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Doenças virais transmitidas por água contaminada Doenças bacterianas transmitidas por água contaminada HEPATITE A HEPATITE E CÓLERA FEBRE TIFOIDE Hepatovírus HAV Picornaviridae Vírus sem envelope RNA de fita simples Hepatovírus HEV Hepeviridae Vírus sem envelope RNA de fita positiva Vibrio cholerae - Bactéria gram-negativa e anaeróbica facultativa Bactéria fresca - Dura em ambientes salinos e úmidos Salmonella entérica sorovar thypi Bacilos aeróbicos gram-negativos Ingestão de alimentos e água contaminada (orofecal) Resistente a pH ácido - Entrada pela circulação mesentérica, chegando ao fígado pelo sistema porta > replicação em hepatócitos Viremia inicial: acompanha vírus nas fezes Imunidade humoral: IgM e IgG contra o HAV - Não cronifica, mas pode prolongar por até 6 meses Água contaminada, alimentos contaminados e contato intradomiciliar Homem: hospedeiro natural, mas outros animais podem ser Transmissibilidade 30 dias > vírus nas fezes por 2 semanas Ingestão de água e alimentos contaminados 1. Dose infectante: vencer acidez gástrica 2. Colonizar o intestino delgado (alcalino) 2,1. Mucinase – permite a passagem pela mucina que protege a mucosa 3. Libera uma exotoxina – colerágeno - Atrapalha o equilíbrio fisiológico do epitélio do intestino > líquido isotônico > diarréia. Incubação: 3-5 horas ou 2-5 dias Homem: reservatório Ingestão de água e moluscos, leites e derivados - Sucos e frutas - Contaminação por portadores ou oligossintomáticos Dose infectante 1000-1M de bacilos 1. Ultrapassam as barreiras gástricas e penetram as células M 2. Entrando no organismo, começam a ser fagocitadas por APCS – liberação de endotoxinas 2,1. Ativa linfócitos B e T, proliferação no sistema linfático 3. Entrada pelo sistema porta no fígado e no baço, além de outros órgãos Incubação: 2 semanas CLASSIFICAÇÃO Assintomática- sem sintomas. Oligossimtomática anictérica – 1 semana, febre, astenia, inapetência, aumento das transaminases. Ictérica – surge icterícia colúrica (bilirrubina direta- BD) após 7 dias dos sintomas. Frequente náuseas, vômitos, dor abdominal e empachamento 3-6 semanas. Colestática – 3 meses de duração, como obstrução biliar. Colúria, icterícia, - Anorexia, astenia, febre baixa - Dor abdominal - Náuseas - Vômitos - Diarreia é menos comum - Mialgia é menos comum - Frequentemente anictérica Icterícia: 4-6 semanas - Colúria - Hepatomegalia - Gastroenterite aguda - Diarreia aquosa súbita, vômitos, sinais de desidratação e câimbras musculares - Fezes amarelo esverdeadas ou em água de arroz (riziformes) - Cheiro de peixe - Patogenia por multiplicação bacteriana e por endotoxina pela lise bacteriana - Febre contínua - Dor abdominal - Vômitos - Anorexia - Astenia - Cefaleia Período de Estado - 2-3 semanas - Fezes líquidas, mialgia e prostação - Torpor e delírio hipocolia, acolias fecais, prurido cutâneo de difícil controle. Prolongada – 6 meses com quadro de síndrome infecciosa inicial, período ictérico posterior, transaminases por tempo elevado. Recorrente – recaída após recuperação. Fulminante – mais rara, rápido progresso para insuficiência hepática – necrose. CLASSIFICAÇÃO Sem sinais de desidratação Sinais leves ou moderados Desidratação grave - Abdome doloroso, hepatoesplenomegalia - Roséolas tíficas - Icterícia (hepatite tífoídica) - Dissociação pulso-temperatura (Faget) - Úlceras de mucosa bucal Período de Declínio - 4ª semana - Melhora de consciência e da cefaleia - Queda da temperatura Convalescença - Término dos sintomas - Permanece astenia e desnutrição COMPLICAÇÕES - Perfuração intestinal Peritonite, período de estado. Dor súbita na fossa ilíaca direita - Hemorragia resultante de ulceração intestinal 3ª semana – sangue vivo Repõe sangue e eletrólitos - Miocardite, nefrite - Colicistite, hepatite Inflamação e necrose do fígado Insuficiência renal aguda Hipocalemia Atonia intestinal Hipotensão arterial e colapso cardíaco Arritmias DIAGNÓSTICO - Leucograma normal ou leucopenia com linfocitose (pode ter atipia) - Aminotransferases aumentadas (TGP>TGO) - Bilirrubinas totais e funções - Fosfatase alcalina - Tempo e atividade protrombínicos - Pesquisa de anticorpos Anti-HAV IgM Anti-HAV IgG -PCR-RNA viral DIAGNÓSTICO - Aminotransferases 3x - Bilirrubinas aumentadas - ELISA e imunofluorescência 3-4 semanas - PCR par RNA no soro e nas fezes DIAGNÓSTICO - Bacterioscopia com coloração por método gram - Microscopia em campo escuro (morfologia do vibrião e flagelo) - Coprocultura Técnicas imunológicas (ELISA, aglutinação em látex) DIAGNÓSTICO Reação de Widal (teste de aglutinação) Teste sorológico que permite detectar infecção por gênero salmonella - Adição de antígenos O-somático e H- flagelar > procura de anticorpos - Caindo em desuso - Hemocultura (principal, positiva na primeira semana) - Mielocultura (sensível, 90% positivo) - Coprocultura (mais de uma amostra, positiva entre 2-4ª semana, 7 dias após cessar antimicrobianos) - Urocultura (Menos frequentemente positiva, positiva na 3-4ª semana) - Exame histopatológico das roséolas - Testes de diagnósticos rápidos - Sorologia, método ELISA - PCR *Notificação compulsória Inespecífico - Leucopenia, neutropenia, anemia e plaquetopenia - Distúrbios hidroeletrolíticos - Velocidade de hemossedimentação (VHS) normal ou reduzida TRATAMENTO - Sintomáticos - Repouso - Abstinência de álcool - Orientação dietética em caso de icterícia, colúria e acolia fecal TRATAMENTO - Sintomáticos - Repouso - Abolir bebida TRATAMENTO - Hidratação - Reposição eletrolítica - Antibióticos – tetraciclina, sulfametoxazol, ampicilina, fluoquinolona - Sintomáticos TRATAMENTO - Reposição hidroeletrolíticos - Antibióticos - Hidratação - Reposição de sangue - Sintomáticos PROFILAXIA - Melhora do saneamento - Medidas de higiene - Vacinação com o vírus inativado PROFILAXIA - Melhorar saneamento - Medidas de higiene PROFILAXIA - Qualidade da água - Tratamento adequado dos dejetos - Vigilância sanitária de alimentos - Rigorosa higiene - Educação - Vacinação Imunidade duradoura por vírus ou pela vacina Sem vacina e imunidade duradoura *DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS PARA SÍNDROMES DIARREICAS HEPATITES VIRAIS - Vírus hepatotrópicos - A, B, C, D e E - Homem é o reservatório importante (HEV pode ter em suínos, roedores) - Qualquer um pode causar hepatite aguda - Aspectos limitados aos primeiros 6 meses HEPATITE AGUDA Período prodrômico ou pré-ictérico - Sintomas inespecíficos – anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, constipação, febre baixa, cefaleia, mal-estar, aversão ao paladar, fotofobia - Exantema maculopapular ou papular - Urticária - Artralgia e artrite Fase ictérica - Icterícia, com geral diminuição dos sintomas prodrômicos - Hepatomegalias dolorosas, ocasional esplenomegalia Fase de convalescença - Desaparecimento da icterícia - Recuperação completa: semanas - Fraqueza e cansaço podem persistir por meses DIAGNÓSTICO INESPECÍFICO TGO-AST TGP-ALT > mais alto - Marcadores de agressão hepatocelular - Iniciam 1 semana antes da icterícia e normalizam em 3-6 semanas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Perfil epidemiológico e sazonalidade (qual a mais comum ou épocas do ano) Prodrômico - Mononucleose infecciosa - Toxaplasmose - Citomegalovirores - Viroses que o aumento das aminotransferase não ultrapassam 500ui Ictérico - Leptospirose - Malária - Febre tifoide - Febre amarela - Outros tipos de hepatite TRATAMENTO - Não existe tratamento, exceto a C - Tratar sintomáticos - Repouso até a normalização das aminotransferases - Abolição de álcoo
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