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Técnicas Cirúrgicas em Bovinos

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Técnicas Cirúrgicas em Bovinos 
Amputação de Digito em Bovinos 
Indicada para quando existe inflamação 
grave interdigital, inflamação sem 
resposta ao antibiótico, osteomielite 
(maior ocorrência em gado leiteiro devido 
a exposição a ambientes úmidos e sujos), 
formação de abscesso, tenossinovite ou 
artrite infecciosa, fraturas falangeanas 
graves e deslocamento das articulações 
falangianas. 
 
Os sinais clínicos observados são: 
claudicação, febre, emagrecimento e 
aborto. 
 
A remoção do digito irá remover 
imediatamente a infecção, trazendo um 
alivio rápido da dor, menor longevidade e 
redução do valor comercial, mas se optar 
pela preservação do dígito a infecção 
pode persistir, causa dor por um tempo 
prolongado e preserva o valor comercial. 
 
 
 
Os possíveis locais de amputação são: 
amputação oblíqua do terço distal da 
falange proximal, desarticulação 
interfalangiana proximal e desarticulação 
interfalangiana distal. 
 
O preparo cirúrgico inicia com o jejum de 
24hrs mínimo do animal, aplicação da 
xilazina 2% IV (derruba – lado direito 
para baixo e proteger o radial), realiza 
tricotomia (mesometacárpica ou 
mesometatársica – mais acometido), 
assepsia (iodo degermante), torniquete 
(objetivo evitar a hemorragia, 30 a 40 
minutos, se a cirurgia durar mais que isso 
retirar o torniquete esperar voltar a 
vascularização e depois fazer o garrote 
novamente) e anestesia local (anestesia 
de bier) com lidocaína sem vasoconstritor. 
 
A técnica cirurgica inicia com a incisão 
vertical na direção cranial caudal na 
superfície abaxial ou axial da faixa 
coronária contornado todo o digito, a pele 
e subcutâneo são incisados até o osso 
realizando a divulsão para a serra poder 
@vettstudy.g 
entrar. 
 
A amputação na primeira ou segunda 
falange é realizada com a serra (cegueta 
– limpa) no espaço interdigital, possuindo 
cuidado com as cápsulas das articulações 
do boleto. Os vasos devem serem 
cauterizados. 
Ocorrerá fechamento da pele caso sobre 
pele do procedimento se não deixar 
aberto para cicatrização por segunda 
intensão e indicar ao proprietário o abate, 
caso o membro esteja edemaciado e 
necrótico não suturar completamente 
para permitir a drenagem do membro. O 
fio utilizado é o não absorvível – Nylon 
0,60 realizando Wolf ou simples separado. 
 
Após a finalização observar o digito 
contralateral e do outro membro e lixa-los 
para proporcionar maior conforto. 
Realizar a bandagem compressiva e 
depois retirar o garrote. 
No pós-operatório realizar a bandagem de 
2 – 3 dias durante o período de 
cicatrização (10 a 14 dias), evitar o 
deslocamento do animal, antibiose 
(Ceptiofur 1g – 20mL por membro) 
durante a cirurgia ou no pós-cirúrgico e 
AINE’s (diclofenaco) por 3 dias no 
mínimo. 
 
 
 
 
 
Procedimento contraindicado em casos de 
sepses das articulações do boleto e 
quando existe envolvimento de ambos os 
dígitos. 
Descorna Cosmética 
Indicada para reduzir traumatismos, 
danos de carcaça e estética, permite o 
fechamento da pele sobre um defeito 
normal criado pela amputação do corno 
na sua base. 
- Descorna: remoção do chifre. 
- Mochar: cauterização do chifre nas 
primeiras semanas de vida. 
É realizado anestesia local com lidocaína 
(5 mL de lidocaína) no bloqueio córneo 
(zigomático temporal – canto lateral do 
olho e base do corno) e anestesia 
infiltrativa na base do corno (20 mL 
lidocaína) e no osso temporal (10 mL 
lidocaína). 
 
A técnica inicia com tricotomia e limpeza 
da região (água e sabão) com uma 
incisão profunda até que ache o osso 
circular a base do chifre 5 a 7 cm de 
osso frontal e 5 a 8 cm da eminência 
nucal (melhor torcer o chifre do que 
serrar) e tomar cuidado com artéria 
córnia – rostroventral, então realizar 
Antibiose 
Realizar garrote no membro e canular um 
vaso de grande calibre com escalpe e 
realizar a aplicação do antibiótico diluído 
em soro e deixando agir no espaço por 20 
– 30 minutos. 
@vettstudy.g 
debridamento e dissecação suficiente 
para retirada do chifre com arco de serra 
(cranial – caudal), após a retirada limpeza 
sem tensão da pele para poder suturar, a 
sutura é realizada com fio nylon 0,60 e 
fazer Wolf, simples separado ou sultan. 
 
 
 
 
Pós operatório realizar curativo local com 
lavagem e spray de prata, aplicação de 
antibiótico e AINE’s. Retirada dos pontos 
em 14 dias. 
As compleições podem ser sinusite (pois 
durante o ato cirúrgico as conchas nasais 
ficam expostas), timpanismo (devido ao 
grande tempo de cirurgia) e cicatrização 
por segunda intenção caso os pontos 
arrebentem. 
Rumenotomia 
Indicada para remoção de corpos 
estranhos (reticulite traumática), 
sobrecarga do rúmen e impactação e 
atonia do omaso e abomaso (decorrente a 
mudança de alimentação, acidose). 
Realizar jejum alimentar de 48 horas, 
aplicar o MPA (xilazina + lidocaína) e 
manter o animal em decúbito direito, 
fazer tricotomia do flanco e assepsia, 
então aplicar lidocaína 2% na região do 
flanco (3 dedos da ultima costela e 3 
dedos da vertebra) em L invertido, assim 
realiza a incisão até a cavidade e com 
uma luva longa (palpação) expõe o rúmen 
e o prende as bordas na musculatura para 
que ele não volte para cavidade 
abdominal e inicia a inspeção do rúmen. O 
fechamento do rúmen/omaso/abomaso é 
feito com fio categute cromado 2-3 e a 
sutura shimieden na musculatura fechar 
com cushing. 
 
No pós operatório utiliza antibiótico, 
AINE’s no primeiro dia, fluidos orais para 
repor a flora e hidratar, laxativos 
osmóticos brandos (hidróxido de 
magnésio) para ajudar a voltar a 
motilidade intestinal. 
Enucleação do Olho 
Retirada do globo ocular deixando tecido 
adiposo e musculatura. Tem causas como 
panoftalmite séptica, traumas graves e 
perda do globo ocular. 
Extirpação é a retirada de todo o 
conteúdo interior da órbita, utilizado para 
neoplasias. 
No pré-operatório realiza anestesia (MPA 
- xilazina) e manter o animal em decúbito 
lateral, tricotomia e assepsia (observar se 
há miiase). 
Para o procedimento cirúrgico realizar 
uma anestesia infiltrativa com lidocaína 
nos 4 pontos (dorsal-ventral-medial-
lateral). 
 
A técnica transpalpebral inicia fazendo a 
união das margens palpebrais com a 
pinça de Backhaus. Incisar a pele + ou – 1 
cm da pálpebra superior e inferior e não 
incisar a conjuntiva. 
 
Iniciar pelo chifre que está mais próximo 
ao chão por conta da posição que o 
animal ficará que dificulta a respiração e 
aumenta a chance de timpanismo. 
@vettstudy.g 
 
Divulsionar todo o tecido em 360 graus, 
com isso o olho vai ser exteriorizado, a 
realização das ligaduras dos vasos deve 
ser em massa. Antes de fechar o primeiro 
ponto, soltar a pinça. A sutura deve ser 
realizada com nylon 0,50 ou 0,60 e nó 
simples separado. 
 
No pós-operatório utilizar antibióticos, 
AINE’s, curativo local (limpeza todos os 
dias), retirada dos pontos com 14 dias. 
As complicações são: decência de pontos, 
tecido de granulação e recidiva de 
processo neoplásico. 
@vettstudy.g

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