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Incapacidade Civil - Art 3 e 4

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IZABELLA F. REIS - 2° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D.
INCAPACIDADE CIVIL - Art. 3° e 4°
O presente assunto é tratado nos
arts. 3° e 4° do CC/02, o primeiro
titulariza os absolutamente incapazes
e o segundo relativamente incapazes.
Absolutamente
incapazes
(art. 3° do CC/02)
Relativamente
incapazes
(art. 4° do CC/02)
I. Os menores de
dezesseis anos
(menores
impúberes);
II. Os que, por
enfermidade ou
deficiência não
tiverem o necessário
discernimento para a
prática desses atos;
III. Os que, mesmo
por causa transitória,
não puderem
exprimir sua
vontade.
I. Os maiores de
dezesseis e os
menores de dezoito
anos (menores
púberes);
II. Os ébrios
habituais, os
viciados em tóxicos,
e os que, por
deficiência mental,
tenham o
discernimento
reduzido;
III. Os excepcionais,
sem
desenvolvimento
mental completo;
IV. Os pródigos.
Contudo, essas normas foram
alteradas substancialmente pela Lei
13.146/2015, sancionada em 6 de
julho de 2015, que instituiu o Estatuto
da Pessoa com Deficiência, que, em
seu art. 114, alterou os dispositivos,
revogando todos os incisos do art. 3° e
alterando os incisos II e II do art. 4°,
ficando assim:
Em verdade, o art. 3° consagra
como princípios a igualdade plena das
pessoas com deficiência e a sua
inclusão com autonomia, caso haja a
necessidade de uma tomada de
decisão assistida (relativamente
incapaz) ou o procedimento de
interdição, chamada curatela.
Dessa forma, com as mudanças,
somente são absolutamente incapazes
os menores de 16 anos, não havendo
maiores absolutamente incapazes.
Em complemento, merece
destaque o art. 6° da Lei 13.146/2015,
segundo o qual determina que a
deficiência não afeta a plena
capacidade civil da pessoa. Ademais,
a submissão ao processo de curatela
ou tomada de decisão apoiada é
facultativo, sendo considerada uma
medida protetiva extraordinária,
proporcional às necessidades e às
circunstâncias de cada caso, durando
menor tempo possível.
IZABELLA F. REIS - 2° PERÍODO 2021/01 - PROFESSORA: PRISCILA M. D.
Sendo assim, a curatela afetará
tão somente os atos relacionados aos
direitos de natureza patrimonial e
negocial, conforme o art. 85 do EPCD.
A definição da curatela não alcança o
direito ao próprio corpo, à sexualidade,
ao matrimônio, à privacidade, à
educação, à saúde, ao trabalho e ao
voto, o que também é retirado do art.
6.º da mesma norma, ora citada.
Constata-se que, para que a curatela
esteja presente, há necessidade de
uma ação judicial específica, com
enquadramento em uma das hipóteses
do novo art. 4.º do CC/2002,
especialmente no seu inciso III.
Feitas essas considerações
gerais a respeito do Estatuto
emergente, a respeito dos
absolutamente incapazes, devem eles
ser representados sob pena de
nulidade absoluta do ato praticado (art.
166, inc. I, do CC). Quanto aos
relativamente incapazes, o instituto de
suprimento é a assistência, sob pena
de anulabilidade do negócio (art. 171,
inc. I).

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