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Lesão por Úlceras de Pressão Conceitos -Úlceras que resultam da pressão aplicada ao tecido mole em um nível mais elevado do que os vasos sanguíneos que suprem aquela área por um período prolongado. -Ocorre em regiões em que há proeminência óssea. -A pressão média de fechamento capilar é de 32mmHg. -Com o indivíduo em decúbito dorsal, os pontos de maior pressão são: ❖ Sacro - 36% ❖ Nádegas ❖ Calcanhar - 30% ❖ Occipital -Sendo que todos foram submetidos a pressões de cerca de 50 a 60 mmHg. -Ao sentar-se, pressões de até 100 mmHg foram registradas sobre as tuberosidades isquiáticas. -A simples aplicação de pressão em excesso nestes níveis não necessariamente resultou em isquemia tecidual. -Descobriu-se que a pressão de fechamento do capilar, aplicada por 2 horas, resultou em lesão isquêmica irreversível de tecido. -Pressões mais elevadas causam danos em menos tempo. Fatores Predisponentes -Atrito -Cisalhamento: deslizamento do tecido sobre a superfície → paciente “escorrega”. -Umidade: promove irritação da pele local; pacientes que usam fraldas, pacientes com sudorese contínua. -Desnutrição: pacientes com albumina baixa, colágeno insuficiente para produzir cicatrização. -Lesão Neurológica: sensibilidade e mobilidade diminuída. Classificação -Estágio I: -Pele intacta com vermelhão irreversível de uma área localizada geralmente sobre uma proeminência óssea. -Estágio II: -Perda de espessura parcial da derme apresentando-se como uma úlcera aberta superficial com um leito de ferida róseo eritematoso, sem esfacelamento. -Também pode apresentar-se como uma bolha cheia de soro, íntegra ou aberta/rompida. -Estágio III: -Perda de tecido de espessura total. A gordura subcutânea pode ser visível, mas osso, tendão ou músculo não são expostos. -Estágio IV: -Perda tecidual de espessura total com exposição de osso, tendão ou músculo. Classificação Prevenção -Reposicionamento do paciente a cada 2 horas. -Manter a cabeceira do leito do paciente elevada na menor elevação necessária para ele, a fim de evitar o cisalhamento. -Superfícies redutoras de pressão, que variam a pressão de acordo com o tempo, como as camas de água, colchão casca de ovo* e colchão pneumático**. -Cuidados com a pele: as peles secas necessitam de hidratação. -Nutrição adequada: paciente desnutrido tem mais propensão a abrir úlceras. *porém retém partículas, o que propicia infecções. ** varia a pressão exercida em cada “colmeia” de ar. Tratamento -Graus I e II: conservador -Graus III e IV: cirurgia/retalhos -Adequação do aporte nutricional e manejo de comorbidades. -Tratamento adequado da infecção: antibioticoterapia local e sistêmica. OBS: osteomielite → TC ou RNM -Curativos -Cirurgia: -Desbridamento dos tecidos desvitalizados. -Retalhos para cobertura. Úlcera de Marjolin -Cada ferida crônica exposta a traumatismo carrega o risco de degeneração maligna → CEC. -Suspeita deve ser sempre considerada se as margens da úlcera forem verrucosas, ou com mudança recente do aspecto ou drenagem. -Biópsia -O termo “Úlcera de Marjolin” é usado para descrever a degeneração maligna em cicatrizes de queimaduras, úlceras venosas crônicas, úlceras de pressão e feridas com osteomielite. -O período de latência de carcinomas decorrentes de úlceras de pressão é de cerca de 20 anos, em comparação com 30 anos ou mais para aqueles decorrentes de úlceras de estase ou queimaduras.
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