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Cuidados ao paciente hospitalizado 1 � Cuidados ao paciente hospitalizado Instrumentos básicos do cuidado É sobre o que a enfermagem utiliza para aplicar seu conhecimento. Contextualização: O estudo em torno dos instrumentos básicos de cuidado começa a ser abordado apenas na década de 70. Contudo, na época de Florence já começa a pautar o que era necessário na atuação da enfermagem, pois as funções da enfermagem são ampliadas – além da técnica. Funções básicas do enfermeiro Determinação dos diagnósticos de enfermagem (uma das etapas do processo de enfermagem, que se encontra dentro da SAE): Corresponde à identificação de problemas que o paciente apresenta. Tem o objetivo de pontuar em quais aspectos do paciente que a enfermagem conseguirá atuar. [o que a enfermagem consegue fazer com aquele paciente]. Elaboração do plano de cuidados: determinar as intervenções de enfermagem que podem ser feitas no paciente. Planejar-se e prever as ações a serem tomadas. [com base no problema captado pelo diagnóstico, ver o que pode ser feito]. Liderança da equipe de enfermagem: parte de gerência da enfermagem. Atualmente a enfermagem pode liderar equipes multiprofissionais. Na área de saúde da família, a gerência da equipe de enfermagem, médica, acs, assistente social e outras fica para o enfermeiro-chefe. Funções colaborativas: colaborar com outros profissionais para atender as necessidades globais do paciente. Seria auxiliar outros profissionais a realizar determinadas e específicas funções, em prol da melhor realização da técnica. [função de proporcionar menores riscos ao paciente]. Definição dos instrumentos básicos do cuidado Wanda Horta trouxe a definição: Conjunto de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício de todas as atividades profissionais. É tudo o que o enfermeiro vai utilizar junto ao conhecimento para exercer suas funções. Os instrumentos básicos do cuidado são: Comunicação, planejamento, avaliação, método, observação, trabalho em equipe, destreza manual e criatividade. O enfermeiro se estrutura nesses instrumentos para executar as ações de enfermagem. Comunicação É o ato ou efeito de comunicar. Fazer saber, tornar comum, participar. A mensagem transmitida deve ser compreendida pelo receptor. É o meio de estabelecimento de relações de ajuda. Toda comunicação influencia um comportamento. É difícil saber a melhor forma de se posicionar e passar uma mensagem. Depende muito da postura de cada um. Saber se comunicar é necessário para o dia a dia. Níveis de comunicação Intrapessoal: [a pessoa se comunica com ela mesma]. É o momento de reflexão. Segundo o número de pessoas: Cuidados ao paciente hospitalizado 2 Interpessoal: comunicar-se com o outro. Pode ser outro paciente, profissional, familiar. Transpessoal: comunicar-se com sua espiritualidade [com o ser superior no qual você acredita]. Grupo pequeno: até 8 pessoas. É comum nas equipes das esfs, roda de conversa. Pública: acima de 8 pessoas. Elementos básicos do processo de comunicação Ajuda a entender que o paciente às vezes capta a mensagem de forma diferente. Variáveis: Emissor: emite a mensagem. Receptor: recebe a mensagem. Referente: Emissor e receptor possuem. Todos tem crenças, valores etc. que o permeiam e interferem no processo de comunicação. É necessário permanecer o mais neutro possível de suas crenças e referentes ao passar a informação ao paciente. É necessário entender o referente do outro, para saber o ponto de partida para a mensagem. Canal: meio utilizado para transmitir uma mensagem. Pode ser escrita, oral, imagens. Feedback: retorno do que o receptor entendeu da mensagem. É como se percebe o aprendizado. Com o feedback conseguimos saber se o paciente entendeu realmente e se precisa ser feito algum ajuste na explicação. Ambiente: local onde a mensagem está sendo transmitida. Ele influencia na mensagem e é complexo. Barreiras da comunicação Gesticulação, linguagem corporal, olhar, celular, falta de atenção. Formas de comunicação Vocabulário: deve ser entendido. Significado denotativo (real) e conotativo (figurado). Ritmo: tempo de fala x tempo de aprendizagem, a pessoa deve compreender o que está sendo passado. Entonação: a forma na qual a comunicação ocorre vai determinar a interpretação, facilita ou dificulta o processo. Clareza e brevidade: claro e objetivo - o paciente entende a mensagem, passar de forma breve e sem enrolar ou eufemismos. Oportunidade e relevância: esperar o tempo certo para falar (oportunidade) e a importância daquilo no momento, já que pode não ser o tempo certo. 💡 Treinar ajuda e facilita a comunicação Comunicação verbal: por meio da conversa. Comunicação não-verbal: por meio de postura, gestos, rosto; aparência pessoal, marcha, expressão facial, contato visual, territorialidade e espaço pessoal. Comunicação simbólica: artes, música, filmes. Metacomunicação: junção de várias formas de comunicação as quais se juntam e compõe uma só mensagem. Planejamento É a ação de planejar e elaborar um programa de ação. Cuidados ao paciente hospitalizado 3 É um processo intelectual, a determinação consciente do curso de ação, tomada de decisão com base em objetivos, fatos e estimativas. Serve para prever problemas que possam ocorrer, organizar materiais. Tipos de planejamento Planejamento gerencial: nível macro. É o planejamento das condições que permitam a execução da assistência. Exemplo: gestor de unidade de saúde, treinamento dos profissionais, compra de materiais a grande escala. Planejamento assistencial: tem etapas específicos, restrito à enfermagem. É a determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. Avaliação A avaliação deve ser contínua. É a apreciação, medida. Verifica o rendimento em sua extensão e profundidade, tendo em vista os objetivos propostos. Serve para ver se está dando certo ou não. Utilizada para considerar a necessidade de mudança. Processo deliberativo, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. Tipos de avaliação Auto-avaliação: o próprio sujeito se avalia. Exemplo: nível da dor. Pode ser o profissional se auto-avaliando também. Avaliação propriamente dita: outra pessoa avaliando. MÉTODO CIENTÍFICO OU DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Método lógico que utiliza o método científico. Conjunto de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício de todas as atividades profissionais. Capacidade de tomada de decisão relativa às ações de enfermagem, buscando explicá-las e ampliá-las, no que tange ao cuidar dos pacientes em suas necessidades básicas (CIANCIARULLO, 2005). Etapas de análise foram utilizadas anteriormente para verificar a funcionalidade daquela técnica. Observação Utilizar dos conhecimentos científicos para analisar melhor o contexto do paciente. É um dos instrumentos considerados como o primeiro passo para execução do cuidado de enfermagem. É a ação de olhar com atenção para examinar com minúcia. Tipos de observação Assistemática: experiência casual, sem roteiro. Analisa e vai na queixa imediata observada. Não há determinação prévia dos aspectos relevantes a serem observados. Sistemática: Possui um roteiro previamente estabelecido com base no conhecimento científico, o qual serve para coletar dados específicos. O setor pode ter roteiro ou critérios pré-definidos para a observação sistemática. Não impede de realizar a assistemática. Trabalho em equipe Cuidados ao paciente hospitalizado 4 Atividade sincronizada e coordenada, sem atritos, desenvolvida por um grupo estreitamente unido. Da discordância pode vir um melhor resultado para o paciente. No Brasil, pelas variações de cargos,a enfermagem é encarregada dos profissionais da mesma categoria, do técnico e auxiliares de enfermagem. Tem que haver comunicação na equipe - crucial. Deve haver: Definição dos objetivos. Flexibilidade. Participação - facilita o fluxo do trabalho. Coordenação. Permanência - equipes fixas facilitam o entendimento. Destreza manual Instrumento utilizado pelo enfermeiro quando aplica o saber fazer de forma racional, repensando as ações que realiza ao paciente e sobre si mesmo. É a capacidade que o indivíduo tem de executar os trabalhos manuais. Composta pela habilidade cognitiva (conhecer a teoria) + habilidade interpessoal (utilizar-se da comunicação) + habilidade psicomotora (conhecer a técnica). É uma interlocução dessas três habilidades. Preparação da técnica, explicação ao paciente sobre o procedimento, avaliar o ambiente e executar corretamente. Criatividade É a capacidade de criar utilizando o espírito criador. Não pode infringir a técnica. É uma necessidade humana e todos a apresentam em maior ou menor escala. É a ferramenta básica do enfermeiro na busca da resolução de problemas de enfermagem, o que torna seu fazer profissional mais estimulante na assistência, ensino e pesquisa. Objetivos Resolver problemas. Valorizar o conhecimento natural do enfermeiro. Promover o desenvolvimento pessoal e o exercício de suas habilidades inovadoras interpessoais e criativas. � SAE, PE e metodologia 🏥 Cirúrgica Domínio: conforto https://www.notion.so/SAE-PE-e-metodologia-96931fc5200e4f5293716aba66896662 https://www.notion.so/Cir-rgica-da281c4feeb8461ba8542dad1c8d7665 https://www.notion.so/Dom-nio-conforto-16e3bd2bec46417ca46eefb605e7cc6b
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