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Aspectos fisiopatológico e metabólicos das doenças cardiovasculares

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Aspectos fisiopatológico e metabólicos das doenças cardiovasculares 
 
 As doenças cardiovasculares são 
apontadas como uma das 
principais causas de morte no 
mundo. Dados da Organização 
Mundial da Saúde (OMS) e da 
Organização Pan-Americana da 
Saúde (OPAS) apontam que no ano 
de 2016, 17 milhões de pessoas 
foram vítimas de algum evento 
cardiovascular que resultou em 
morte. Quando avaliamos o perfil das 
doenças cardiovasculares no Brasil, 
elas são apontadas como a principal 
causa de morte no nosso país. 
 
 Os principais fatores de risco para 
o desenvolvimento das doenças 
cardiovasculares são as 
características genéticas e diferenças 
ambientais. Parte importante dos 
fatores de risco são modificáveis 
e/ou controláveis, dentre eles 
encontramos alteração do perfil 
lipídico sérico por meio do aumento de 
colesterol e triglicérides, 
tabagismo, hipertensão arterial, 
diabetes e o acúmulo de gordura na 
região abdominal 
 
 O sedentarismo, o baixo consumo 
de hortaliças e frutas e o alto consumo 
de álcool, também são apontados 
como fatores de risco para as doenças 
cardiovasculares. 
Dislipidemias 
 
As dislipidemias são caracterizadas 
por alteração no 
metabolismo dos lipídios e com isso, 
temos um aumento no 
nível sérico de colesterol e/ou de 
triglicérides. Estas alterações 
assumem um papel importante para 
desencadear aterosclerose 
e doenças cardiovasculares. A 
gordura consumida pela 
alimentação e a gordura endógena 
são transportadas no nosso 
organismo, no plasma, através das 
lipoproteínas. As lipoproteínas têm 
função específica do nosso 
organismo. 
Hipertensão arterial (HA) 
A Hipertensão Arterial (HA) é a 
condição clínica multifatorial 
caracterizada por níveis elevados e 
sustentados de Pressão Arterial 
(PA) ≥ 140 e/ou 90 mmHg. É uma 
doença crônica degenerativa e 
assintomática na maioria dos casos. 
Tem alta prevalência e baixas 
taxas de controle, sendo um dos 
maiores problemas de saúde 
pública atuais. É um dos mais 
importantes fatores de risco para o 
desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares. É considerada um 
dos principais fatores de risco 
modificáveis 
 Aterosclerose 
A aterosclerose é uma doença inflamatória 
crônica de origem 
multifatorial, que ocorre em resposta à 
agressão endotelial. Em 
geral, as lesões iniciais, denominadas 
estrias gordurosas, formam-se 
ainda na infância e caracterizam-se por 
acúmulo de colesterol em 
macrófagos. formação da placa 
aterosclerótica inicia-se com a agressão ao 
endotélio vascular por diversos fatores de 
risco, como dislipidemia, 
hipertensão arterial ou tabagismo. Como 
consequência, a 
disfunção endotelial aumenta a 
permeabilidade da íntima às 
lipoproteínas plasmáticas, favorecendo a 
retenção destas no 
espaço subendotelial. As partículas retidas 
de LDL sofrem oxidação. 
 
Insuficiência Cardíaca (IC) 
 
A IC é uma síndrome clínica causada por 
anormalidade cardíaca 
em bombear o sangue e/ou de acomodar o 
retorno sanguíneo. 
No Brasil a IC é a principal causa de 
internação por DCV. Os principais fatores 
de risco para o desenvolvimento da IC 
são Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), HÁ, 
diabetes, hipertrofia 
ventricular esquerda, valvulopatia, 
obesidade e dislipidemia. Dentre 
as manifestações clínicas mais frequentes 
temos a dispneia, edema 
periférico e fadiga. A dispneia é progressiva 
e inicia com dispneia 
a pequenos esforços, podendo evoluir até a 
dispneia em repouso 
Sistema Renina – Angiotensina – 
Aldosterona (SRAA) 
 
Dentre as funções do sistema renal temos a 
regulação das 
concentrações de substâncias, como sódio, 
potássio, cloro e água. 
Essa regulação é dependente de ação de 
renina, angiotensina e 
aldosterona, dentre outros. Quando a 
concentração de sódio sérico 
é baixa, ocorre liberação de renina pelos rins. 
A renina é responsável 
por converter o angiotensinogênio (precursor 
da angiotensina), que é produzido no fígado, 
em angiotensina I. A enzima conversora de 
angiotensina (ECA) converte a angiotensina I 
em angiotensina II, que então se liga e ativa 
receptores específicos – AT1 e AT2. Assim, 
ocorre a vasoconstrição, o que estimula a 
liberação dealdosterona, promovendo a 
secreção de K+ e reabsorção de Na+. A 
vasoconstrição e a reabsorção de Na+ 
resultam no aumento da Pressão Arterial (PA).

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