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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 INTRODUÇÃO: - A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que visa estabelecer uma comunicação da traqueia com o meio exterior - Essa abertura permite que a pressão subatmosférica gerada pela expansão torácica aspire o ar ambiente para as vias aéreas, desviando-o da fenda glótica, sua entrada natural - Possibilita a infeção de um fluxo gasoso terapêutico sob pressão positiva, a introdução de sondas para aspiração de secreções e a inserção de um dispositivo endoscópico e seus acessórios - A sua técnica, embora simples, pode esbarrar em dificuldades anatômicas ou em distúrbios sistêmicos, como alterações da crase sanguínea e quadro de hipoxemia grave ANATOMIA APLICADA À TRAQUEOSTOMIA: - A traqueia de um adulto pode ser considerada como um cilindro, com comprimento de cerca de 10-12cm, diâmetro transverso de 1-2cm e revestimento interno por uma mucosa epitelial respiratória - A traqueia começa ao nível da cartilagem cricóide e termina na bifurcação brônquica - É constituída por 18-22 anéis cartilaginosos incompletos em formato de ferradura, letra C ou U que compõem uma parede ântero-lateral - O diâmetro interno médio da traqueia no adulto é de aproximadamente 2,3 cm - Os anéis são envolvidos por um pericôndrio no qual se insere um tecido conjuntivo de natureza fibroelástica, proveniente do anel imediatamente superior e inferior. É principalmente esse tecido intreranelar que permite o aumento ou diminuição do comprimento traqueal, durante a hiperextensão ou flexão cervical - Uma das principais complicações tardias da traqueostomia é um segmento com estenose - Ao nível do pescoço, principal sede da traqueostomia, a traqueia se inicia na altura da 6ª ou 7ª vértebra cervical e percorre cerca de 5cm antes de entrar no mediastino, em direção à carina - A vascularização da traqueia provém, em sua metade superior, de ramos das artérias tireóideas superior e inferior que se comunicam com a metade inferior, que recebe ramos das artérias brônquicas esquerdas e do tronco intercostobrônquico à direita - A maior parte da vascularização da traqueia chega lateralmente por meio de artérias transversas que penetram entre os anéis até a submucosa, onde estabelecem um rico plexo, responsável também pela nutrição da cartilagem dos anéis 1. Na mobilização da traqueia, para a realização de uma anastomose ou de um traqueostomia definitivo, a dissecção circunferencial deve ser limitada a cerca de 1cm da extremidade seccionada para que sua vascularização segmentar não seja afetada 2. A compressão circunferencial provocada pelo balonete de um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia, com pressão superior à pressão de perfusão capilar, que é de aproximadamente 20mmHg, pode comprometer não apenas a irrigação mucosa, como também a irrigação da própria cartilagem - A traqueia superiormente se conecta à cartilagem cricóide que juntamente com a cartilagem tireoide constituem importantes reparos anatômicos para a localização do traqueostomia - A cartilagem cricóide pode ser facilmente palpada como um ressalto, na linha mediana, logo abaixo do chamado “pomo-de-adão” que corresponde à cartilagem tireóide - Posteriormente à traqueia está o esôfago, que pode ser lesado durante a realização da NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 traqueostomia, principalmente quando há prolapso da parede membranácea posterior da traquéia REPERCUSSÕES FISIOLÓGICAS DA TRAQUEOSTOMIA: - Favoráveis: Possibilidade de respirar a despeito de uma obstrução glótica Redução do esforço respiratório por diminuição do espaço morto anatômico Eliminação de secreções respiratórias que estavam sendo retidas por uma tosse ineficaz - Desfavoráveis: Ausência da umidificação e aquecimento do ar inspirado, antes proporcionado pelas vias aéreas superiores Ausência do fluxo aéreo para as cordas vocais, com impedimento da fonação Quebra da barreira antimicrobiana natural pela comunicação com o exterior Transtornos da deglutição provocados pela fixação traqueocutânea TIPOS GERAIS DE TRAQUEOSTOMIA: - Pode ser terminal ou lateral - A traqueostomia terminal, permanente, geralmente é realizada após a ressecção da laringe e consta do estabelecimento de um estima através de uma sutura traqueocutânea na região cervical anterior ou na região mediastinal, após a ressecção do manúbrio esternal - A traqueostomia lateral, é realizada por meio da introdução de uma cânula na via aérea atra´ves de uma traqueotomia realizada por acesso cervical anterior. A introdução pode ser feita pelo método aberto, com dissecção por planos anatômicos, ou pela chamada técnica percutânea. Nesse caso a cânula é introduzida após uma dilatação romba do trajeto definido por um fio-guia introduzido na luz traqueal por dentro de uma agulha de punção. É denominado traqueostomia provisório, pois a retirada da cânula é acompanhada do fechamento espontâneo do trajeto INDICAÇÕES DA TRAQUEOSTOMIA LATERAL: OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA: - Nas situações emergenciais, quase sempre é possível realizar a intubação orotraqueal ou nasotraqueal, e posteriormente, caso seja indicada, a traqueostomia de modo eletivo - Nos grandes traumas cervicais abertos, com laceração da traqueia, a introdução da cânula de traqueostomia pode ser feita através da própria ferida traqueal - Um grupo particular é o que procura a emergência com um quadro de estenose pós- intubação, manifestada por cornagem e insuficiência respiratória. Nos raros casos em que a traqueostomia precisa ser executada, a traqueia deve ser incisada longitudinalmente ao nível do local com estenose, já que a traqueostomia em área traqueal sadia, abaixo da estenose, aumenta a extensão da futura ressecção e pode complicar o tratamento SUPORTE RESPIRATÓRIO: - Indicada quando a evolução em prótese respiratória se prolonga por mais de 10 dias - Essa conduta visa a diminuir a possibilidade da lesão laríngea pela presença do tubo orotraqueal, cuja localização principal é a região interaritenoidéia posterior, ponto de maior contato com o tubo - Quanto mais calibroso é o tubo, maior a superfície de contato e maior a possibilidade de dano, principalmente no ponto mais estreito da via aérea - A traqueostomia também atenua o desconforto importo ao paciente pela prótese respiratória e permite a aspiração de secreções e a alternância de períodos com e sem respirador NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 TOSSE INEFICAZ: - Geralmente associada à broncoplegia ou à baixa capacidade respiratória, a traqueostomia pode ser necessária para a toalete brônquica, até mesmo em caráter permanente - Em casos de hemoptise maciça, a traqueo pode ser usada como medida emergencial paliativa, para evitar a asfixia por sangue e proporcionar fácil acesso a manobras de controle da hemorragia PROTEÇÃO DA VIA AÉREA CONTRA O REFLUXO ESOFAGIANO OU GÁSTRICO - Raramente empregada isoladamente, mas pode ser útil em pacientes com grave descoordenação da deglutição e refluxo gastroesofagiano APNEIA DO SONO: - Pode ser um recurso extremo para pacientes com apnéia do sono, devido a causas obstrutivas das vias respiratórias altas TÉCNICAS DA TRAQUEOSTOMIA: - Podem ser divididas em aberta e percutânea - Não é aconselhável a prática da técnica percutânea por um profissional que não esteja habituado à técnica convencional - Apesar de não ser propriamente uma traqueostomia, também será descrita a cricotireoidostomia, pela coincidência de objetivos ASPECTOS GERAIS DAS TÉCNICAS: - A traqueo deve ser executada de forma eletiva, em ambiente com boa iluminação e facilidade na implementação de recursos cirúrgicos, contando com auxílio de pessoal qualificado - Quasesempre, o melhor local é a sala operatória, mas devido à instabilidade de alguns pacientes de terapia intensiva e ao maior risco no transporte intrahospitalar, a traqueostomia tem sido realizada na própria unidade de terapia intensiva - A anestesia pode ser local ou geral, mas tem sido mais praticada com anestesia local e sedação - Quase sempre o paciente está intubado e é sempre mais seguro realizar a intubação orotraqueal antes de iniciar a traqueostomia - No paciente intubado, a sedação é feita com maior segurança - A posição preferencial do paciente é o decúbito dorsal, com hiperextensão cervical realizada por meio de um coxim sob os ombros CRICOTIREOIDOSTOMIA - O ponto crítico é a correta palpação do anel cricóide, logo abaixo da cartilagem tireoide - Após o ressalto provocado pelo anel cricóide, se iniciam inferiormente os anéis traqueais - Identificada a cartilagem cricóide, é feita na linha média cervical, uma incisão transversa da pele, subcutâneo e platisma, com cerca de 1-2cm, na altura de sua borda superior - Com isso, se atinge a membrana cricotireoide, que é incisada verticalmente na linha média até a cartilagem tireoide para evitar a presença de vasos - A membrana pode ser entreaberta com uma pinça hemostática para se introduzir uma cânula traqueal de fino calibre, até um diâmetro externo máximo de 8mm - Com a cânula, é possível realizar aspirações e ventilação com pressão positiva TRAQUEOSTOMIA CONVENCIONAL (ABERTA) - Pode ser feita com incisão cervical anterior transversa, entre o anel cricóide e a fúrcula esternal, ou uma incisão longitudinal mediana, cerca de 1cm abaico da cricóide e até 2cm acima da fúrcula - O acesso é feito através da linha mediana, incisando a rafe entre os músculos esterno- NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 hióideos e esterno-tircóideos, mais facilmente definidos na extremidade inferior da incisão - Após a abertura da rafe, se chega à fáscia pré- traqueal e se procura contar os anéis, tendo como ponto de referência o anel cricóide - O local ideal para a traqueo é o 2º ou 3º anéis - A exposição da zona da traqueo é completada com o descolamento das bordas seccionadas - Nesse momento pode ser injetada 1-2ml de uma solução de xilocaína a 2% entre 2 aneis cartilaginosos, para diminuir os reflexos da manipulação traqueal subsequente - A traqueia é então elevada por meio de 2 pontos de reparo simétricos e paramedianos em sua face ântero-lateral ou um ponto em posição média - A tração não deve ser excessiva para evitar bradicardia ou uma parada cardíaca - Existem vários modos de realizar a abertura da traqueia para introdução da cânula. As principais são: Incisão longitudinal muito usada em crianças, por causa do reduzido calibre da via aérea Transversal é tida como vantajosa por não seccionar cartilagens, mas se deve atentar para que o prolongamento lateral não atinja os nervos recorrentes Em U invertido Em I Retirando uma janela anterior de cartilagem contendo fragmentos do 2º e 3º anéis - Flap de Bjork fixação cutânea da borda superior da cartilagem já solta pela incisão em U invertido CRICOTIREOIDOSTOMIA E TRAQUEOSTOMIA PERCUTÂNEAS: - É uma técnica segura - Realiza-se a incisão cutânea e se punciona a traqueia com uma agulha que permita a passagem de um guia metálico flexível e um cateter-guia que dilata o trajeto - Desliza-se então uma cânula apropriada que estabelece a abertura da via aérea - Para a traqueo percutânea tem sido praticas 2 técnicas básicas. A mais usada é a técnica de dilatação progressiva, a outra é a técnica da traqueo descrita por Van Heerheek, que usa fórceps dilatadores guiados por fio, também conhecida pela sigla GWDF - A traqueo percutânea por dilatações progressivas é simples, mas idealmente exige controle broncoscópico para diminuir as possíveis intercorrências. Praticada com anestesia local e sedação ou anestesia geral. Inicialmente é feita uma incisão cutânea, mediana, vertical, um pouco abaixo da cartilagem cricóide. Em seguida, é NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 realizada uma punção entre o 1º e o 2º anéis. A aspiração de ar confirma a entrada na via aérea, e a broncoscopia, a exata localização da agulha. A agulha serve de guia para um cateter por cima do qual é passado um novo guia, flexível, com a extremidade em forma de J, que ficará localizado pouco acima da carina. A dilatação inicial é feita com um dilatador fino. As dilatações subsequentes são feitas com diâmetros progressivamente maiores, até atingir o diâmetro compatível com a cânula selecionada - O sangramento presente quase sempre cessa pela ação tamponante da cânula, introduzida com superfície lubrificada - A técnica por dilatação com fórceps é um pouco mais rápida, pois a dilatação forçada é feita em função do grau de abertura da pinça que atua diretamente no trajeto. Nesse caso é desejável o controle endoscópico TRAQUEOSTOMIA LATERAL DEFINITIVA: - É feito de modo semelhante à convencional, com 3 particularidades: 1. A incisão já é planejada para gerar o retalho cutâneo a ser suturado na traqueia, geralmente em forma de cruz ou X 2. É ressecado um quadrado da parede traqueal anterior, contendo segmentos do 2º e 3º anéis, com dimensões compatíveis com o estoma que se deseja criar 3. A sutura traqueocutânea se faz com pontos não-absorvíveis ou absorvíveis de longa duração, após ressecar os ângulos cutâneos agudos TRAQUEOSTOMIA CERVICAL TERMINAL: - É realizada concomitante à laringectomia - A traqueia deve ser seccionada em forma de bisel, de modo a distribuir a tensão em toda a linha de sutura - A extremidade maior do bisel fica situada na posição superior e a mais curta, na inferior TRAQUEOSTOMIA MEDIASTINAL: - Realizado quando há extensa ressecção laringotraqueal, e a confecção de uma traqueo terminal cervical resultaria em tensão excessiva com compressão da artéria inominada - Foi proposta a ressecção das cabeças das clavículas, manúbrio esternal e extremidades mediais da 1º e 2º costelas. Com isso é possível suturar um orifício aberto na porção medial do retalho recém criado, diretamente na extremidade seccionada da traquéia mediastinal TRAQUEOBROCOSTOMIA: - Procedimento raro que pode ser executado quando há deiscência de anastomose traqueobrônquica, após ressecção pulmonar e carinectomia por CA pulmonar TRAQUEOSTOMIAS EM CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS: - Algumas situações podem mudar a técnica, reforçar os cuidados na realização da traqueo ou gerar uma indicação específica TRAQUEO NA OBESIDADE MÓRBIDA: - Pode haver dificuldade de acesso e maior risco na descanulação acidental - Tem sido proposta uma lipectomia cervical associada à traqueostomia ou uma traqueostomia percutânea guiada pela USG NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 TRAQUEO EM PACIENTE COM VÍRUS DA SÍNDROME DA PNEUMONIA AGUDA SEVERA (SARS): - A particularidade é a necessidade absoluta de realizar o procedimento com máscaras e roupas protetoras especiais, devido à alta contagiosidade e letalidade do vírus TRAQUEO PARA RETIRAR CORPO ESTRANHO QUE NÃO PASSA PELA REGIÃO SUBGLÓTICA OU QUE CONTENHA LÂMINAS CORTANTES QUE POSSAM ACARRETAR LESÕES: - A localização é sempre cervical, por onde é introduzido o broncoscópio TRAQUEO EM VIGÊNCIA DE ESTERNOTOMIA MEDIANA: - Pelo risco de contaminação e osteomielite esternal, a presença de esternotomia deve retardar a confecção da traqueostomia - Com o advento da traqueostomia percutânea, ela tem sido indicada como forma de diminuir a dissecção cervical na associação traqueostomia e esternotomia recente CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA: - Podem ser classificadas em função do material com que são manufaturadas, geralmente de natureza plástica,sintética ou metálica - Atualmente, a regra é de que os balonetes sejam macios, possuam alta complacência e volume, de maneira a se adaptarem à anatomia da traqueia - Normalmente, para os adultos, são mais usados os números de 8 a 10 - As cânulas reguláveis, em que se pode variar a relação entre a curvatura e o lúmen traquea, tem a vantagem de se adaptarem às peculiaridades anatômicas, evitando que a ponta da cânula fique encostando na parede traqueal, em vez de ocupar uma posição central - Existem cânulas plásticas que são fenestradas na altura de seu joelho, para permitir a fonação ou a respiração pela via glótica - Existem também cânulas que tem um pequeno tubo plástico terminando acima do balonete que permite a aspiração de secreções que acumulam e em função de um treinamento, a fonação concomitante à ventilação mecânica, por meio de um jato de ar liberado abaixo das cordas vocais - As cânulas metálicas são reservadas para os pacientes que não estão em uso de respirador e estão em controle ambulatorial. São constituídas de uma cânula, uma subcânula e um guia introdutor. Para adultos geralmente são usados os números 5 e 6 de Jackson - O tubo em T de Montgomery, feito de silicone, pode substituir a cânula convencional de traqueostomia na tarefa de manter o lúmen traqueal através de uma estenose traqueal CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA: - A ferida da traqueo deve ser objeto de curativos frequentes, trocando-se as gazes sujas de secreção - O ar insipirado deve ser úmido e aquecido - A aspiração de secreções deve ser feita retirando a sonda com movimentos rotatórios e delicados - O vácuo só deve ser liberado para a sonda no momento da sua retirada - A cânula deve ser trocada com periodicidade de 7-10 dias - Após serem preenchidos os parâmetros de desmame e demonstrado um bom desempenho da tosse, a cânula é retirada, e normalmente o trajeto se fecha em poucos dias. Nessa ocasião são feitos curativos compressivos, ocluindo a ferida cirúrgica - A cânula metálica não exige a umidificação constante, mas a subcânula deve ser trocada diariamente e limpa COMPLICAÇÕES DA TRAQUEOSTOMIA: COMPLICAÇÕES PEROPERATÓRIAS: - São relatadas hemorragias provenientes do arco das jugulares anteriores e da tireoide, todas passíveis de controle - Mais raramente, são referidas a possibilidade de hemorragia de grossos vasos cervicais aberrantes e lesões recorrenciais - As alterações das cordas vocais em pacientes anteriormente submetidos a traqueostomia são mais relacionadas às sequelas glóticas de um tubo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 orotraqueal do que a uma lesão recorrencial na execução da traqueostomia COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS: - Costuma haver saída de pequena secreção sanguinolenta que clareia rapidamente, se tornando serosa - A hemorragia se exterioriza pela saída de sangue ou coágulos em torno da sonda, em diferentes graus, e quase sempre processe de pequenos vasos da pele ou subcutâneo - Caso o balonete esteja pouco insuflado, pode haver a entrada de sangue na própria traqueia distal à cânula provocando hemoptise - A estenose traqueal é a complicação tardia mais frequente da traqueostomia, mas só começa a se manifestar quando a luz traqueal é reduzida em mais de 50% - Uma complicação incomum é a consequência tardia da aspiração de um corpo estranho. Deste fato pode resultar uma formação granulomatosa em brônquio lobar ou segmentar, levando a estenose brônquica, bronquiectasia e infecções de repetição que poderão exigir a ressecção do parênquima pulmonar comprometido
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