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Fernanda Donato de Carvalho -20211102503 
 Giordana Berçot Chabudet Cabral– 20211103120 
 Gustavo Machado Torres -20191102171 
 Lavínia Fernandes Drago - 20211102941 
 Lyvia Félix Ribeiro - 20211104347 
 Sandra Magno de Medeiros de Sousa - 20211108870 
 Vitória Pereira de Oliveira – 20211108694 
 Professora: Giselle 
 
 
 ATIVIDADE AVALIATIVA(N2) 
 
 CAMPUS BARRA 2021.2 
 LYDIA DAS DORES MATTA E JOSEPHINA DE MELLO 
 
 Lydia das Dores Matta 
 
 
 
 
 
 Lydia das Dôres Matta nasceu dia 5 de agosto de 1916 em Manaus, Amazonas. 
Seu pai, Carlos Nunes do S. Matta, imigrante português naturalizado brasileiro, 
mantinha residência na cidade de Belém, estado do Pará, região Norte do Brasil e 
sua mãe, Zeferina das Dores Matta, negra, trabalhava como costureira e conduzia a 
vida simples de uma família numerosa. Lydia tinha 3 irmãos (maquinista, chofer, e 
foguista), uma irmã professora, outra diplomata em escola profissional e 4 irmãs 
estudantes. Lydia não se casou e nem teve filhos biológicos, mas criou ao menos 
nove. 
 Ingressou na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), em 
20 de março de 1944. Sua formação ocorreu na Classe de 1947. 
 Em 1957, Lydia das Dores foi uma das primeiras mulheres negras e oriundas de 
estados pobres e distantes que se diplomaram no Curso Básico de Enfermagem, 
da Universidade de São Paulo, escola de maior projeção na área na América Latina. 
O ingresso delas na segunda turma do Curso deveu-se à concessão de bolsas de 
estudo pelo Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp). 
 Os registros que apresentam a passagem de Lydia pela Escola de Enfermagem 
de São Paulo permitem descrevê-la como uma mulher disposta a enfrentar as 
dificuldades da formação profissional, do mundo, do trabalho, da atuação na 
enfermagem, mesmo que para isso tivesse que suportar intransigências e 
desrespeitos, ou sofrer calada o racismo permanente nas relações entre brancos e 
negros no Brasil. 
 Em sua forma secundária, foi professora do Instituto de Educação de Manaus. 
 Foi diretora da Escola de Enfermagem Magalhães Barata no Par. Lydia das Dôres 
Matta compos o grupo de negras diplomadas pela escola de maior projeção na 
enfermagem brasileira e na América Latina. Sua história profissional tem início com 
a assinatura do Termo de Contrato Sesp, que possibilitou seu ingresso na segunda 
turma do Curso Básico de Enfermagem, da Universidade de São Paulo, primeira 
turma de bolsistas do Sesp. 
 Titulada enfermeira, Lydia assumiu posição de destaque e liderança no campo do 
ensino e formação da enfermagem no estado do Pará, mas também no Rio de 
Janeiro, capital da República, como atestam os registros históricos compulsados 
durante a pesquisa no Laboratório de Pesquisa de História da Enfermagem da 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Laphe/Unirio). 
 Os indícios históricos de sua experiência profissional reiteram que, em 1956, por 
decreto assinado pelo presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira , 
Lydia das Dôres Matta assumiu na cidade do Rio de Janeiro a direção da Escola 
de Enfermagem Alfredo Pinto, estabelecimento vinculado ao Serviço Nacional de 
Doenças Mentais (EEAP/SNDM), historicamente, a primeira escola de 
enfermagem do Brasil. Foi a primeira enfermeira a trabalhar no cargo PL-7 do 
quadro da secretária do senado federal. 
 Josephina de Mello 
 
 
 
 
 
 
 
Josephina de Mello era natural da cidade de Manaus ,nasceu em 21 de maio de 
1920 e faleceu em 27 de setembro de 1995. Era filha de Juvêncio Paulo de Mello, 
brasileiro, servidor da empresa inglesa Manaus Harbour, e de Florence Albertha de 
Mello, barbadiana, enfermeira obstetra. Não há relatos sobre casamentos e filhos. 
Formou-se em enfermagem pela Universidade de São Paulo em 1947. 
 Estudou no Colégio Estadual do Amazonas e formou-se no magistério pelo 
Instituto de Educação, em 1942. 
 Foi Samaritana Socorrista pela Cruz Vermelha Brasileira de Manaus, em 1943. 
Ingressou como bolsista no SESP, em 1944. 
 Durante sua formação profissional morou no Hospital das Clínicas, assistiu as 
aulas ministradas por ilustres professores da Faculdade de Medicina; e participou 
do I Congresso Nacional de Enfermagem, na capital paulista, em março de 1947. 
 Enfermagem de Saúde Pública, Enfermagem Clínica, Estudos Sobre Tuberculose 
e Microbiologia destacaram-se em seu histórico escolar. Josephina de Mello tinha 
uma natural propensão ao trabalho prático. 
 Concluiu o Curso no final de 1947, e foicontratada pelo SESP para exercer o cargo 
de Enfermeira de Saúde Pública nas unidades sanitárias do então territórios federais 
de Rondônia e Acre, durante um ano. 
 Entre 1948 e 1950, dirigiu cursos de Visitadora Sanitária e Auxiliar Hospitalar em 
Santarém/, e em vários municípios de Pernambuco, Espírito Santo e Minas Gerais. 
Recebeu bolsa adicional do SESP para estudar na Universidade norte-americana 
de Minnesota, curso que concluiu em 1951. De volta à Amazônia, no ano seguinte 
exerceu em Santarém as funções de Enfermeira Distrital e Enfermeira Assistente da 
Seção de Enfermagem do Programa da Amazônia, voltado para treinamento de 
auxiliares de enfermagem para o trabalho junto às populações locais. 
 No período de 1952 a 1954, exerceu em Belém, a função de Enfermeira Chefe da 
Seção de Enfermagem do referido Programa. 
 Em 1955 foi nomeada professora da Escola de Enfermagem de Manaus e, em 
1958, vice-diretora, acumulava a vice-diretoria com a docência. Posteriormente, foi 
elevada à diretora (1985/1989 e 1993/1994). 
Em 1973 graduou-se bacharel em Administração pela Faculdade de Ciências 
Econômicas, Universidade do Amazonas. 
 Publicou artigos em revistas científicas, nacionais e estrangeiras. 
 Josephina de Mello era também Bacharel em Administração pela UFAM e Doutora 
em Enfermagem pela UFRJ. Agraciada no Amazonas e em outras partes do País 
com menções honrosas, prêmios e medalhas, sendo a maior delas a Medalha Mérito 
Oswaldo Cruz, conferida pelo presidente da República Ernesto Geisel, por 
relevantes serviços prestados à nação brasileira no campo da Saúde Pública. 
 Após sua morte, foram construídas em Manaus, pela Missão Evangélica Sul 
América do Brasil, para eternizar a sua memória, a Escola de Tempo Integral 
Professora Josephina de Mello, pelo Governo do Estado, a Escola de Ensino 
Fundamental e Médio Josephina de Mello, e pela Prefeitura de Manaus, a Unidade 
Básica de Saúde Ampliada Enfermeira Josephina de Mello. 
 O COREn estadual, criou o Prêmio Doutora Josephina de Mello, para destacar o 
sentido humanitário da Enfermagem. 
 No início de 1970 conquistou o cargo honorífico de Provedora da Santa Casa de 
Misericórdia de Manaus, uma missão pioneira anteriormente da alçada exclusiva 
dos homens, seu mandato durou cerca de 20 anos. 
 Josephina se destacou no ano Ano de 1975, com a criação da UTI, os 
atendimentos pela Santa Casa, devido seu empenho e trabalho, foram criadas 
condições de melhor tratamento aos usuários de seus serviços, em contrapartida,, 
aumentou as responsabilidades para seus servidores e a ampliação das despesas 
hospitalares. A Santa Casa ganhou maior visibilidade e mais prestígio, também daí 
advieram aborrecimentos, que foram solucionados graças à sua determinação e 
coragem. 
 Recebeu em 1988 a homenagem da Comissão Executiva Estadual, a 
Homenagem Vulto Estadual do Amazonas, pelos serviços prestados, bem como 
representar a raça negra no ano do Centenário da Abolição. 
 
Considerações Finais 
Tudo que escrevermos a respeito dessas duas grandes mulheres, quetransformaram a enfermagem no Brasil, será pouco diante da coragem, 
determinação e a persistência delas. 
Suas trajetórias de vida e trabalho muitas das vezes se identificam, Lydia e 
Josephina foram as primeiras mulheres negras oriundas de estados pobres e 
distantes a ingressarem no Curso Básico de Enfermagem na Universidade de São 
Paulo (USP), a escola de maior projeção da América Latina, na época que foi criada 
em 1940. As duas graduaram-se pela escola de enfermagem da USP. Esse feito, 
para a época era grandioso, devido às dificuldades que as mulheres enfrentavam., 
a perspectiva para as mulheres era as tarefas do lar e a maternidade. 
 Suas lutas e conquistas femininas, sobretudo no âmbito do ensino superior como 
cientistas, professoras, orientadoras, consultoras e diretoras de escolas, abriu 
caminho para a formação de outras enfermeiras. 
Suas histórias de vida e trabalho traduzem o esforço contra a opressão, a 
discriminação contra as mulheres e o preconceito racial, que era arraigado na 
sociedade brasileira, todas essas dificuldades, não fez com que elas desistissem de 
suas lutas, por um espaço mais amplo na enfermagem, para concretizarem a 
realização de um sonho 
A história da enfermagem seria diferente, se não fosse a coragem e a 
determinação dessas duas grandes personagens, não há dúvidas que a luta dessas 
duas mulheres guerreiras marcou o surgimento de uma categoria reconhecida 
e valorizada 
 
 
REFERÊNCIAS 
https://www.ufam.edu.br/ultimasnoticias/1137-reitor-recebeprofessorespara-
discutirprogramacaodocentenariodenascimentodaenfermeirajosephinade-
mello.html 
http://www.seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/782 
https://www.abeneventos.com.br/71cben/anais/resumos/6635302/Resumo.pdf 
https://www.franciscogomesdasilva.com.br/oexemplodejosephinademello/ 
https://www.abeneventos.com.b/resumo 
https://www.google.com.br/amp/s/www.franciscogomesdasilva.com.br/o-
exemplodejosephinademello/ 
Cavalcanti.VC.Moreira.A.LYDIA DAS DORES MATTA SUA TRAJETORIA COMO 
DIRETORA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO (1956-1961). 
R.pesq.cuid.fundam.online[internet].17º de outubro de 2010 [citado 6º de 
outubro de 2021];. Disponível em: http://www.seer.unirio.br/ 
cuidadofundamental/article/view/782 
https://www.google.com.br/amp/s/www.franciscogomesdasilva.com.br/o

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