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Embriologia do sistema digestório

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EMBRIOLOGIA 
SISTEMA
DIGESTÓRIO
INTESTINO PRIMITIVO - FORMAÇÃO
DERIVADOS DO INTESTINO ANTERIOR 
DESENVOLVIMENTO DO ESÔFAGO 
DESENVOLVIMENTO DO ESTÔMAGO
DESENVOLVIMENTO DA BOLSA
OMENTAL
DESENVOLVIMENTO DO DUODENO,
DIVERTÍCULO HEPÁTICO E BROTO
PANCREÁTICO DORSAL.
DESENVOLVIMENTO DO FÍGADO E
APARELHO BILIAR
MESENTÉRIO
DERIVADOS DO INTESTINO MÉDIO
DERIVADOS DO INTESTINO POSTERIOR
Caio Castro Queiroz / @caiocastroqueiroz
UNIATENAS - MG
 O intestino anterior, à nível de digestório
formará a faringe primitiva, o esôfago, o
estômago, parte cranial do duodeno e os
anexos (fígado, pâncreas, ductos biliares,
canal cístico, canal colédoco, vesícula biliar). 
 O intestino médio (região de formação do
cordão umbilical) forma o final do duodeno,
jejuno, íleo, cólon, ceco, apêndice, cólon
ascendente e parte do transverso. Já o
intestino posterior produz o final do cólon
transverso, descendente, sigmóide, reto e
canal anal. 
 O intestino primitivo começa a sua
formação por volta da 4ª semana, sendo
fechado na extremidade cranial pela
membrana orofaríngea e na extremidade
caudal pela membrana cloacal. 
 O endoderma intestinal dá origem a
maior parte do intestino, epitélio e
glândulas. Já os epitélios das extremidades
cranial e caudal são derivados do
ectoderma do estomodeu e da fosseta
anal (proctodeu). Os tecidos muscular e
conjuntivo e outras camadas da parede do
trato digestório são derivados do
mesênquima esplâncnico que circunda o
intestino primitivo.
O intestino primitivo é dividido em
intestino anterior, médio e posterior.
INTESTINO PRIMITIVO - FORMAÇÃO
DERIVADOS DO INTESTINO
ANTERIOR
 Os derivados do intestino anterior são a
faringe primitiva e seus derivados, sistema
respiratório inferior, esôfago, estômago,
duodeno, (distal à abertura do ducto biliar),
fígado, sistema biliar (ductos hepáticos,
vesícula biliar e ducto biliar) e o pâncreas. 
 No intestino anterior, a faringe primitiva
dá origem à faringe. O esôfago, em seu
início de formação, está preso à área do
divertículo respiratório (forma a traquéia,
brônquio, bronquíolos). À medida em que
ocorre o alongamento do esôfago e o
alongamento do divertículo respiratório, a
parede da faringe primitiva, acaba
produzindo duas invaginações que
separam as áreas digestivas e respiratórias.
Na proporção em que as duas dobras se
aproximam, forma-se o septo
traqueoesofágico, o qual separa o
divertículo respiratório da área do esôfago
em desenvolvimento.
 
DESENVOLVIMENTO DO ESÔFAGO
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
 O endoderma (origina o epitélio e as
glândulas) que recobre a área do esôfago se
diferencia em epitélio do esôfago (epitélio
pavimentoso estratificado não-
queratinizado). Esse epitélio prolifera a
ponto de obstruir parcial ou totalmente a luz
do esôfago, mas essas células excedentes
entram em processo de apoptose e a luz
recanaliza ao final da 8ª semana. 
 A túnica muscular é formada de
musculatura estriada esquelética,
proveniente do aparelho faríngeo 
 (mesoderma do 4º e 6º arcos faríngeos) ou
seja, a formação da camada muscular
externa do 1/3 superior do esôfago. Além
disso, o músculo liso dos 2/3 inferiores se 
 desenvolve do mesênquima esplâncnico
circunjacente. O esôfago atinge o seu
comprimento final relativo ao final da 7ª
semana.
 A atresia de esôfago com fístula distal
ocorre (em 90% dos casos) quando há um
desvio do septo traqueoesofágico para uma
direção posterior e da separação incompleta
do esôfago do tubo laringotraqueal. Em
menor proporção pode decorrer da falha da
recanalização esofágica durante a 8ª
semana da vida fetal.
Um feto com atresia fetal é incapaz de
deglutir o líquido amniótico, cursando,
consequentemente, em polidramnia
(quantidade excessiva de líquido amniótico).
Esses bebês ao nascerem podem aparentar
serem saudáveis, mas pode ser notada ao
bebê rejeitar a alimentação oral com
imediata regurgitação e tosse.
Aplicação Clínica
DESENVOLVIMENTO DO
ESTÔMAGO
 Inicialmente se apresenta como uma
estrutura tubular, mas durante a 4ª semana
sofre uma dilatação, dando origem ao
estômago primitivo. Tal dilatação ocorre
na parte caudal do intestino anterior, no
sentido laterolateral. 
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
 Na área do estômago em desenvolvimento
há a presença dos mesentérios dorsal e
ventral, esse mesentério chama-se
mesogástrio. Quando ocorre a dilatação do
estômago, o mesentério dorsal começa a
entrar em processo de apoptose, que
determina a formação de uma abertura, o
forame omental. A membrana do
mesogástrio dorsal cresce e forma o omento
maior, que delimita uma cavidade chamada
de bolsa omental (crescimento e
movimento do estômago). Após isso, há um
aumento dorsoventral que delimita a
curvatura maior do estômago. 
 Além disso, a sua pequena curvatura se
move para a direita e a grande curvatura
para a esquerda. Assim, o lado esquerdo se
torna a superfície ventral e o direito, a
superfície dorsal. É a essa rotação e
crescimento do estômago que explica a o
nervo vago esquerdo suprir a parede anterior
do estômago e o nervo vago direito suprir a
parede posterior. Assim, o estômago fica
suspenso na parede dorsal abdominal pelo
mesogástrio dorsal primitivo.
 Com o crescimento do estômago, outros
órgãos e mesentério adjacentes, ocorre uma
rotação do estômago de 90° no sentido
horário, e à medida que esse giro ocorre, o
omento maior cresce e se desloca para a
área onde estão sendo formados os
intestinos. 
DESENVOLVIMENTO DA BOLSA
OMENTAL
 A bolsa omental é uma cavidade formada
a partir de dobras do mesogástrio dorsal. O
forame omental é uma abertura que permite
a comunicação entre a bolsa omental e a
cavidade peritoneal. A parte superior da
bolsa é isolada à medida em que o
diafragma se desenvolve, formando a bolsa
infracárdica. 
 A bolsa omental se expande à medida em
que o estômago aumenta, adquirindo agora
um recesso inferior da bolsa omental, entre
as camadas do mesogástrio dorsal alongado
(grande omento). Ao se fundir as camadas
do grande omento, o recesso inferior
desaparece, persistindo apenas a
comunicação, o forame omental.
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
 O mesentério ventral corresponde a uma
fina membrana de camada dupla, a qual dá
origem ao omento menor e ao ligamento
falciforme. 
 O omento menor vai do fígado à pequena
curvatura do estômago (ligamento
hepatogástrico) e do fígado ao duodeno
(ligamento hepatoduodenal). O ligamento
falciforme se estende do fígado à parede
abdominal ventral. 
DESENVOLVIMENTO DO DUODENO, 
 DIVERTÍCULO HEPÁTICO E BROTO
PANCREÁTICO DORSAL
 O duodeno começa a se desenvolver da
parte caudal do intestino anterior, parte
cranial do intestino médio e do
mesênquima esplâncnico, a partir da 4ª
semana. Por ter uma dupla origem
embrionária, o intestino anterior e médio,
o duodeno possui suprimento sanguíneo
das artérias do tronco celíaco e da
mesentérica superior.
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
 À medida que o duodeno vai se
desenvolvendo o endoderma que reveste
internamente essa área do tubo, vai se
diferenciar no epitélio colunar simples com
microvilosidades e células caliciformes.
Ocorre, assim como no esôfago, durante a 5ª
e 6ª semanas do desenvolvimento, uma
obstrução transitória da luz do duodeno
devido a proliferação das suas células
epiteliais. Porém, posteriormente há a
apoptose dessas células, ocorrendo uma
recanalização. A partir do revestimento do
endoderma, acontecerá a formação de
brotos, como por exemplo o divertículo
hepático e o broto pancreático dorsal. O
divertículo hepático é composto por
subpopulações de células (fígado, vesícula
biliar, broto pancreático ventral, ductos
biliares, císticos e canal colédoco) que
passarão por diferenciação. 
 O duodeno sofre um giro de 90°
influenciando o ducto colédoco e o broto
pancreático ventral (se encontra com o broto
pancreático dorsal e se fundem) no mesmo
sentido. A partir da fusão dos brotos
pancreáticos, surge o ducto principal do
pâncreas. O broto pancreático ventral dá
origem ao processo uncinado e àcabeça do
pâncreas e o broto pancreático dorsal forma
o corpo e cauda do pâncreas
 Note que o ducto pancreático principal
desemboca no mesmo local que o canal
colédoco, na abertura chamada ampola de
Vater. O ducto proximal do broto
pancreático dorsal geralmente se degenera,
mas caso persista, será chamado de ducto
pancreático acessório. 
 
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
Estenose: oclusão parcial da luz do
duodeno, pode ocorrer em vista da
recanalização incompleta pela
vacuolização defeituosa, causando
vômitos com conteúdo biliar. 
 ESTENOSE E ATRESIA DUODENAL: 
Atresia: obstrução completa da luz
duodenal, na junção dos ductos biliar e
pancreático, ou na ampola
hepatopancreática. Tem como etiologia
um padrão genético de origem
autossômica recessiva, Tal condição é
identificada logo após o nascimento os
primeiros sinais são episódios de vômitos,
com conteúdo biliar e distensão de
epigástrio (pelo enchimento do
estômago e parte superior do duodeno).
DESENVOLVIMENTO DO FÍGADO E
APARELHO BILIAR
PORÇÃO CRANIAL
 O fígado e o aparelho biliar surgem no
início da 4ª semana a partir do divertículo
hepático. O septo transverso (mesoderma
esplâncnico) separa as cavidades pericárdica
e peritoneal e divide o divertículo em uma
porção cranial e uma caudal. A porção
cranial maior do divertículo é o primórdio
do fígado e a porção caudal menor torna-se
o primórdio da vesícula biliar.
 O crescimento do fígado começa entre a 5ª
e 10ª semanas. Inicialmente os seus lobos
esquerdo e direito possuem o mesmo
tamanho, mas logo o direito se torna maior.
As células endodérmicas em proliferação
originam os cordões entrelaçados dos
hepatócitos e o epitélio de revestimento da
porção intrahepática do sistema biliar.
Esses cordões se anastomosam ao redor dos
espaços revestidos por endotélio, gerando os
primórdios sinusoides hepáticos. Os tecidos
fibroso e hematopoiético e as células de
Kupffer do fígado são derivadas do
mesênquima no septo transverso. 
 A hematopoiese, formação e
desenvolvimento de várias células
sanguíneas, se inicia no fígado durante a 6ª
semana, dando um aspecto avermelhado
brilhante ao fígado. Na 9ª semana, o fígado é
responsável por cerca de 10% do peso total
do feto. Já a formação da bile pelas células
hepáticas começa durante a 12ª semana.
 
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
PORÇÃO CAUDAL
 
 A porção caudal forma a vesícula biliar e
o pedúnculo do divertículo forma o ducto
cístico. O pedúnculo que liga os ductos
hepático e cístico ao duodeno se torna o
ducto biliar.
 
Atresia de vias biliares extra-hepáticas:
anomalia grave, caracterizada pela
ausência de uma abertura normal dos
ductos biliares principais. O sinal inicial
ocorre logo após o nascimento, com o
recém-nascido cursando com icterícia,
fezes acólicas (cor de argila) e a urina de
cor escura.
MESENTÉRIO 
 Mesentério Ventral 
Mesentério Dorsal
-Ligamento falciforme: mesentério ventral
do fígado para a parede abdominal ventral. 
-Ligamento hepatogástrico: do fígado para
o estômago.
-Ligamento gastroesplênico: do estômago
para o baço. 
-Ligamento esplenorrenal: do baço para o
rim. 
DERIVADOS DO INTESTINO MÉDIO 
 O intestino médio é responsável pela
formação do intestino delgado (incluindo
duodeno distal à entrada do ducto biliar), o
ceco, o apêndice, o colo ascendente e a
metade direita a dois terços do colo
transverso, sendo todas estruturas irrigadas
pela artéria mesentérica superior. O espaço
abdominal não comporta mais o crescimento
das estruturas digestivas, principalmente do
fígado e dos rins.
 Assim, por volta da 6ª semana de
desenvolvimento embrionário o intestino
médio forma uma alça intestinal umbilical
que hernia-se no cordão umbilical (herniação
fisiológica). Esta sofre uma rotação de 90º no
sentido anti-horário, e por volta da décima
semana, o intestino retorna ao abdome,
girando mais 180º. Da 9° a 12° tem-se o retorno
dos intestinos para a cavidade abdominal. 
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
 Entre a alça e o saco vitelino há uma
comunicação (até a 10° semana) através do
ducto enfaloentérico. A alça é divida em
duas porções: cranial e caudal. O ramo
cefálico forma as alças do intestino delgado,
o jejuno e o íleo, retornando primeiro.
Enquanto o crescimento da alça caudal é
mais lento e origina o ceco e o apêndice.
Assim, a porção cranial da alça vai para a
direita (intestino delgado) e a caudal para a
esquerda (intestino grosso). 
 Após o período de rotação da alça do
intestino médio que vai até a 10ª semana, os
intestinos voltam para o abdome, e assim, a
hérnia do intestino médio é reduzida. Esse
processo é influenciado pela redução das
proporções do fígado e dos rins, bem como
do crescimento da cavidade abdominal. 
 O intestino delgado retorna primeiro e
ocupa a região central e, posteriormente o
intestino grosso, com o colo descendente e
sigmoide sendo deslocados para o lado
direito do abdome. Após o retorno dos
intestinos para o abdome, o colo aumentado
pressiona e desloca o duodeno e o pâncreas
em direção a parede abdominal superior.
Assim, o mesentério do duodeno é
absorvido. Desse modo, o duodeno não
possui mesentério, por estar situado no
peritônio, com exceção de sua primeira
parte, visto que tem origem no intestino
anterior. 
 As áreas escuras ele indica que os
mesentérios foram pressionados contra a
parede abdominal posterior e foram
absorvidos. Por isso, nessa áreas, órgãos que
eram intraperitoneal, tornaram-se
retroperitoneais. 
Função: fornecer proteção para vísceras,
defesa com a contenção de infecções,
reserva de energia e é uma membrana de
diálise.
Órgão intraperitoneais: fígado, baço,
estômago, intestino delgado distal,
cólons transverso e sigmoide e parte
superior do reto.
Órgãos retroperitoneais (órgãos
abdominais fixos contra a parede
posterior do abdome: rins, pâncreas, reto,
duodeno distal, cólon ascendente e
descendente.
 PERITÔNIO 
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
Herniação do intestino pelo cordão umbilical: 15000 nascimentos 
Herniação do fígado 1/10000
 A onfalocele ocorre por conta do crescimento inadequado dos componentes mesodérmico (músculo)
e ectodérmico (pele) da parede abdominal. É uma anomalia congênita que pode ser detectada por
ultrassonografia pré-natal de rotina. Uma consequência anatômica da herniação
e protusão das vísceras é a diminuição proporcional da cavidade abdominal por falta de estímulo
para o seu crescimento. As complicações imediatas da onfalocele são ressecamento das vísceras,
hipotermia e infecção da superfície peritoneal.
Aplicação Clínica
Onfalocele
 A onfalocele é uma anomalia congênita em que ocorre a protusão/herniação
de vísceras abdominais pela linha média na base do umbigo, o anel umbilical
alargado. Assim, resulta da incapacidade do intestino retornar para a
cavidade corporal após sua herniação fisiológica, externando o conteúdo
abdominal do cordão umbilical.
Onfalocele
Prevalência: 1/2.500 nascidos vivos, sendo mais comum no sexo masculino. 
 A gastrosquise é a protrusão das vísceras abdominais através da parede corporal diretamente para
a cavidade amniótica por causa de um defeito congênito da parede abdominal. Ocorre lateralmente ao
umbigo, em geral à direita, e resulta mais provavelmente do fechamento anormal da parede corporal
ao redor do pedúnculo embrionário. 
Pode-se identificar a gastrosquise no acompanhamento do pré-natal através da ultrassonografia.
Tanto a onfalocele como a gastrosquise aumentam o risco da síndrome de intestino curto e, em ambas,
o tratamento é cirúrgico, com o fechamento da parede. Porém, quando uma grande quantidade do
intestino é exposta, a cavidade abdominal pode ser muito pequena para acomodar as vísceras. 
Nesse caso, as vísceras são cobertas por
uma bolsa ou silo de silicone polimérico,
cujo tamanho é progressivamente reduzido
ao longo de vários dias à medida que a
capacidade abdominal aumenta
lentamente, até que todas as vísceras
caibam na cavidade abdominal.
Caio Castro Queiroz / @caiocastroqueiroz
DERIVADOS DO INTESTINOPOSTERIOR
CLOACA 
 O intestino posterior dá origem ao terço
esquerdo da metade do colo transverso colo
sigmoide, reto, e a parte superior do canal
anal. Além dessas estruturas, dá origem
também ao epitélio da bexiga urinária e a
maior parte da uretra. Tais estruturas são
irrigadas pela artéria mesentérica inferior. 
 A cloaca é uma dilatação do intestino
posterior, uma câmara revestida por
endoderma que fica em contato com a
superfície ectodérmica da membrana
cloacal (endoderma da cloaca e ectoderma
da fossa anal.). O mesênquima nessa região
forma um septo, chamado de septo
urorretal, o qual separa a cloaca em duas
regiões: septo urogenital (ventralmente) e
intestino posterior (dorsalmente). 
 O septo urorretal cresce em direção à
membrana cloacal e se fusiona à membrana
cloacal, separando a membrana em duas:
membrana do septo urogenital
(ventralmente) e membrana anal
(dorsalmente). O local de fusão entre essas
duas membranas chama-se períneo. 
 O corpo perineal é uma área fibrosa, onde
se inserem músculos estriados esqueléticos
da pelve. Assim, a membrana cloacal passa
a se chamar membrana urogenital e na
região dorsal, forma a região anal, que
invagina, formando o proctodeu (fosseta
anal). Portanto, a cloaca desempenha uma
função muito importante no
desenvolvimento anorretal.
CANAL ANAL 
 
 A parede do canal anal tem epitélio
queratinizado, e as outras camadas da
parede do canal surgem a partir do
mesênquima esplâncnico. A fosseta anal
surge e dá origem ao terço inferior do canal
anal. Os dois terços mais craniais surgem
do intestino posterior. O epitélio derivado
da fosseta nasal é ectodérmico e o derivado
do intestino médio é endodérmico. Outra
linha que marca divisões territoriais é a linha
branca, que fica situada 2cm acima do ânus,
e essa linha é o ponto em que o epitélio anal
muda de colunar para pavimentoso
estratificado.
 Assim, a canal anal possui, em parte, - 
 origem no intestino posterior (colunar
simples - amarelo na imagem abaixo). A
membrana anal invagina e forma o
proctodeu e o ectoderma se diferencia
perto da linha pectinada em epitélio
pavimentoso estratificado não
queratinizado e na superdície do ânus já é
um epitélio queratinizado.
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz
Aplicação Clínica
irrigação, drenagem e inervação
 As diferenças na irrigação arterial, drenagem venosa e linfática das
porções do canal anal é importante para o raciocínio clínico no contexto de
neoplasias do canal anal. As características dos tumores, que surgem no
tecido epitelial, são diferentes no segmento superior do canal anal em relação
ao inferior. 
 Geralmente, as neoplasias que acometem os 2/3 superiores são os
carcinomas espinocelulares, e que os acometem o 1/3 inferior é os
adenocarcinomas. Na porção superior, geralmente são indolores e surgem a
partir do epitélio colunar. Já os tumores que acometem a porção inferior
causam dor e surgem do epitélio pavimentoso estratificado
 A irrigação do segmento superior do canal anal é feita pela artéria retal superior que é a
continuação da mesentérica inferior, enquanto a drenagem venosa dessa região é feita pela veia retal
superior, que é uma das tributárias da veia mesentérica superior e a drenagem linfática segue para os
linfonodos mesentérios inferiores. Esse segmento é inervado pelo sistema nervoso autônomo.
 Já o terço inferior do canal anal é suprido pelas artérias retais inferiores, que é um ramo da artéria
pudenda interna, enquanto a drenagem venosa dessa região é feita pela veia retal inferior, que é uma
tributária da veia pudenda interna e a drenagem linfática segue para os linfonodos inguinais
superficiais. O terço inferior do canal anal é sensível à dor, à temperatura, ao tato e à pressão por ser
inervado pelo nervo retal inferior.
Bons 
Estudos
Caio Castro Queiroz /
@caiocastroqueiroz

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