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Diabetes Mellitus: REGULAÇÃO DA HOMEOSTASE DA GLICOSE: Glicose é uma importante fonte de energia no organismo humano, adquirida através da alimentação e captada por alguns tecidos, por meio da insulina (hormônio produzido no pâncreas). A captação da glicose, mediada pela insulina é necessária apenas no tecido muscular esquelético e no tecido adiposo, porém, esse hormônio possui funções essenciais para controlar a concentração de glicose no sangue. PRODUÇÃO E REGULAÇÃO DA LIBERAÇÃO DE INSULINA: DOBRE O DIABETES MELLITUS EM SI: Diabetes mellitus é um termo que engloba um grupo heterogêneo de afecções que tem em comum a hiperglicemia resultante de defeitos na secreção ou na ação da insulina. Além disso, é importante destacar, que é uma patologia que vem aumentando sua prevalência, inclusive nos jovens, devido o aumento de ingestão de alimentos calóricos demais e a preferência pelo estilo de vida sedentário. Com isso, cada vez mais percebemos a importância do estudo e da conscientização sobre o diabete, visto que ele causa importante do aumento da morbimortalidade -> indivíduos portadores da doença tem uma maior chance de passar por quadros de IAM, AVC, amputação de membros... CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES: DIABETES MELLITUS TIPO 1: Caracterizada por destruição das células beta pancreáticas (produtoras de insulina), levando a quadros de hiperglicemia, por ausência do hormônio -> paciente insulinodependente. O quadro costuma aparecer em crianças e jovens, com uma clínica mais aguda/abrupta e com um potencial de gravidade maior (cetoacidose diabética), visto que, a agressão as células começam anos antes da abertura do quadro/apresentação clínica (apenas quando o paciente tem 90% das ilhotas destruídas é que ocorre a abertura do quadro). ***ATENÇÃO: A instalação do quadro é NÃO É AGUDA, é o início dos sintomas que é agudo -> começa a destruição de células, um período antes da manifestação de sintomas. FATORES DE RISCO: • Suscetibilidade genética -> Lócus HLA no cromossomo 6p21-DR3 e DR4, DQ8 e diversos genes não HLA -> pessoas que possuem a alteração no lócus HLA são as mais predispostas; • Fatores ambientais -> infecção viral (antígenos que possuem proteínas parecidas com a das células beta das ilhotas pancreáticas, fazem com que sejam formados anticorpos, que acabam se ligando às células pancreáticas); MECANISMOS DE DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS BETA: • Linfócitos autorreativos; • Citocinas; • Autoanticorpos; MICROSCOPIA: Ocorre a redução do número e tamanho das ilhotas de Langerhans, além da presença da insulite (linfócitos na ilhota -> reação auto-imune do DM-1) CLÍNICA: Polidipsia, polifagia e poliúria (tríade clássica do DM-1 -> 3 P’s do diabetes), estado catabólico (com a ausência de insulina, a glicose não vai para dentro da célula, logo, o corpo entende que não tem glicose suficiente e começa a recrutar o estoque de energia que temos no corpo -> PERDA DE PESO), cetoacidose (complicação do DM, pois indivíduo passa a metabolizar a gordura recrutada do corpo, como fonte de energia -> leva a fadiga, náuseas, vômitos, respiração de Kussmaul, hálito alcoólico, depressão da consciência, e se não tratado, pode levar ao coma). DIABETES MELLITUS TIPO 2: Na maioria dos casos está relacionada a fatores ambientais/hábitos de vida (alimentares e sedentarismo), Faculdade Ciências Médicas MG Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D Bolinhas mais escuras = linfócitos nas ilhotas. sendo que 80% dos pacientes apresentam obesidade central (tecido adiposo mais lipolítico). Além disso, encontra-se mais associada a incidência familiar e síndromes metabólicas. FISIOPATOGENIA: O paciente com uma dieta hipercalórica e sedentário, fica hiperglicêmico -> glicose em excesso na corrente sanguínea, passa a ser armazenada no tecido adiposo. TECIDO ADIPOSO EM EXCESSO leva ao quadro de resistência a insulina, por redução da habilidade de resposta dos tecidos periféricos a esse hormônio, ou seja, a pessoa produz a insulina, mas ela não funciona mais de maneira eficiente, por rejeição tecidual. Com isso, o indivíduo passa a ficar mais hiperglicêmico, em vista da não entrada de glicose nas células e da incapacidade de inibição da gliconeogênese no fígado (como os tecidos passam a ficar resistentes à insulina, a insulina que entraria no fígado para a inibição da síntese de mais glicose, não consegue entrar para realizar a inibição, e o corpo começa a produzir mais glicose ainda, pois como ela não está na célula, o corpo entende que precisa de produção de glicose -> glicose circulante que já está alta, aumenta mais ainda). Além disso, com esse aumento indiscriminado de glicose na corrente sanguínea e a falta dela dentro da célula, o corpo entende que a insulina produzida não está sendo suficiente, levando a uma maior produção de insulina na tentativa de reduzir os níveis de glicose sanguíneos -> PRIMEIRO MOMENTO FUNCIONA, MAS... Com o passar do tempo, esse hiper estímulo de células beta, leva a uma falência do tecido, por sobrecarga, ou seja, o paciente perde a capacidade de produção de insulina e se torna INSULINODEPENDENTE, assim como o paciente do DM-1. **Substância amiloide cora em vermelho congo (coloração especial), e muda de cor para verde maça, quando colocada na luz polarizada. Para completar toda a situação, que já não favorável, do paciente portador de DM-2, ocorre uma incapacidade de inibição da lipoproteína lipase no tecido adiposo (lipoproteína responsável pela quebra de gordura em ácidos graxos, que é inibida pela insulina, que, no primeiro momento não funciona de maneira eficiente, por resistência de tecidos, e no segundo momento, deixa de ser produzida pelo corpo), levando ao excesso de ácidos graxos livres na corrente sanguínea -> ÁCIDOS GRAXOS LIVRES CIRCULANTES, SEM NECESSIDADE (paciente dislipidêmico) -> aumenta o risco de placas de ateroma, e consequentemente de IAM, AVC e MAP (moléstia arterial periférica -> isquemia de extremidades inferiores). CLÍNICA: O paciente portador de DM-2, possui uma clínica gradual -> são assintomáticos, sendo que muitos descobrem ser portadores da doença pelo aparecimento das complicações tardias dela (não exacerbam de maneira brusca, como o DM-1). Ocorre de maneira frequente a DIURESE OSMÓTICA (grande perda de eletrólitos e água, devido ao aumento de produção de urina pelos rins, na tentativa de eliminar glicose em excesso no sangue), que leva a DESIDRATAÇÃO GRAVE -> SÍNDROME HIPEROSMÓTICA HIPEROSMOLAR. COMPLICAÇÕES DA DM: Hoje, sabemos que a a hiperglicemia é o fator que mais contribui para que as complicações sejam geradas, pois é ela que leva à ligação dos produtos finais da glicosilação avançada (AGE) aos receptores (RAGE) de células inflamatórias, ocasionando estresse oxidativo, que causa, com o tempo, a estimulação do fator de crescimento vascular (neoformação de vasos), proliferação de células musculares lisas (espessamento dos vasos, que leva a baixa perfusão tecidual) e síntese de matriz. Além disso ocorre a ativação da proteína cinase C, que estimula a proteína pró-coagulante (maior chance de trobose, juntamente com a dislipidemia ocasionada pela falta de inibição da lipoproteína lipase). Esse quadro de estresse oxidativo (dislipidemia + fatores pró-inflamatórios) leva a formação de: DOENÇA MACROVASCULAR DIABÉTICA: DOENÇA MICROVASCULAR DIABÉTICA: Espessamento generalizado das membranas basais Substância amiloide substituindo as ilhotas que foram a falência por sobrecarga DIAGNÓSTICO DO DIABETES: PARA O RASTREIO DO TIPO DE DIABETES: REFERÊNCIAS: DIAGNÓSTICO DO DIABETES: Slides professor de propedêutica: Luiz Henrique – 2/2021 (FCMMG). Papilite necrosante -> redução do aporte sanguíneo das papilas renais (área já pouco vascularizada), pelas lesões diabéticas (espessamento da membrana basal) o que ocasionanecrose da região
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