Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TÉTANO Doença infecciosa aguda não contagiosa - Causada por neurotoxinas produzidas pela Clostridium tetani Bacilo gram-negativo, que pode formar esporos que permitem a sobrevivência na presença de oxigênio - Anaeróbico obrigatório 1. feridas tetanígenas permitem a entrada do esporo 2. Em condições de anaerobiose o esporo se torna vegetativo, produzindo as toxinas - Tecido necrótico ou desvitalizado - Secundária a bactérias que consomem oxigênio Tetanoplasmina - Tétano acidental - Tétano neonatal EPIDEMIOLOGIA - Presente em solo, vegetais, poeira e em fezes de animais - Acomete mais homens por maior exposição a traumatismos - Países com baixa cobertura vacinal > maior frequência do tétano neonatal Período de incubação: 5-15 dias do ferimento ao primeiro sintoma - < 7 dias: maior o risco de morte Período de contratura – primeiro sinal até a primeira contratura ou espasmos < 48 horas: maior gravidade PATOLOGIA - Tetanoplasmina dirige através dos nervos para o SNC - Se liga a receptores de interneurônios inibidores, bloqueando sua ação > ação intensa - Neurônios motores hiperexcitáveis > hipertonia muscular, hiperreflexia, hiperexcitabilidade e espasmos CLÍNICA - Hipertonia muscular local ou generalizada - Ausência de febre - Lucidez - Hiperreflexia profunda - Contraturas paroxísticas ou espasmos musculares à estimulação - Dificuldade de abrir a boca (trísmo) e deambular Neonatal: dificuldade de mamar e sugar, com choro frequente e cólicas - Hipertonia de nuca, paravertebral (causa epistótono), torácica, abdominal e de membros e fácies - Contratura da musculatura mímica facial > fácies tetânica, riso sardônico Horas- dias > Contraturas paroxísticas ou espasmos - Abalos tônicos-clônicos - Crises por estímulos sonoros - Hipertonia torácica e contração da glote - Pode causar bloqueio respiratório e insuficiência respiratória GRAVES - Hiperatividade do sistema autônomo simpático (disautonomia) Taquicardia, sudorese profusa, hipertensão arterial, febre FORMA LEVE - Hipertonia muscular FORMA GRAVE - Hipertonia muscular, disfagia, pouca sudorese, espasmos fortes FORMA GRAVÍSSIMA - Febre moderada ou alta, disfagia intensa, espasmos fortes e frequentes, disautonomia presente TRATAMENTO - Sedação Diazepam ou outro IM RN 1/3 da ampola - Antitoxina tetânica Soro de dose única 10.000-20.000 U EV Se tiver alergia: uso de gamaglobulina antitetânica humana - Debridamento do foco Tratamento cirúrgico amplo, retirando tudo que causaria anaerobiose Ferida aberta - Antibioticoterapia Penicilina G cristalina IV 4-4h por 10 dias Alergia: clindamicina Neonatal: onfalite > uso de cefalexina Sepse > cefalotina - Sedação e miorrelaxamento Diazepam CUIDADOS GERAIS - Área exclusiva - Evitar mexer no paciente - Criança com o neonatal > incubadora, temperatura e iluminação reguladas VACINAÇÃO - Vacinado no primeiro dia de internação - Não causa imunidade PROFILAXIA - Vacina antitetânica na mãe e na criança - Acidental: proteção individual e vacinação sistemática com toxoide (manutenção dos níveis de anticorpos)
Compartilhar