Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Eletrônica Analógica I Engenharias: Elétrica Controle e Automação Aula 9 Transistor Bipolar Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 2 Sumário Estrutura básica — Terminais do transistor — Simbologia — Aspecto real dos transistores Teste de transistores — Teste com uso do multímetro Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 3 Introdução Até 1950 todo equipamento eletrônico utilizava válvulas que aquecia muito e consumia muitos watts de potencia. Por isso, os equipamentos a válvula exigiam uma fonte de alimentação robusta e criavam uma boa quantidade de calor. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 4 Introdução Inventado em 1948 por John Bardeen, Walter H. Brattain e William Shockley. O transistor foi uma revolução na área da eletrônica devido ao seu baixo consumo, confiabilidade, tamanho e baixas tensões de funcionamento. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 5 Introdução • O transistor bipolar é um componente eletrônico constituído de cristais semicondutores, capaz de atuar como controlador de corrente, o que possibilita o seu uso como amplificador de sinais ou como chave eletrônica. • O transistor encontra uma ampla gama de aplicações : • Amplificador de sinais : Equipamentos de som e imagem e controle industrial. • Chave eletrônica : Controle industrial, calculadoras e computadores eletrônicos. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 6 Estrutura básica Estrutura básica de um transistor Semicondutores com mesmo tipo de dopagem Semicondutores com dopagem distinta Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 7 Estrutura básica Tipos de transistor : n p n p n p Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 8 Estrutura básica N P PEMISSOR COLETOR BASE P NEMISSOR COLETOR BASE N transistor PNP transistor NPN O transistor de junção é um dispositivo que atua como amplificador de corrente. Consiste em duas junções PN colocadas em oposição. O termo bipolar refere-se ao fato dos portadores lacunas e elétrons participarem do processo do fluxo de corrente. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 9 Estrutura básica A estrutura física do transistor propicia a formação de duas junções pn : • Uma junção pn entre o cristal da base e o cristal do emissor, chamada de junção base-emissor. • Uma junção pn entre o cristal da base e o cristal do coletor, chamada de junção base-coletor. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 10 Estrutura básica A estrutura física do transistor propicia a formação de duas junções pn : • A formação das duas junções no transistor faz que ocorra um processo de difusão dos portadores. • Como no caso do diodo, esse processo de difusão dá origem a uma barreira de potencial em cada junção. A barreira de potencial na junção base-emissor. A barreira de potencial na junção base-coletor. regiões de cargas descobertas Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 11 Estrutura básica • A estrutura do transistor consiste em uma junção pn entre a base e coletor e de uma segunda junção pn entre a base e o emissor. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 12 Estrutura básica Para a detecção de defeitos, o transistor pode ser considerado como composto de dois diodos. A detecção de defeitos no transistor consiste em verificar a existência de curto ou de circuito aberto entre os pares de terminais BC, BE e CE. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 13 Polarização do TJB Para que um transistor funcione é necessário polarizar corretamente as suas junções, da seguinte forma: 1 - Junção base-emissor: deve ser polarizada diretamente 2 - Junção base-coletor: deve ser polarizada reversamente Esse tipo de polarização deve ser utilizado para qualquer transistor de junção bipolar, seja ele npn ou pnp. Transistor npn com polarização direta entre base e emissor e polarização reversa entre coletor e base. Transistor pnp com polarização direta entre base e emissor e polarização reversa entre coletor e base Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 14 Polarização do TJB POLARIZAÇÃO SIMULTÂNEA DAS DUAS JUNÇÕES • Para que o transistor funcione adequadamente, as duas junções devem ser polarizadas simultaneamente. npn Operação na região ativa Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 15 Polarização do TJB POLARIZAÇÃO SIMULTÂNEA DAS DUAS JUNÇÕES • Para que o transistor funcione adequadamente, as duas junções devem ser polarizadas simultaneamente. pnp Operação na região ativa Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 16 Polarização do TJB Com as fontes externas (VEE e VCC) nas polaridades mostradas abaixo: A junção E-B é polarizada diretamente e a junção B-C está polarizada reversamente. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 17 Polarização do TJB Forma alternativa de configuração, para operação na região ativa. Polariza diretamente a junção base-emissor Submete o coletor a um potencial mais elevado do que aquele aplicado à base Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 18 Polarização do TJB tensão base-emissor tensão coletor-emissor tensão base-emissor tensão coletor-base tensão coletor-emissor tensão coletor-base Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 19 Polarização do TJB REPRESENTAÇÃO DE TENSÕES E CORRENTES: VCE – Tensão colector - emissor VBE – Tensão base – emissor VCB – Tensão colector - base IC – Corrente de colector IB – Corrente de base IE – Corrente de emissor VRE – Tensão na resistência de emissor VRC – Tensão na resistência de colector Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 20 Princípio de funcionamento Para que o transístor bipolar conduza é necessário que seja aplicada na Base uma corrente mínima (VBE ≥ 0,7 Volt), caso contrário não haverá passagem de corrente entre o Emissor e o Colector. IB = 0 O transístor não conduz (está ao corte) Se aplicarmos uma pequena corrente na base o transístor conduz e pode amplificar a corrente que passa do emissor para o colector. Uma pequena corrente entre a base e o emissor… …origina uma grande corrente entre o emissor e o colector Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 21 Princípio de funcionamento Correntes do transistor : Transistor NPN Transistor PNP Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 22 Princípio de funcionamento Corrente de coletorCorrente de base Corrente de emissor • Correntes nos terminais do transistor. Convenção de sinais: Correntes IB e IC são negativas. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 23 Princípio de funcionamento Transistor NPN Transistor PNP Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 24 Princípio de funcionamento Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 25 Princípio de funcionamento Neste caso haverá um fluxo relativamente intenso de portadores majoritários do material p para o material n. Podemos então dizer que o emissor (E) é o responsável pela emissão dos portadores majoritários; a base (B) controla esses portadores enquanto que o coletor (C) recebe os portadores majoritários provenientes do emissor. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 26 Configurações básicas BASE COMUM: Observa-se que o sinal é injetado entre emissor e base e retirado entre coletor e base. Desta forma, pode-se dizer que a base é o terminal comum para a entrada e saída do sinal. O capacitor "C" ligado da base a terra assegura que a base seja efetivamente aterrada para sinais alternados. CARACTERÍSTICAS: Ganho de corrente (Gi): < 1 Ganho de tensão (GV): elevado Resistência de entrada (RIN): baixa Resistência de saída (ROUT): alta Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 27 Configuraçõesbásicas EMISSOR COMUM: No circuito emissor comum, o sinal é aplicado entre base e emissor e retirado entre coletor e emissor. O capacitor no emissor "C E " assegura o aterramento do emissor para sinais alternados. C A é um capacitor de acoplamento de sinal CARACTERÍSTICAS: Ganho de corrente (Gi): elevado Ganho de tensão (GV) elevado Resistência de entrada (RIN) média Resistência de saída (ROUT) alta Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 28 Configurações básicas COLETOR COMUM: O sinal de entrada é aplicado entre base e coletor e retirado do circuito de emissor. O capacitor "CC" ligado do coletor a terra assegura que o coletor esteja aterrado para sinais alternados. CA é um capacitor de acoplamento de sinal. CARACTERÍSTICAS: Ganho de corrente (Gi): elevado Ganho de tensão (GV): 1 Resistência de entrada (RIN): muito elevada Resistência de saída (ROUT): muito baixa Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 29 Configurações básicas Tabela resumo: Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 30 Circuito de Coletor malha do coletor Na grande maioria do circuitos transistorizados, o coletor do transistor é conectado à fonte de alimentação através de um resistor de coletor. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 31 Circuito de Coletor Fonte de alimentação VCC = VRc + VCEAplica 2a Lei de Kirchoff VRc = RC IC VCE = VCC - RC IC Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 32 Circuito de Coletor VCE = VCC - RC IC Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 33 Circuito de Coletor =? Exemplo 1 : Solução : VRc = 680 0,006A = 4,08V VCE = 12V - 4,08V = 7,92V Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 34 Circuito de Coletor Alfa (α), no modo CC, relaciona as correntes IC com IE : Idealmente α = 1, mas tipicamente está entre 0.9 e 0.998. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 35 Circuito de Coletor Exemplo 1 Qual é a corrente de coletor de um transistor com = 0,95, sabendo-se que a corrente de emissor é 2mA? Solução: IC = IE IC = 0,95 . 2mA = 1,9mA Caso ICBO não seja desprezada, a corrente de coletor é dada por: IC = IE + ICBO ( I ) Como dito anteriormente, parte da corrente do emissor que fica retida na base forma a corrente de base, assim: IE = IC + IB ( II ) Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 36 Circuito de Coletor Substituindo ( I ) em ( II ), podemos calcular a corrente de base: IC = IE + ICBO ( I ) IE = IC + IB ( II ) IB = (1 - ) . IE - ICBO BCBOEE I I I I CBO CB I I 1 I A relação / (1 - ) é representada por (beta). Podemos então estabelecer as relações: O símbolo hFE é algumas vezes usado no lugar de 1 1 Exemplo 1 Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 37 Circuito de Coletor Podemos então estabelecer uma relação entre e Temos então: B C I I E C I I assume valores muito mais elevados em relação a (o valor típico de é da ordem de 30 a 300). Então, quanto maior for o valor de , mais o valor de tende a aproximar-se de 1. Assim, levando-se em conta que IC = IE, para um valor de 100, podemos considerar para fins práticos: IC = IE Exemplo 2 Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 38 Circuito de Coletor a) Um transistor possui uma Ib = 50uA e Ic = 20mA. Qual é o fator ? Solução: 400 00005,0 02,0 50 20 uA mA I I B C b) Um transistor possui um fator = 325. Qual é a Ib necessária para que circule uma corrente Ic = 85mA? Solução: uAouA mAI I CB 261000261,0 325 085,0 325 85 c) Um transistor possui um fator = 540. Qual é a Ic resultante de uma corrente Ib = 8uA? Solução: mAouAI I II C C BC 32,400432,0 000008,0*540 * Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 39 Circuito de Coletor • Na região ativa a corrente de coletor é proporcional a corrente de base. IC = IB ganho de corrente do transistor VRc = RC IC = RC ( IB ) VRc = ( RC ) IB RC = constante VRc IB Influência de IB em VCE VCE = VCC - VRc VCE = VCC - ( RC ) IB Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 40 Circuito de Coletor Em resumo : IC = IB VRc = ( RC ) IB VCE = VCC - ( RC ) IB Influência da corrente de base nos parâmetros da malha do coletor IB I C VRc VCE Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 41 Circuito de Coletor Exemplo 2 : IB = 40 mA IC = ? , VRc = ? , VCE = ? = 100 IC = 100 40mA = 4000mA = 4 mA VRc = RC IC VRc = 820 0,004A = 3,24A VCE = VCC - VRc VCE = 10 V - 3,24V = 6,76V Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 42 Reta de Carga CURVAS CARACTERÍSTICAS As curvas características definem a região de operação de um transistor, tais como: região de saturação, região de corte, região ativa e região de ruptura. De acordo com as necessidades do projeto essas regiões de operação devem ser escolhidas. Quando necessitamos de um transistor como chave eletrônica, normalmente as regiões de corte e saturação são selecionadas; no caso de transistor operando como amplificador, via de regra, escolhe-se a região ativa. A região de ruptura indica a máxima tensão que o transistor pode suportar sem riscos de danos. A seguir são mostradas algumas curvas características, apenas como fim didático, não sendo obedecido a rigor nenhum tipo de escala. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 43 Reta de Carga CURVAS CARACTERÍSTICAS A região útil é delimitada pela curva de potência máxima e conforme dito anteriormente, o transistor trabalha com segurança, não ultrapassando a máxima potência permitida. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 44 Reta de Carga CURVAS CARACTERÍSTICAS Para cada constante de corrente de entrada IB, variando-se a tensão de saída VCE, obtém-se uma corrente de saída IC, cujo gráfico tem o seguinte aspecto. Através desta curva, podemos definir três estados do transistor, o CORTE, a SATURAÇÃO e a DATIVA: • CORTE: IC = 0 • SATURAÇÃO: VCE = 0 • ATIVA: Região entre o corte e a saturação. Introdução ao Transistor Eletrônica Analógica I 45 Reta de Carga CURVAS CARACTERÍSTICAS PARA MONTAGEM EM COLETOR COMUM: As linhas azuis representam correntes de base constantes para um transistor de baixa potência típico. Assim, em princípio, o ponto de operação deve ser a interseção da reta de carga definida pela igualdade 1/R*Vcc e Vcc (reta vermelha) com a linha da respectiva corrente de base. R V I CCC (max)
Compartilhar