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AULA 05 DERMATOZOONOSES

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EMILY NARA – MEDICINA UPE ST
Dermatozoonoses
CONCEITO
· Qualquer alteração tegumentar, ocasional ou permanente, provocada por protozoários, vermes, insetos e celenterados, sejam eles parasitas ou não.
MECANISMOS DE LESÃO
· Traumático – picada ou ferroada;
· Artrópodes;
· Lesão eritematosa e dolorosa;
· Regressão espontânea.
· Tóxico – inoculação de saliva;
· Escorpiões, abelhas, vespas, formigas e aranhas;
· Toxicidade local (necrose) ou sistêmica (envenenamento).
· Dermatite de contato – contato;
· Borboletas, besouros, anêmonas do mar e fisálias;
· Lesões eritematovesicantes ou eritema polimorfo.
CLASSIFICAÇÃO
· Parasitárias exclusivas do homem – pediculose do couro cabeludo (piolho)/ oxiuríase;
· Parasitárias não exclusivas do homem – picadas de pulgas e mosquitos/ miíases;
· Não parasitárias – picada de escorpião e aranhas / queimaduras por anêmonas.
DERMATOSES POR ÁCAROS
ESCABIOSE
· Escabíase ou sarna;
· Sarcoptes scabiei, var hominis;
· Sem preferência por sexo, idade ou raça;
· Transmissão: contato pessoal (roupas – excepcional);
· Ciclo evolutivo: 15 a 30 dias;
· Ciclo biológico: completo no homem;
· Fora do hospedeiro, morre em < 1 semana;
· Macho morre após cópula;
· Fêmea fecundada -> penetra na camada córnea da pele -> escava túnel (habito noturno) -> deposita 2 a 3 ovos/dia (Az: 40-50 ovos no total) -> morre em algumas semanas;
· Ovos (após 3 a 5 dias) -> larvas hexápodes -> ninfas octópodes -> ácaros adultos.
QUADRO CLÍNICO:
· Período de incubação: 3 a 4 semanas (1 a 2 dias na reinfecção);
· Principal sintoma: prurido intenso à noite – mecanismo alérgico e mecânico;
· 3 elementos semióticos: sulco (escavação), distribuição da lesão e lesões secundárias;
· Sulco – saliência linear de mais ou menos 1 cm, apresentando vesicopápulas peroláceas do tamanho da cabeça de um alfinete na extremidade (fêmea).
· Distribuição: espaços interdigitais das mãos, axilas, cintura, nádegas, mamas, pênis, face e pés;
· Criança – palmas, plantas, couro cabeludo e pescoço.
 
· Lesões secundárias: escoriações e piodermites (impetigo, foliculite, furúnculo e ectima).
APRESENTAÇÕES ATÍPICAS:
1. Higiene excessiva (“pessoas limpas”):
· Vários banhos diários;
· Lesões mínimas;
· Sem queixa familiar.
2. Crianças (lactentes):
· Lesões urticadas/eczematosas (quadro mascarado);
· Importante – lesões em palmas, plantas e couro cabeludo.
3. Idosos:
· Reação mínima;
· Lesões pouco visíveis – raros sulcos;
· Atenção: prurido intenso noturno, escoriações e lesões no dorso.
4. Iatrogenia (uso de CE e anti-histamínicos):
· Aspecto eritemato-urticado-eczematoso.
5. Escabiose nodular:
· Lesões pápulo-nodulares pruriginosas;
· Regiões genital, inguinal e axilar;
· Permanecem após tratamento;
· Sensibilidade – produtos de degradação parasitária;
· Homens – saco escrotal e pênis.
6. Sarna crostosa (Norueguesa):
· Forma de hiperinfestação;
· Imunocomprometidos, desnutridos, neuropatas, deficientes mentais, hábitos higiênicos precários;
· Eritema, crostas e escamas nas áreas típicas;
· Hiperceratose e fissuras palmo-plantares;
· Localizada principalmente nas eminências ósseas, unhas, face, cabeça e regiões palmo-plantares;
· Lesões muito contagiosas (muitos ácaros);
· Surtos em asilos, hospitais e casas de repouso.
DIAGNÓSTICO:
· Sugerido – prurido noturno;
· Quase certo: habitantes da mesma casa com a mesma queixa;
· Confirmado: exame = sulcos + distribuição característica;
· Escarificação: pesquisa de ácaros, ovos ou cíbalos;
· Prova terapêutica: a despeito de quadro atípico e pesquisa negativa.
TRATAMENTO:
· Tratar todos os membros da casa;
· Sabonetes escabicidas: não recomendados;
· Medicação tópica por 2-3 noites seguidas e repetir 1 semana após.
· Az: persistência das lesões após 1 semana do tratamento -> repetir tto com outro escabicida.
· Aplicação do pescoço aos pés.
PRURIDO APÓS TRATAMENTO:
· Pode persistir por semanas;
· Memória ao prurido ou sensibilidade a antígenos parasitários;
· CE tópicos ou sistêmicos / anti-histamínicos;
· Evitar tratamentos repetidos (irritantes).
NÓDULOS – ESCABIOSE NODULAR:
· Persistem por meses;
· Prurido variável;
· CE local de alta potência;
· Sem melhora: infiltração de triancinolona;
· Formas resistentes: talidomida 100 mg/dia.
INFECÇÕES SECUNDÁRIAS:
· ATB tópicos ou sistêmicos.
IXODÍASE 
· Ácaros ectoparasitas do homem e vertebrados;
· Amblyoma cajennense (Brasil) – carrapato estrela ou do cavalo;
· Um dos principais vetores da riquetsiose.
· Ovo (solo) -> ninfa hexápode (infectante) -> suga sangue e linfa dos hospedeitos -> ninfas octópodes -> adulto (cópula);
· Infestações por ninfas hexápodes (micuim) -> prurido intenso, pápulas encimadas por crostículas -> MMII.
· Lesões maculoeritematopurpúricas.
DIAGNÓSTICO:
· Quadro clínico + zona rural (meses frios).
TRATAMENTO:
· Ninfas hexápodes: aplicação única de loção/sabonete de permetrina;
· Benzoato de benzila 25%;
· CE tópicos ou anti-histamínicos orais – controle do prurido;
· Vaselina, fósforo quente – retirada do carrapato com cuidado.
BORRELIOSES – DOENÇA DE LYME
· Borrelia burgdorferi:
· Espiroquetas capazes de acometer vários órgãos.
· Transmissão: picada do carrapato do gênero Ixodes;
· Duração de permanência do carrapato aderido ao homem para ocorrer infecção: 24 a 72h;
· Período de incubação: 3 a 32 dias.
MANIFESTAÇÕES CUTÂNEO-SISTÊMICAS – 3 ESTÁGIOS:
· Estágio I:
· Eritema crônico migratório – principal manifestação cutânea;
· Urticaria, rash malar, eritemas evanescentes, lesões anulares múltiplas.
· Estágio II:
· Linfocitoma cútis – pavilhão auricular em crianças, mama, nariz e região escrotal em adultos.
· Estágio III:
· Acrodermatite crônica atrofiante – aspecto esclerodermiforme.
 
DIAGNÓSTICO:
· Epidemiologia, quadro clínico, cultura e sorologia (positiva após 10 dias – IgM).
TRATAMENTO:
· Manifestações recentes: doxiciclina, amoxacilina, penicilinas, tetraciclina e/ou ceftriaxone (nem sempre há resolução).
· Demais manifestações: AINES (manifestações tardias podem ser irreversíveis).
PROFILAXIA – vestimentas e repelentes.
DERMATOSES POR INSETOS
PEDICULOSES 
· Anapluras ou piolhos;
· Ectoparasitas cosmopolitas;
· Baixo nível socioeconômico;
· Transmissão: interpessoal e/ou objetos;
· Medem 2,1-3,6 mm (macho > fêmea);
· Perfuram pele e inoculam substâncias irritantes/sensibilizantes;
· Mecanismo hipersensibilidade – 10 dias após infestação.
· Em todos os casos deve-se investigar e tratar os comunicantes.
PEDICULOSE DO COURO CABELUDO
· Pediculus humanus capitis;
· Mulheres e escolares;
· Suspeita: prurido intenso – occipital e retroauricular;
· Pode ocasionar infecções secundárias – foliculite, furúnculos, impetigo;
· Pode ter acometimento palpebral;
DIAGNÓSTICO CONFIRMATÓRIO:
· Lêndeas – ovoides, esbranquiçadas, aderidas à haste do pelo;
· Encontro de parasitas – mais difícil.
 
TRATAMENTO:
· Sampaio:
· Permetrina 1%/ Deltametrina 0,02% (Xampus) – 5-10 minutos /repetir 7-14 dias;
· Remoção das lêndeas – pente fino após vinagre diluído 50% água morna;
· SMT/TMP (40-80mg) – 3x/dia por 3 dias (ação exclusiva dos parasitos) – repetir após 10 dias.
· Azulay:
· Benzoato benzila 25% /monossulfiram 25% (loções) – aplicar por 1 noite, repetir após 8-10 dias.
· Permetrina loção 5% - deixar por 1h e repetir mais 2 vezes;
· Ivermectina loção 0,8% - deixar 2h, por 2 dias, repetir após 7 dias.
PEDICULOSE DO CORPO
· Pediculus humanus corporis;
· Mendigos, nômades e deficientes mentais;
· Pruridos/urticas (pontos purpúricos centrais);
· Interescapular, ombro, axilas e nádegas;
· Hiperpigmentação /eczematização /infecção secundária;
DIAGNÓSTICO – parasito nas roupas.
TRATAMENTO: Higiene corporal e das roupas.
PEDICULOSE PUBIANA (FTIRÍASE)
· Phtirus púbis/ “chato”;
· Incidência – promiscuidade e higiene;
· Pelos pubianos e perianais, axilas, troncos, coxas e supercílios;
DIAGNÓSTICO:
· Prurido;
· Lêndeas aderidas à haste do pelo;
· Parasitos;
· Escoriações/ eczematização/ infecção secundária.
· Macula cerulae – manchas azul-acinzentadas, assintomáticas, por acúmulo de hemossiderina modificadas pelos produtos de excreçãoda glândula salivar do parasito.
TRATAMENTO FTIRÍASE:
· Loções: Permetrina 5% / Deltametrina 0,02% / Benzoato benzila 25% - por 2-3 dias;
· Remoção das lêndeas.
TRATAMENTO PEDICULOSE DOS CÍLIOS:
· Vaselina 2x/dia por 8 dias, com remoção manual das lêndeas.
DERMATOSES POR HEMÍPTEROS – BARBEIROS E PERCEVEJOS
TRIATOMÍASE
· Triatoma infestans (barbeiro);
· Vetores da doença de Chagas: Trypanossoma cruzi;
· Hematófagos, hábitos noturnos;
· Picada pouco dolorosa, prurido discreto;
· Após sucção de sangue – dejeta fezes (formas metacíclicas do T. cruzi);
· Lesão pápulo-edematosas – área exposta (face);
· Sensibilização: pápulas, urticas, nódulos, vesículas e bolhas;
· Conjuntiva (porta de entrada) – Sinal de Romaña – edema uni ou bilateral de pálpebras/adenopatia;
· TRATAMENTO: melhora de habitações e dedetização.
DERMATOSES POR SIPHONAPTERA - PULGAS
TUNGÍASE
· Tunga penetrans, “bicho-de-pé”;
· Hospedeiros habituais: homens e suínos;
· Menor pulga 1 mm/zonas rurais;
· Macho: após alimentar-se, abandona o hospedeiro;
· Fêmea fecundada: cabeça e tórax na epiderme /estigma resp e segmento anal externos -> morre após expelir ovos;
CARACTERÍSTICAS:
· Prurido discreto – dor;
· Pápula amarelada (batata) com ponto escuro central;
· Lesões ao redor das unhas, pregas interartelhos, plantas;
· Infecções secundárias – piodermite ou celulite.
 
DERMATOSES POR DÍPTEROS – MOSQUITOS E MOSCAS
DÍPTEROS INFERIORES (MOSQUITOS)
· Picadas causam dor e prurido;
· Provocam lesão por:
· Irritantes primários: lesões pápulo-eritematosas;
· Hipersensibilidade humoral: prurigo, estrófulo, urticária, choque anafilático;
· Hipersensibilidade celular: lesões granulomatosa com HTP de pseudolinfoma.
· Transmissão de doenças:
· Culicídeos (muriçocas): anofelinos – malária; culicíneos – febre amarela, dengue;
· Simulídeos (borrachudos): fogo selvagem, oncocercose;
· Flebotomíneos: leishmaniose, bartonelose, arboviroses;
· Tabanídeos (mutucas): tularemia, filariose. 
DÍPTEROS SUPERIORES – MOSCAS (CICLORRAFOS)
· A maioria não é sugadora;
· Musca domestica – transmissão de febre tifoide, disenterias, infecções estafilocócicas.
· Larvas – MIÍASES;
· Primária (tecido sadio) – parasita obrigatório;
· Secundária (em ulcerações) – parasitas ocasionais.
MIÍASES PRIMÁRIAS
· Miíase furunculóide (berne) – larva Dermatobia hominis;
· Mosca deposita ovos em outras moscas ou mosquitos (vetor intermediário) – pousam no homem e animais de sangue quente -> larva projeta-se para fora e abandona ovo -> penetra na pele;
· 30-70 dias se desenvolve -> depois abandona o homem e se transforma em inseto alado;
· Nódulo furunculóide: orifício central, menos inflamatório que furúnculo;
· Dor variável.
MIÍASES SECUNDÁRIAS
1. MIÍASE CUTÂNEA (BICHEIRA):
· Depósito de ovos em ulcerações da pele, com desenvolvimento de larvas – em geral, numerosas;
· Cochliomya macellaria (mosca varejeira);
· Devoram tecidos necrosados sem causar hemorragia;
· DIAGNÓSTICO:
· Visualização das larvas movimentando-se ativamente na ulceração cutânea;
· TRATAMENTO:
· Éter, crioterapia ou creme de ivermectina 1% por 2h -> retirar.
2. MIÍASE CAVITÁRIA:
· Cochliomya hominivorox;
· Cavidades nasal, ocular, auricular e vaginal;
· Dor intensa;
· Invadem estruturas anexas;
· Destroem cartilagens e ossos;
· COMPLICAÇÕES:
· Meningite;
· Mastoidite;
· Sinusite;
· Faringite.
· TRATAMENTO:
· Matar larvas com nitrogênio líquido, éter ou solução anestésica -> depois retirar.
3. MIÍASE INTESTINAL:
· Ingestão de larvas;
· Sintomas dependem da imunidade e do número de larvas.
DERMATOSES POR HELMINTOS
NEMATELMINTOS 
LARVA MIGRANS 
· Dermatite linear serpeante /bicho geográfico /bicho de praia;
· Ancylostoma brasilienses/ Ancylostoma caninum (parasitos normais de cão e gato);
· Comum em crianças;
· Ovos em ambientes arenosos – larvas penetram na derme (As)/ epiderme (Az);
· Deslocam-se formando um trajeto linear e sinuoso – erupção saliente/pápula na porção terminal (larva).
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
· Prurido moderado a intenso;
· Localização: pés e nádegas;
· Infecção secundária/ eczematização (infestação maciça);
· Reação intensa – vesículas e bolhas;
· Forma papulosa – dificulta o diagnóstico.
 
ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE
· Enterobius vermicularis;
· Distribuição universal – mais comum em crianças;
· Contágio por ingestão de ovos;
· CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
· Prurido anal e perineal intenso/noturno;
· Escoriações e infecções secundárias;
· DIAGNÓSTICO: swab perianal (presença de ovos).
· TRATAMENTO:
· Albendazol 400 mg, dose única (> 2 anos);
· Mebendazol 200 mg/dia por 3 dias;
· Alternativa: Pamoato de pirvíneo 11 mg/kg, DU.
FILARÍASE
· Wuchereria bancrofti – 90% dos casos;
· Sistema sanguíneo e linfático;
· Verme adulto - preferência por vasos linfáticos;
· Embriões (microfilárias) – sangue periférico (à noite) – ingeridas por insetos (Culex fatigans) e inoculadas em pessoas sadias;
· Linfangite -> linfoestase -> linfangectasia não-obstrutiva -> elefantíase/ preferência por MMII e genitália.
· MECANISMO DE AÇÃO: obstrução mecânica e ação irritativa dos vermes.
· CARACTERÍSTICAS:
· Reação de sensibilidade: lesões eritemato-edematosas, urticas e prurido.
· DIAGNÓSTICO:
· Elefantíase (infecções estreptocócicas recidivantes);
· Epidemiologia;
· Pesquisa de microfilária (gota espessa/22-24h);
· Imunofluorescência indireta; ELISA; PCR; Biopsia de linfonodos.
· TRATAMENTO:
· Dietilcarbamazina (DEC) 6mg/kg/dia – por 12 dias (Sampaio)/ por 3-4 semanas (Azulay);
· Ivermectina (microfilárias) + Albendazol (macrofilárias – anualmente, por 3-4 anos).
PLATELMINTOS 
ESQUISTOSSOMÍASE
· Schistosoma mansoni;
· Sistema porta;
· Ovos -> miracídeos (moluscos) -> esporocistos -> cercarias (forma infestante).
DERMATITE POR CERCÁRIAS:
· Penetração das cercárias na pele;
· Eritema, pápulas, petéquias;
· Prurido moderado a intenso;
· Após banhos em lagoas, açudes, rios – coceira do nadador;
· Intensidade do quadro depende do número de cercarias + sensibilização por exposição anterior;
· DIAGNÓSTICO – clínico;
· TRATAMENTO – pasta d’água, CE tópico, anti-histamínico.
ESQUISTOSSOMOSE CUTÂNEA ECTÓPICA:
· Deposição de ovos na pele;
· Reação granulomatosa;
· Pápulas isoladas ou aglomeradas na cor vermelho escuras/ placas/ liquenificação.
 
DIAGNÓSTICO ESQUISTOSSOMÍASE:
· Clínica + epidemiologia;
· Histopatológico (ovos na pele);
TRATAMENTO:
· Anti-histamínicos;
· Praziquantel 20mg/kg, 2 tomadas, em 1 dia;
· Alternativa: oxaminiquine e artemisina.
CESTÓIDEOS – CISTICERCOSE CUTÂNEA
· Cisticerco da Taenia solium;
· Ingestão de ovos (água ou alimentos contaminados) – fixam-se no músculo -> larvas (cisticercos);
· Auto-infecção;
· CARACTERÍSTICAS:
· Nódulos subcutâneos duros, bem delimitados, assintomáticos, móveis (1-2 cm);
· Persiste por meses/ anos;
· Lembrar de lesão no SNC.
· DIAGNÓSTICO – histopatológico;
· TRATAMENTO: exérese cirúrgica. Caso não seja possível:
· Praziquantel 5 mg/kg/dia – em 3 tomadas, por 2 semanas; OU
· Albendazol 15 mg/kg/dia – 3 tomadas por 8 dias.
DERMATOSES POR TOXINAS E VENENOS DE ANIMAIS
ARANEISMO
· Brasil – gêneros: Phoneutria, Loxosceles (aranha marrom), Latrodectus (viúvas negras);
· Lycosa e Mygalomorpha (caranguejeiras): Dermatite pápulo-urticadas / não venenosas.
FONEUTRISMO (Phineutria):
· Veneno neurotóxico de ação periférica;
· Eritema, edema, dor local, que se irradia;
· Choque neurogênico;
· TRATAMENTO: sintomático, anestésico, soro antiaracnídico.
LOXOSCELISMO (Loxosceles):
· Veneno proteolítico e hemolítico;
· Em 12-24h após picada – placa edematosa, vesiculação, bolha e equimose (placa marmórea) – necrose;
· Fenômenos hemolíticos são raros – IRA;
· TRATAMENTO: 
· Casos leves: CE oral;
· Necrose extensa: 5 ampolas de soro antiaracnídico;
· Hemólise: 10 ampolas;
· Sulfona 100 mg/dia (anti-inflamatório).
ESCORPIONISMO
· Gênero Tityus;
· Injetam veneno pelo aguilhão no fim da cauda;
· Veneno neurotóxico de ação periférica;
· Dor local imediata e intensa – similar ao acidente por Phoneutria;
· TRATAMENTO: 
· Bloqueio anestésico;
· Casos graves: soro antiescorpiônico.
CLASSE INSECTAOU HEXÁPODA – ORDEM HYMENÓPTERA
PICADAS DE ABELHAS E VESPAS
· Veneno – mistura de proteínas;
· Reações imediatas (alérgicas ou não) e tardias (pouco comuns);
· RI não-alérgica: eritema, edema, prurido e dor (logo após a picada);
· RI alérgica: edema e eritema mais persistentes, urticária generalizada, angioedema, reação anafilática, choque e morte.
· TRATAMENTO:
· Casos leves: compressas, CE creme, CE oral e anti-histamínicos;
· Casos graves: CE IM ou EV e/ou adrenalina.
· Reação de hipersensibilidade – imunoterapia com extratos de venenos purificados.
PICADAS DE FORMIGAS
· Solenopsis picada muito dolorosa, limitada ao local da inoculação, desaparecem em alguns dias;
· Pápulas urticariformes que desaparecem em até 1h. 
· Após 24h surge pústula estéril que regride 3-8 dias. 
· Lesão eritematosa edematosa e indurada muito pruriginosa no local da picada cicatrizes, manchas pigmentares ou pápulas fibróticas;
· Hipersensibilidade à distância;
· TTO: Sintomático.
CLASSE INSECTA OU HEXÁPODA – ORDEM COLEÓPTERA
DERMATITE VESICANTE POR PAEDERUS (POTÓ)
· Insetos coleópteros, gênero Paederus;	
· Várias regiões brasileiras;
· Habita vegetação rasteira/ margens de rios e riachos/ plantações de milho, feijão, batata, cana-de-açúcar /mais ativos à noite ambiente domiciliar (luz);
· Substância vesicante ≈ cantaridina pederinas liberada inseto tocado ou esmagado (forma de defesa);
· Lesões eritemato-vesico-crostosas, pústulas - agrupadas em placas ou lineares;
· Áreas expostas (pescoço, face, MMSS) / regressão 7-12 dias;
· Periocular blefarite, conjuntivite, irites, úlceras de córnea;
· Infecção secundária;
 
DIAGNÓSTICO:
· Clínico + epidemiológico;
· Histopatológico: bolha intraepidérmica, necrose epiderme, infiltrado inflamatório derme.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
· H. simples e zoster;
· Dermatite de contato;
· Impetigo;
· Fitofotodermatose;
· Pênfigo foliáceo ou vulgar;
· Queimaduras.
TRATAMENTO:
· Fase aguda: compressas úmidas, CE e/ou ATB tópicos;
· Infecções secundárias: ATB;
· Lesões oftalmológicas: compressas com água boricada ou SF 0,9%; e acompanhamento oftalmológico.
CLASSE INSECTA OU HEXÁPODA – ORDEM LEPDÓPTERA
ERUCISMO (LAGARTA)
· Reações cutâneas a larvas de mariposas e borboletas (superfície c/ cerdas);
· “Lagartas de fogo” / “taturanas”;
· Histamina e substâncias ativas nos pelos/cerdas;
· Lesões imediatas após contato: ardor, eritema, edema, urtica, vesículas, bolhas e até necrose;
· Prurido variável / involui 2-3 semanas;
· TTO: antipruriginosos, anti-histamínicos, CE tópicos e/ou sistêmicos.
LEPIDOPTERISMO
· Lesões e acidentes borboletas e mariposas;
· Mariposas domicílio - atraídas luz Setas (“flechinhas”) minúsculas, venenosas (ricas em histamina e substâncias proteicas) pele e olhos;
· Prurido generalizado (mais em tronco e MMSS): extenso eritema, micropápulas e pústulas involução em 2 semanas;
· Sintomas sistêmicos;
· TRATAMENTO: 
· Sintomático c/ banhos para remoção das setas;
· Compressas; 
· Creme de CE; 
· Anti-histamínico;
· CE sistêmico, se necessário.
DERMATOSES POR CELENTERADOS
· Anêmonas e caravelas;
· Frequentadores de praias;
· Dermatite de contato local: dor, queimação, eritema, edema, vesículas, bolhas até necrose (depende da extensão e duração contato);
· TRATAMENTO: limpeza, CE tópicos, anti-histamínicos.

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