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Transtornos mentais- hereditários e constitucionais Introdução... - Predominância de fatores hereditários e constitucionais - Transtornos endógenos → do próprio suj. - Patogenia predominante - Patoplastia e psicoplastica contribuem na manifestação e não na etiologia - Gravidade clínica relevante e proposta terapêuticas são a médio e longo prazo, ou seja, é fundamental um critério diagnóstico bem fundamentado - Não desvalorizar a subjetividade do portador → a maneira do próprio suj. vivenciar a sua doença - Não menosprezar a necessidade de medicação Esquizofrenias - Psicose mais grave, sempre tem início no jovem - Sempre deixará sequelas → evolução processual - Sintomas fundamentais, segundo Breuler: → comprometimento na associação do pensamento → postura autista: o sujeito tem uma certa tendência a vivenciar apenas o seu mundo → afetividade: pode ir desde o distanciamento até uma rigidez afetiva → ambivalência: sente e manifesta dois sentimentos contrários ao mesmo tempo - Sintomas acessórios (consequentes), segundo Breuler: → delírios: alteração do pensamento → alucinações: alteração da sensopercepção → sintomas catatônicos: relacionados a psicomotricidade → alterações de personalidade: depois de adquirir o transtorno, o suj nunca mais é o mesmo - Sintomas de primeira ordem, segundo Schneider: → alteração do pensamento - Sintomas de segunda ordem → desordens da percepção: alucinação → ideação delirante → perplexidade: alteração da consciência, devido a relação só dele com ele mesmo → olhar através → empobrecimento emocional Sumula psicopatológica → resumo técnico - Alteração da afetividade, pensamento - Comprometimento secundário das outras funções - Consciência clara e inteligência preservada - Fatores que favorecem o curso/prognóstico do transtorno: início ser agudo; quanto mais o sujeito foi inserido socialmente, melhor o prognóstico; tratamento precoce; bom ambiente familiar; sexo feminino; bom nível de inteligência; poucos ou nenhum antecedente hereditário, se houver causas orgânicas relacionadas, sintomas catatônicos. - Fatores que favorecem o curso/prognóstico do transtorno: início insidioso, tratamento tardio, isolamento social, ambiente familiar desfavorável, sexo masculino, baixa inteligência, herança predominante e outros sintomas não catatônicos Tipologia - Esquizofrenia paranoide: tem uma evolução mais branda, costuma evoluir em surto, delírios persecutórios e/ou de grandeza, início é agudo, menor embotamento afetivo. Idade mais tardia, preservação mais clara da inteligência → risco grande de suicídio e de agressividade - Esquizofrenia hebefrênica: início mais precoce (começo da adolescência), deterioração inicial maior, regressão acentuada, presença de atitudes infantis (pueril), desinibição e desorganização do pensamento, respostas emocionais e sociais inadequadas. Comportamento hilário (puerilidade) → também chamada de desorganizada - Esquizofrenia catatônica: sintomas motores, perturbação psicomotora, negativismo (negação de ordem), mutismo (para de falar), estereotipias, estupor, flexibilidade cérea (suj. fica na mesma posição por muito tempo), obediência automática (tudo que é falado pro suj. é atendido mesmo que o mesmo não queira) - Esquizofrenia simples: perda gradual e insidiosa de impulso, retraimento social e ocupacional, pode refletir fobia ou depressão ou uma exacerbação da personalidade. Sem alucinações ou delírios. Diagnóstico atualmente discutível - Esses 4 tipos de transtornos citados acima, depois de muito tempo de evolução clínica dos transtornos, evoluem para a esquizofrenia residual: → é uma consequência - Esquizofrenia residual: embotamento emocional, comportamento excêntrico, pensamento ilógico, retraimento social, pelo menos um quadro esquizofrênico anterior. Rara presença de delírios e alucinações Outras psicoses • Transtornos esquizofreniforme: ausência de sintomas esquizofrênico típico. Curso crônico com flutuações de intensidade, comportamento excêntrico (de tempos em tempos, surtos são desenvolvidos) - aquele sujeito que, diante de situações que exige muito envolvimento, capacidade de lidar, concentração, o mesmo tem surto → começa a sair da realidade •Transtornos delirantes: também chamados de persistentes (alteração do pensamento) → manias de perseguição, de grandeza constantemente. • Parafrenias: delírios fantásticos, conteúdo mágico → construções exacerbadas no pensamento; o paciente cria todo um mundo místico. • Psicoses agudas: quadro psicótico de início súbito, duração breve, geralmente com a presença de fatores estressores → não deixam sequelas •Transtornos esquizoafetivos: tem características tanto da esquizofrenia e como dos transtornos afetivos (uni ou bipolar) Transtornos do humor • Episódio maníaco (ou de euforia): episódio único (uma ocorrência), pode durar até 6 meses e tem um humor intensamente exacerbado → sensação de bem-estar e elevada autoestima. - É fundamental a realização de uma entrevista objetiva (pelo acompanhante, pois na maioria das vezes o próprio paciente não consegue perceber) - Pode haver evolução para violência e/ou heteroagressividade → não é alegria intensa, e sim, uma aceleração psíquica. Tipos: mania franca ou grave, com sintomas psicóticos e hipomania • Episódio depressivo (depressão leve): humor abatido (paciente fica pra baixo e retraído), desinteresse generalizado, perda de energia vital e discreta perda do interesse pela vida. - Esse quadro clínico deve ter evolução de pelo menos 15 dias. - Com grande esforço consegue realizar as tarefas da vida diária. Não é tristeza intensa. - O paciente consegue ter a crítica - Tipos: com ou sem sintomas somáticos • Transtorno bipolar do humor: dois ou mais episódios de perturbação do humor, com pelo menos um deles sendo exacerbação do psiquismo (euforia) → início na adolescência até os 30 anos → evolução em fases. Tipos: * I- estados depressivos leves a graves, intercalados com normalidade e estados de euforia. * II- estados depressivos leves a graves, intercalados com normalidade e estados de hipomania * Ciclador rápido: quadros muito rápidos e de curto período, pode ser até em um único dia, muitos estados depressivos e de euforia (leves a graves) → pelo menos 4 fases em 1 ano • Depressão maior: caráter endógeno, mais evidente e um quadro clínico bem mais grave (moderada, grave e psicótica) - Alto risco de suicídio • Depressão recorrente: dois ou mais episódios depressivos sem sintomas de exacerbação do humor. - É repetida, ocorrência de 2/3 vezes no ano, com alto risco de suicídio. - Prevalência maior em jovens. - Uso abusivo de álcool e outras drogas. • Transtornos persistentes do humor: distimia e ciclotimia (evolução de pelo menos dois anos, quadro clínico leve, mas nem por isso com menos sofrimento ao portador. - É um quadro que não melhora, mas é leve Transtornos de personalidade - Não existe transtorno de personalidade em criança, pois a mesma deve estar consolidada - Aparece no início da vida adulta - Comprometimento grave do caráter → comprometimento dos sentimentos superiores, sentimentos que aprendemos com a história de vida. Ex: não sente culpa, pudor, não consegue compreender a generosidade e etc. - Não conseguem conviver socialmente, pois há uma ruptura de regras da boa convivência social - Os padrões anormais do comportamento são permanentes e invasivos - Inadaptação irreversível a situações sociais - Sofre e faz sofrer a sociedade - Essas pessoas não aprendem com a experiência - 70 a 85% dos portadores são criminosos, 60 a 70% podem ser alcoolistas, 70 a 80% abusam de drogas, - 10 a 13% da população geral - Ao se fazer este diagnostico deve-se considerar o meio cultural para evitar excessos,desconsiderando os antecedentes socioculturais dos portadores diferentes dos antecedentes do entrevistador - Os indivíduos com menos de 18 anos devem ser diagnosticados como transtorno de conduta - Os traços nocivos são evidentes na adolescência, mas pode haver indícios na infância Tipos de personalidade: 1- Personalidade paranoide: sensibilidade excessiva ao ser contrariado, desconfiança excessiva, comportamento tendencioso de autorreferência (tudo funciona em relação a ele), tendência a preocupação excessiva com situações que possam denotar conspirações → mais prevalente em homens. 2- Personalidade esquizoide: sem prazer nas atividades, frieza emocional, afetividade embotada, indiferença aparente tanto a elogios ou críticas, desinteresse por experiências sexuais, fantasias excessivas e introspecção, insensibilidade marcante com normas e convenções sociais 3- Personalidade antissocial (sociopata): indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios, comportamento cruel, sádico, atitude flagrante de desrespeitos as normas, regras e obrigações sociais, comportamento intolerante, descarga de agressão e violência injustificadas, irritabilidade constante. 4- Personalidade histriônica: comportamento dramatizado, exagero nas emoções, sugestionabilidade, gosta de ser o centro das atenções, necessidade extrema de apreciação dos outros, comportamento manipulativo, limiar de frustração rebaixado, preocupação excessiva com a atratividade física, erotização de situações não estritamente eróticas (consultas, audiências, entrevistas de emprego, etc.). 5- Personalidade borderline: comprometimento da autoimagem e das preferências internas com prejuízo da identidade, sentimento crônico de vazio, tende a se envolver em relacionamentos intensos e instáveis, tentativas de suicídio ou atos auto lesivos, não suporta o abandono, instabilidade afetiva extrema e impulsividade com gastos financeiros, sexo, uso de drogas, compulsão alimentar. Quando submetidos ao estresse manifestam ideias paranoides 6- Outras personalidades: impulsiva, obsessiva-compulsiva, ansiosa, dependente, narcísica, etc.
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