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Câncer de Pulmão Introdução -É o 2º mais comum entre os homens e o 5º entre as mulheres. -É o 1º em mortalidade entre homens e mulheres. -135 mil mortes nos EUA em 2020. -De acordo com o WHO-2018, 2 milhões e cem mil casos novos no mundo, com sobrevida estimada em 5 anos de 15 a 18%. -No Brasil, 40 mil casos: 18 mil em homens e 12 mil em mulheres. -Atualmente a sobrevida dos pacientes é de 5 anos em 15 a 20%. Fatores de Risco Tabagismo: -Desde 1950 se sabe a relação entre tabaco e carcinoma broncogênico. -A fumaça do cigarro produz aproximadamente 5 mil substâncias químicas, 55 delas com evidente ação carcinogênica, sendo 20 delas causadoras de CA de pulmão. -Atualmente acredita-se que sejam necessários 20 anos de abstinência para igualar o risco à população não fumante. -carga tabágica maior que 20 anos/maço. Fumante Passivo: -Metanálises de estudos realizados em 1986 e 1996, demonstram maior incidência de CA de pulmão entre fumantes passivos. Doença Inicial -A maioria dos casos não apresentam sintomas iniciais, porém o CA pode metastizar. -Geralmente há sintomatologia quando a extensão do CA é extremamente grande. Aspectos Clínicos -Somente 5% dos pacientes com CA de pulmão são assintomáticos ao diagnóstico. -O quadro clínico é dependente da localização do tumor e portanto, está relacionado ao tipo histológico. Sintomas ➔ Tosse e Hemoptise: via aérea central → brônquios lobares. ➔ Dispnéia: oclusão brônquica. ➔ Dor torácica OBS: a dor se inicia a partir da pleura parietal, ou seja, quando o tumor a invade. Outros sintomas: ➔ Alterações da voz: rouquidão → compressão do nervo laríngeo recorrente. ➔ Síndrome da veia cava superior: compressão por cadeias linfonodais acometidas. ➔ Manifestações Neurológicas: ◆ Miopatias ◆ Polimiosites ◆ Neuropatias periféricas sensitivas Alterações ➔ Baqueteamento digital ➔ Manifestações dermatológicas: acantose nigricans, esclerodermia, etc. ➔ Trombose venosas ➔ Perda de peso, anorexia, adinamia. Metástase -Ocorre via hematogênica para 4 estações. Intracranianas: ❖ Cefaleia, náuseas, vômitos, alterações de personalidade e déficits focais. ❖ TC de crânio com contraste ❖ RNM de encéfalo ❖ São sintomas iniciais em 6% dos pacientes. Ossos: ❖ Dor intensa ❖ Fratura patológica ❖ Ossos chatos são mais envolvidos: ➢ Crânio ➢ Vértebras ➢ Costelas ❖ Cintilografia óssea: ➢ Falso negativo < 2% ➢ Falso positivo: 40 a 50% Hepáticas: ❖ Em geral assintomáticos ❖ Exame de sangue: TGO, TGP, BT, FA, gama-GT. ❖ USG abdominal ❖ TC de abdome ❖ Biópsia hepática Suprarrenais: ❖ Assintomáticas ❖ Achados em exame ❖ USG abdominal ❖ TC de abdome ❖ Diâmetro > 4 cm é altamente suspeito. ❖ Biópsia Exames de Imagem 1- Radiografia 2- Tomografia Computadorizada: -Padrão ouro na avaliação dos nódulos e massas pulmonares. -Deve ser sempre realizada com contraste, -Mostra a exata relação da lesão com as estruturas vasculares, fornece dados sobre a densidade, presença de calcificações (neoplasias geralmente benignas). -Avalia o mediastino e a presença de linfonodomegalias. (formato de caranguejo) -Janela de pulmão: avaliação do parênquima (radiologista já envia o exame em tal janela). 3- RNM: -Pouco utilizada na avaliação das massas e nódulos pulmonares. -Útil na avaliação dos tumores de Pancoast: avaliação do plexo braquial e de invasão vascular. 4- PET SCAN -Método baseado no metabolismo da glicose (FDG). -Falso negativo: nódulos < 1 cm Bronquíolo-alveolar Tumor carcinóide Positivo: em doenças inflama- tórias. Tipos Histológicos -Não Pequenas Células: Carcinomas de Células Escamosas: -Neoplasias pulmonares mais frequentes até pouco tempo (superados pelos adenocarcinomas). -Diretamente relacionado ao tabagismo. -São centrais. Adenocarcinoma: -São os mais frequentes. -Distribuição igual entre os sexos. -São periféricos → diagnóstico mais tardio. -São mais agressivos. Subtipo: -Adenocarcinoma lepídico: forma pneumônica e nodular (única ou disseminada). Carcinoma Bronquíolo-alveolar: -Proliferação celular dentro do bronquíolo terminal e alvéolos pulmonares. -Estertor crepitante na ausculta Carcinoma de Grandes Células: -Cerca de 10% das neoplasias pulmonares. -Podem ser centrais ou periféricos. Carcinoma Adenoescamoso Carcinoma com elementos pleomórficos e sarcomatóides. -Pequenas Células: -Subtipo especial de neoplasia pulmonar. -Representam cerca de 20 a 25% das neoplasias pulmonares. -São muito agressivos. -Possuem rápida e precoce disseminação para cérebro, ossos e linfonodos. -No estadiamento separa os CPC em doença limitada e disseminada. -Não são considerados de tratamento cirúrgico e sim quimioterápicos. -Outros Tipos Histológicos: Tumores Carcinóides: -São neoplasias de baixa malignidade. -Com um subtipo típico e outro atípico. -Fazem parte de um grupo denominado neoplasias neuroendócrinas do pulmão, capazes de sintetizar aminas vasoativas. -São de ocorrência preferencialmente endobrônquica, pacientes jovens e os principais sintomas são pneumonias de repetição e sangramento. Diagnóstico Histológico -Citologia do escarro: tem baixo rendimento. Broncoscopia: -Biópsia de lesão vegetante. -Biópsia transbrônquica. -Lavado broncoalveolar. -Escovado. -Exame obrigatório na avaliação de caso suspeito, para diagnóstico / estadiamento. -Biópsia transparietal: lesões próximas à parede torácica. Videotoracoscopia Biópsia a céu aberto: Mediastinoscopia Cervical: diagnóstico a partir do linfonodo. Estadiamento TNM -Permite uma linguagem universal descritiva única em qualquer serviço de saúde. -Basear o tratamento nos diferentes estadios da doença; -Predizer a sobrevida do paciente. -Permitir que estudos clínicos realizados em diferentes centros fossem comparados. Tumor de Pancoast -Carcinoma broncogênico apical. -Cresce num local em que não há muito espaço e rapidamente invade estruturas próximas, por contiguidade, principalmente para o ombro homolateral e membro superior. -Síndrome de Horner: invasão do primeiro gânglio da cadeia cervical. ➔ Ptose ➔ Enoftalmia ➔ Miose palpebral ➔ Anidrose Tratamento Cirúrgico: -Tratamento de escolha, por oferecer maior chance de cura. -É realizado através de toracotomia, seguida de lobectomia ou pneumectomia sempre associada ao esvaziamento linfonodal mediastinal ipsilateral (radical). OBS: a indicação cirúrgica é dependente do estadiamento. OBS: sempre deve se realizar uma prova de função pulmonar antes de se retirar um lobo pulmonar do paciente, pois a maioria é ou era fumante. Quimioterapia / Radioterapia: -Este pode ser o único tratamento possível para o paciente, como na doença disseminada (60 a 70% dos doentes). -Pode ser adjuvante quando ele se segue ao tratamento cirúrgico ou pode ser dita neo-adjuvante, quando precede o tratamento cirúrgico. Indicações Cirúrgicas Estadios I e II: sempre. Estadio IIIA por N2: indicação de quimioterapia neoadjuvante. Estadio IIIB: T4 por invasão do carina principal, invasão do diafragma ou tumor > 7 cm ressecável. Estadio IV: NÃO TEM INDICAÇÃO CIRÚRGICA! Prognóstico Pós Cirurgia IA: 70 a 80% IB: 60% IIA: 40% IIB: 30 a 35% IIIA: 15 a 20% (até 30% pós quimioterapia neoadjuvante) IIIB: 3% IV: 1%
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