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Medicina Legal

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HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL
https://prezi.com/view/zFny1c5vOPuoUchTUicq/
Objetivos
· Listar os períodos da história da perícia médico legal, bem como, os principais fatos relevantes
· Compreender o estreito relacionamento da perícia forense com o direito
· Perceber que a evolução do direito e do pensamento científico foi fundamental para que a perícia forense se tornasse uma especialidade reconhecida como ciência com grande relevância no processo investigativo judicial
Períodos Históricos
· Antigo
- Necrópsias eram proibidas, cadáveres eram considerados sagrados
- Egito
· Imhotep: 2655-2600 a.C. (“aquele que vem em paz”)
· Primeiro médico, arquiteto e perito da antiguidade
· Construtor da primeira pirâmide Sakara
· Descreveu as fraturas e lesões sofridas pelos escravos na construção da pirâmide
· Egípcios, tanatólogos da antiguidade, especialistas em embalsamento
· Mulheres grávidas não eram castigadas, passavam por exame médico para afastar gestação
- Babilônia
· Código de Hamurabi: 1772 a.C.
· Código penal mais antigo, composto por 282 leis, baseado na divisão da sociedade em 3 castas
1. Homens livres
2. Funcionários públicos
3. Escravos
· Penalidade dependia da importância social do ofendido
· Regulamentação do exercício da medicina e da relação médico paciente
· Punições aos casos de erro médico, bem como remuneração do médico
· Punições em caso de agressão, morte, aborto, incesto, estupro e separações
- Índia
· Código de Manú: II a.C. ao II d.C.
· Código de Manú, conjunto de cem mil dísticos-grupo de dois versos. Atualmente 2685 divididos em 12 livros, onde divide a sociedade em castas, justificando que o castigo e a coação são essenciais para se evitar o caos na sociedade
· Livro 8, contém normas de direito processual, como também normas de organização judiciária. Art. 331 – qualquer que seja o membro de um ladrão se sirva, para prejudicar as pessoas, o rei deverá cortas para impedi-lo de cometer de novo o mesmo crime
· Duração máxima de gestação: 10 meses. Causa suspensiva de casamento
· Credibilidade do testemunho conforme castas pertencentes e impedimento de crianças, velhos, embriagados, deficientes mentais e loucos
- Grécia
· Platão (427 a.C.) e Hipócrates (460 a.C.)
· Platão: base na medicina legal relacionada ao trabalho – deformidades em artesãos, em relação à atividade laboral
- Nenhum médico, exercendo seu ofício, considera preferencialmente o seu bem no que prescreve, mas o do paciente
- Para o médico verdadeiro é também uma regra ter o corpo humano como sujeito e não como um meio de ganhar mais dinheiro
· Hipócrates, considerado pai da medicina ocidental, em sua obra descreve:
- Diagnóstico e prognóstico de fraturas, feridas e doenças, além dos direitos e deveres do médico
- Juramento famoso na formatura de medicina
· Romano
- Primeira citação de exame médico em uma vítima de homicídio 
- Antístius médico e historiados fez o exame externo no corpo do imperador Júlio César em 44 a.C.
- Direito Romano 
· Romanos fundadores da ciência do direito
· Época arcaica – 753 a.C. a 13 a.C.
- Numa pompílio-lex régia- exame médico em grávidas mortas
- Histerotomia
- Lei das XII tábuas
· Época clássica – 130 a.C. a 230 d.C.
- Em 146 a.C. os romanos destroem Cartago e incorporam a Grécia, resultando em maior poder político dos romanos e consequente evolução do direito romano
· Época pós-clássica – 530 d.C. a 530 d.C.
- Bárbaros invadiram o império romano do ocidente, este período marca a decadência do direito em Roma, produção literária nula
· Época justiniana – 530 d.C. a 565 d.C.
- Código Justiniano: compilado de códigos, normas, leis e regras
- Código Justiniano
· Determinações referentes ao exame médico em
- Mulheres grávidas
- Temas relacionado ao casamento
- Exame para determinar data de nascimento
· Médico passa a ser reconhecido como testemunha
· Necrópsias – exame interno proibido, corpo sagrado
- Perícia
· Exames cadavéricos externos
- Júlio César – 23 ferimentos, apenas um com potencial fatal
- Tarquínio – assassinado por um golpe de machado
- Germânio – suspeita de envenenamento, sinais de magia negra na casa de pisão, como partes de corpos humanos e tabletes de chumbo inscritos com o nome de Germânico
· Medieval
- Século V ao XV
- Ordálio – prova judiciária destinada a inocentar ou culpar um acusado. Consistia em submeter o acusado aos elementos da natureza e o resultado era fundamental para a atribuição da culpa. Interpretado como intervenção divina nos casos onde o acusado sobrevivia 
- Ordálios
· Símbolo do retrocesso judiciário e médico legal
- Carlos Magno – 782-814 d.C. 
· Capitulares: legislação rígida, onde até a pena de morte era prevista em casos de manifestações de paganismo, continha ainda ponderações a respeito de ressarcimento das vítimas, descrição de possíveis lesões e meios de prova destinados à comprovação de impotência sexual
· Carlos Magno instruiu os juízes a ouvir os médicos em casos de lesões corporais, infanticídio, suicídio e estupro
· Penalidade dependia da extensão do dano causado
· Canônico – 1200 a 1600
- Legislação canônica oficializou por intermédio do decreto de Inocêncio II, o início oficial da atuação pericial e que foi consolidada em 1532, com a promulgação por Carlos V do Código Criminal Carolino, que permitia a realização das necrópsias nos casos de morte violenta
*O direito canônico é o direito da Igreja católica, os princípios fundamentais desse direito foram definitivamente fixados com a morte do último dos apóstolos, estes princípios se baseiam na revelação de Deus, que nos mostra a vontade de Deus enquanto legislador supremo, por isso ele é chamado de direito divino
- Papa Inocêncio III – 1198 a 1216
· Convocou o IV concílio de latrão, organizou 7 cruzadas, vasta colaboração no direito, pois aplicou as normas e procedimentos do direito romano ao direito canônico, e, assim, esses princípios até então desconhecidos puderam ser usados no direito civil, no direito moderno e atual
· Decreto n°1209 – sistematiza o exame médico dos feridos levados ao tribunal
- Papa Gregório IX – 1227 a 1241
· Promulgação da bula “Licet ad capiendos”, previa investigação, julgamento, condenação e absolvição dos hereges através da inquisição pontifícia
· Elaboração de uma coletânea de leis em 1230, que vigorou no direito canônico até 1918
· Aprovou em 1234 a bula peritorum indício medicorum (especialistas de informação médica) exigia como requisito indispensável a opinião médica para distinguir entre as várias lesões aquela cujo resultado era especificamente mortal
· Nulidade de casamento em caso de não consumação
- Papa Gregório XI – 1370 a 1378
· Durante a epidemia da grande peste, concedeu a faculdade de Montpellier autorização para realização do exame interno nos cadáveres
- Imperador Carlos V – 1519 a 1556
· Promulgação em 1532 da “constituinte criminalis carolina”, que além de abordar vários temas da medicina legal, permitia a realização do exame necroscópico interno em casos de morte violenta
· Exaltava a importância da realização da perícia antes da decisão do juiz
· Decretou guerra aos protestantes e declarou martinho Lutero um fora de lei
*1507 Alemanha: código de Bamberg – abordava a obrigatoriedade do exame externo em casos de morte violenta
*1525 Itália: Edito dela gran carta dela vicária di nápoli” – tornou obrigatório o parecer de peritos profissionais
*Morte violenta: é aquela de causa não natural, aquela onde existe a ação de um agente externo, seja por acidentes de trânsito, agressões, quedas ou suicídios
· Científico - 1600 em diante
- Grande produção científica e consequente evolução da medicina legal, que por fim adquiriu status de ciência
- 1602: Fortunato Fidelis – Itália 1° tratado 
- 1650: Alemanha – 1° curso uni. Leipzig
- 1658: Paolo Zacchia – compêndio de 10 livros considerada a obra fundadora da medicina legal, pelo grande conteúdo unificado
- 1818: Viena – criação do 1° IML
- 1821: Inglaterra – 1° livro em inglês
- 1876: Cesare Lombroso – antropologia criminal
DOCUMENTAÇÃO MÉDICO-LEGAL
Introdução do fim da aula:
Tipos
· Atestado- É uma declaração pura e simples de um ato médico e suas consequências
- Não significa que é menos importante! 
· Notificação compulsória
· Depoimento oral
· Parecer
· Relatório
Quem escreve
· Qualquer documento que relate um ato da saúde da pessoa e tenha interesse judicial
- Não necessariamente é escrito por um médico legista! 
- Pode ser redigido por enfermeiros, dentistas, outros médicos, etc
Declaração de óbito
· SVO: sistema de verificação de óbito
· IML
- Morte violenta, sem identificação
· SAMU / hospital 
- Morte natural com/sem assistência (pandemia)
DOCUMENTOS MÉDICO LEGAIS
https://prezi.com/view/EUONnmeuog38DDrUIuNf/
· Documento é toda anotação escrita ou expressão gráfica de um fato médico de interesse da justiça, que tem a finalidade de reproduzir e representar uma manifestação do pensamento
· Campo médico legal = PROVA
1. Notificações
2. Atestados
3. Relatórios
4. Pareceres
5. Depoimentos Orais
Notificações
· Comunicações compulsórias feitas pelos médicos a autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária, como acidentes de trabalho, doenças infectocontagiosas, crime de ação pública.
· Doenças de notificação
· A obrigatoriedade da notificação ou comunicação está definida na Lei n° 6.259/1975 e a omissão da denúncia à autoridade pública é crime, com pena prevista no Código Penal Brasileiro. A comunicação ou notificação compulsória é obrigatória nos casos de:
- Acidente de trabalho
- Moléstia infectocontagiosa de natureza compulsória
- Doenças profissionais e do trabalho
- Morte encefálica comprovada em estabelecimento de saúde
- Crimes de ação pública
Atestados
· São os documentos mais elementares e resumem-se na “declaração pura e simples, por escrito, de um fato médico e suas consequências”. Tem unicamente o propósito de sugerir um estado de sanidade ou de doença, anterior ou atual, para fins de licença, dispensa ou justificativa de faltas ao serviço
· Finalidade
- Oficiosos: justificativas simples 
- Administrativos: aposentadoria, abono 
- Judiciários: requisitado pelo juízes “Graciosos”
· Conteúdo
- Idôneo: fato constatado pelo médico e verdadeiro
- Gracioso ou complacente: por amizade ou favor
- Imprudente: inconsequente baseado na palavra
- Falso: fraude no conteúdo praticado por médico, caráter doloso, ou seja, autor tem conhecimento do uso indevido e criminoso
· Estrutura
- Papel Timbrado do serviço médico
- Identificação do Médico
- Para qual finalidade?
- Veracidade das informações
- Diagnóstico ou CID (É vedado ao médico: 
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente
- É parte integrante da consulta
· Código de Ética Médica
- Capítulo X - Art. 80 ao 87
- Ex: prontuário ilegível, falso, etc
· Solicitação de perícia ao INSS
- COLEGA PERITO, SOLICITO AVALIAÇÃO PERICIAL PARA O PACIENTE LUIZ I. L. DA SILVA, 19 ANOS, PERICIADO VÍTIMA DE ACIDENTE DO TRABALHO, DIA 30/02/1964 SOCORRIDO AO HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO ONDE FOI REALIZADA REGULARIZAÇÃO DE COTO DE AMPUTAÇÃO EM QUINTO DEDO DE MÃO ESQUERDA, CID 10 S68.1- PERICIADO REFERE INCAPACIDADE PARA O TRABALHO. FEITO EXAMES RADIOLÓGICOS QUE EVIDENCIARAM AUSÊNCIA DE QUINTO DEDO DE MÃO ESQUERDA. SOLICITO AVALIAÇÃO PERICIAL PARA ENQUADRAMENTO NO BENEFÍCIO AUXÍLIO-DOENÇA. 
DESDE JÁ AGRADEÇO A ATENÇÃO 
GERALDO JOSE RODRIGUES ALCKMIN FILHO 
CRM 32222 
SÃO BERNARDO DO CAMPO, 15 DE NOVEMBRO DE 1964
· Atestado
- DECLARO PARA FINS DE SAÚDE QUE O SR. LUIZ INÁCIO L. DA SILVA, 65 ANOS APRESENTA BOA SAÚDE E ESTÁ APTO PARA PRÁTICA ESPORTIVA DE MÉDIA INTENSIDADE E BAIXO IMPACTO, DESDE QUE, SOB ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAL CAPACITADO E HABILITADO EM RESPECTIVO CONSELHO REGIONAL ALÉM DE RESPEITAR FREQUENCIA CARDÍACA MÁXIMA DE 145BPM. EXAME VÁLIDO POR 3 MESES 
DR. GERALDO JOSE RODRIGUES ALCKMIN FILHO 
CRM 32222 
SÃO BERNARDO DO CAMPO, 15 DE NOVEMBRO DE 2010
Relatórios Médicos Legais
· Narração escrita e minuciosa de todas as operações de uma perícia médica determinada por autoridade judiciária ou policial
- Narração escrita e minuciosa = DESCRIÇÃO 
· Laudo – perícia e confecção realizada por escrito pelo perito
· Auto – perícia realizada pelo perito e ditada ao auxiliar ou escrivão
· Estrutura
1. Preâmbulo
- Nome, data, hora, autoridade requisitante, fotógrafo, auxiliar de necrópsia, testemunhas
2. Quesitos
- Oficiais ou acessórios (houve morte? Qual a causa? Lesão? Instrumento?)
3. Histórico
- Registro dos fatos que motivaram o pedido da perícia e que podem orientar o perito
4. Descrição
- Parte mais importante do relatório, deve ser minuciosa, rica em detalhes, correspondendo ao “visum et repertum”. O perito deve traduzir em palavras as sensações que experimenta ao realizar o exame
5. Discussão
- Perito deve expor o seu raciocínio, embasado nos achados nos exames macro e microscópicos, nas análises laboratoriais e na pesquisa de bibliografia pertinente, que nortearão a conclusão
6. Conclusão
- Análise sumária do observado no exame minucioso
7. Resposta aos quesitos
- Resposta sintética e convincente
Pareceres Médicos Legais
· Esclarecimentos aprofundados a respeito de uma determinada matéria, situação ou fato baseado em argumentação técnico-científica. É a opinião de perito ou comissão de especialistas, versando sobre matéria definida, contraditória ou mal assentada (duvidosa), com finalidade específica, incluída em processos judiciais. A pedido do interessado
· Erro médico: não opinar! Só falar se o procedimento tem fundamento científico ou não
· Estrutura
1. Preâmbulo
- Nome, data, hora, autoridade requisitante
2. Quesitos
- Dúvida ou quesitos adicionais
3. Histórico
- Registro dos fatos que motivaram o pedido do parecer
4. Discussão
- Perito deve expor o seu raciocínio, embasado nos achados documentais correlacionando com a pesquisa bibliográfica pertinente e que nortearão a conclusão
5. Conclusão
- Análise sumária do observado nos documentos anexados
6. Resposta aos quesitos
- Resposta sintética e convincente
· ATENÇÃO: parecer não tem a DESCRIÇÃO em sua estrutura, pois o objetivo não é descrever um objeto ou um fato, e sim esclarecer uma dúvida ou uma contraindicação, bem como apontar falhas em procedimentos médicos
Depoimentos Orais
· Esclarecimentos feito pelo perito, oralmente, de certos pontos duvidosos de perícias realizadas por ele ou por outrem, solicitados pelas autoridades policiais ou judiciárias 
· Consiste na declaração tomada ou não a termo em audiência de instrução e julgamento sobre fatos obscuros ou conflitantes
DECLARAÇÃO DE ÓBITO
https://prezi.com/view/midXR9QedxqxuFjZAYRg/
· Implantado pelo Ministério da Saúde a partir de 1976 
· Documento Base do SIM: Sistema de Informações sobre Mortalidade
- Coleta de Informações sobre Mortalidade 
- Cálculo das estatísticas vitais e epidemiológicas do Brasil
Morte
· Natural com assistência
· Natural sem assistência
· Suspeita
· Violenta
· Sem identificação (moradores de rua)
· Custodiados pelo estado (presidiário)
· Putrefação
· Morte que possa ter sido consequência de alguma medida com intenção diagnóstica ou terapêutica indicada por agente não-médico
Declaração
· Caráter Jurídico
- Lei dos Registros Públicos – Lei 6015/73: Para a lavratura pelos Cartórios de Registro Civil da Certidão de Óbito para as formalidades legais do sepultamento.
· O Médico tem a responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura da Declaração de Óbito, assim como pelas informações registradas em todos os campos deste documento. Deve, portanto, revisar o documento antes de assiná-lo
1. Preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa falecida (na ausência de documentos, cabe a autoridade policial proceder o reconhecimento)
2. Letra Legível, sem rasuras ou abreviações
3. Registrar as causas da morte (um por linha)
4. Revisar todos os campos antes de assinar
· Cuidado
1. Não assinar D.O. em branco
2. Não preencher sem ter constatado a morte
3. Não usar termos vagos: paradacardíaca, parada cardiorrespiratória, falência de múltiplos órgãos
4. Não cobrar pela emissão da D.O.* 
*O ato de examinar e constatar o óbito poderá ser cobrado desde que se trate de paciente particular a quem vinha prestando assistência
· Situações para a emissão
- Todos os Óbitos (natural ou violento)
- Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, independentemente da duração da gestação, do peso do recém-nascido e do tempo que tenha permanecido vivo.
· Nascido vivo: É a expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um produto da concepção que respire ou que apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta
- No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou feto com peso igual ou superior a 500 gramas, ou estatura igual ou superior a 25 cm.
· Óbito fetal, morte fetal ou perda fetal: É a morte do produto da concepção antes da expulsão do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez. A morte do feto é caracterizada pela inexistência, depois da separação, de qualquer sinal descrito para o nascido vivo.
· Situações para a NÃO emissão
1. No óbito fetal, com gestação de menos de 20 semanas, feto com peso menor que 500 gramas e estatura menor que 25 cm.
- Facultativo para o sepultamento
2. Peças Anatômicas amputadas
- Relatório médico em papel timbrado do hospital
· Morte Natural (doença ou estado mórbido)
- Com assistência médica
· O Médico que vinha prestando assistência ao paciente, sempre que possível, em todas as situações
· O Médico assistente e, na sua falta, o médico substituto ou plantonista, para óbito de pacientes internados sob regime hospitalar
· O Médico designado pela instituição que prestava assistência para óbitos de pacientes sob regime ambulatorial
· O Médico do PSF, Programa de Internação Domiciliar e outros semelhantes, para óbitos de pacientes em tratamento sob regime domiciliar. (Na dúvida S.V.O.) 
*S.V.O. = Serviço de Verificação de Óbito
- Sem assistência médica
· O Médico do S.V.O. nas localidades que disponha deste serviço
· O Médico do Serviço Público de Saúde mais próximo de onde ocorreu o evento; e na sua ausência, por qualquer médico, nas localidades sem S.V.O.
· Morte Não Natural (causas externas)
- Mortes violentas
- Mortes suspeitas
- Sem identificação
- Custodiados pelo estado
- Putrefação
- Morte que possa ter sido consequência de alguma medida com intenção diagnóstica ou terapêutica indicada por agente não-médico
· O Médico Legista do IML
· Nas localidades onde existir apenas 1 médico, este é o responsável pelo fornecimento da DO.
· Qualquer médico da localidade, investido pela autoridade judicial ou policial, na função de Perito Legista (ad hoc)
Fluxograma 
Orientações
· Preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa falecida (na ausência de documentos, cabe a autoridade policial proceder o reconhecimento
· Letra legível, sem rasuras ou abreviações
· Registrar as causas da morte (um por linha)
· Revisar todos os campos antes de assinar
· Não assinar D.O. em branco
· Não preencher sem ter constatado a morte
· Não usar termos vagos: parada cardíaca, parada cardiorrespiratória, falência de múltiplos órgãos
· Não cobrar pela emissão da D.O.*
Declaração de Óbito
- Parte ITempo aproximado 
entre o aparecimento
da doença e a morte
· Causa Imediata ou Terminal 
· Causa Intermediária
· Causa Intermediária
· Causa Básica da Morte
- Parte II
· Outros estados patológicos significativos que contribuíram para a morte, não estando, entretanto, relacionados com o estado patológico que a produziu.
1. Dados do Médico que preencheu a D.O.
2. Causas Externas
3. Localidades sem Médicos (2 testemunhas)
· Exemplo 1
- Homem de 50 anos, com diagnóstico de Diabetes há 20 anos e Hipertensão Arterial há 15 anos, com hipertrofia de ventrículo esquerdo evoluiu com insuficiência cardíaca há 5 anos, com hipertireoidismo há 3 anos, desenvolveu quadro de dispneia súbita há 3 horas, com saída de secreção espumosa pela boca e narinas evoluindo a óbito.
Parte I
a-) Insuficiência Respiratória Aguda 3 horas
b-) Edema Agudo de Pulmão 3 horas
c-) Insuficiência Cardíaca Hipertensiva 5 anos
d-) Hipertensão Arterial Sistêmica 15 anos
Parte II
Hipertireoidismo 3 anos
Diabetes Mellitus 20 anos
· Exemplo 2
- Homem de 42 anos, vítima de acidente de trânsito, com trauma abdominal, com laceração hepática e volumoso hemoperitôneo, foi para o centro cirúrgico e durante Laparotomia exploradora evoluiu com parada cardiorrespiratória irreversível às manobras de ressuscitação.
Parte I
a-) Choque Hemorrágico 2 horas
b-) Laceração Hepática 2 horas
c-) Trauma abdominal 2 horas
d-) Acidente de Trânsito 2 hora
Parte II
Laparotomia Exploradora 
· Exemplo 3
- Mulher de 48 anos, vítima de queda de escada há 5 meses, teve Traumatismo Raqui Medular, submetida a internação hospitalar e tratamento cirúrgico teve alta após 45 dias, permaneceu acamada em casa sob tratamento clínico. Há 20 dias evoluiu com quadro de febre, com expectoração amarelada e dispneia, Rx evidenciou Broncopneumonia, permaneceu internada, porém cursou com sepse há 2 dias e evoluiu a óbito.
Parte I
a-) Choque Séptico 2 dias
b-) Broncopneumonia 20 dias
c-) Traumatismo Raqui Medular 5 meses
d-) Queda de Escada 5 meses
Quem deve preencher a declaração de óbito? 
MÉDICO LEGISTA!
· Código Penal
- Art. 302: Dar o médico, no exercício de sua profissão, atestado falso. 
- Pena: Detenção de um mês a um ano. 
- Parágrafo Único: Se o crime for cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
· Código de Ética Médica
- Art. 112: Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou seu responsável legal. 
· Parágrafo único - O atestado médico é parte integrante do ato ou tratamento médico, sendo o seu fornecimento direito inquestionável do paciente, não importando em qualquer majoração dos honorários.
- Art. 114: Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto, ou em caso de necropsia e verificação médico-legal. 
- Art. 115: Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta
· Resolução CFM n° 1.641/2002
- Art. 1º: É vedado aos médicos conceder declaração de óbito em que o evento que levou à morte possa ter sido alguma medida com intenção diagnóstica ou terapêutica indicada por agente não-médico ou realizada por quem não esteja habilitado para fazê-lo, devendo, neste caso, tal fato ser comunicado à autoridade policial competente a fim de que o corpo possa ser encaminhado ao Instituto Médico Legal para verificação da causa mortis. 
- Art. 2º: Sem prejuízo do dever de assistência, a comunicação à autoridade policial, visando o encaminhamento do paciente ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito, também é devida, mesmo na ausência de óbito, nos casos de lesão ou dano à saúde induzida ou causada por alguém não-médico. 
- Art. 3º: Os médicos, na função de perito, ainda que ad hoc, ao atuarem nos casos previstos nesta resolução, devem fazer constar de seus laudos ou pareceres o tipo de atendimento realizado pelo não-médico, apontando sua possível relação de causa e efeito, se houver, com o dano, lesão ou mecanismo de óbito. 
- Art. 4º: Nos casos mencionados nos artigos 1º e 2º deve ser feita imediata comunicação ao Conselho Regional de Medicina local.
· Resolução CFM n° 1.779/2005
- É vedado ao médico:
· Art. 39. Receitar ou atestar de formasecreta ou ilegível, assim como assinar em branco folhas de receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos. 
· Art. 44. Deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou infringir a legislação vigente. 
· Art. 110. Fornecer atestado sem ter praticado o ato profissional que o justifique, ou que não corresponda a verdade. 
· Art. 112. Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou seu responsável legal. 
· Art. 114. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto, ou em caso de necropsia e verificação médico-legal. 
· Art. 115. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta”
· Art. 1º O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da responsabilidade do médico que atestou a morte. 
· Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão às seguintes normas: 
1) Morte natural: 
I. Morte sem assistência médica: 
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO): A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO; 
b) Nas localidades sem SVO: A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade. 
II. Morte com assistência médica: 
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha prestando assistência ao paciente. 
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo médico assistente e, na sua falta por médico substituto pertencente à instituição. 
c) A declaração de óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO; 
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.
2) Morte fetal: 
Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram assistência à mãe ficam obrigados a fornecer a Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração igual ou superior a 20 semanas ou o feto tiver peso corporal igual ou superior a 500 (quinhentos) gramas e/ou estatura igual ou superior a 25 cm. 
3) Mortes violentas ou não naturais: 
A Declaração de Óbito deverá, obrigatoriamente, ser fornecida pelos serviços médico-legais. 
Parágrafo único. Nas localidades onde existir apenas 1 (um) médico, este é o responsável pelo fornecimento da Declaração de Óbito. 
Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução CFM nº 1.601/00
PERÍCIA E PERITOS
Perícias médico legais
· Os peritos são considerados os “olhos do juiz”, cujo laudo é decisivo ou ponderável em decisões judiciais, sendo que a honra, a liberdade e até a vida das pessoas podem depender de suas decisões
· “Os laudos periciais, muitas vezes, são o prefácio da sentença” – Hélio Gomes
· Conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem por finalidade o esclarecimento de um fato para a justiça
· São os especialistas, técnicos especializados, dotados de profundos conhecimentos técnicos e práticos do ramo a que se dedicam. São profissionais legalmente habilitados nas mais diversas áreas do conhecimento humano (medicina, odontologia, engenharia, física, bioquímica)
Atuação
· Peritos oficiais
- São peritos concursados. São funcionários, cuja atribuição é a prática pericial. Realizam as perícias em “função do ofício”
· Peritos nomeados
- São peritos nomeados pelo juiz, também denominados de peritos louvados. (ad hoc – para este caso) Estes prestam o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo
· Assistentes técnicos
- Às partes é facultado o direito do assistente técnico (art 421 CPC). Deve acompanhar a perícia, formular quesitos, orientar o advogado da parte. Também prestam compromisso. Sua figura está presente nas lides de âmbito civil.
Peritos
· São os especialistas, técnicos especializados, dotados de profundos conhecimentos técnicos e práticos do ramo a que se dedicam. São profissionais legalmente habilitados nas mais diversas áreas do conhecimento humano (medicina, odontologia, engenharia, física, bioquímica
· Objetivos
- Produção de provas
- Revela a existência ou não de um fato contrário ao direito
- Fornece elementos para a convicção do juiz (sentença)
- As perícias se materializam através de laudos
- Perícias para fins penais, civis, trabalhistas, administrativos
- As perícias são realizadas em vivos, mortos, objetos e até animais
· Nos vivos
- Diagnóstico de lesões corporais
- Determinação de idade, de sexo, grupo racial
- Diagnóstico de gravidez, parto e puerpério e aborto
- Diagnóstico de conjunção carnal e de atos libidinosos
- Comprovação de vínculo genético
- Comprovação de doenças e acidentes de trabalho
- Contaminação por doenças venéreas ou moléstias graves
- Deficiência Mental
· Nos mortos
- Diagnósticos da causa mortis
- Auxiliar na causa jurídica da morte
- Tempo aproximado da morte
- Identificação do morto
- Exames toxicológicos
- Exames anatomopatológicos
· Perícia em objetos
- Presença de
· Sangue
· Pêlos
· Esperma
· Leite e colostro e líquido amniótico
· Saliva, secreções vaginais
· Impressões digitais
· Armas e projéteis
· Prova é o elemento demonstrativo da autenticidade de um fato
· O juiz não está adstrito às provas existentes nos autos
· “Visum et Reperterum” (visto e referido)
Exame de corpo de delito
· É um elenco de lesões, alterações ou perturbações, e dos elementos causadores desse dano, em se tratando dos crimes contra a vida e a saúde do ser humano, desde que possa isso contribuir para provocar a ação delituosa
· Art. 158: Quando um crime deixa vestígios, é indispensável a realização do exame de corpo de delito, não podendo supri-lo nem a confissão do suspeito
· O exame de corpo de delito deverá ser realizado o mais rapidamente possível, logo que se tenha conhecimento do fato
· Corpus criminis 
- A pessoa ou a coisa sobre a qual se tenha cometido uma infração
· Corpus instrumentorum 
- A coisa material com a qual se realizou o ato criminoso
· Corpus probatorum
- Os elementos de convicção: provas, vestígios, resultados produzidos pelo fato delituoso
Lesão corporal
· Tem como objetivo quantificar e qualificar as lesões corporais sofridas por outrem, caracterizando sua extensão, sua gravidade e sua perenidade
· Art. 129 – Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: pena – detenção de 3 meses a 1 ano
· § 1º - Se resulta:
- I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 (trinta) dias;
- II - perigo de vida;
- III - debilidade permanente;
- IV - aceleração de parto
- Pena - reclusão, de até 5 (cinco) anos.
· § 2º - Se resulta:
- I - incapacidade permanente para o trabalho;
- II - enfermidade incurável;
- III - perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
- IV - deformidade permanente;
- V – aborto:	
- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.
Tipos de Lesão
· Lesão leve
· Lesão grave
- Incapacidade das ocupações habituais por mais de 30 dias
- Perigo de vida
- Debilidade permanente de membro sentido ou função
- Aceleração de parto
· Lesão gravíssima
- Incapacidade permanente para o trabalho
- Enfermidade incurável
- Perda ou inutilização de membro, sentido ou função
- Deformidade permanente
- Aborto
Respostas aos quesitos
1-Há ofensa à saúde ou integridade corporal ou à saúde do examinado?
2-Qual a natureza do agente, instrumento ou ou meio que a produziu?
3-Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, ou por outro meio insidioso ou cruel?
4-Resultará Incapacidade das Ocupações Habituais por maisde 30 dias; Perigo de Vida, Debilidade Permanente de membro sentido ou função; ou Aceleração de Parto?
5-Resultará Incapacidade Permanente para o Trabalho; Enfermidade Incurável; Perda ou Inutilização de membro, sentido ou função; Deformidade Permanente ou Aborto?
Exemplo
· Homem de 40 anos, sofreu agressão com um soco no olho, evoluiu com descolamento de retina e perda da visão do olho direito
- Lesão 
· Motociclista, sofre colisão com um veículo e tem fratura de fêmur, submetido à tratamento cirúrgico, teve com evolução satisfatória e em 45 dias teve alta do INSS
Lesão leve, grave ou gravissíma?
· Motociclista, sofre colisão com um veículo e tem fratura de fêmur, submetido à tratamento cirúrgico, teve com evolução satisfatória e em 25 dias teve alta do INSS
- Lesão
· Condutor de veículo sofre acidente de trânsito, atendido no Pronto Socorro, diagnosticado hemotórax esquerdo, submetido à Drenagem torácica, com saída de 1500ml de sangue, foi transfundido com 5 unidades de concentrado de hemácias com evolução satisfatória e em 29 dias retornou ao trabalho
- Lesão 
ANTROPOLOGIA FORENSE E IDENTIFICAÇÃO
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Introdução
· Estabelecer identidade
- Banco de dados
Identidade e Identificação
· Identidade
- É a soma de caracteres que individualizam uma pessoa
· Identificação
- É o processo pelo qual se determina a identidade de uma pessoa ou de uma coisa. 
- É o conjunto de diligências cuja finalidade é levantar uma identidade
· Hamurabi e França
- Código de Hamurabi – forma de identificar criminosos com amputação de orelhas, nariz, dedos, mãos e até vazamento dos olhos
- França – pré-revolução – praxe ferrar os ladrões com flor-de-lis no rosto. Primários carcados com um “V” e reincidentes com um “GAL”
· Reconhecimento
- É a identificação empírica (ato de admitir como certo ou afirmar conhecer)
- Identificação é o reconhecimento científico
· Fases da Identificação
- Em uma perícia de identificação a técnica utilizada é realizada em 3 fases
1. Primeiro Registro
2. Segundo Registro
3. Identificação propriamente dita
*Obs: é sempre um processo comparativo
- Exemplo: Sacar dinheiro no banco, primeiro a máquina identifica pelo cartão – reconhece pela digital – confirma o saque 
Critérios de Qualificação do Método
· Biológicos
- Unicidade
· É uma condição de não se ver a repetição, em indivíduos distintos, d um determinado conjunto de caracteres pessoais
- Perenidade
· É um requisito técnico caracterizado pela capacidade de certos elementos não se perderem com a ação do tempo
- Imutabilidade
· Traduz a inalterabilidade dos caracteres de identificação com o passar do tempo, ou seja, eles não mudam com o tempo
· Técnicos 
- Praticabilidade
· É o requisito técnico que torna o processo de identificação aplicável à rotina pericial
- Classificabilidade
· É a condição que permite guardar, catalogar e encontrar quando for possível, os conjuntos de caracteres próprios de um indivíduo, permitindo a sua identificação 
Identificação Física
· Espécie
- Ossos 
Morfologicamente e microscopicamente pela análise dos canais de Harvers – humano é maior e mais largo (8 por mm²)
- Sangue
1. É sangue? 
· Técnica dos cristais de Teichmann ou Adler
2. É humano? 
· Método de Uhlenhunth – albumino reação
· Mamíferos as hemácias caracterizam na ausência de núcleo e são circulares. 
· Obs: tipagem sanguínea, sexo (corpúsculo de Barr) 
· Tipos étnicos
- Raça – Tipos étnicos fundamentais – Ottolenghi
· Caucásico
- Pele branca ou trigueira, cabelos lisos ou crespos, louros ou castanhos, íris azuis ou castanhas, contorno craniofacial anterior ovoide ou ovoide-poligonal, perfil facial ortognata e ligeiramente prognata
· Negroide
- Pele negra, cabelos crespos, em tufos, crânio pequeno, perfil facial prognata, fronte alta e saliente, íris castanhas, nariz pequeno, largo e achatado, perfil côncavo e curto, narinas espessas e afastadas, visíveis de frente e circulares
· Australoide
- Estatura alta, pele trigueira, nariz curto e largo, arcadas zigomáticas largas e volumosas, prognatismo maxilar e alveolar, cinturas escapular larga e pélvica estreita, dentes fortes, mento retraído, arcadas superciliares salientes e crânio dolicocéfalo
· Indiano
- Estatura alta, pele amarelo-trigueira, tendente ao avermelhado, cabelos pretos, lisos, espessos e luzidios, íris castanhas, crânio mesocéfalo, supercílios espessos, orelhas pequenas, nariz saliente, estreito e longo, barba escassa, fronte vertical, zigomas salientes e largos
· Mongólico
- Pele amarela, cabelos lisos, face achatada de diante para trás, fronte larga e baixa, espaço interorbital largo, maxilares pequenos e mento saliente
- Elementos de caracterização racial
· Forma do crânio
· Índice cefálico
· Índice tíbio-femoral
· Índice rádio-umeral
· Ângulo facial (Jacquart, Cloquet e Curvier)
· Sexo
- Sexo morfológico: é representado pela configuração fenotípica do indivíduo
- Sexo cromossomial: é definido pela avaliação dos cromossomos 
- Sexo gonadal: caracteriza o masculino como portador de testículos e o feminino como portador de ovários
- Sexo cromatínico: determinado pelos corpúsculos de Barr. Sexo da genitália interna
- Sexo na genitália externa: define o masculino com a presença de pênis e escroto, e o feminino com a presença de vulva, vagina e mamas
- Sexo jurídico: é o designado no registro civil
- Sexo de identificação / psíquico / comportamental: é aquele cuja identificação o indivíduo faz de si próprio
- Sexo médico-legal: é constatado por meio de uma perícia médica
· Pelve (crista ilíaca mais achatada no homem, perfil androide) 
· Crânio (masculino: fronte mais proeminente, processo mastoide mais proeminente, mandíbula mais quadrada)
 Homem Mulher
· Idade
- Aparência
- Pele (melanina – parece jovem) 
- Pêlos
- Globo ocular
- Dentes
- Radiografia dos ossos do punho ou dos pontos de ossificação
· Estatura
- Através da medição direta no vivo ou no cadáver
- Através de tábuas ou tabelas osteométricas (Broca, Etienne-Rollet ou de Lacassagne e Martin)
· Sinais particulares
- Todo e qualquer sinal apresentado por alguém que seja útil para ajudar na busca de sua identificação
- Ex: nevus, manchas, verrugas, tatuagens, cicatrizes, dentária...
Digitais
· Papiloscopia
- É um método de identificação reconhecido, aceito e adotado pelas polícias de todo o mundo. A polpa dos dedos, a palma das mãos e as plantas dos pés têm linha e saliências papilares de disposição variável. Estes desenhos aparecem durante vida intrauterina, permanecem por toda a vida do indivíduo, durante algum tempo após a morte (até serem eliminadas pelo fenômeno putrefativo), diferindo de um indivíduo a outro, mesmo em casos de gêmeos univitelinos
- É o processo de identificação humana baseado nos estudos dos desenhos das cristas papilares dos dedos, impressos em um suporte qualquer
- Juan Vucetich – idealizou seu sistema dactiloscópico em 1981 na Argentina
· Sistema decadactilar
- Sistema dactiloscópico de Vucetich
· Baseia-se nas características dactiloscópicas dos dedos (decadactilar)
· Os desenhos das polpas digitais (cristas e sulcos papilares) são classificados conforme suas peculiaridades
· Delta
- Delta (ou triângulo) é um dos elementos mais importantes do desenho digital. Pequeno ângulo ou triângulo formado pelo encontro dos 3 sistemas de linhas
- Tipos fundamentais 
· Arco 
- Ausência do delta
- As cristas se dispõem de um lado ao outro
- Símbolos – A e 1
· Presilha interna
- Presença do delta a direita do observados
- Símbolos – I e 2 
· Presilha externa
- Presença do delta a esquerda do observador
- Símbolos – E e 3
· Verticilo
- Presença de 2 deltas, um a direita e outro a esquerda do observador
- Símbolos – V e 4 
· Legenda
- Polegares: letras maiúsculas “V E I A”
- Restante dos dedos: algarismos 4-3-2-1
- Dedo amputado: 0 (zero)
- Desenho papilar alterado ou cicatriz: X 
· Luva cadavérica
- Quando o corpo está em putrefação ele vai perdendo a impressão digital
- Epiderme descola
· Pontos característicos- Pontos característicos
- São os acidentes encontrados nas cristas papilares
- São os elementos individualizadores de impressão digital
- A identificação de 12 pontos característicos correspondentes em uma impressão digital, permite o estabelecimento da identidade de uma pessoa (Brasil)
· Tipos de impressão digital
1. Moldada
- Quando a impressão se faz sobre superfícies plásticas, tornando a impressão em relevo
2. Latentes
- Quando existe impressão, porém esta necessita ser revelada pelos reveladores (carbonato de chumbo, negro de fumo e outros métodos)
3. Reveladas ou normais
- Quando a impressão pelo toque da polpa digital está impregnada de qualquer sujidade (gordura, sangue, tinta, graxa, carvão, etc) marca a superfície de contato
V E I A 
4 3 2 1
· Questão
1. Observando-se a fórmula datiloscópica V - 4 1 2 3 / O - 3 2 x 1 verifica-se que o terceiro dedo da mão esquerda apresenta a figura de:
R: Presilha interna
2. verticilo, p. externa, p.interna, arco e cicatriz/ arco, arco, cicatriz, amputado e verticilo, qual a fórmula? 
R: V – 3 2 1 X / A 1 X 0 4
TANATOLOGIA
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Introdução
· Thanatos
- Personificação da morte
· Tanatologia
- Ramo da medicina legal que estuda a morte e suas repercussões na esfera jurídico-social
Morte
· Óbito ou falecimento, cessação completa da vida, da existência
· Morte encefálica
- Designa-se por morte encefálica a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais. O termo morte encefálica aplica-se a condição final, irreversível, definitiva de cessação das atividades do tronco cerebral
· Tipos de morte
· Morte aparente
- Parada cardíaca
- Parada respiratória
- Perda de consciência
- Desaparecimento dos movimentos e do tônus muscular
- Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e doloroso
- Perda de sensibilidade
- Relaxamento dos esfíncteres
- Ausência de pulso
- Pálpebras parcialmente cerradas
- Fácies hipocráticas
- Perda das funções cerebrais
Fenômenos Cadavéricos Abióticos
· Abióticos imediatos
- Perda da consciência
- Perda da sensibilidade
· Sinal de Josat
- Abolição do tônus muscular
· Sinal de Rebouillat
· Máscara da morte
- Cessação da respiração
· Prova de Winslow
- Cessação da circulação
· Prova de Magnus
· Prova de Middeldorf
- Cessação de atividade cerebral
· Abióticos consecutivos
- Desidratação
· Perda de peso (feto e crianças)
· Pergaminhamento da pele
· Ressecamento das mucosas dos lábios
· Modificação dos globos oculares
· Tela viscosa (fino véu sobre a córnea)
· Perda da tensão do globo ocular
· Mancha da esclerótica (sinal de Sommer e Lacher)
· Opacificação da córnea
- Esfriamento (algor)
· Se inicia nas mãos, pés e face
· Crianças e idosos mais rapidamente
· Obesos mais lentamente
· Hemorragias e doenças crônicas (+ rápido)
· Doenças infecciosas (+ lento)
· Fórmula
*Resfriamento de 1,5°C por hora
*Qual tempo de morte se temperatura do cadáver 22,2°C?
R: H = 37,2 – 22,2 / 1,5 = 10h 
- Rigidez cadavérica (rigor)
· Lei de Nysten
· Se inicia na face, mandíbula e pescoço
· Depois MMSS, tronco e MMII
· Inicia entre 1-2h, máximo em 8h
· Termina quando se inicia a putrefação depois de 24h
· Diminuição da oxigenação, ácido lático, diminuição do pH, coagulação da miosina
· Não ocorre o encurtamento da fibra
- Hipóstases (livor)
· Locais de declive do cadáver
· Manchas isoladas formando grandes áreas
· Não aparecem em regiões de contato com a superfície
· Tonalidade violácea
· Iniciam-se após 2 a 3h
· Asfixias maior fluidez do sangue, livores mais acentuados
· Se fixam após 12h – após coagulação do sangue nos capilares
· Hipóstase visceral (fígado, pulmões, rins e baço) 
· Coloração
- Tonalidades violáceas = asfixias
- Monóxido de carbono = vermelho-cereja
- Cianeto = vermelho vivo
- Metahomoglobinizantes (intoxicação por paracetamol) = marrom escuro
 
Fenômenos Transformativos Destrutivos
· Autólise
- Asséptica
Diminuição da oxigenação - acúmulo de ácido lático - redução de pH - liberação de enzimas lisossômicas - destruição das estruturas celulares - células gástricas, intestinais e pancreáticas ricas em enzimas
- Acidificação 
· Putrefação
- Decomposição fermentativa da matéria orgânica
- Se inicia a partir do intestino – Mancha Verde Abdominal
- É mais rápida em crianças, infecções e mutilados
- Temperaturas frias é mais lento
- Períodos
· Período de coloração
- Inicia-se pela mancha verde em fossa ilíaca direita
- Surge entre 20 e 24h
- Nos afogados e fetos, se inicia pela região torácica superior
- Vai se difundindo pelo abdome, tórax, cabeça e membros
- A tonalidade verde vai se escurecendo
- Hidrogênio sulfurado + hemoglobina
· Período Gasoso
- Gases da putrefação >48h
- Enfisema putrefativo
- Bolhas e flictemas
- “Posição de Lutador”
- Circulação póstuma de Brouardel
*Fogo fátuo: Gás metano produzido pela putrefação + vela acesa chama azulada
· Período Coliquativo
- Dissolução do cadáver
- Larvas de insetos
- Massa pútrida
- Um a vários meses
· Período de Esqueletização
- Atuação do meio ambiente, fauna e flora cadavérica
- Degradam os tecidos restando apenas os ossos
- De 6 meses até 3 anos 
· Maceração
- Ocorre quando o corpo permanece imerso em água ou em outros líquidos
· Séptica: meio líquido contaminado
· Asséptica: intra uterina
Fenômenos Transformativos Conservadores
· Saponificação ou Adipocera
- 6° semana após a morte
- Solo argiloso, úmido, em poco contato com o ar ambiente
- Transformação do cadáver em substância untuosa, amolecida, de tonalidade amarelo-escuro, aparência de cera ou sabão
- Hidrólise da gordura originando ácido graxo formando ésteres em contato com a argila
- Mais comum em obesos, crianças e mulheres
· Mumificação
- Desidratação rápida do cadáver
- Exposição ao ar quente e seco
- Peso reduzido, pele dura, seca, enrugada, enegrecida
· Calcificação
- Calcificação ou petrificação do corpo
- Fetos mortos retidos na cavidade uterina 
- Litopédios (crianças de pedra)
- Assimilação de calcáreos pelo corpo
· Congelação
- Abaixo de -40°C: tempo indefinido
N2
INSTRUMENTOS E LESÕES
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Energias
· Atuam sobre o corpo humano, modificando no todo ou em parte o seu estado de repouso ou de movimento, produzindo lesões ou a própria morte.
· Tipos
- Energias de ordem mecânica
- Energias de ordem física
- Energias de ordem química
- Energias de ordem biológica
- Energias de ordem físico-química
- Energias de ordem mista
Energia Mecânica
· Ação x reação
· Atuam de forma mecânica, modificando o estado de repouso ou de movimento de um corpo, produzindo lesões em parte ou no todo, agindo de forma ativa ou passiva
Instrumentos e Lesões
	Ação simples
	Ação composta
	Instrumentos
	Lesões
	Instrumentos
	Lesões
	Perfurante
	Punctória
	Corto-contundente
	Corto-contusa
	Cortante
	Incisa
	Pérfuro-cortante
	Pérfuro-incisa
	Contundente
	Contusa
	Pérfuro-contundente
	Pérfuro-contusa
· Ação Simples 
- Instrumentos
· Perfurante
- Ação perfurante
- Instrumento pontiagudo, alongado e fino com diâmetro transverso reduzido
- Graves repercussões na profundidade
- Ex: agulha, picador de gelo, florete
- Pressão sobre um ponto, afastando as fibras do tecido, raramente seccionando-as
· Cortante
- Conceito de instrumentos cortantes: são dotados de gume ou fio, que deslizando sobre uma linha na superfície corporal provocam lesões
 
*O mesmo instrumento pode agir de maneiras diferentes, por isso devemos classificar a ação não pelo instrumento, mas pelas características físicas da lesão.
· Contundente
- Conceito: são instrumentos pesados, dotados de superfícies, que por pressão, percussão, arrastamentos provocam lesões corporais
1. Superfícies lisas: tábuas, réguas, canos
2. Superfícies rugosas: pedras, tijolos, torrões, socos, pés, cabeçadas, etc
3. Superfícies flexíveis: borrachas, cordas, chibatas, relhos, etc
4. Superfície líquida: água doce ou salgada
5. Superfície gasosa: ar comprimido
6. Superfície natural: mãos, pés, cabeça
 
 
- Lesões
· Punctória
- Tem como característica a abertura estreita, poucosangrante, de menor diâmetro que o instrumento que a produziu e de maior gravidade na profundidade que na superfície
- Médio calibre: quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume um aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos e Langer
1. As feridas assemelham-se às produzidas por instrumentos de dois gumes
2. Em uma mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção
3. Na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, triângulo ou quadrilátero
*Somente em vivos esses ferimentos tomam tais características, em virtude da elasticidade e da retratilidade dos tecidos
*Pessoa viva tem elasticidade de pele, então ao perfurar as linhas de força se tracionam. Se a pessoa estiver morta, o indivíduo não tem mais elasticidade, então ao perfurar o ferimento vai ficar “redondinho”
· Incisa
- Conceito de ferida incisa: apresentam bordas regulares, afastamento das bordas da ferida, predomínio do comprimento sobre a profundidade, centro da ferida mais profundo que a extremidade, hemorragia abundante, geralmente apresenta cauda de escoriação no término da lesão
- Região cervical:
1. Parte anterior: esgorjamento
2.Parte posterior: secção quase total do pescoço denomina-se degola
3. Quando há a separação total da cabeça do restante do corpo denomina-se decapitação
· Contusa
- Feridas por ação contundente
1. Superficiais, eritema e edema traumático, escoriações, equimoses, ferida contusa, hematomas, fraturas e luxações
2. Profundas, edema traumático, equimoses, hematomas, fraturas, luxações, rupturas de vísceras, síndrome explosiva
- Eritema traumático: representada apenas pelo rubor, calor e vermelhidão da região atingida. Ex: bofetada
- Edema traumático: ocorre a ruptura de vasos com extravasamento de líquido seroso para o tecido celular subcutâneo e demais. Ex: pequenos traumas
- Escoriações: ferimentos contusos caracterizados pela perda de epiderme, com exposição da derme. Ex: raspão, ralado, arranhão
- Equimoses: podem ser superficiais ou profundas, ocorrendo extravasamento de sangue que colore e embebe os tecidos, e a seguir reações químicas de reabsorção, com alterações da cor
 
*Espectro equimótico de Legrand Du Salle: Inicialmente a equimose é de um vermelho-violáceo, entre o 5° e 6° dia adquire uma tonalidade azulada. Ao 12° dia adquire um tom esverdeado. No 14° dia fica de um verde-amarelado, do 16° ao 20° dia fica amarelada. A pele recobra assim sua cor natural, com a resolução da equimose, sendo que esta transição de cores ocorre da periferia para o centro
3.Feridas contusas: são produzidas pelos instrumentos de superfícies, que, pela ação contundente, vencem a resistência e elasticidade dos tecidos, provocando lesões abertas com as seguintes características:
· Forma estrelada, bordas irregulares, escoriadas, equimosadas, retração das bordas, pouco sangrante, pontes de tecido íntegro ligando às vertentes
*FCC NÃO É FERIDA CONTUSA 
FCC – corte com lâmina e pressão (elementos irregulares)
- Hematoma: grande extravasamento de sangue de vaso sanguíneo calibroso e sua não difusão nas malhas dos tecidos, formando uma cavidade
- Fratura: solução de continuidade dos ossos de causa direta ou indireta, por torção, flexão ou compressão. Simples, cominutiva, fechada, exposta, galho verde
- Luxação: é o deslocamento de dois ossos cujas superfícies de articulação deixam de manter suas relações de contato que lhes são comuns
- Ruptura de vísceras internas: ocorrem por traumas com violento impacto, atingindo fígado, baço, rins, intestinos, pâncreas e suprarrenais. Teorias da Pressão Hidráulica, Modificação da Forma
· Ação composta
- Instrumentos
· Corto contundente
- Apesar de possuir gume, são influenciados pela ação contundente quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem o maneja
- Ex: enxada, foice, facão, guilhotina, machado, dentes
*Pressão sobre uma linha – corta pela contusão
· Pérfuro cortante
- Apresentam ponta e gume, atuando por mecanismo misto, penetrando com a ponta e cortam com bordas afiadas
- Ex: faca, espada, punhal
· Pérfuro contundente
- Mecanismo de ação que perfura e contunde
- Maioria das vezes instrumentos mais perfurantes que contundentes 
- Ex: projétil de arma de fogo, ponteira de guarda chuva, vergalhão
- Lesões
· Corto contusa
Ferida corto-contusa tem forma variável, dependendo da região atingida e da inclinação, do peso, do gume e da força viva que atua
- Lesões podem ser graves quando profundas, alcançando mais profundamente os planos interiores e determinando as mais variadas formas de ferimentos, inclusive fraturas
- CUIDADO: FCC x Contusa
· Pérfuro incisa
- As feridas provocadas por um só gume (faca), tem forma irregular, linear, com um ângulo agudo e outro arredondado
- As feridas provocadas por dois gumes (punhal) apresentam fenda de bordas iguais, ângulos agudos
- As feridas provocadas por três gumes (lima) apresentam forma estrelada ou triangular
· Pérfuro contusa
- Alta energia 
- Entrada – efeitos primários do disparo. 
1. Forma arredondada/ovalar e bordas invertidas (depende da inclinação do tiro sobre o alvo): ação traumática de fora para dentro, sobre a natureza elástica da pele
2.Orla de escoriação ou contusão: arrancamento da epiderme, pelo movimento rotatório e contundente ao penetrar a pele
- Efeitos secundários
1. Halo de tatuagem: arredondado ou oblíquo, produzida pela deposição de resíduos de pólvora ao redor da solução de continuidade
2.Orla de esfumaçamento: depósito de fuligem produzida pela fumaça da pólvora, que circunscreve a ferida
3. Zonas de queimadura ou chamuscamento: produzida pela chama e pelos gases superaquecidos. Forma-se nos tiros encostados ou muito próximos
- Saída
1. Forma irregular, bordas evertidas, estrelado, diâmetro maior que o de entrada, não apresenta orla de escoriação, nem halo de enxugo, maior sangramento
- Extras
· Tiro encostado com tábua óssea sob tecido: câmara de mina de Hoffmann
· Sinal do funil de Bonet
- O buraco é maior onde o projétil passa por último
· Sinal de Benassi
· Sinal de Puppe Werkgartner – cano encostado na pele
 - Distâncias
1. Tiro encostado
- O alvo é avaliado pelos resíduos depositados
- Projétil e seus fragmentos
- Resíduos de pólvora combusta, semi combusta, incombusta e em ignição
- Resíduos do explosivo iniciador
- Chama e fumaça
- Gases superaquecidos
2. Tiro a curta distância
- O alvo é atingido por:
- Projétil
- Resíduos de pólvora combusta, semi combusta e incombusta
- Resíduos de explosivo iniciador
- Fumaça
- Gases superaquecidos
3. Tiro a distância
- O alvo é avaliado pelos resíduos depositados:
- Projétil
- Resíduos aderidos à superfície do projétil
BALÍSTICA
https://prezi.com/view/W5uIA6uYCbVhfmSAa8zf/
Divisões da Balística Forense
· Balística interna
· Balística externa
· Balística médico-legal
· Balística subsequente
Balística Interna
· Tudo o que acontece dentro da arma
· Mecanismos específicos de cada aparelho 
· Projétil (espuleta, pólvora e chumbo)
- Ao percutir a espuleta começa a combustão da pólvora
- Gases da combustão da pólvora impulsionam o projétil
Balística Externa
· O que acontece após o disparo 
· Direção do tiro 
- Gravidade, vento, distância, etc
Balística Médico-legal
· O que acontece dentro da pessoa
- Entrada / saída
- Distância
Balística Subsequente
· Quando o projétil sai da vítima
- Onde o projétil é encontrado – parede, chão, etc
ASFIXIAS
https://prezi.com/view/abnETiQv0oxlX4P2j7OR/
Conceito
· As energias de ordem físico-químicas que impedem a passagem de ar pelas vias respiratórias e alteram a bioquímica do sangue, produzindo um fenômeno chamado asfixia, que altera a função respiratória, inibindo a hematose, podendo, em consequência, levar a morte
· Ponto de vista médico legal
- É a síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência de O2 no ar respirável por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta externa em circunstâncias variadas. Ou a perturbaçãooriunda da privação, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna do O2
· Atmosfera (20-22% O2)
· Caixa torácica (pneumotórax) 
· Alvéolos (DPOC)
· Circulação 
· Células 
Tipos de Asfixia
· Confinamento
· Monóxido de carbono 
· Sufocação direta
- Oclusão da boca e das narinas
· Sufocação indireta
- Compressão torácica, abdominal 
- Posicional
· Soterramento
· Afogamento
· Enforcamento
· Estrangulamento
· Esganadura
Tipos fisiológicos
· Anóxia de ventilação ou Anóxica
- Diminuição da concentração de O2 no ar ambiente
· Anóxia Anêmica
- Diminuição qualitativamente ou quantitativamente da Hb
· Anóxia de Circulação ou Estase
- Transtornos circulatórios que dificultam ou impedem a chegada de sangue oxigenado aos capilares
· Anóxia Tissular ou Histológica
- Inibição da respiração celular 
Respiração
· Respiração normal
- Ar respirável com O2
· Se a concentração de oxigênio descer abaixo de 15% por vol., a eficiência física e intelectual é significativamente reduzida
· Se a % de O2 for cerca de 10% por vol., ocorre a perda de consciência sem que a pessoa se dê conta
· Abaixo de uma concentração de O2 de 8% por vol., ocorre a morte por asfixia em poucos minutos, a não ser que a reanimação seja imediata
- Vias aéreas pérvias
- Expansão torácica e pulmonar
· Músculos intercostais e diafragma 
· Pressão negativa
- Circulação normal
· Força de 4kg: enforcamento/estrangulamento – obstrução da jugular: sangue vai pelas carótidas mas não volta, causando uma congestão cerebral e asfixia
· Força de 8kg: obstrução de carótida - sangue não chega
· Força acima de 14kg – obstrução vascular total e de traqueia 
- Pressão atmosférica compatível com a respiração 
· Concentração de O2 é inversamente proporcional à altitude
Sinais Externos
· Manchas de Hipostáse
- Precoces e abundantes
· Congestão de face
- Compressão torácica = máscara equimótica da face
· Fwnômenos cadavéricos
- Livores – extensos, escuros e precoces
- Esfriamento – lento
- Rigidez – lenta, porém intensidade é prolongada
- Putrefação – precoce e acelerada
· Cogumelo de Espuma
- Bola de finas bolhas de espuma que cobre a boca e narinas e se continua para vias aéreas inferiores - + comum nos afogados, EAP, convulsões
· Projeção da língua e exoftalmia
- Achados comuns
Sinais Internos
· Equimoses viscerais 
- Manchas de Tardieu: equimoses puntiformes dos pulmões e coração
- Pleura visceral – mais notadamente sulcos interlobares e bordas dos pulmões, pericárdio, pericrânio e timo + comum em crianças e adolescentes
· Aspecto do sangue
- Escuro e líquido, não se encontram coágulos
· Congestão Polivisceral
- Fígado e mesentério (fígado asfíxico)
- Baço com pouco sangue (Sinal de Etienne Martin)
Tipos de Asfixia
· Confinamento
- Permanência de um ou mais indivíduos em um ambiente fechado (freezer, carro)
· Monóxido de carbono 
- CO – carboxihemoglobina – falha no transporte da Hb
- Rigidez precoce 
- Tonalidade avermelhada dos cadáveres
- Sangue fluido e róseo
· Sufocação
- Impedimento da passagem de ar respirável pelo trato respiratório
- Sufocação direta
· Oclusão da boca e das fossas nasais
· Oclusão das vias respiratórias
- Sufocação indireta
· Compressão do tórax e do abdômen
· Máscara equimótica de Morestin
· Posicional
- Posição que dificulta a ventilação
- Fadiga respiratória
· Soterramento
- Obstrução das vias aéreas por terra ou substâncias pulverulentas (“semi-sólidos”) por desmoronamento ou desabamentos
· Afogamento
- Penetração de um meio líquido ou semi-líquido nas vias respiratórias
· Fase de defesa
· Fase de resistência
· Fase de exaustão
- Sinais Externos
· Pele anserina (choque térmico)
· Retração do mamilo, escrotal e do pênis
· Maceração da pele
· Cogumelo de espuma 
· Mancha verde TORÁCICA
· Lesões por animais aquáticos
- Sinais Internos
· Líquido nas vias aéreas e estômago
· Pulmões aumentados, crepitantes e distendidos
· Manchas de Paltauf – roturas alveolares e capilares*** CERTEZA DE AFOGAMENTO
· Sangue diluído
· Líquido no ouvido médio
· Opacificação dos seios da face
· Fígado asfíxico (roxo)
- Água doce x Água salgada
· Na água doce pode ocorrer fibrilação ventricular devido às grandes alterações eletrolíticas do sangue que acaba de ser solubilizado pela entrada de água dos pulmões indo até o coração esquerdo
· Na água salgada ocorre intenso edema dos pulmões, uma vez que a água salgada é uma solução hiperosmolar em relação ao sangue 
· AFOGADO BRANCO DE PARROT – indivíduo ao tocar na água morre por inibição (predisposição constitucional, lesão cardiovascular agravada pela ação térmica ou nos estados tímicos-linfáticos). Não há sinais de asfixia. Ocorre em 10% dos casos – É uma morte testemunhada por submersão
- Choque térmico faz parar a respiração
- Afogamento
1. Primeira Imersão
2. Primeira Flutuação de 24h a 5 dias
3. Segunda Imersão – rotura de tecidos moles
4. Segunda Flutuação – diminuição do peso do corpo
· Enforcamento
- Interrupção da passagem do ar atmosférico até as vias respiratórias, em decorrência da constrição do pescoço por um laço fixo, agindo o peso do próprio corpo da vítima como força ativa
· Cabeça voltada para o lado contrário do nó
· Face branca (fratura cervical) ou arroxeada (asfixia)
· Líquido ou espuma sanguinolenta pelas narinas
· Língua e olhos protusos
· Livores em MMII e mãos
· Sulco cervical
- Oblíquo, ascendente
- Anterior, posterior ou lateral
- Sulco
· Depende do material
· Porção superior do pescoço
· Acima da cartilagem tireoide
· Oblíquo em direção ao nó
· Coloração apergaminhada
· Quanto mais fino, mais profundo
- Lesões internas
· Sufusões hemorrágicas em pele e subcutâneo
· Infiltrados hemorrágicos em musculatura cervical
· Sinal de Amussat (túnica íntima da CARÓTIDA COMUM)*
· Sinal de Friedberg (túnica externa)
· Fratura de cartilagem tireoide, cricoide, hioide
· Lesões vertebrais 
· Estrangulamento
- Constrição do pescoço por um laço acionado por força estranha, obstruindo a passagem de ar para os pulmões
*escoriação linear, horizontal, uniforme
- Fases
· Estrangulamento
· Resistência
· Perda da consciência
· Convulsões
· Asfixia
· Morte
· Esganadura
- Constrição do pescoço pelas mãos, ao obstruir a passagem do ar atmosférico até os pulmões
- Lesões de defesa
- Estigmas ungueais
- Lesões vasculares mais raras
TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL
Energia de ordem física
· São as lesões produzidas através de uma modalidade de ação capaz de modificar o estado físico dos corpos e de cujo resultado podem surgir ofensa corporal, dano à saúde ou morte
· Temperatura
· Pressão atmosférica
· Eletricidade
· Radioatividade
· Luz
· Som
Temperatura
· Frio – abandono de idosos e RN
· Acidente – câmara fria, naufrágios, acidente aéreo
· Medidas de controle da temperatura corporal
- Vasoconstrição
- Metabolismo celular (T3, T4, GH, adrenalina)
- Tremor
- Piloereção 
· Voluntárias
- Procurar abrigo
- Ingerir bebidas quentes
· Hipotermia
- T < 35°C por longo tempo
- Idosos e crianças
- Exposição à água ou vento
- Abuso de álcool
- Leve: 35-32°C
· Consciente, deprimido e sonolento
· Tremores
· Disartria, ataxia
· Vasoconstrição, taquicardia, elevação de PA e DC
· Taquipneia, broncoespasmo, aumento de secreções
· Aumento de hormônios tireoidianos, corticosteroides, catecolaminas 
- Moderada: 32-28°C
· Depressão progressiva do SNC
· Alucinações, delírios, midríase, rigidez muscular
· Bradicardia, bradipneia, redução de DC
· Arritmias cardíacas
- Grave: Abaixo de 28°C
· Vítima inconsciente (coma)
· Pele avermelhada
· Depressão cardio-respiratória
· Redução do fluxo sanguíneo cerebral 
· Imobilidade, arreflexia
· Hipotensão arterial
· Edema pulmonar
· Morte
*Bonnet: temperatura minima compatível com a vida = 31°C 
· Necropsia
- Diagnóstico difícil
- Perícia do local
- Livores vermelhos-claro (estabilidade da oxihemoglobina)
- Sangue menos escuro
- Rigidez mais intensa
- Cérebro isquêmico
- Congestão polivisceral
- Disjunção das suturas cranianas
- Cavidades cardíacas repletas de sangue (parada na diástole)
- Espuma sanguinolenta em vias respiratórias
- Erosões e infiltrados hemorrágicosem mucosa gástrica
- Pele com flictemas 
· Lesões por geladura
- 1° grau: palidez ou rubefação
- 2° grau: eritema e bolhas ou flictemas
- 3° grau: áreas de necrose
- 4° grau: gangrena de membros
Calor
· Medidas de controle da temperatura
- Vasodilatação
- Redução do metabolismo celular
- Sudorese
· Voluntárias
- Ingestão de bebidas geladas
- Vestimentas
- Ar-condicionado
· Insolação 
- Exposição ao calor ambiental em locais abertos, com temperatura elevada, exposto à radiação solar, com ausência de renovação do ar ou umidade excessiva
· Intermação
- Excesso de calor ambiental em lugares mal arejados, quase sempre confinados, ou pouco abertos e ventilados
*Ex: esquecer criança dentro do carro
· Exaustão pelo calor
- É causada pela perda excessiva de líquidos pela sudorese associada a perda excessiva de sal. Apresenta fadiga e fraqueza extremas, tonturas, náuseas e cefaleia. A pele é úmida, pálida ou ruborizada e a temperatura é normal ou levemente elevada
· Desidratação pelo calor
- Ocorre quando a ingestão de líquidos é insuficiente para compensar as perdas pela sudorese excessiva
· Síncope (colapso)
- Ocorre quando um trabalhador não acostumado com o calor, permanece parado e de pé neste ambiente, por vasodilatação, diminuição do retorno venosos e do débito cardíaco, baixo fluxo cerebral e síncope
· Causas jurídicas das queimaduras
- Acidentes
- Agressões
- Homicídio
- Suicídio 
- Ocultação de crime ou cadáver
· Gravidade das queimaduras
- Dependem da profundidade e da extensão
- 1° grau: eritema, epiderme com vasodilatação
- 2° grau: vesículas ou flictemas
- 3° grau: presença de necrose até tecido muscular
- 4° grau: carbonização óssea
· Teoria do choque nervoso
· Teoria das intoxicações
· Teoria da toxemia infecciosa
· Teoria das alterações biodinâmicas 
- Insuficiência renal – rabdomiólise
- Síndrome compartimental
· Achados necroscópicos
- Secreção espumosa e sanguinolenta em vias aéreas
- Rigidez cadavérica precoce
- Putrefação precoce
- Congestão polivisceral
· Carbonização
- Redução do volume do corpo
- Semi-flexão dos membros (lutador)
- Dedos em garra
- Hiperextensão da cabeça
- Couro cabeludo com fendas
- Calota craniana com fraturas pelo calor
- Cabelos, cílios queimados
- Pele escurecida, enrijecida
- Dentes salientes, disjunções articulares
- Presença de ferimentos
- Pesquisar fuligem em vias aéreas e em estômago
- Dosagem de CO
- Flictenas com ou sem conteúdo seroso
Eletricidade
· Eletricidade natural
- Fulminação: morte causada pela eletricidade natural
- Fulguração: lesões causadas pela eletricidade natural
· Eletricidade artificial
- Eletroplessão: lesão ou morte pela energia elétrica artificial
*Quando a pessoa morre pela descarga elétrica: eletrocussão
· Efeito Joule
- Transformação da corrente elétrica m calor ao atravessar uma resistência
· Quantidade de calor produzida é diretamente proporcional à
- Intensidade da corrente
- Voltagem do circuito
- Tempo de duração
- Resistência do resistor
· Efeitos da eletricidade
- Fibrilação ventricular
- Assistolia
- Queimaduras
- Lesões endoteliais
- Lesões musculares (mioglobulinas)
- Insuficiência renal aguda
- Síndrome compartimental (escarotomias-fasciotomias)
- Fraturas ósseas
· Queimadura elétrica
- Marca de Jellinek: de pequena extensão e de grande profundidade, forma circular, elíptica, branco-amarelada-acinzentada, com bordos elevados e fundo retraído
- Marca de Lichtenberg (raios)
· Arco voltaico
	VOLTAGEM
	DISTÂNCIA
	1.000V
	Milímetros
	5.000V
	1cm
	20.000V
	6cm
	40.000V
	13cm
	100.000V
	35cm
· Mecanismo de morte
- Parada respiratória central
- Parada respiratória periférica
· Contração espasmódica do diafragma e musculatura tóraco-abdominal
- Fibrilação ventricular
- Assistolia
· Causas jurídicas
- Acidentes de trabalho
- Acidentes domésticos
- Suicídios
- Homicídios e posterior simulação de suicídio
- Execução penal
- Tortura
Pressões Anormais
· Baropatias
- Alterações provocadas no organismo pela permanência em ambientes de pressão muito alta ou muito baixa, bem como as decorrentes de variações bruscas da pressão ambiental
- Barotrauma de orelha média
- Barotrauma sinusal
- Barotrauma dental
- Barotrauma digestivo
- Barotrauma torácico
- Barotrauma pulmonar
· Doença descompressiva
· Doença das montanhas
- 12 a 96 horas
- 2.000 a 3.000m de altitude
- Forma clássica
· Cefaleia, anorexia, fotofobia
· Tontura, náuseas e dispneia
· Desencadeada pelos esforços
· Desaparece após 2 a 5 dias
- Edema pulmonar
· Quadro agudo, de surgimento súbito
· 1 a 3 dias após a chegada até 10 dias
· Subidas rápidas 3.000m
· Dispneia, cefaleia, tosse, espuma pelas vias aéreas
· Hemoconcentração, trombose
· Aumento da permeabilidade dos capilares alveolares
- Edema cerebral
· Alterações de consciência
· Ataxia
· Disfunção vesical
· Sinal de babinsky +
· Doença de Monge
- Forma Crônica do Mal das Montanhas
- Moradores das altas altitudes
- Lábios enegrecidos, mucosas de coloração vinhosa escurecida
- Dedos em baqueta, dispneia aos esforços
- Cefaleia, tontura, parestesias e sonolência
- Irritabilidade, depressão e alucinações
- Hipertrofia de VD
Luz e Som
· Relacionado à atividade ocupacional
· Luz
- Lesão do nervo óptico
- Epilepsia por luz estroboscópica
· Som
- Oferece risco à saúde, a atividade que expõe o trabalhador a níveis de ruído contínuo ou intermitente superior a 115db ou de impacto superior a 140db sem proteção adequada
Radioatividade
· Raio X
· Rádio
· Raios alfa, beta e gama
- Alterações genéticas
- Câncer
- Alterações espermatogênese
- Queimaduras – radiodermites
TOXICOLOGIA
Características Gerais
· Tóxicos ou venenos podem ser conceituados como substâncias de qualquer natureza que, uma vez introduzidas no organismo e por ele assimiladas e metabolizadas, podem levar a danos na saúde física ou psíquica, inclusive à morte, na dependência da dose e via da administração utilizada
Fontes mais comuns de intoxicação
· Medicamentos
· Produtos de limpeza
· Agrotóxicos
· Plantas
· Produtos químicos
- Acidental ou intencional
- Os principais sintomas são: vômitos, diarréia, dores abdominais, dificuldade de respirar, suor e até perda de consiência. É comum encontrar queimaduras em volta de boca ou na língua. Possível encontrar a embalagem do produto próximo da vítima
Produtos de Limpeza
· São exemplos de Saneantes: Detergente Líquido, Detergente em Pó, Desinfetante, Sabão em Pó, Cera, Água Sanitária ou Água de Lavadeira, SODA CÁUSTICA
Agrotóxicos
· Inseticidas – Combate aos Insetos
· Organoclorados – Muito perigosos: Esse tipo de agrotóxico está proibido desde 1985, pois esses produtos deixam resíduos permanentes nos tecidos gordurosos de mamíferos, aves e peixes. Dessa forma se uma pessoa consome um animal contaminado passa a estar contaminado também. O veneno é capaz de permanecer por mais de 100 anos no meio ambiente.
· Herbicidas – Combate a Ervas Daninhas
· Paraquat – Muito Perigosos: Um tipo de composto altamente tóxico e que ataca gravemente todos os tecidos do organismo. A intoxicação pode acontecer por ingestão ou então por inalação. Se por acaso esse composto for consumido em estado puro basta uma colher de chá para levar a óbito
· Rodenticidas – Combate aos Roedores
· Fluoracetato de Sódio – Muito Perigosos: Dentre todos os tipos de agrotóxicos certamente a categoria dos rodenticidas é a mais venenosa de todas e o Fluoracetato de Sódio em particular é o pior de todos. O seu uso é proibido no Brasil, porém, em outros países como Estados Unidos, Nova Zelândia e Europa o seu uso ainda é liberado.
· Os sintomas variam de acordo com classe dos agrotóxicos. Os mais comuns são:
· Síndrome Colinérgica - suor em demasia, salivação excessiva, miose, hipersecreção brônquica, colapso respiratório, brocoespasmo, tosse, vômito, cólicas, diarréia.
· Síndrome Nicotínica - fasciculação muscular, hipertensão arterial transitória.
· Síndrome Neurológica - confusão mental, ataxia, convulsões, depressão dos centros cardiorespiratórios. Vômitos iniciais.
· Hemorragias nasal e gástrica. Hematúria e enterorragia. Erupção cutâneapetequial.
Plantas
· plantas tóxicas mais perigosas são a espirradeira, a mandioca-brava e o chapéu-de-napoleão. A ingestão delas pode causar distúrbios cardíacos e levar à morte.
· A espirradeira é uma árvore que pode chegar a 4 metros de altura e tem flores brancas e rosas, que assim como as outras partes, também são tóxicas. 
· O chapéu-de-napoleão também é uma árvore e dela nascem flores amarelas. A ingestão das sementes do fruto causa problemas cardíacos que podem levar à morte.
· A mandioca-brava é um arbusto que cresce até 2 metros. As raízes são utilizadas como alimento. Abaixo da casca do caule existe um látex tóxico, que pode causar fortes dores abdominais e coma.
Substâncias Psicoativas 
*PROVA
· “Substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que têm a capacidade de agir sobre o sistema nervoso central, com tendência ao tropismo pelo cérebro que comanda o corpo, alternando a normalidade mental ou psíquica, desequilibrando a conduta e a personalidade”
· Toxicomania e Toxicofilia
- Hábito do uso regular de drogas
- Segundo comitê de peritos da OMS: Estado de intoxicação crônica ou periódica, prejudicial ao indivíduo e nociva à sociedade, pelo consumo repetido de determinada droga, seja natural ou sintética
· Toxicofilias – características gerais
- Compulsão- necessidade invencível de consumo do fármaco
Tolerância- tendência a aumentar paulatinamente a dosagem para obtenção dos mesmos efeitos
- Dependência- interação farmaco-indivíduo, que modifica comportamento e se revela um impulso para o consumo
· Física -transtornos de natureza física ou pela síndrome da abstinência quando ausência da droga
· Psíquica- compulsão- periodicidade- prazer
· Classificação
- Drogas, entorpecentes ou psicotrópicos são compostos químicos, naturais ou não, que, agindo sobre o cérebro, produzem estados de excitação, depressão ou alterações variadas no psiquismo
- Psicotrópicos (PROVA)
· Psicolépticos
- Deprimem o sistema nervoso
- Sedativos que reduzem a motricidade e a sensibilidade, diminuindo as emoções e o raciocínio, se dividem em:
1. Hipnossedativos
2. Tranquilizantes: Fontes de farmacodependência iatrogênica (indutores do sono)
3. Neurolépticos- anestésicos
4. Álcool
· Psiconalépticos
- São estimulantes do sistema nervoso central, que levam à euforia, prolongam o estado de vigília e causam a sensação de um incremento da atividade intelectual.
1. Anfetaminas
2. Anorexígenos
· Psicodislépticos
- Produzem a dissociação do psiquismo levando a alucinações e delírios
1. Cocaína
2. Maconha
· Psicoléptico Hipnossedativos
- Barbitúricos
· Tratamento epilepsia, insônia, ansiedade ou anestesias de rápida duração- suicídio dose 2ox a terapêutica
· Secobarbital
· Amobarbital
· Fenobarbital
· Pentobarbital
- Não barbitúricos
· Ketamina
· Anestésico no Vietnã
· Alucinações, distorções visuais
· Psicoléptico Neuroléptico
- Clorpromazina e derivados fenotiazídicos
- Haloperidol
· Psicoléptico tranquilizante
- Derivados de difenilmetano
- Miorrelaxantes com atividade neurossedativas
- Miorrelaxantes sem atividade neurossedativas
· Psicoléptico ansiolítico
- Benzodiazepínicos
- Derivados do álcool propílico
· Álcool
- ALCOOLISMO AGUDO (FOGO)
1) FASE EUFÓRICA – 1º período: de euforia com extroversão exagerada
2) FASE AGITADA – 2º período médico-legal (perturbações psicosensoriais profundas), com diminuição das faculdades mentais e falta de auto-controle
3) PERÍODO COMATOSO, caracterizado por arreflexia, atonia, midrías e pulso lento, hipotensão, hipotermia
- CRÔNICO 
· Com sintomas psiquiátricos
- Delírio alcoólico
- Depressão alcoólica
- Alucinose auditiva aguda
- Paranóia alcoólica
· Com sintomas psiquiátricos e neurológicos
- Psicose de korsakoff
- Encefalopatia de wernicke
- Encefalopatia porto-cava
- Snd. Marchiafava
- Epilepsia alcoólica
- Demência alcoólica
- AGUDO
· Embriaguez
- Fase excitação (macaco)
- Fase confusão (leão)
- Fase siderativa ou comatosa (porco)
· Psicanaléptico psicotônicos
- Simpatomiméticas
· Anftaminas
· Ecstasy
- Piperidínicos
· Pipradol
· Facetoperano
- Inibidores da monoamionooxidase
· Iprinazinda
- Outros
· Cafeína
· Desoxicorticosterona
· Psicodisléptico euforizantes
- Ópio
- Heroína
- Morfina
- Cocaína
- Óxido nitroso
· Psicodislépticos alucinógenos
- Mescalina
- Bufotenina
- Maconha
- LSD
Anfetaminas
· Aumento da confiança e do estado de alerta
· Diminuição do sono e perda do apetite
· pode levar a psicose
- Toxicoanfetamínica
- Insônia, irritação, alucinações e diminuição capacidade mental
· Anorexia, aumento da PA., tremores musculares, lesões irreversíveis SNC, convulsões, coma e morte
· Não causam dependência física, apenas psíquica
Ecstasy 
· Pílula do amo – anfetamina
- Forte sentimento de empatia e conforto
- Abertura emocional, desinibição e euforia
- Após cessados efeitos estimulantes, nota-se forte sentimento de depressão e até suicídio
- Uso crônico: depressão, crises de pânico
- Obs: TRIMIX mistura de viagra com ecstasy (MDMA, derivado de anfetamina) e LSD (ácido lisérgico)
GHB ou Líquido X
· Anestésico usado irregularmente por fisioculturistas 
· Vem sendo usado junto com ecstasy ou special k
· Sem odor e sem sabor pode ser misturado em bebidas
- Relaxamento, bem-estar, desinibição e excitação sexual
- Date rape drug
Ópio
· Extraído dos frutos ou cápsulas verdes da papoula (heroína, morfina e codeína)
· Excitação, incremento das funções psíquicas com posterior depressão e prostração
Morfina
· Derivada do ópio
· Ação narcótica, produzindo apatia, analgesia, sonolência
· Dependência após duas semanas de uso contínuo
Heroína
· Derivado sintético da morfina
· 5 x mais potente
· Dependência mais rápida
Cocaína
· Extraído das folhas de coca
· Crack ou merla subproduto
- Euforia intensa, ausência do cansaço, prolongamento do estado de vigília
- Após efeitos- depressão e tendência suicídio
- Riscos do compartilhamento de seringas
Maconha
· THC
· Alucinações, alteração percepção temporal, certo grau de sonolência e diminuição a sensibilidade de temperatura e à dor
· Pode levar a dependência psíquica
LSD-25
· Ácido lisérgico
· Efeitos perduram de 6-12h
· Alucinógico e despersonalizante
· Errônia sensação de outros planos de existência, chega achar que deixou o corpo
· Não causa dependência
· Efeito teratogênico
SEXOLOGIA FORENSE
Transtornos da Sexualidade
· São distúrbios qualitativos ou quantitativos do instinto sexual, também chamados de parafilias, podendo existir como sintoma numa perturbação psíquica, como intervenção de fatores orgânicos glandulares e simplesmente como questão da preferência sexual
1. Anafrodisia. É a diminuição ou deterioração do instinto sexual no homem devido, geralmente, a uma doença nervosa ou glandular.
2. Frigidez. Distúrbio do instinto sexual que se caracteriza pela diminuição do apetite sexual na mulher. É o mais comum.
3. Anorgasmia. Disfunção sexual rara caracterizando-se pela condição de o homem não alcançar o orgasmo.
4. Erotismo. Manifesta-se pela tendência abusiva dos atos sexuais. Satirismo nos homens e ninfomania nas mulheres.
5. Auto-erotismo. É o transtorno no qual o gozo sexual prescinde da presença do sexo oposto. É o coito sem parceiro, apenas na contemplação ou na presença da pessoa amada. Coito Psíquico de Hammond.
6. Erotomania. Forma de erotismo mórbida no qual o indivíduo é levado por uma idéia fixa de amor e tudo nele gira em torno dessa paixão, que domina e avassala todos os seus instantes.
7. Frotteurismo. É um desvio da sexualidade em que os indivíduos se aproveitam de aglomerações em transportes públicos ou em outros locais de aglomeração com o objetivo de “esfregar ou encostar seus órgãos genitais, principalmente em mulheres, sem que a outra pessoa ou identifique suas intenções.
8. Exibicionismo. São indivíduos levados pela obsessão impulsiva de mostrar seus órgãos genitais, sem convite para a cópula, apenas por um estranho prazer incontrolável.
9. Narcisismo. É a admiração pelo próprio corpo ou o culto exagerado da própria personalidade e cuja excitação sexual tem como referência o próprio corpo
10. Mixoxcopia.

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