanto ao uso: soluções injetáveis As soluções injetáveis são destinadas a ser administradas pela via parenteral (injeções). São utilizadas quando se quer uma resposta rápida, quando a substância ativa é inativada por outra via de administração ou quando o medicamento causa repugnância ao paciente; Sua utilização requer cuidados de higiene e assepsia rigorosa para evitar problemas de contaminação do produto e infecções graves ao paciente; Por esta razão devem ser administradas ao paciente por um profissional habilitado. SOLUÇÕES Quanto ao uso: colírios São formas farmacêuticas líquidas estéreis para administração nos olhos. Utilizados para lubrificação ocular, descongestionantes, alergias, infecções, inflamações ou controle de algumas doenças como glaucoma. Acondicionados em frasco conta-gotas; Volume de 1 gota é suficiente para cobrir o olho; Produção de lágrimas dificulta a absorção do princípio ativo; Se tiver que aplicar mais de 1 colírio dar um intervalo de 5 min entre os colírios; Para uso nos Olhos e Pálpebras. SOLUÇÕES Quanto a composição: Xaropes São preparações farmacêuticas aquosas e límpidas que contêm um açúcar, como a sacarose em concentrações próxima da saturação, formando uma solução hipertônica. Podem conter flavorizantes/aromatizantes (morango, framboesa). Características: • Consistência própria; • Assegura a sua conservação; • Mascara as características organolépticas desagradáveis; SOLUÇÕES Quanto a composição: Xaropes Tipos de Xarope: Xaropes Simples: aqueles que apresentam em sua constituição apenas açúcar e água. São veículos para substâncias medicamentosas. Constituído de 2/3 de açúcar e 1/3 de água (85% m/v). São autoconservantes, no entanto, se diluído torna-se susceptível a contaminação microbiana; Soluções saturadas podem sofrer cristalizações. SOLUÇÕES Quanto a composição: Xaropes Tipos de Xarope: Xaropes medicamentosos: são os que contêm já algum fármaco incluído. Preparação: Pode ser a frio ou a quente. A Frio: Evita o processo de caramelização. Porém aumenta o tempo de produção; A quente: Processo mais rápido, porém deve-se tomar cuidados para evitar a cristalização. SOLUÇÕES Quanto a composição: Xaropes Vantagens Possibilidade de correção de sabor (efeito edulcorante ); Boa conservação (formulação auto-conservante ); Desvantagens Restrição de uso em diabéticos. SOLUÇÕES Quanto a composição: Edulitos São formas farmacêuticas para uso oral edulcorada isenta de sacarose; Também conhecido como “Xarope sem Açúcar ou Xarope para Diabéticos”. São utilizados para substituir xarope clássico na forma de veículo; Sua formulação é composta de veículos aquosos, ou a base de sorbitol 70 e até mesmo mistura de glicerina e água; Pode ser encontrado também na forma de dispersão coloidal de uso interno edulcorada. SOLUÇÕES Quanto a composição: Elixires São soluções alcóolicas medicamentosas edulcoradas com sacarina ou glicóis; Apresentam-se claras, edulcoradas e flavorizadas. Vantagens: Adequado para fármacos insolúveis em água, mas solúveis em misturas hidroalcoólicas. Elixires acima de 10 % de etanol se autoconservam. Desvantagens: Menos doce e menos viscoso que os xaropes Menos efetivo no mascaramento do sabor; Alta graduação alcóolica. SOLUÇÕES Quanto a composição: Elixires Tipos de elixires: Alto teor de etanol: 75 a 78% de etanol; Baixo teor de etanol: 8 a 10% de etanol; OBS: Elixires que contenham acima de 10% são considerados auto conservantes. Estocagem e preservação: Devem ser armazenados em recipientes âmbar para proteger contra a ação daluz; Estocar em locais com temperaturas abaixo de 40◦C. SOLUÇÕES Quanto a composição: Tinturas São soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas preparadas a partir de matérias-primas vegetais ou de substâncias químicas; Variam: método de preparação; concentração do componente ativo; teor alcoólico (15 – 80%); uso medicinal. Estocagem e preservação: Devem ser armazenados em recipientes resistentes a luz e não devem ser expostas a temperaturas excessivas; Estocar em locais protegidos da luz. SOLUÇÕES Quanto a composição: Espíritos e Águas aromáticas Espíritos: são soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas que contem substâncias voláteis. São soluções de substâncias aromáticas, quando o solvente for alcoólico. • Geralmente a quantidade de etanol é 60%; • Quando misturados com água os compostos voláteis se separam e forma-se uma solução leitosa; Água Aromáticas: são soluções de substâncias aromáticas, quando o solvente for água. SOLUÇÕES Quanto a composição: Espíritos e Águas aromáticas Espíritos: são soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas que contem substâncias voláteis. São soluções de substâncias aromáticas, quando o solvente for alcoólico. • Geralmente a quantidade de etanol é 60%; • Quando misturados com água os compostos voláteis se separam e forma-se uma solução leitosa; Água Aromáticas: são soluções de substâncias aromáticas, quando o solvente for água. SOLUÇÕES Métodos de extração para preparação de soluções Determinadas preparações farmacêuticas são obtidas por extração. Processo de Extração: Remoção de constituintes desejáveis de matérias-primas brutas por meio da ação de solventes, nos quais estes são solúveis. O produto obtido do processo de extração é chamado de extrato. Produtos da extração - Extratos: Tinturas; Extratos fluídos; Soluções extrativas; Os solventes extratores são selecionados de acordo com a sua capacidade de dissolver o máximo de compostos desejáveis e a mínima capacidade de substâncias indesejáveis. SOLUÇÕES Métodos de extração para preparação de soluções Na extração de substâncias de drogas vegetais o solvente ou mistura de solventes é denominada menstruum,e o resíduo da planta, que é esgotado é chamado de marco. Solventes mais utilizados: Água; Etanol; Diferentes combinações entre água e etanol; Glicerina (co-solvente); Em casos especiais: solventes orgânicos: Éter, clorofórmio, acetato de etila, etç; Ácido acético SOLUÇÕES Métodos de extração para preparação de soluções Métodos de extração Os principais métodos de extração são a maceração e a percolação. Maceração Recipiente fechado, Temperatura ambiente; Durante um período prolongado (horas ou dias); Sob agitação ocasional; Sem renovação do líquido extrator; Processo estático. Desvantagens: O processo é lento não sendo possível o esgotamento da droga (saturação do líquido extrator). SOLUÇÕES Métodos de extração para preparação de soluções Maceração Diversas variações conhecidas desta operação objetivam, essencialmente, o aumento da eficiência de extração, entre elas: Maceração dinâmica: maceração feita sob agitação mecânica constante; Remaceração: quando a operação é repetida utilizando o mesmo material vegetal, renovando-se apenas o líquido extrator. SOLUÇÕES Métodos de extração para preparação de soluções Percolação Processo dinâmico; Arrastamento do princípio ativo pela passagem contínua do líquido extrator; Esgotamento da planta através do gotejamento lento do material; Percolador pode ser de vidro ou metal. Compreende em uma etapa preliminar – Umedecimento da droga fora do percolador: Umedece a droga uniformemente Facilita a passagem do solvente Evita formação de canais preferenciais SOLUÇÕES Preparações obtidas por extração Extratos fluídos São obtidos por percolação; São preparados para conter em cada mL os constituintes ativos contidos em 1 g de droga; São muito potentes para serem administrados de modo seguro em sua atual forma; São extremamente amargos; São modicados pela adição de flavorizantes edulcorantes; São utilizados como matérias-primas para a preparação de outras formas farmacêuticas como xaropes. SOLUÇÕES Preparações obtidas por extração Extratos São preparações concentradas de drogas animais ou vegetais; Evaporação de todo ou quase todo o solvente extrator; São preparações potentes de 2 a 6 vezes mais do que a droga original; São usados na formulação de produtos farmacêuticos. Produzidos em três formas: Extratos semilíquidos; Pilular (firme) ou extratos apresentando consistência plástica; Extratos secos. SOLUÇÕES VANTAGENS / DESVANTAGENS Rapidez de absorção; Facilidade de deglutição; Homogeneidade na dosificação Apresentam homogeneidade na dose; Vantagens SOLUÇÕES Quanto ao uso: soluções orais Dificuldade de acondicionamento e transporte; Menor estabilidade físico-química e microbiológica; A solubilização realça o sabor dos fármacos; Baixa uniformidade de doses - sistema de medida caseira e errados. Difícil acesso ao sistema de medida de volume uniforme. Apresentação: Grandes volumes: Frascos de Vidro ou Plástico; Flaconetes; Pequenos volumes: Frasco conta-gotas. Desvantagens: SOLUÇÕES Medidas Utilizadas para Dosear soluções orais A medida geralmente acompanha a embalagem do produto Copo-Medida - Colher-de-Chá - Seringa Dosadora OBS: Após a administração de medicamentos líquidos deve-se ingerir um copo de água. Algumas medidas mais utilizadas para dosagem de medicamentos: Colher-de-café: 2 mL; Colher-de-chá: 5 mL; Colher-de-sopa:15 mL; OBS: Não devemos confundir essas medidas com as colheres que são utilizadas no ambiente doméstico (chá, café ou sopa). As colheres caseiras são de tamanhos diversos e não devem ser utilizadas como medidas de medicamentos. SOLUÇÕES Medidas Utilizadas para Dosear soluções orais SOLUÇÕESPreparações de soluções Aspectos Gerais A maioria das soluções farmacêuticas não é saturada com o soluto; Algumas substâncias químicas em um determinado solvente requerem maior tempo para se dissolverem: Aplicar calor; Reduzir o tamanho; Usar um agente solubilizante; Submeter os componentes a agitação vigorosa. SOLUÇÕESPreparações de soluções Aspectos Gerais Estar atento a possíveis interações químicas entre os vários componentes da solução: Flavorizantes; Corantes; Estabilizantes; aromatizantes conservantes. Exemplo: metil, etil, propil e butilparabeno apresentam tendência à partição quando em contato com alguns óleos aromatizantes Mistura de pós para reconstituição Vários fármacos apresentam baixa estabilidade em solução. Fabricantes disponibilizam os fármacos na forma de pós ou grânulos com a quantidade de água purificada que deve ser empregada. O farmacêutico prepara e dispensa. Validade de 7 a 14 dias. Exemplo: Cloreto de potássio para solução oral; Penicilina V potássica para solução oral; Cloxacilina sódica para solução oral SOLUÇÕESPreparações de soluções Aspectos Gerais Pode ser solicitada ao farmacêutico dispensar soluções orais comercialmente preparadas; diluir soluções para um medicamento pediátrico a partir de um produto para adultos; Prepara soluções pela reconstituição de uma mistura de pós; Manipular soluções orais a partir de matérias-primas brutas. Em cada caso o profissional deve ter conhecimento suficiente sobre o produto dispensado para aconselhar ao paciente acerca do uso correto, dose, modo de administração e armazenamento; O conhecimento da solubilidade e estabilidade é importante para saber se o medicamento pode ser misturado com suco, leite ou outra bebida antes da administração; Solventes usados devem estar no rótulo e na bula. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes São preparações aquosas concentradas de um açúcar ou de uma outra substância que apresente características similares, com ou sem acréscimo de flavorizantes e princípios ativos. É constituído de 2/3 de açúcar e 1/3 de água. Concentração: dependendo da concentração o xarope servirá como meio de cultura. Temperatura: Quando aquecido a altas temperaturas o xarope pode caramelizar. A temperatura deve ser controlada na faixa de 80◦. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Modo de preparo: A frio Vantagem: evita o risco da caramelização da sacarose, torna-se âmbar; Desvantagem: demora no preparo. A quente Vantagens: processo mais rápido e menor susceptibilidade a microrganismos; Desvantagem: pode ocorrer a formação de açúcar invertido, alterando o sabor, e formação de caramelização com alteração de cor. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Na prática utiliza-se 85 g de sacarose mais 45 mL de água purificada. Pode ser utilizado como veículo para soluções orais ou edulcorantes. Isso dependerá da concentração na forma farmacêutica final. Fórmula Xarope Simples Sacarose.............................................85 g metilparabeno...................................0,15% Água purificada...........................qsp.100 mL Técnica: Dissolver o nipagin em água quente separadamente. Adicionar a sacarose aos poucos e agitar até completa dissolução. Depois, adicionar à solução de sacarose o nipagin dissolvido e completar o volume com água. Carboximetilcelulose (CMC)................................ 2,0% Sacarina............................................................... 0,1% Sorbitol................................................................ 5,0% Metilparabeno (Nipagin)..................................... 0,1% Essência.................................................................. qs Água PURIFICADA.................................. qsp.....100mL SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Fórmula Xarope Dietético Técnica: Dissolver o Nipagin em um pouco de água quente. Adicionar aos poucos o CMC até completa dissolução. Em seguida adicionar os demais componentes até completa dissolução sob agitação. Por fim adicionar o nipagin dissolvido na solução e completar o volume com água. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Fórmula Xarope de Iodeto de potássio iodeto de potássio.........................................................15g extrato fluído de laranja amarga......................................qs xarope simples..............................................................300 mL Técnica: FSA Classificação Quanto ao uso: interno; Quanto a composição: simples; Quanto a preparação: oficinal; Quanto a prescrição: alopática. Indicações: expectorante e antitussígeno SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Características farmacopéicas do Iodeto de potássio Descrição Cristais hexaédricos transparentes e incolores, pó granulado branco, ligeiramente higroscópico. Solubilidade Muito solúvel em água. Facilmente solúvel em glicerol. Solúvel em álcool. Categoria Antifungico, expectorante, fonte de iodo. Conservação Em recipientes bem fechados. Especialidades médicas: Becatox®; iodoten®. Composição percentual 300 mL............100% X = 5% 15 g..................X SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Fórmula Xarope de sulfato ferroso sulfato ferroso...............................................................13,3 g ácido cítrico...................................................................10,0 g extrato fluído de laranja amarga...................................50 mL Água purificada.............................................................100 mL xarope simples......................................................qsp...300 mL Técnica: Dissolver o sulfato ferroso em 60 mL de água em seguida o ácido cítrico em 40 mL. Adicionar a solução de sulfato ferroso a de ácido cítrico, em seguida acrescentar o extrato fluído de laranja amarga e completar o volume final com xarope simples. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Xarope de sulfato ferroso Classificação Quanto ao uso: interno; Quanto a composição: composto; Quanto a preparação: oficinal; Quanto a prescrição: alopática. Indicações: Anemia ferroprivas SOLUÇÕESPreparações de soluções - Xaropes Características farmacopéicas do Iodeto de potássio Descrição Cristais ou grânulos verde-azulados pálidos. Florescente ao ar seco e oxida-se na presença de ar úmido. É inodoro, sabor metálico e adstringente. Solubilidade 1 g dissolve-se em 1,7 mL de água, 4 ml de glicerol. Insolúvel em álcool. Categoria Hematínico. Conservação Em recipientes herméticos.. Especialidades médicas: SURFEBEL®. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Auriculares São formas farmacêuticas utilizadas no ouvido com finalidade de combater inflamações infecciosas, muitas vezes acompanhada de dor. Forma de administração São administradas no meato acústico externo em forma de gotas para remoção do excesso de cerúmen e para o tratamento de inflamações seguidas de dor, como por exemplo otites. Características • Apresentam-se na forma de soluções podendo também se apresentar como suspensões, emulsões, pomadas. Pós e aerossóis. • pH deve estar entre 5 e 7,8, próximo ao pH que reveste a superfície cutânea auricolar que reveste o canal. Veículos utilizados Glicerina, propilenoglicol, óleos vegetais, álcool, água. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Auriculares Fármacos utilizados em soluções otológicas Antisépticos: fenol, timol, mentol, ácido salicílico, etç; Antibióticos: sulfas, cloranfenicol, neomicina, sulfato de polimixicina B, nistatina, bacitramicina; Corticóide: betametasona, hidrocortisona; Analgésicos: antipirinas. Conservação: Cloranfenicol (0,5 %), timerosal (0,01 %), combinações de parabenos. Condicionamento: São acondicionadas em recipientes pequenos (5 a 15 mL) de vidro ou de plástico, com um conta- gotas. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Auriculares Gotas otálgicas ácido salicílico................................................................0,8 g ácido bórico...................................................................1,0 g Álcool 96.......................................................................500 mL Técnica: FSA Classificação Quanto ao uso: externo; Quanto a composição: composto; Quanto a preparação: oficinal; Quanto a prescrição: alopática. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Auriculares Gotas otálgicas Descrição ácido salicílico Cristais brancos, geralmente em forma de agulhas finas, branco e cristalino. É inodoro e de sabor a princípio adocicado, passando a acre, inalterável. Solubilidade ácido salicílico 1 g dissolve-se em 460 mL de água, em 3 mL de álcool, em 45 mL de clorofórmio, em cerca de 15 mL de água fervendo, 60 mL de glicerina, em menos de 1 mL de acetona. Descrição ácido bórico Pequenos cristais brancos e lâminas brilhantes, levemente untuoso ao tato, inodoro, levemente ácido. Solubilidade ácido bórico 1 g dissolve-se em 18 mL de água, em 4 mL de água fervente, em 18 mL de álcool, em 6 mL de álcool fervente, em 4 mL de glicerina. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Errinos São formas farmacêuticas líquidas contendo um ou mais princípios ativos destinados a administração na cavidade nasal podendo exercer uma ação local ou sistêmica; Não devem ser irritantes e nem exercer nenhum efeito adverso sobre a mucosa e cílios; Devem ser evitados nessa forma farmacêutica: • Glicerina (> 10 %); • Álcool (> 10 %); • Polietilenoglicol (> 1 %); • Ácido bórico (> 2 %). As preparações devem ser isotônicas, ou seja, a pressão osmótica deve ser a mesma do sangue; SOLUÇÕESPreparações de soluções - Errinos A grande maioria das formulações nasais possuem agentes adrenérgicos devido a sua atividade descongestionante na mucosa nasal; A maioria dessas preparações são administradas em gotas ou nebulizações nasais, contudo existem algumas em forma de geleias nasais; O pH das secreções nasais, em um indivíduo normal, esta em torno de 5,5 a 6,5. No caso de renite e rinosinosite o pH das secreções nasais torna-se mais alcalino que o normal. Desta forma utiliza-se substâncias vasoconstrictora com pH ácido. Exemplo: efenedrina. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Errinos Vantagens Evita o metabolismo de primeira passagem; Pode apresentar ação sistêmica e local; Fácil aceitação de suas formas comercializáveis. Conservantes Cloreto de benzalcônio (0,004 %); clorobutanol (0,5 %); acetato de fenilmercúrio (0,004 %); Timerosal (0,005 a 0,01 %); SOLUÇÕESPreparações de soluções - Auriculares Solução nasal de sulfato de efedrina Sulfato de efedrina......................................................3,0 g Cloreto de sódio...........................................................0,36 g Clorobutanol.................................................................0,5 g Água purificada.............................................................100 mL Técnica: FSA Indicação: descongestionante nasal Classificação Quanto ao uso: externo; Quanto a composição: simples; Quanto a preparação: oficinal; Quanto a prescrição: alopática. SOLUÇÕESPreparações de soluções - Auriculares Sulfato de efedrina Descrição Pó fino ou cristais brancos. É inodoro e escurece quando exposto a luz. Solubilidade Muito solúvel em água, pouco solúvel em álcool. Categoria Adrenérgico Conservação Deve ser mantido em recipientes herméticos protegidos da luz.
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