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Funções psíquicas

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Psicopatologia- funções psíquicas 
Sobre a dinâmica psíquica... 
- Interação entre as funções psíquicas → não existe funções 
psíquicas isoladas, é sempre a pessoa na sua totalidade que 
adoece. 
- As funções e a relação com o objeto percebido 
- Raciocínio clínico → é fundamental para chegar a um 
diagnóstico → para isso é necessário um bom exame psíquico, 
estabelecer critérios e, acima disso, raciocinar para chegar a uma 
hipótese diagnóstica 
- Todo e qualquer comportamento só pode ser avaliado se 
soubermos a história de quem o pratica. → não pode ser feito é 
“recorte momentâneo”. 
A consciência 
“é o todo momentâneo psíquico” 
- Consciência neuropsicológica será a mais usada → grau de 
clareza do sensório; é o estado de estar desperto, lúcido; trata-
se especificamente do nível de consciência. 
- Componentes da consciência: campo, foco e margem. 
• campo: região onde acontece os fenômenos, onde o sujeito 
percebe 
• margem: sons e objetos mais distantes que não possuem tanta 
clareza, são os que tão na margem do campo. 
• foco: região mais clara/central do campo de consciência; ponto 
onde há possibilidade de perceber com detalhes os objetos 
- Todas as alterações psíquicas podem ser quantitativas e/ou 
qualitativas. 
 Alterações quantitativas: implicam em um rebaixamento (mais 
comum) ou elevação (mais raro) do nível de consciência; varia 
da lucidez ao coma. Ex: o suj. está em uma situação emocional e 
fica tão focado em um determinado pensamento que não 
percebe outras coisas que estão no contexto dela. 
 Alterações qualitativas: Implica em uma modificação da 
qualidade (propriedade) do campo da consciência; vai de um 
estado organizado logicamente a uma atividade delirante e sem 
correspondência com a realidade; o suj percebe de maneira 
alterada um objeto do campo da consciência dela. Ex: a pessoa 
está tonta e acha que todo mundo quer brigar com ela. 
Atenção- concentração 
- A direção da consciência, é o foco central 
- A determinação do nível de consciência é essencial para a 
avaliação da atenção 
- Há dois tipos básicos de atenção: 
→ voluntária: concentração ativa e intencional; o suj. 
voluntariamente se mantém concentrado em algum objeto 
→ espontânea: suscitada pelo interesse momentâneo e 
acidental que desperta tal objeto. 
 
 
- Há duas formas de direção da atenção: 
→ atenção externa: projetada para o mundo exterior, 
geralmente de natureza mais sensorial, usando os órgãos dos 
sentidos. 
→ atenção interna: voltada para processos mentais do próprio 
indivíduo; é uma atenção mais reflexiva. 
- Há dois tipos de amplitude atencional: 
→ atenção focal: mantém concentrada sobre um único campo 
→ atenção dispersa: não se concentra em um campo 
determinado, espalhando-se de modo menos delimitado 
Há duas qualidades fundamentais da atenção: 
→ tenacidade: consiste na capacidade do indivíduo fixar sua 
atenção sobre determinado estímulo. 
→ atenção flutuante (freud): diante de um exame psíquico não 
se deve priorizar o discurso e/ou comportamento do paciente, e 
sim deixar funcionar livremente sua própria atividade mental. → 
estar atento ao sujeito, mas também ao conceito e tudo que 
está em volta dele 
- Fatores que interferem na atenção: intrapsíquicos (estado 
emocional, de humor) ou exógenos (alimentos, álcool, drogas 
etc.) 
Orientação 
- Capacidade de situar-se tanto a si mesmo quanto ao ambiente 
- A capacidade de orientar-se requer a integração das 
capacidades de nível de consciência preservado, atenção, 
percepção e memória. 
- É classificada em: 
→ orientação autopsíquica: é aquela do indivíduo em relação a si 
mesmo; quem ele é, o que ele sente, com quem mora. 
→ orientação alopsíquica: capacidade de orientar em relação ao 
mundo, tanto ao espaço quanto ao tempo. 
- A noção de tempo e espaço: 
→ é o que permite ao cérebro humano aprender e 
compreender as coisas → são fundamentais para as 
experiências humanas. 
→ ritmos circadianos, mensais, sazonais → importante para dar 
significado para os fenômenos 
→ grandes fases da vida também são percebidas pela noção de 
tempo e espaço 
→ tempo é subjetivo e objetivo 
- Alteração na vivência do tempo (duração) 
- Alteração na vivência do espaço (percepção) 
 
Sensopercepção 
- Capacidade do indivíduo apreender na sua consciência os 
objetos do mundo, ou mesmo o próprio mundo. 
- O ambiente fornece informações sensoriais ao organismo, que, 
por intermédio delas, se autorregula, organiza suas ações 
voltadas à sobrevivência ou à interação com o mundo. 
 
 
 
- Definições básica: 
• Sensação: são alterações/desconforto nos órgãos receptores, 
geradas por estímulos físicos, químicos ou biológicos → não é 
plenamente consciente → fenômeno passivo 
• Percepção: tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo 
sensorial, isso é, transformação de estímulos sensoriais em 
fenômenos perceptivos → é consciente → fenômeno ativo 
• Objeto: tudo aquilo que está dentro e fora do sujeito → é o 
“motivo” da sensação 
• Imagem: nítida, definitiva, não é possível mudar sua forma 
• Representação: é interno, não tem nitidez e nem corporeidade. 
- Tipos de estímulos: 
• Gerais: físicos (luz, som etc.); químicos (acidez, aroma etc.); 
biológicos (excitação sexual, cólica etc.) 
• Específicos: visuais, auditivos, olfativos, gustativos, táteis, 
cenestésicos (sensações do organismo) e proprioceptivo 
(percepção do tônus muscular, posição e movimento do corpo) 
Imagem X Representação 
- Imagem: elemento básico do processo de sensopercepção; é 
nítida, tem corporeidade, estabilidade, extrojeção, completude e 
o sujeito não consegue alterar voluntariamente. 
→ alteração na imagem é alucinação 
- Representação: é a reapresentação de uma imagem na 
consciência, sem a presença real do objeto, que, em um 
primeiro momento, gerou uma imagem sensorial; possui pouca 
nitidez, pouca corporeidade, é instável, introjeção e 
incompletude. 
→ alteração na representação é pseudoalucinação 
Impulsos, instinto e vontade 
Definições básicas: 
- Desejos X necessidade 
→ o desejo é um querer/anseio de natureza consciente ou 
inconsciente, o qual visa algo buscando a satisfação, ou seja, ele 
não está ligado à sobrevivência. → são móveis e moldados 
→ a necessidade é fixa, inata e está ligada à sobrevivência 
- A inclinação é a tendência a desejar, buscar, gostar, é algo 
intimamente relacionado a personalidade do indivíduo, 
condicionado a história de vida de cada um → é um 
direcionamento na forma de ser, sentir 
Ex: quem faz psicologia tem a inclinação para ouvir pessoas, 
entender pessoas, preferir humanas a exatas. 
→ Instinto: tendência vital para a sobrevivência (ligado a 
necessidade) 
→ Impulso: resposta involuntária, não está ligado a sobrevivência 
(ligado ao desejo) 
→ Vontade: complexa, integrada e ligada aos instintos, 
consciência, sensopercepção, afetividade. 
 
Processo volitivo: 
- É como a vontade se apresenta, todo tipo de vontade passa 
por 4 tópicos. 
→ intenção ou propósito: inclinações, interesses, impulsos 
→ deliberação: ponderação consciente, o indivíduo faz uma 
análise básica do que seria positivo/negativo, ou seja, ele avalia o 
propósito. 
→ decisão: demarca o começo da ação, agir ou não agir 
→ execução: etapa final do processo volitivo, realiza e consuma 
aquilo que mentalmente foi decidido e aprovado pelo indivíduo. 
Atos impulsivos e atos compulsivos: 
- Ato impulsivo: pula da fase de intenção para a fase de 
execução; a impulsividade é definida como uma predisposição 
para agir e reagir de forma rápida, respondendo a estímulos 
externos ou internos; não possui muita inclinação 
→ sem fase prévia de deliberação e decisão 
→ é egossintônica, ou seja, o indivíduo não percebe o ato 
como inadequado 
Ex: estar brigando com alguém, sentindo muita raiva e do nada 
dar um soco nela. 
- Ato compulsivo: ato repetitivosreconhecidos pelo indivíduo 
como indesejáveis e inadequados, assim como pela tentativa de 
refreá-los ou adiá-los. 
→ apresentam desconforto subjetivo; são egodistônicos, ou 
seja, indesejáveis; há tentativa de resistir, há sensação de alívio 
ao realizar 
Ex: vontade inicial de comer, e fico no processo de deliberação 
e decisão → não paro de comer e não finalizo o processo. 
Ex: indivíduo vai sair pela primeira vez com alguém e fica 
trocando a roupa que deseja usar toda hora 
- Psicomotricidade: execução dos movimentos voluntários e 
involuntários → é a ação → está totalmente ligada à vontade 
“o corpo não só fala, ele grita e denuncia” 
Memória 
- É a capacidade de codificar, armazenar e evocar as 
experiências que ocorrem em nossas vidas 
- Há quatro tipos de memória: genética, imunológica, cognitiva 
(psicológica), cultural 
- A memória cognitiva (psicológica) tem 3 fases: 
→ percepção, codificação e fixação: captar informações 
→ retenção e armazenamento: reter as informações de modo 
fidedigno 
→ reprodução e evocação: fase em que a memória é 
recuperada para distintos fins 
O processo se completa na capacidade de recuperar e atualiza 
os dados fixados (evocação). Já o esquecimento seria a 
impossibilidade de evocar e recordar 
 
Processos de memorização 
- Fatores para fixação: 
→ estado geral do organismo boa e um bom nível de 
consciência 
→ atenção focal e concentração 
→ sensopercepção preservada 
→ interesse e colorido emocional 
→ conhecimento anterior (elementos já conhecidos favorecem 
os novos) 
→ capacidade de compreensão do conteúdo 
→ organização temporal das repetições → noção de tempo 
das repetições, quanto mais repetimos algo mais o cérebro 
humano apreende 
→ canais sensoperceptivos → quanto mais sentidos diferentes 
forem usados para repetir aquele engrama, mais será fixado 
- Fatores para conservação: 
→ repetição 
→ associação com outros elementos 
Processo temporal de aquisição 
- Em relação ao processo temporal de aquisição e evocação 
dos elementos mnêmicos a memória se divide em: curtíssimo 
(imediata 1-3min), curto (recente 3-6h) e longo prazo (remota 
dias, meses ou anos) 
- Lei de Ribot: perde primeiro elementos mais recentes em 
relação aos mais antigos, mais complexos em relação aos mais 
simples e os mais estranhos em relação aos mais habituais ou 
familiares. 
Pensamento 
- Expressão do psiquismo 
- Definições básicas: 
→ conceito: elemento estrutural básico que nomeia as coisas de 
uma maneira generalizada e que possui um significado para todas 
as pessoas; o conceito é cognitivo, ou seja, não possui nenhum 
resquício sensorial 
→ juízos: consiste na articulação entre dois ou mais conceitos, é 
o processo que conduz ao estabelecimento de relações 
significativas entre conceitos. 
→ raciocínio: relaciona conceitos e juízos formando uma 
narrativa ou argumentação, relaciono todos os momentos; 
desenvolvimento do próprio pensamento 
- Dimensões do processo de pensar: 
→ curso: modo como o pensamento flui, sua velocidade e seu 
ritmo 
→ forma: sua estrutura básica, existe pensamento que é mais 
estruturado, mais logico, ele é mais/menos rico, mais/menos 
subjetivo 
→ conteúdo: o que lhe dá a substância, o tema e conteúdo 
predominante 
 
Delírio 
- O pensamento de alguma maneira tem que estar ligado ao 
juízo de realidade 
 Alteração no pensamento → perde esse juízo de realidade, 
começa a se expressar totalmente fora da realidade 
- Quando o suj, está delirando, há uma tentativa de 
reorganização do funcionamento mental 
- Esforço do aparelho psíquico no sentido de lidar com a 
desorganização que a doença de fundo induz. 
- Sempre parte de uma ideia 
- Psicologicamente incompreensível 
- Pode ser primário: ideia delirante verdadeira, não tem uma 
relação/causa 
- Pode ser secundário: ideia deliróide, relacionada a algum 
contexto que faça que ele apareça. → por exemplo, ideia 
deliróide por conta do estado de humor dela 
- Estrutura dos delírios: 
→ simples: ideias de um só conteúdo, tema único 
→ complexos: englobam vários temas, mais de um conteúdo 
→ não sistematizados: delírios sem harmonização consistente 
→ sistematizados: delírios bem organizados, harmoniosos, com 
riquezas de detalhes 
- Curso pode ser agudo ou crônico 
 
 
delírio X ideia obsessiva 
- Ideias obsessivas são é pensamentos estranhos ou absurdos, 
recorrentes, que se introduzem de forma repetida, e muito 
incomoda na consciência do sujeito. Entretanto, não causam 
alteração do juízo de realidade, ou seja, é voltada para a 
concretude vivida. 
- A maior diferença é a convicção 
Linguagem 
- Atividade especificamente humana e a mais características de 
nossas atv. Mentais 
- É um Instrumento de comunicação 
- É fundamental na elaboração e na expressão do pensamento 
e das emoções 
- Dimensões básicas: a linguagem é sempre individual e pessoal 
no sentido na voz (tom, velocidade); e social, histórica e cultural 
(linguagem propriamente dita) 
- Elementos essenciais: 
→ fonética: refere-se aos sons produzidos, transmitidos e 
recebidos pela linguagem humana. 
→ semântico: diz respeito à significação dos vocábulos 
→ sintático: é a relação e a articulação lógica das diversas 
palavras entre si, “como as palavras se casam”; Ex: suj, 
predicado, verbo 
- Funções da linguagem: 
→ comunicativa 
→ suporte do pensamento 
→ instrumento de expressão 
→ afirmação do eu e dimensão lúcida 
- A linguagem é um sistema de signos arbitrários (linguísticos) 
- Portanto, é uma criação social, vem da interação; que é de 
cada um, mas também de todos os agrupamentos humanos 
Afetividade 
- A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor 
a todas as vivências humanas. 
- Afetividade é um termo genérico, o qual compreende diversas 
modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções e 
os sentimentos 
- Quanto menor a distância entre quem percebe e o que é 
percebido, mais o objeto se confunde com quem o percebe. 
percepção → afeição 
sensação → sentimento 
entre saber → sentir 
entre eu → não eu 
- Definições básicas: vida afetiva (estado de ânimo, emoções, 
sentimentos, afetos e paixões) 
- Catatimia: influência sobre as outras funções; sujeito está tão 
apaixonado/triste (ex) que todas as outras funções são afetadas 
- Reação afetiva: sintonização e irradiação afetiva, rigidez 
→ sintonização: quando a ligação afetiva se da de maneira que o 
suj faz e o que acontece com o objeto estão articulados. 
→ irradiação afetiva: do objeto para o sujeito. Ex: alguém entra 
em algum lugar de maneira muito efusiva, assim, ele 
transfere/irradia algumas sensações para as pessoas que estão 
nesse lugar 
→ rigidez: não há sintonização, aproximação e troca afetiva

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