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Câmara de Poeira Operações Unitárias I 1-O que é? ➔ Sedimentadores gravitacionais que retiram poeiras e sólidos de correntes gasosas ➔ Geralmente utilizados com gases muito sujos de material particulado ➔ Constitui-se como uma sedimentação livre, considerando o próprio peso da partícula e sua velocidade terminal 2-Como funciona? -Alta área transversal Tempo suficiente de sedimentação -Pode ser empregado com chicanas ou telas Permite o uso de uma velocidade maior. Separação de particulados: Ação gravitacional Ambos os métodos têm em comum o princípio da decantação, ou seja, deposição do sólido seguida de sua separação tendo como conhecimento prévio a velocidade terminal das partículas. (CREMASCO, 2012) ➔ Constitui-se como uma sedimentação livre, considerando o próprio peso da partícula e sua velocidade terminal ELUTRIADOR e CÂMARA DE POEIRA A separação de partículas é uma operação essencial, além de purificar o produto desejado, pode retirar outros componentes de alto valor presentes no meio e contribuir para menor poluição do meio ambiente. (CREMASCO, 2012) 3-Equacionamento ● Tempo de queda < Tempo de residência ● Tempo de queda > Tempo de residência Partícula é arrastada Partícula vai sedimentar Decantação: Trajetória da partícula “O processo de separação sólido-fluido conduzido através de uma análise de decantação das partículas pode ser estudado a partir da trajetória de sua decantação no interior do equipamento.” (BRAUER, 1982) Para isso são feitas algumas considerações: - As partículas com diâmetro e esfericidade conhecidos; - A velocidade do fluido não é alterado pela presença das partículas; - Os efeitos de concentração e aceleração das partículas são desprezíveis. Decantação: Trajetória da partícula Aplicando as considerações feitas e avaliando as forças aplicadas na interação sólido-fluido nas direções x e y é possível observar que: (CREMASCO, 2012) - Componente x -> - Componente y -> Velocidade terminal da partícula Para definir a velocidade terminal da partícula, inicialmente considera-se que os sólidos estão completamente fluidizados, ou seja: ux = vx. Com isso temos: (CREMASCO, 2012) Com isso podemos substituir a equação acima na equação da trajetória da partícula na componente y e obter as velocidades terminais, uma vez que vy = vt. Velocidade terminal da partícula Velocidade terminal considerando partículas perfeitamente esféricas: Em casos de partículas assimétricas, faz-se necessário adicionar uma constante de correção K1: Fluidodinâmica da partícula esférica Dentre os diversos fatores que podem ser avaliados no estudo da fluidodinâmica, os principais utilizados são: (MASSARANI, 1997) - Número de Reynolds (Re) que é um adimensional que classifica o escoamento como laminar, transiente ou turbulento; - Coeficiente de arrasto (Cd) que representa a força resistiva fluido-partícula; - n -> constante numérica obtida experimentalmente que corrige os cálculos de acordo com a geometria do sólido. Fluidodinâmica da partícula esférica Sendo assim, Coelho e Massarani (1996) utilizando dados experimentais obtidos por Pettyjohn e Christiansen (1948) chegaram a uma correlação entre os termos variáveis para obter o número de Reynolds para casos de fluidodinâmica com n=1,2. (MASSARANI, 1997) Outras correlações existentes - Correlações de Coelho & Massarani (1996) com base nos dados de Lapple & Shepherd (1940) e Pettyjohn & Christiansen (1948). (MASSARANI,1997) Outras correlações existentes - Correlações de Coelho & Massarani (1996) com base nos dados de Pettyjohn & Christiansen (1948). (MASSARANI, 1997) Outras correlações existentes - Cálculo da velocidade e do diâmetro da partícula (Pettyjohn & Christiansen, (1948). (MASSARANI,1997) Equações na Câmara de Poeira Sabe-se que nesse equipamento o seu bom funcionamento está diretamente ligado aos tempos de residência que queda, do fluido e partícula respectivamente (considerando ux = vx): Eficiência Para determinar a eficiência de uma câmara de poeira é necessário inicialmente que se tenha pré-definido: - O diâmetro da partícula com o qual se deseja avaliar a retenção. - Sua vazão de entrada (Qent) - Sua vazão que foi retida pela câmara (Qret) 4-Dimensionamento Possui 3 medidas principais: Essas medidas são definidas de acordo com a situação a ser trabalhada, tipo de fluido, tipo de partícula, resultado esperado... 1. H: Altura 2. C: Comprimento 3. L: Largura Cálculo para dimensionamento Para que se obtenha a mínima eficiência em uma câmara de poeira é necessário que o tempo de residência seja igual ao tempo de queda dessa forma torna-se possível determinar a relação mínima entre altura e largura do equipamento: TEMPO DE RESIDÊNCIA = TEMPO DE QUEDA 5-Aplicações: Normalmente são equipamentos utilizados com duas finalidades principais: - Purificar gases gerados como produto secundário para serem utilizados posteriormente no processo. - Tratar gases que serão dispersados no ambiente para que não sejam tão nocivos. Vale ressaltar que muitas das vezes as câmaras de poeira são acompanhados de sistemas coletores de poeira, equipamentos equipados com filtros capazes de retirar partículas menores. https://www.youtube.com/watch?v=bbXZCzgZh4w&t=23s https://www.youtube.com/watch?v=bbXZCzgZh4w&t=23s https://docs.google.com/file/d/1LWBGG8Qr3puDAw-txqpF3xUc8a4yDfBp/preview - Determinar a velocidade do fluido para que uma determinada câmara de poeira retenha partículas de dp > 150μm e de esfericidade igual à 0,6 sabendo-se que a altura é 1/5 do comprimento. Considere o fluido a água a 20°C. Dados: ρs = 3,5 g/cm3 ; ρ = 1,0 g/cm3 ; μ = 0,01 P; n = 1.2. 6-Exercício 1 RESOLUÇÃO ❏ CdRe2 ❏ k1 e k2 RESOLUÇÃO ❏ Re ❏ vt RESOLUÇÃO ❏ < u > 7- Exercício 2 - Dimensione uma câmara de poeira capaz de reter partículas maiores que 90 μm e com esfericidade igual a 0,75, na qual o fluido passará com velocidade igual a 10 cm/s. Dados:ρs = 2,7 g/cm3 ; ρ = 1,0 g/cm3 ; μ = 0,01 P; n = 1.2. RESOLUÇÃO ❏ CdRe2 ❏ k1 e k2 RESOLUÇÃO ❏ Re ❏ vt RESOLUÇÃO ❏ L / H 7- Referências - CREMASCO, M.A. Operações Unitárias em Sistemas Particulados e Fluidomecânicos. São Paulo: Editora Blücher, 2012. - MASSARANI, G. Fluidodinâmica em Sistemas Particulados. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1997.
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