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P3 Mt3 Pr5 - Síndrome de imobilidade

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Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
 Sindrome de imobilidade 
3º modulo temático – 5º problema 
 
Objetivos: 
1. Conhecer a síndrome da imobilidade; 
2. Entender a úlcera por pressão; 
3. Citar os principais riscos pré-operatórios em 
pacientes idosos; 
4. Relacionar os principais riscos pós-operatórios 
em pacientes geriátricos; 
5. Esquematizar cuidados paliativos em geriatria. 
 
Conhecer a síndrome da imobilidade: 
É um conjunto de sinais e sintomas 
decorrentes da falta de movimento. Acontece 
quando uma pessoa fica restrita a uma 
poltrona ou ao leito (cama), por tempo 
prolongado. Múltiplas podem ser as causas 
desta restrição. Mas, é importante reconhecer 
que as implicações físicas e psicológicas 
podem ser tão graves a ponto de levar ao 
óbito. 
Imobilidade = fraqueza e atrofia muscular. 
➢ Sistema nervoso: interação menor com 
o meio, maior chance de 
desorientação, consequentemente 
mais delirium. 
➢ Sistema respiratório: menor 
expansibilidade pulmonar, maior 
dificuldade de eliminar expectoração = 
pneumonia 
➢ Sistema gastrointestinal: redução da 
peristalse = constipação intestinal, 
fecaloma 
➢ Sistema urinário: menor possibilidade 
de controle esfincteriano = 
incontinência urinaria 
➢ Sistema muscular: fraqueza e atrofia 
➢ Sistema ósseo: aumento da 
reabsorção óssea = osteoporose, 
fraturas 
➢ Sistema articular: menor mobilidade 
articular. Panturrilha = estase venosa, 
trombose e embolia pulmonar. 
Calcanhar = redução da perfusão 
cutânea, mais lesão por pressão. 
O desenvolvimento da síndrome depende de 
fatores extrínsecos e intrínsecos. 
Fatores extrínsecos: 
➢ Repouso prolongado no leito. 
Normalmente, acontece após um 
período de hospitalização e se agrava 
quando o idoso volta para casa; 
o Falta de informação ou falta de 
orientação médica adequada, é 
dificultada a movimentação do 
idoso. 
o Importância da movimentação 
do idoso 
Fatores intrínsecos: 
➢ Disfunções: 
o Osteoarticulares, 
neuromusculares e 
cardiovasculares 
➢ Tratamentos ortopédicos 
➢ Medicamentos 
o Sedação 
▪ Benzodiazepínicos, 
opioides 
o Sintomas extrapiramidais 
▪ Antipsicóticos, 
antieméticos 
o Alteração da visão 
▪ Perda de sensório 
Critérios de diagnostico: 
➢ Critérios maiores: 
o déficit cognitivos médio a grave 
o múltiplas contraturas 
➢ Critérios menores: 
o Ulcera de pressão 
o Disfagia leve a grave 
o Dupla incontinência 
o Afasia 
Diagnostico (tardio): 
Uma maior + duas menores 
 
Fase tardia: presença de lesão de pressão, 
osteoporose e pneumonia. 
Fase inicial: idoso acamado, restrito ao 
leito com perda de capacidade de realizar 
algumas das suas atividades de vida diária. 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
Através de uma equipe interdisciplinar, atuar 
preventivamente nessa fase, com uma alta 
hospitalar precoce, mobilização precoce 
(fisioterapia), evitar contenções mecânicas, 
melhorar estado nutrição (prevenção de 
sarcopenia, desnutrição) e atenção ao 
cuidador. 
Medidas preventivas!! 
Complicações e formas de atuação: 
➢ Tromboembolismo pulmonar 
o Geralmente idosos com déficits 
cognitivos; 
o Idosos comorbes, já tem uma 
insuficiência venosa periférica, 
insuficiência cardíaca, edema 
de MMII que podem mascarar o 
diagnostico 
o ATUAÇÃO: 
▪ Exercícios de MMII 
▪ Meias elásticas ou 
compressão pneumática 
externa 
▪ Anticoagulação profilática 
(excluir aqueles com 
sangramento ativo 
importante) 
➢ Pneumonia aspirativa 
o ATUAÇÃO: 
▪ Fisioterapia respiratória 
▪ Elevação da cabeceira e 
mobilização no leito 
▪ Higiene oral efetiva 
▪ Fonoterapia 
▪ Evitar uso desnecessário 
de protetores gástricos 
• Não deve ser 
usado de forma 
indiscriminada, 
ACIDEZ 
estomacal é uma 
forma de proteção 
o Atenção a alterações do 
imobilismo 
➢ Úlceras de pressão 
o Cuidados com o decúbito 
▪ Mudança frequente 
(2/2hrs) 
▪ Colchoes apropriados 
(caixa de ovos, 
pneumáticos) 
▪ Apoio para troncos e 
membros 
• Atenção ao 
calcâneo, se 
coloca na 
panturrilha não 
diretamente no 
calcâneo 
o Cuidados com a pele 
▪ Inspecionar a pele 
frequentemente 
▪ Atenção a eritemas fixos 
 
▪ Cuidado com atrito 
cutâneo nas 
transferências, trocas de 
decúbito e higienização 
▪ Minimize exposição a 
urina, sudorese ou 
drenagem de feridas 
▪ Manter a pele hidratada 
➢ Retenção urinaria e fecaloma 
o Bexigoma 
▪ Agitação psicomotora, 
incontinência de início 
súbito, insuficiência renal 
o Fecaloma 
▪ Agitação psicomotora, 
irritabilidade, dor 
abdominal, refluxo 
gástrico (mais aspiração, 
mais pneumonia), 
hiporexia e diarreia 
paradoxal (acumulo de 
fezes, ressecadas e 
endurecidas, pode levar a 
formação de muco, 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
levando a impressão de 
diarreia) 
➢ Geralmente idosos são demenciados 
(menor comunicação) 
Entender a úlcera por pressão: 
Conceito: 
As úlceras de pressão da pele e tecidos moles 
são lesões decorrentes da pressão não 
aliviada em um mesmo ponto, o que resulta 
em danos ao tecido subjacente. Normalmente 
ocorrem em locais entre uma proeminência 
óssea e uma superfície externa, na qual o 
tecido mole que permeia esse local sofre por 
um período prolongado. Essas lesões podem 
ser desde um eritema na pele até úlceras 
profundas. 
 
Epidemiologia: 
As lesões cutâneas e de tecidos moles 
induzidas por pressão estão entre as 
condições mais comuns encontradas em 
pacientes agudos hospitalizados ou naqueles 
que necessitam de cuidados residenciais a 
longo prazo. 
Estima-se que 2,5 milhões de lesões 
induzidas por pressão sejam tratadas 
anualmente em centros de UTIs somente nos 
Estados Unidos. 
Fisiopatologia: 
Forças externas sozinhas raramente são 
suficientes para causar uma úlcera; pelo 
contrário, a interação dessas forças com 
fatores específicos do hospedeiro é o que leva 
a danos nos tecidos. É necessário considerar 
as condições mecânicas (magnitude e 
duração das cargas aplicadas) e a tolerância 
do indivíduo, que é impactada por fatores 
como a morfologia do tecido e sua capacidade 
de reparo. 
A pressão aplicada à pele superior a pressão 
arteriolar (32 mmHg) impede a liberação de 
oxigênio e nutrientes aos tecidos, resultando 
em hipóxia tecidual, acúmulo de resíduos 
metabólicos e geração de radicais livres. 
SE LIGA! Pressões acima de 70 mmHg por 
duas horas resultam em danos irreversíveis 
ao tecido em modelos animais. 
 
Uma síntese de estudos clínicos, animais e in 
vitro sugeriu que lesões induzidas por pressão 
podem se desenvolver com uma a quatro 
horas de carga de pressão sustentada. 
Fatores de risco: 
Mais de 100 fatores de risco para o 
desenvolvimento de lesões cutâneas e moles 
induzidas por pressão foram identificados na 
literatura. Os fatores de risco podem ser 
divididos naqueles que afetam a magnitude e 
a duração da pressão e aqueles que afetam a 
suscetibilidade e a tolerância individuais. 
Os fatores mais importantes incluem 
imobilidade, desnutrição, perfusão reduzida e 
perda sensorial, que são discutidas abaixo. 
Outros fatores de risco incluem doenças 
cerebrovasculares, doenças 
cardiovasculares, fraturas recentes dos 
membros inferiores, incontinência e diabetes. 
➢ Imobilidade 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
o Intrínseco ao paciente 
o Pode ser permanente ou 
transitória 
o Alta correlação entre a falta de 
movimentos noturnos 
espontâneos 
➢ Desnutrição 
o Desnutrição cutânea induzida 
por pressão é mais grave 
quando ocorre em animais 
desnutridos do que em animais 
bem nutridos expostos a 
quantidades semelhantes de 
pressão 
o Lesões por pressão tem maior 
probabilidade de ter 
hipoalbuminemia 
➢ Perda sensorial 
o Demência, delírio, lesãomedular 
o Perda sensorial se torna comum 
➢ Perfusão cutânea diminuída 
o Falha no aumento do fluxo 
sanguíneo em resposta a 
pressão prolongada contribui 
para o desenvolvimento da 
úlcera. 
Escores para avaliar o risco de lesões: 
➢ Escalas de Norton e Braden 
São geralmente úteis para prever quais 
pacientes correm risco de desenvolver lesões 
na pele e nos tecidos moles induzidas por 
pressão. 
A escala de Norton geralmente identifica mais 
pacientes com alto risco do que a escala de 
Braden. 
A sensibilidade geralmente varia de 70 a 90% 
e a especificidade é de 60 a 80%. 
 
 
Manifestações clínicas: 
As úlceras de pressão na pele e em tecidos 
moles são representadas por áreas de dano 
localizado na pele e/ou tecido subjacente, 
geralmente sobre uma proeminência óssea, 
como resultado da pressão ou em 
combinação com cisalhamento. Estes são 
geralmente clinicamente aparentes no exame 
clínico pela aparência da pele e localização. 
As lesões superficiais induzidas pela 
umidade, localizadas sobre uma 
proeminência óssea, não devem ser rotuladas 
como lesões por pressão, nem queimaduras 
em fita, dermatite perineal ou escoriação. 
As áreas identificadas de danos à pele devem 
ser avaliadas quanto ao comprimento, largura 
e profundidade; presença de tecido necrótico 
ou exsudato; e evidências de cicatrização, 
como a presença de granulação. 
É classificada em estágios: classificar as 
úlceras de pressão em função do 
estadiamento estadiamento NPIAP 
➢ Estágio 1 
o Pele intacta 
o Eritema não “apaziguável” 
o Presença de eritema palpável 
ou alteração na sensação, 
temperatura ou firmeza podem 
preceder as alterações visuais 
o Não incluem descoloração roxa 
ou marrom 
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➢ Estágio 2: 
o Perda parcial da espessura da 
pele coma derme exposta 
o O leito é viável, rosa ou 
vermelho, úmido e pode 
apresentar bolha cheia de soro 
intacta ou rompida 
o Gordura não visível 
o Tecido de granulação, lobo e 
escara não estão presentes 
o Essas lesões geralmente 
resultam de microclima adverso 
e cisalhamento na pele sobre a 
pélvis e cisalhamento no 
calcanhar. 
 
 
➢ Estágio 3: 
o Perda de espessura total da 
pele 
o Visível tecido adiposo e tecido 
de granulação 
o Profundidade varia de acordo 
com a localização 
o Fáscia, músculo, tendão, 
ligamento, cartilagem e / ou osso 
não são expostos. 
 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
 
➢ Estágio 4: 
o Perda total da pele 
o Fáscia, musculo, tendão, 
ligamento, cartilagem ou osso 
exposto ou palpável 
 
 
➢ Instável 
o Perda de tecido e pele em toda 
a espessura 
o Obscurecida por escara 
o Se a escória ou escara for 
removida, uma lesão por 
pressão no estágio 3 ou 4 será 
revelada. 
 
 
 
Tratamento: 
Cuidados Gerais 
A abordagem geral ao tratamento de um 
paciente com lesão na pele e nos tecidos 
moles induzida por pressão deve incluir os 
seguintes itens: 
➢ Reduzir ou eliminar os fatores 
contribuintes 
➢ Redistribuição de pressão com 
superfícies de posicionamento e 
suporte adequadas; 
➢ Fornecer cuidados locais apropriados 
para feridas; 
➢ Considerar terapias adjuvantes, como 
terapia de feridas por pressão 
negativa; 
➢ Monitorar e documentar o progresso 
do paciente; 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
➢ Fornecer suporte psicossocial 
apropriado. 
Controle da dor: 
Fatores locais que podem estar contribuindo 
para dores como isquemia, infecção ou 
ruptura da pele circundante devem ser 
abordados. Medicações orais não opioides 
para dor podem ser usadas para dores leves. 
Analgésicos opioides podem ser necessários 
para dor moderada a intensa. Anestésicos 
locais tópicos (por exemplo, lidocaína), que 
mostraram algum benefício em pequenos 
ensaios, podem proporcionar dormência por 
um curto período e podem ser úteis para um 
procedimento específico, mas não devem ser 
usados como o único método de alívio da dor. 
Curativos de espuma liberadores de 
ibuprofeno podem ser usados, se disponíveis. 
No entanto, muitos pacientes com úlceras 
profundas precisarão de terapia sistêmica 
para dor. 
Tratar infecção: 
Todas as úlceras abertas são colonizadas por 
bactérias, mas apenas infecções clinicamente 
evidentes devem ser tratadas com cultura e 
tratamento com antibióticos. Pacientes com 
feridas profundas devem ser avaliados quanto 
à presença de osteomielite. 
Otimize a nutrição: 
Pacientes com lesões cutâneas e moles 
induzidas por pressão estão em um estado 
catabólico crônico. A otimização da ingestão 
proteica e calórica total é importante, 
principalmente para pacientes com lesões por 
pressão nos estágios 3 e 4. 
Redistribuir pressão: 
O posicionamento e o suporte adequados 
para minimizar a pressão do tecido devem ser 
fornecidos a todos os pacientes, 
principalmente aqueles com feridas abertas. 
Cuidados com as feridas 
O gerenciamento de feridas está de acordo 
com os princípios gerais de tratamento de 
feridas, que incluem desbridamento de tecido 
necrótico e curativos adequados ou a 
realização de curativos das feridas para 
promover a cicatrização do leito da ferida e a 
cobertura da ferida, quando indicado. 
Complicações: 
As principais complicações que um paciente 
com úlcera de pressão está exposto são as 
infecções. 
➢ Colonização 
➢ Diminuição da cicatrização 
➢ Biofilme 
➢ Sepse 
➢ Infecção superficial 
Os fatores locais que contribuem para a 
infecção das úlceras por pressão incluem 
quebras na integridade da barreira cutânea, 
alterações induzidas pela pressão e 
contaminação de áreas sujas contíguas, como 
a incontinência fecal. 
Colonização - A colonização da úlcera por 
pressão por microrganismos precede o 
desenvolvimento da infecção. A úlcera é 
colonizada pela flora da pele, que é 
rapidamente substituída por bactérias do 
ambiente local e pelo trato urogenital ou 
gastrointestinal, geralmente por contaminação 
fecal direta. 
Prevenção: 
➢ Redistribuição de pressão 
o Posicionamento dinâmico 
o Superfícies de suporte 
o Rotação continua 
o Intervalo de reposicionamento 
➢ Uso apropriado de dispositivos e 
superfícies de redução de pressão 
➢ Posicionamento adequado do paciente 
 
 
 
 
 
 
 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
Citar os principais riscos pré-operatórios em 
pacientes idosos: 
A avaliação pré-operatória procura identificar 
e quantificar os possíveis fatores de risco e 
tomar atitudes para, se possível, corrigir ou 
prevenir as complicações relacionadas no 
pós-operatório. 
 
Risco nutricional: 
Os objetivos do suporte nutricional são, em 
tese, restaurar o estado nutricional de um 
paciente desnutrido no pré-operatório para 
diminuir o risco cirúrgico. 
Risco pulmonar: 
O envelhecimento está associado a uma série 
de alterações que podem colocar o idoso em 
uma situação de maior risco para 
complicações pulmonares perioperatórias. 
Destacam-se alterações de deglutição que 
aumentam o risco de disfagia orofaríngea; a 
diminuição do reflexo de tosse, implicando 
menor proteção das vias aéreas; alterações 
de tecido conjuntivo que causam 
deformidades alveolares similares às 
encontradas no enfisema; cifoescoliose; e 
calcificação das cartilagens costais, 
determinando menor complacência da caixa 
torácica e sarcopenia que resulta menor 
desempenho dos músculos intercostais e do 
diafragma. 
Relacionar os principais riscos pós-
operatórios em pacientes geriátricos: 
Delirium: 
Entre os pacientes cirúrgicos, este risco varia 
de 10% a 50%, associando-se a idosos mais 
frágeis e a procedimentos mais complexos, 
como cirurgia cardíaca. 
Os fatores de risco para delirium podem ser 
divididos entre aqueles que aumentam a 
vulnerabilidade do indivíduo eos que 
precipitam o distúrbio. Entre os principais 
fatores predisponentes estão doenças do 
sistema nervoso central, como demência, 
acidente vascular cerebral e doença de 
Parkinson. Outros fatores são idade avançada 
e déficit sensorial. 
Risco nutricional: 
dar suporte ao paciente debilitado durante a 
fase catabólica induzida pela cirurgia e, 
finalmente, promover a rápida cicatrização, o 
retorno da função gastrintestinal e da ingesta 
alimentar via oral. 
Risco pulmonar: 
As principais complicações pulmonares 
encontradas no pós-operatório são: 
atelectasia, broncoespasmo, infecção 
traqueobrônquica, pneumonia, exacerbação 
de doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC), insuficiência respiratória e ventilação 
mecânica prolongada. 
Risco renal: 
O risco renal é aumentado no idoso por causa 
da diminuição progressiva do clearance com a 
idade. As comorbidades, especialmente o 
diabetes, a hipertensão e a insuficiência 
cardíaca, agravam o risco de insuficiência 
renal no pós-operatório. 
 
 
 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
Esquematizar cuidados paliativos em 
geriatria: 
O que são cuidados paliativos? 
De acordo com a Organização Mundial de 
Saúde (OMS), os cuidados paliativos vão 
muito além do alívio da dor. É uma abordagem 
que inclui amenizar o sofrimento físico e 
emocional de pacientes com doenças 
avançadas, bem como dar suporte a toda a 
família que acompanha esse indivíduo. 
Portanto, a cura deixa de ser prioridade, a 
morte é vista como um processo natural e 
o foco passa a ser a pessoa, e não a 
doença — o intuito é cuidar do paciente de 
forma ética e humana ao promover qualidade 
de vida, aliviar os sintomas da doença e trazer 
conforto psicológico. 
Os cuidados paliativos são indicados para 
casos de pacientes fragilizados, debilitados, 
com declínio funcional ou falência 
orgânica, em que uma intervenção — como o 
encaminhamento para a UTI, por exemplo 
— não teria nenhum resultado efetivo e só 
traria mais sofrimento para o indivíduo e 
membros da família. 
Desse modo, é uma prática em que a equipe 
multidisciplinar (médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, nutricionistas e terapeutas 
ocupacionais) devem mudar sua conduta, 
acolhendo, escutando e ficando ao lado do 
paciente idoso e seus familiares nesse 
momento tão delicado. 
Por que a abordagem é essencial para os 
cuidados com idosos? 
Os cuidados paliativos na terceira idade 
são importantes devido ao envelhecimento 
populacional. Em 2060, o Brasil terá um 
quarto da população idosa (58,2 milhões de 
pessoas) e a expectativa de vida ao nascer 
será de 77,9 anos para os homens e 84,2 para 
as mulheres segundo projeções do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Esses dados apontam que o país precisa se 
adequar para atender esses idosos com mais 
qualidade, pois sabemos que, com o 
envelhecimento, há um aumento também das 
doenças crônico-degenerativas. 
Dessa forma, é necessário modificar a 
atenção em relação a esses pacientes e toda 
a família para que recebam o amparo 
necessário em casos de doenças que 
ameaçam a continuidade da vida. 
Daí a importância dos cuidados paliativos na 
terceira idade para reduzir a dor, mal-estar, 
enjoos, falta de ar, entre outros sintomas de 
enfermidades mais avançadas. Um exemplo é 
o paciente em fase terminal de Alzheimer que, 
em muitos casos, é acometido por 
pneumonias, problemas cardíacos, renais, 
derrame, entre outras complicações. 
Uma conduta comum é encaminhar esse 
idoso com problemas respiratórios graves ao 
hospital (em situações em que ainda não está 
internado) e de lá para a UTI. Mesmo com 
poucas chances de sobrevivência, são feitas 
várias intervenções para "manter a vida" 
mesmo que isso implique sofrimento 
desnecessário. Não raro, ele virá a óbito 
sozinho, sem estar com sua família por perto. 
Qual é a relação entre essa prática e a 
bioética? 
A bioética norteia as práticas de cuidado à 
saúde, estabelecendo o respeito à 
individualidade e dignidade do ser humano 
— como a capacidade de a pessoa decidir 
sobre si mesma no momento da morte. É 
pautada em 4 princípios que atendem a 
conduta adotada nos cuidados paliativos. 
São eles: 
➢ autonomia — os profissionais de saúde 
devem respeitar o poder de decisão do 
paciente e suas individualidades, como 
cultura e crenças. Dessa maneira, ele 
não deve ser submetido a nenhum 
tratamento sem o seu consentimento; 
➢ beneficência — é dever do profissional 
de saúde fazer o bem ao paciente, 
evitando, assim, submetê-lo a 
intervenções cujo sofrimento será 
muito maior ao benefício, como em 
doenças sem possibilidade de 
reversão; 
Sarah Silva Cordeiro | 3º período 2021.2 | MEDICINA – FITS | @study.sarahs 
 
➢ não maleficência — deve-se evitar 
procedimentos que causem dano ao 
paciente ou desrespeitem sua 
dignidade como pessoa; 
➢ justiça — é um direito dos pacientes 
terem suas necessidades de saúde 
atendidas. No entanto, esse princípio 
não pode prevalecer sobre os 
anteriores no caso de pacientes em 
estado crítico. 
Como é a realidade no Brasil quando se trata 
de cuidados paliativos? 
Por aqui, ainda há carência de profissionais 
especializados em cuidados paliativos. Em 
um estudo, de 2015, da consultoria Economist 
Intelligence Unit, que avaliou tratamentos 
paliativos para pacientes em estado terminal, 
o Brasil está em antepenúltimo lugar em um 
ranking de 40 países — ficou à frente apenas 
de Uganda e Índia. A lista foi encabeçada por 
Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia. 
 
Em 2014, foi divulgado um mapeamento 
global que indica que apenas uma em cada 
10 pessoas no mundo tem acesso aos 
cuidados paliativos. A pesquisa consta no 
documento Atlas Global de Cuidados 
Paliativos no Final da Vida, da Organização 
Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o 
Worldwide Palliative Care Alliance (WPCA). 
O levantamento também revelou que somente 
em 20 países há sistema adequado para essa 
prática — lista que não inclui o Brasil. 
 
Referências: 
Objetivo 1: https://idosos.com.br/sindrome-da-
imobilidade/ + Sanar 
Objetivo 2: Sanar 
Objetivo 3 e 4: 
http://ggaging.com/details/342/pt-BR 
Objetivo 5: 
https://www.faculdadeunimed.edu.br/blog/cui
dados-paliativos-na-terceira-idade-uma-
pratica-essencial 
https://idosos.com.br/sindrome-da-imobilidade/
https://idosos.com.br/sindrome-da-imobilidade/
http://ggaging.com/details/342/pt-BR
https://www.faculdadeunimed.edu.br/blog/cuidados-paliativos-na-terceira-idade-uma-pratica-essencial
https://www.faculdadeunimed.edu.br/blog/cuidados-paliativos-na-terceira-idade-uma-pratica-essencial
https://www.faculdadeunimed.edu.br/blog/cuidados-paliativos-na-terceira-idade-uma-pratica-essencial

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