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SÍNTESE REFLEXIVA - Praticas educativas de saúde na atenção básica

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INTERAÇÃO COMUNITÁRIA I 
	Nome
	Gabrielle Araujo Xavier
	Turma
	2
	UBS
	Ênio Cunha I
	Grupo
	5
	Professora
	Iluska 
	Bimestre/Ano
	4º Bimestre
	Ponto norteador: Como as práticas educativas e as Redes de Atenção em Saúde fortalecem o cuidado no âmbito da Atenção Básica?
	PARTE 1 
É importante distinguir e compreender os conceitos de educação em saúde e educação na saúde, termos complexos, mas imprescindíveis no desenvolvimento do trabalho profissional para a promoção da saúde da população e capacitação dos trabalhadores. As ações de educação em saúde são realizadas com a população e as práticas de educação na saúde são desenvolvidas com os profissionais de saúde.
Educação em Saúde promove, por meio de um conjunto de práticas pedagógicas e sociais, a formação da consciência crítica das pessoas no que diz respeito à política de saúde, buscando soluções, inovações e organização para as ações de assistência à saúde conforme preconiza o Sistema Único de Saúde (MARTINS, 2017, p. 283)
As práticas de educação em saúde envolvem três segmentos de atores prioritários:
-os profissionais de saúde que valorizam a prevenção e a promoção tanto quanto as práticas curativas; 
-os gestores que apoiam esses profissionais; 
-a população que necessita construir seus conhecimentos e aumentar sua autonomia nos cuidados, individual e coletivamente.
Os conceitos de educação em saúde se diferem de acordo com a estratégia adotada podendo ser nomeadas de educação e saúde, educação para a saúde e educação popular.
· Educação e saúde: Sinônimo de educação em saúde, indica articulação entre as duas áreas (educação e saúde), com separação explícita dos seus instrumentos de trabalho:
* educação – métodos pedagógicos para transformar comportamentos.
* saúde – conhecimentos científicos sobre as doenças (FALKENBERG et al., 2014).
· Educação para Saúde: Permite que o indivíduo ou as comunidades adquiram conhecimentos e competências necessárias para a mudanças de estilo de vida.
Têm um carácter formativo, uma vez que conseguem integrar processos cognitivos e atitudinais, que permitem a modificação de comportamentos, tornando se uma ação permanentemente, consciente, racional e voluntária (QUEIROZ, 2017)
· Educação Popular em Saúde: situa-se dentro das teorias sociais, uma vez que acredita que a educação pode contribuir para a transformação social, desempenhando papel fundamental na reconstrução da sociedade. A educação popular em saúde pretende investir no diálogo entre os sujeitos, na educação humanizadora e no trabalho com a totalidade das dimensões do sujeito. (MARTINS, 2017, p. 283)
No contexto da Atenção Básica para o desenvolvimento do SUS, a educação em saúde se insere como uma atividade que prevê a participação e a responsabilidade de todos os profissionais que compõem a equipe de saúde nos serviços de assistência à saúde. As ações de educação em saúde, a partir da ampliação dos espaços de debate e reflexão, e do acesso ao conhecimento, podem contribuir para o desenvolvimento da autonomia, da emancipação e do compromisso dos cidadãos com o cuidado com a sua saúde, de sua família e de sua comunidade. Além disso, tem papel na afirmação e o fortalecimento do SUS.
Educação na saúde, de acordo com o glossário eletrônico da BVS, consiste na produção e sistematização de conhecimentos relativos à formação e ao desenvolvimento para a atuação em saúde, envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas e orientação curricular. Os cenários de atuação dos profissionais da saúde são os mais diversos e com o rápido e constante desenvolvimento de novas tecnologias (FALKENBERG et al., 2014)
O Ministério da Saúde considera duas modalidades de educação na saúde: Educação Permanente em Saúde e Educação Continuada.
A educação continuada envolve as atividades de ensino após a graduação, possui duração definida e utiliza metodologia tradicional, tais como as pós-graduações, enquanto a educação permanente estrutura-se a partir de dois elementos: as necessidades do processo de trabalho e o processo crítico como inclusivo ao trabalho. 
Para o Glossário eletrônico da BVS, educação continuada, consiste no processo de aquisição sequencial e acumulativa de informações técnico-científicas pelo trabalhador, por meio de escolarização formal, de vivências, de experiências laborais e de participação no âmbito institucional ou fora dele.
Já a educação permanente consiste em ações educativas embasadas na problematização do processo de trabalho em saúde e que tenham como objetivo a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho, tomando como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, a reorganização da gestão setorial e a ampliação dos laços da formação com o exercício do controle social em saúde. O desafio da educação permanente é estimular o desenvolvimento da consciência nos profissionais sobre o seu contexto, pela sua responsabilidade em seu processo permanente de capacitação. A participação ativa dos trabalhadores em espaços coletivos de aprendizagem é fundamental para a efetividade dos serviços, aprimoramento e revitalização do processo de trabalho tendo em vista a qualificação da atenção em saúde.
As ações educativas têm papel fundamental na atenção primária à saúde, pois ocorrem nas consultas, visitas domiciliares, grupos operativos, nas discussões de casos e nas reuniões de equipe. Ainda, podem ser feitas por meio de folders, cartilhas, mídias sociais, camisetas temáticas, campanhas de saúde, em programas de rádio e televisão, por meio de teatro e encenações, utilizando materiais lúdicos e demais estratégias coerentes com o tema e o público. Os profissionais de saúde precisam de uma formação para realizar as ações educativas de forma efetiva.
As RAS são ‘‘uma nova forma de organizar a atenção à saúde em sistemas integrados que permitam responder, com efetividade, eficiência, segurança, qualidade e equidade, às condições de saúde da população brasileira’’ (MENDES, 2011, p. 18). Os modelos de atenção nas redes atendem às condições agudas e crônicas, concomitantemente, ampliando o cuidado multiprofissional e diminuindo os procedimentos, assim, reorganiza também a gestão e financiamento do Sistema Único de Saúde.
As RAS apresentam três elementos constitutivos: a população, a estrutura operacional e os modelos de atenção à saúde. 
-O primeiro elemento das RAS, é uma população, colocada sob sua responsabilidade sanitária e econômica. É isso que marca a atenção à saúde com base na população que é cadastrada e vinculada a uma unidade de APS.
- O segundo elemento das RAS é a estrutura operacional, constituída pelos “nós” das redes e pelas ligações materiais e imateriais que comunicam esses diferentes nós. Ela compõe-se de cinco componentes: o centro de comunicação, a APS; os pontos de atenção à saúde secundários e terciários; os sistemas de apoio; os sistemas logísticos e o sistema de governança da RAS. 
-O terceiro elemento das RAS são os modelos de atenção à saúde. São sistemas lógicos que organizam o funcionamento das RAS, articulando, as relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias. Os modelos de atenção à saúde são de dois tipos: os modelos de atenção aos eventos agudos e os modelos de atenção às condições crônicas.
As RAS objetivam o fortalecimento das relações horizontais entres os pontos de atenção, com centralidade na atenção básica. Além disso, busca a centralidade considerando as características populacionais, a responsabilização por assistência contínua e integral, envolvendo a assistência por equipe multiprofissional, coerentes aos mesmos objetivos, resultados sanitários e econômicos. A organização operacional se dá, por meio de componentes específicos para cada temática: Rede Cegonha; Rede Urgência e Emergência; Rede de Atenção Psicossocial; Rede de Cuidados á Pessoa com Deficiência; Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.
Os profissionais médicos na APS, de modo geral, têm papel de realizar: consultas, solicitar exames, estratificar o paciente, articularo cuidado com a equipe da APS, acompanhar o usuário e encaminhar para os demais níveis de atenção, se necessário. Assim, a coordenação do cuidado dos pacientes e, em certas situações, a regulação das instituições são realizadas pelos médicos, ao encaminhar seus pacientes para os
demais pontos de atenção da rede.
	PARTE 2 
Relacionando-se com o que vimos acima na teoria, chegou o momento de vivenciar e colocar em prática sobre a Educação em Saúde, Educação na Saúde e as Redes de atenção na Saúde dentro da Atenção Básica. Meu grupo de interação comunitária acompanha a Unidade Básica de Saúde Ênio Cunha I, localizada no bairro Cervejaria, em Corumbá-MS.
 Dando início as atividades práticas desse bimestre, no dia 05 de Novembro, fomos para a UBS para começar a desenvolver, antes de ir tivemos a orientação de escolher um tema pra ser abordado na UBS com os profissionais e na comunidade, e também, elaborar perguntas para os profissionais da saúde responder no intuito de fazer uma ação que aborde o tema escolhido, então optamos por falar sobre diabetes e hipertensão relacionando com a alimentação. Nesse dia, somente foi feito as perguntas para o pessoal da UBS (agente comunitário e enfermeira) para entender como poderíamos elaborar a ação, saber as necessidades e empecilhos das pessoas que vivem ali. Importante pontuar que no bairro foi relatado que existe a academia da saúde que todos podem utilizá-la.
 No dia 11 de Novembro, a atividade foi na faculdade para alinharmos e decidir como seria feito a ação, qual estratégia utilizar. Diante o que foi discutido anteriormente foi decidido fazer a ação na Academia da Saúde com entrega de panfletos, debate com a população, aferição de pressão arterial, glicemia e cálculo de IMC. Com ênfase em conscientizar as pessoas a ter uma alimentação mais saudável e a pratica de atividade física para evitar as doenças crônicas e obesidade. O grupo 1 também teve a mesma proposta, então nosso grupo se juntou ao deles para fazer a mesma ação, assim, foi dividido a atividade em duas etapas que foram a parte teórica (debate) e a prática (aferir pressão, glicemia e IMC), e então, foi feito um rodizio, em que todos os alunos fizeram a atividade prática e a teórica.
 No dia 18 de Novembro, realizamos a ação na Academia da Saúde, para trabalhar a educação em saúde –levar nosso conhecimento para a comunidade-, de uma forma simples mas que pode agregar muito a vida das pessoas, e todo o grupo fez uma boa participação tanto no debate, quanto nas práticas. No debate, abordamos a hipertensão e a diabetes de maneira didática e simples sobre a patologia dessas doenças, além de dar dicas de alimentação saudável e falar da sua importância. Nas práticas, foi feito uma ficha com os valores referencias de IMC, Pressão Arterial e glicemia, em que colocávamos os dados do indivíduo, fazíamos o cálculo de IMC, media glicemia e aferia Pressão Arterial, e assim, e eles saiam com a sua ficha preenchida. Muitas pessoas que deram alguma alteração se mostraram preocupados e dispostos a procurar ajuda com um profissional de saúde e a adotar um melhor estilo de vida.
 No dia 23 de novembro, realizamos uma dinâmica para a Educação na Saúde com ênfase em Educação Permanente em Saúde –trocar conhecimento entre os profissionais de saúde na vivencia diária-, de forma online para a equipe da UBS Ênio Cunha I, em que todos os grupos de Interação Comunitária participaram de maneira remota. A estratégia era promover um debate entre a equipe e nós alunos com perguntas e respostas relacionadas a UBS, que todos os profissionais de saúde devem saber, foi muito interessante para expandir o conhecimento de todos. A equipe achou muito interessante a forma como abordamos, pois despertava a curiosidade de todos e foi uma maneira de rever vários conceitos que com o tempo vai se esquecendo. Foi uma atividade muito produtiva porque também participamos das ações dos outros grupos que utilizaram outras estratégias de agregar o conhecimento de forma leve.
	PARTE 3 - Reflexão teoria/prática e Auto aprendizado: 
 Após ter relacionado a pratica com a teoria, o que vivenciei na Unidade de Saúde Básica Ênio Cunha I que eles colocam bastante em prática a educação em saúde, educação na saúde e isso é bem interessante para melhorar no processo saúde-doença, para que a população busque cuidados de maneira preventiva e não somente em situações de doença, risco ou emergência, mas ainda precisa ser melhorado em alguns aspectos como na Educação Permanente, que foi possível perceber que alguns profissionais são muito deficientes em muitos conceitos básicos de Atenção Primária em Saúde, que foi trabalhado no ação do nosso último encontro.
 É perceptível que os profissionais buscam estratégias diferentes para sempre estar inovando e contribuindo para a promoção da saúde dos indivíduos no âmbito da educação em saúde, adotando práticas que despertem o interesse das pessoas a ir na UBS e a participar de eventos que são promovidos por eles. Esses profissionais se mostram interessados a promover essas ações, pois se percebe um resultado positivo em que as pessoas adotam hábitos/propostas que são ensinados e se mostram dispostos a melhorar.
 Na Educação na Saúde, percebe-se que a Educação Permanente ainda precisa ganhar mais espaço no processo de trabalho, é algo pouco discutido e que somente alguns profissionais se mostram interessados a fazer esse exercício de aprender na sua vivência diária, na busca de informações já esquecidas. No entanto, é algo que deve ser incentivado pela atenção Primária, para que o conhecimento de todas as atribuições do Sistema Único de Saúde não sejam defasadas. Já a Educação Continuada é um assunto que na prática não vivenciamos, mas é um processo que também precisa ser incentivado para que os profissionais busquem sempre inovar no seu conhecimentos, através de Pós-graduações, cursos. 
 Já as Redes de Atenção são uma forma de focar em pontos que merecem uma atenção especial, processos que demandam uma assistência contínua. Isso é uma forma de melhorar a qualidade da Atenção Primária, centralizando alguns pontos para atender esses pacientes específicos de uma forma integral.
Portanto, pode-se concluir que a Atenção Primária é muito importante para se construir a Educação em Saúde, Educação na Saúde e as Redes de Atenção de Saúde. Pois elas contribuem para um melhor funcionamento do SUS, de forma que elabora melhores estratégias, cria melhores profissionais de saúde e contribui para a melhora do conhecimento da população e adesão aos tratamentos.
	Referências: 
MARTINS, R. A. S. A educação em saúde no contexto da atenção primária em saúde. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, 2017, vol. 2, p. 282-288, nov, 2017.
ALVES, Gehysa Guimarães; AERTS, Denise. As práticas educativas em saúde e a Estratégia Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 1, p. 319-325, jan. 2011. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1413-81232011000100034.
FALKENBERG, Mirian Benites; MENDES, Thais de Paula Lima; MORAES, Eliane Pedrozo de; SOUZA, Elza Maria de. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 19, n. 3, p. 847-852, mar. 2014. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232014193.01572013.
FERREIRA, Lorena; BARBOSA, Júlia Saraiva de Almeida; ESPOSTI, Carolina Dutra Degli; CRUZ, Marly Marques da. Educação Permanente em Saúde na atenção primária: uma revisão integrativa da literatura. Saúde em Debate, [S.L.], v. 43, n. 120, p. 223-239, mar. 2019. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201912017.

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