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SISTEMA URINÁRIO

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THALIA SIQUEIRA
@thaliasiqueira_
MEDICINA
SISTEMA URINÁRIO
1. Caracterizar a histologia e anatomia do rim
1.1 Citar outros órgãos do sistema urinário
1.2 Descrever o sistema tubular do néfron (morfologia e função)
1.3 Descrever a histologia da membrana de filtração.
1.4 Diferenciar nefron cortical e nefron medular.
2. Caracterizar a vascularização e inervação
2.1 Existe distinção na vascularização de filtração e nutrição
2.2 Caracterizar o sistema porta renal.
2.3 Existe sistema linfático no rim
3. Citar as funções do sistema renal
3.1 Conceituar as 4 funções básicas do néfron
3.2 descrever como ocorre a filtração 
3.3 Onde acontece reabsorção e secreção. 
4. Descrever a composição da urina
4.1 caracterização fisico-quimica (odor, cor, densidade, ph, gosto)
Citar elementos que alteram a coloração da urina (medicação, alimentos, etc.)
 onde a água é reabsorvido e o que contribui para reabsorção
Descrever como funciona o sistema retroalimentacao tubuloglomerular
ANATOMIA
O sistema urinário consiste em 1 par de rins, 1 par de ureteres, que se estendem dos rins até a bexiga urinária; e a uretra, que se estende da bexiga até o exterior do corpo.
Localização -Estão localizados lateralmente à coluna vertebral no espaço retroperitoneal na parede abdominal posterior entre a última (12ª) vértebra torácica e a 3ª vértebra lombar, sendo parcialmente protegidos pelas vértebras flutuantes e circundados por tecido adiposo. Cada polo superior é recoberto pela Glândula Suprarrenal/ Adrenal. Possui 2 porções: externa e interna.
Limites -Superiormente estão nivelados com a margem superior da 12ª vértebra torácica e, inferiormente, com a 3ª lombar -O rim direito é normalmente um pouco mais baixo que o esquerdo, o que reflete sua relação com o fígado -O rim esquerdo é um pouco maior e mais estreito que o direito e se encontra mais próximo do plano mediano. 
-Os órgãos adjacentes incluem: *O fígado, o duodeno e o cólon ascendente, localizados anteriores e à direita. O estômago, o baço, o pâncreas, o jejuno e o cólon ascendente, localizados superior e posteriormente *O quadrado lombar pode ser encontrado inferior e posteriormente.
*O diafragma, que pode ser visto superior e posteriormente.
 -Na dissecação macroscópica, a face anterior do rim direito está coberta pelo fígado, pela flexura direita do colo e pelo duodeno. A face anterior do rim esquerdo é recoberta pelo baço, pelo estômago, pelo pâncreas, pelo jejuno e pela flexura esquerda do colo.
Anatomia Externa
-Um rim normal, em um adulto, mede entre 10 e 12 cm de comprimento, de 5 a 7 cm de largura e 3 cm de espessura – aproximadamente o tamanho de uma barra de sabão – e possui massa de 135 a 150 g.
-A margem medial côncava de cada rim está voltada para a coluna vertebral. Próximo do centro da margem côncava encontra-se uma fissura vertical profunda, chamada de hilo renal, pela qual o ureter emerge do rim junto com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.
-A posição na cavidade abdominal é mantida: (1) pelo peritônio sobrejacente, (2) pelo contato com vísceras adjacentes e (3) pelos tecidos conectivos de sustentação.
 Camada Profunda (Cápsula Fibrosa) -Lâmina transparente lisa de TC denso não modelado, contínua com a túnica externa do ureter. Serve como barreira contra traumas e ajuda a manter o formato do rim. Possui 2 camadas distintas entre si: *Camada Externa: constituída de fibroblastos e fibras de colágeno 
*Camada Interna: constituída por tecido celular contendo miofibroblastos, cuja contração auxilia na resistência às variações de volume e pressão que atingem a função renal -Penetra no hilo, onde forma a cobertura de TC do seio renal e se torna contínua, formando as paredes dos cálices e da pelve renal.
Camada Média (Cápsula Adiposa/ Gordura Perirrenal/Perinefrética) -Massa de tecido adiposo que envolve a cápsula fibrosa. Além disso, protege o rim contra trauma, mantendo-o firmemente no lugar, dentro da cavidade abdominal.
 Camada Superficial (Fáscia Renal) -Camada fina de TC denso não modelado, que ancora o rim às estruturas adjacentes e à parede do abdomen. Na face anterior dos rins, a fáscia renal encontra-se profundamente ao peritônio.
Na realidade, o rim é suspenso por fibras colágenas a partir da fáscia renal e é envolvido por um revestimento macio de tecido adiposo. Tal disposição evita que impactos e choques da movimentação diária interfiram na função renal normal.
Córtex Renal (Parte Vermelha-Clara Externa) -É a camada mais externa do rim, caracterizada por apresentar textura lisa e que está em contato com a cápsula fibrosa. É caracterizado pelos corpúsculos renais e seus túbulos associados -Arqueia-se sobre as bases das pirâmides renais. Suas regiões periféricas são chamadas arcos corticais e são atravessadas radialmente por raios medulares.
Córtex = Corpúsculo Renal + Túbulos Contorcidos + Túbulos Retos (do Néfron) + Túbulos Coletores + Ductos Coletores + Suprimento Vascular.
 Zona Cortical (Externa) -Contém néfrons localizados quase inteiramente no córtex, com alças néfricas curtas -São 85% dos néfrons que desempenham maior parte das funções de filtração e reabsorção.
 Zona Justamedular (Interna) -Contém néfrons que estão localizados em uma região mais próxima da medula renal e apresentam longas alças que se estendem para o interior das pirâmides renais -É demarcada da medula por vasos sanguíneos tangenciais (artérias e veias arqueadas, que se encontram na junção das 2, porém uma camada delgada de tecido cortical – subcórtex- aparece no lado medular desta zona) -São os 15 restantes, criam as condições necessárias para a produção de urina concentrada.
Curiosidade! Nefroptose, ou rim flutuante, é um deslocamento inferior ou um prolapso do rim. Ocorre quando saem de sua posição normal, por não estarem presos firmemente no lugar pelos órgãos adjacentes ou por seus revestimentos adiposos. É perigoso porque o ureter pode sofrer torção e bloquear o fluxo de urina.
Medula Renal (Parte Marrom Avermelhada Interna)
-Consiste em diversas estruturas coniformes, chamadas pirâmides renais.
-A base (extremidade mais larga) das pirâmides está voltada para o córtex renal e seu ápice (extremidade mais estreita), chamado de papila renal, aponta para o hilo renal.
A extremidade da papila renal, conhecida como área cribiforme, é perfurada pela abertura dos ductos coletores.
-As Pirâmides Renais se dividem em: 
*Medula Externa: adjacente ao córtex renal, subdivide-se em zona interna e externa.
 *Medula Interna -As coberturas de tecido cortical que estão sobre as pirâmides se estendem perifericamente em torno da porção lateral da pirâmide formando as colunas renais.
Juntos, o córtex e a medula renal, formada pelas pirâmides renais, constituem o parênquima do rim. No interior do parênquima, encontram-se as menores unidades funcionais dos rins, aproximadamente 1 milhão de néfrons.
A urina formada pelos néfrons drena para grandes ductos papilares que se estendem pelas papilas renais das pirâmides. Estes drenam para estruturas cupuliformes, chamadas de cálices renais maiores e menores – cada rim possui entre 8 e 18 menores, e entre 2 e 3 maiores.
OBS: Caminho da Urina 1. O cálice menor recebe a urina proveniente dos ductos papilares da papila renal 2. A urina é distribuída aos cálices maiores, sendo drenada para uma cavidade grande e simples, a pelve renal 3. Da pelve renal, a urina é drenada, em ambos os lados, para fora, através dos ureteres até a bexiga urinária, onde fica armazenada.
O hilo expande-se em uma cavidade dentro dos rins, chamada de seio renal, que contém parte da pelve renal, os cálices renais e os ramos dos nervos e vasos sanguíneos dos rins. O tecido adiposo ajuda a estabilizar a posição dessas estruturas no seio renal.
Pelve Renal e Cálices: O hilo renal conduz a um seio central, recoberto pela cápsula renal e quase todo preenchido pela pelve e vasos renais, o espaço remanescente contém gordura.
-Dentro do seio, os túbulos coletores dos néfrons se abrem nos ápices das papilas para drenar para os cálices renais menores, os quais são expansõesem forma de funil do trato urinário superior.
A cápsula renal cobre a face externa do rim e se continua através do hilo para delinear o seio e se fundir com a adventícia que reveste os cálices renais menores. Cada cálice menor circunda 1 papila ou, mais raramente, grupos de 2 ou 3 papilas.
Os cálices menores se unem com seus vizinhos para formar 2 ou possíveis 3 grandes câmaras, os cálices renais maiores Estes drenam para o infundíbulo.
A pelve renal é normalmente formada da junção de 2 infundíbulos, 1 do cálice polar superior e 1 do cálice polar inferior, mas pode haver um 3º, o qual drena os cálices na porção média do rim.
A pelve renal em forma de funil afila-se quando passa inferomedialmente e atravessa o hilo renal para se tornar contínua com o ureter.
Lobos e Lóbulos Renais: Cada pirâmide medular + tecido cortical associados em sua base e laterais formam um lobo. Portanto, o número de lobos de um rim é igual ao número de pirâmides medulares.
Já um lóbulo, consiste em um conjunto de néfrons + ducto coletor responsável pela drenagem destes néfrons (unidade secretora renal). Desse modo, os lobos se subdividem em lóbulos.
Vascularização: -Embora os rins constituam menos de 0,5% da massa total do corpo, recebem de 20 a 25% do débito cardíaco em repouso, por meio das artérias renais direita e esquerda. Nos adultos, o fluxo de sangue renal é de aproximadamente 1.200 mL por minuto.
-De modo geral, a artéria renal divide-se, no hilo, em um ramo anterior, que passa diante da pelve, e um posterior, que passa por trás 
-Irrigação: *Os rins recebem cerca de 1,2 litros de sangue por minuto da artéria renal (ramificação da artéria aorta abdominal) que se divide no hilo em ramo anterior e posterior. 
A artéria renal, após penetrar o seio renal, ramifica-se em artérias segmentares. O ramo anterior irrigará o ápice do rim, os segmentos superior e médio da superfície anterior e todo polo inferior, respectivamente. Já o posterior, nutre o restante do órgão.
Cada artéria segmentar dá origem a diversos ramos que entram no parênquima e passam pelas colunas renais entre os lobos dos rins, as artérias interlobares.
Nas bases das pirâmides renais, as artérias interlobares curvam-se entre o córtex e a medula renais, originando as artérias arqueadas *As artérias arqueadas, por sua vez, dividem-se e produzem uma série de artérias interlobulares (passam entre os lóbulos dos rins).
Após isso, as artérias interlobulares entram no córtex renal e originam os ramos conhecidos como arteríolas aferentes *As arteríolas aferentes dividem-se dentro de cada glomérulo, formando uma rede capilar. Em seguida, confluem-se e emergem do tufo capilar para formar as arteríolas eferentes, que deixam o glomérulo e dão origem aos capilares peritubulares ou, às arteríolas retas, quando dos néfrons justamedulares.
-Drenagem: anatomicamente, a circulação venosa costuma seguir paralelamente o trajeto do sistema arterial. Cada néfron recebe uma arteríola aferente, que se divide em uma rede capilar enovelada, chamada de glomérulo. Os capilares glomerulares, então, se reúnem para formar uma arteríola eferente, que transporta o sangue para fora do glomérulo e se dividem para formar os capilares peritubulares, que circundam as partes tubulares do néfron, no córtex renal. Esses capilares se reúnem para formar as vênulas peritubulares e, em seguida, as veias interlobulares, que também recebem sangue proveniente das arteríolas retas. Em seguida, o sangue drena por meio das veias arqueadas para as veias interlobares, correndo entre as pirâmides renais.O sangue deixa o rim por meio de uma única veia renal, que deixa o hilo e leva sangue venoso para a veia cava inferior.
Circulação Linfática -Os vasos linfáticos renais começam em 3 plexos, em torno dos túbulos renais, sobre a cápsula renal, e no corpo adiposo pararrenal (os 2 últimos se conectam livremente). Vasos coletores do plexo intrarrenal formam 4 ou 5 troncos que seguem a veia renal para terminar nos linfonodos aórticos laterais; os vasos coletores subcapsulares se unem a eles quando deixam o hilo. O plexo perirrenal drena diretamente para os mesmos linfonodos.
Inervação -A produção de urina nos rins é feita em parte por autorregulação, que envolve alterações reflexas no diâmetro das arteríolas que suprem os néfrons, modificando o fluxo sanguíneo e a velocidade de filtração. O mecanismo hormonal e o mecanismo neural podem complementar ou ajustar as respostas locais. Os rins e ureteres são supridos por nervos do plexo renal -Muitos nervos renais se originam no gânglio renal (plexo celíaco) e passam pelo plexo renal para os rins, juntamente com as artérias renais. A maior parte das fibras nervosas são fibras pós-ganglionares simpáticas do gânglio mesentérico superior. Um ramo renal penetra em cada rim pelo hilo e acompanha a ramificação da artéria renal para alcançar os néfrons individuais.
 A maior parte consiste em nervos vasomotores, Funções conhecidas da inervação simpática incluem (1) a regulação da pressão e do fluxo sanguíneo renal, (2) a estimulação de liberação de renina e (3) a estimulação direta da reabsorção de água e sódio.
HISTOLOGIA
Cápsula -A superfície do rim é recoberta por uma cápsula de TC. Esta consiste em 2 camadas: externa, composta de fibroblastos e fibras colágenas e uma camada interna que contém miofibroblastos.
A contratilidade dos miofibroblastos pode ajudar na resistência do órgão às variações de volume e de pressão que podem ocorrer durante as variações da função renal.
A cápsula torna-se contínua com o TC, formando as paredes dos cálices e da pelve renal.
Córtex e medula Córtex -O córtex consiste em corpúsculos renais, juntamente com os túbulos contorcidos e túbulos retos do néfron, túbulos conectores, ductos coletores e um extenso suprimento vascular. Os corpúsculos renais consistem em estruturas esféricas pouco visíveis a olho nu. Constituem o segmento inicial do néfron e contêm uma rede singular de capilares, denominada glomérulo.
O exame de um corte feito através do córtex em ângulo perpendicular à superfície do rim revela uma série de estriações verticais que parecem emanar da medula, chamadas raios medulares .Cada raio medular contém túbulos retos dos néfrons e ductos coletores. As regiões entre os raios medulares contêm os corpúsculos renais, os túbulos contorcidos dos néfrons e os túbulos conectores. Essas áreas são designadas como labirintos corticais.
Medula -Os túbulos retos dos néfrons e os ductos coletores partem do córtex para dentro da medula. Ambos são acompanhados de uma rede de capilares, os vasos retos, que seguem um percurso paralelo aos vários túbulos. Esses representam a parte vascular do sistema de troca por contracorrente que regula a concentração da urina.
Os túbulos na medula, devido sua disposição e diferenças de comprimento, formam, em conjunto, estruturas cônicas, denominadas pirâmides. A porção apical de cada pirâmide, que é conhecida como papila, projeta se dentro de um cálice menor. A extremidade da papila, também conhecida como área cribriforme, é perfurada pelas aberturas dos ductos coletores.
Cada pirâmide é dividida em uma medula externa (adjacente ao córtex) e em uma medula interna. A medula externa é ainda subdividida em uma faixa interna e uma faixa externa. O zoneamento e as faixas são facilmente reconhecidos em um corte sagital feito através da pirâmide de uma amostra não fixada. Refletem a localização de partes distintas do néfron em níveis específicos na pirâmide -As coberturas de tecido cortical situadas sobre as pirâmides são extensas e são em torno da porção lateral da pirâmide, formando as colunas renais.
A Ultrassonografia com Doppler forma imagens analisando ondas de som refletidas e fornece informações sobre o fluxo sanguíneo.
a TC. Contudo, não fornece muitas informações úteis sobre cálculos no trato urinário -Uso de contraste radiopaco intravenoso fornece mais detalhes. Contudo, o contraste radiopaco frequentemente não pode ser usado em pessoas com função renal deficiente; porque, apesar de raro, nessas pessoaspode causar um distúrbio sério e irreversível chamado Fibrose Sistêmica Nefrogênica, que afeta a pele e outros órgãos.
FUNÇÕES RENAIS -Os rins desempenham importante papel na homeostasia do corpo, conservando os líquidos e eletrólitos e eliminando os produtos de degradação metabólicos. São essenciais para manutenção de um pH plasmático constante e na regulação do equilíbrio acidobásico. Tal manutenção é obtida pela excreção de íons H+ quando os líquidos corporais se tornam excessivamente ácidos, ou pela excreção de HCO3 - quando se tornam muito básicos. Também desempenham importante papel na regulação e manutenção da composição e do volume do líquido extracelular. Os produtos de degradação metabólicos são descarregados pelas células na circulação; em seguida, removidos do sangue por filtração nos rins e, finalmente, excretados na urina -Também têm funções endócrinas, produzem e liberam eritropoietina, a qual afeta a formação de células vermelhas do sangue; renina, que influencia a pressão sanguínea; 1,25- dihidroxicolecalciferol (forma metabolicamente ativa da vitamina D), a qual está envolvida no controle da absorção de cálcio e no metabolismo mineral; e vários outros fatores solúveis com ações metabólicas.
 Regulação do Volume do Líquido Extracelular e da Pressão Arterial -O sistema urinário se correlaciona com o sistema cardiovascular para manter aceitáveis a PA (que depende do volume sanguíneo) e a perfusão tecidual (principalmente o fluxo de sangue para o encéfalo e outros órgãos cruciais); -Realiza a regulação pelo ajuste do volume de água eliminado na urina, liberação de eritropoietina e liberação de renina 
Regulação da Osmolaridade -O corpo conta com vias reflexas para manter a osmolaridade em cerca de 290 mOsM. Essa regulação integra o sistema urinário com o comportamento (como a sede) para assegurar o volume ideal de líquido extracelular (LEC); 
Manutenção do Equilíbrio Iônico: Os rins mantêm a concentração de íonschave dentro de uma faixa ideal pelo balanço entre sua ingestão e excreção renal. O sódio (Na+ ) é o principal íon envolvido na regulação do volume do LEC e da osmolaridade. As concentrações dos íons potássio (K+ ) e cálcio (Ca-2 ) também são estritamente reguladas; -Tal manutenção ocorre pelo controle da quantidade eliminada na urina.
Regulação Homeostática do pH-Variações de pH e distúrbios do equilíbrio acidobásicos ativam mecanismos de compensação renal (tardiamente). Ocorrem, então devido a 2 alterações: (1) LEC ácido: os rins excretam H+ e conservam o HCO3 - (principal tampão extracelular); e (2) LEC básico: os rins excretam HCO3- e conservam o H+.
Excreção de Resíduos -Os rins removem subprodutos do metabolismo, tais como: creatinina (metabolismo muscular); resíduos nitrogenados (ureia e ácido úrico); urobilinogênio (um metabólito da hemoglobina, responsável por dar à urina sua coloração característica) e xenobióticos (substâncias estranhas ao organismo, capazes de promover distúrbios homeostáticos, tais como o ânion benzoato, derivado do benzoato de potássio ingerido através de refrigerantes diet) -Além disso, os hormônios são retirados do sangue pelos rins .
Produção de Hormônios -Embora não sejam glândulas endócrinas, desempenham papel crucial em 3 vias endócrinas: (1) As células renais liberam eritropoietina (EPO), que atua na medula óssea vermelha e promove a eritropoese; *A EPO é sintetizada pelas células endoteliais dos capilares peritubulares no córtex renal e atua sobre receptores específicos expressos na superfície das células progenitoras dos eritrócitos na medula óssea.
OBS: Curiosidade! A forma recombinante da eritropoietina é usada para o tratamento da anemia em pacientes com doença renal termina.
(2) Os rins liberam a renina, uma enzima que regula a produção de hormônios que estão envolvidos no equilíbrio de Na e na manutenção da pressão sanguínea; *É produzida pelas células justaglomerulares e cliva o angiotensinogênio circulante em angiotensina I.
 (3) As enzimas renais auxiliam a conversão da vitamina D3 em um hormônio ativo (1,25-(OH)2) que controla o equilíbrio do Ca+2 *Essa etapa é regulada principalmente pelo paratormônio (PTH), que estimula a atividade da enzima 1 alfa-hidroxilase e aumenta a produção do hormônio ativo.
Organização Geral -Consiste em um corpúsculo renal, relacionado com a filtração do plasma, e um túbulo renal, relacionado com a reabsorção seletiva do filtrado para formar a urina. Ductos coletores carregam fluido de muitos túbulos renais para um ducto papilar terminal e se abrem para o cálice renal menor no ápice da papila renal.
O corpúsculo renal representa o seu ínicio. É formado pelo glomérulo (tufo de capilares com 10 a 20 alças), circundado por um capuz de dupla camada, a cápsula renal ou de Bowman. A cápsula é sua porção inicial, em que o sangue que flui através dos capilares glomerulares e sofre filtração, produzindo o ultrafiltrado glomerular.
Os capilares glomerulares são supridos por uma arteríola aferente e drenados por uma arteríola eferente. Por sua vez, a arteríola aferente se ramifica, formando uma nova rede de capilares que irão suprir os túbulos renais. O local de entrada e saída das arteríolas aferente e eferente na camada parietal da cápsula de Bowman é denominado polo vascular. Em posição oposta ao polo vascular está o polo urinário do corpúsculo renal, local em que se inicia o túbulo contorcido proximal.
Componentes em ordem: Cápsula de Bowman, Túbulo Contorcido Proximal, Túbulo Reto Proximal, Alça Néfrica (com o segmento descendente fino, o segmento ascendente fino e o segmento ascendente espesso), Túbulo Contorcido Distal e Ductos Coletores.
Corpúsculos Renais -São pequenas estruturas arredondadas, visíveis desde o córtex renal profundo até uma estreita zona cortical periférica. Cada um tem 1 glomérulo central de vasos e uma cápsula glomerular (de Bowman), do qual o túbulo renal se origina.
Glomérulo -Coleção de vasos sanguíneos capilares contorcidos, unidos por uma delicada matriz mesangial e suprido por uma arteríola que entra na cápsula oposta ao polo urinário, onde o filtrado entra no túbulo.
Cápsula de Bowman -Expansão final cega de um túbulo renal, e é profundamente invaginada pelos glomérulos -É revestida por um epitélio escamoso simples em sua parede externa (folheto parietal); e sua parede glomerular, justacapilar (visceral) é composta de podócitos epiteliais especializados. Entre as 2 paredes da cápsula está um espaço urinário achatado (de Bowman), contínuo com o túbulo contorcido proximal -Podócitos são células estreladas. Seu maior processo em forma de pé (primário) curva-se em torno das alças dos capilares e ramifica-se para formar os processos secundários que estão posicionados próximos à lâmina basal; processos secundários ou terciários dão origem a pedicelos terminais -Pedicelos de uma célula alternam com os de uma célula adjacente e se interdigitam firmemente uns com os outros, separados por aberturas estreitas (fendas de filtração), que são cobertas por uma densa fenda membranosa diafragmática através da qual o filtrado deve passar para entrar no espaço urinário -O endotélio glomerular é finamente fenestrado. A principal barreira para a passagem de fluido da luz capilar para o espaço urinário é a lâmina basal glomerular, o endotélio fusionado e a lâmina basal do podócito -Células mesangiais irregulares, com propriedades fagocíticas e contráteis, localizamse dentro e secretam o mesângio glomerular, um TC especializado que suporta as alças dos capilares glomerulares e preenche espaços entre as superfícies endoteliais que não são revestidas por podócitos.
-O aparelho de filtração, também denominado barreira de filtração glomerular, envolvido pela camada parietal da cápsula de Bowman, consiste em 3 componentes:
Endotélio dos Capilares Glomerulares -Contêm numerosas fenestrações de contornos irregulares, grandes o bastante para que a maioria dos componentes seja devidamente filtrada, entretanto, pequenas o suficiente para impedir que as células sanguíneas atravessem o capilar.
 -As célulasendoteliais dos capilares glomerulares possuem numerosos canais de aquaporina-1 (AQP-1), os quais permitem o movimento de água através do endotélio. Além disso, na superfície das fenestrações (poros), encontram-se proteínas de carga (-) que repelem outras proteínas de carga (-).
As células endoteliais também secretam produtos, como o óxido nítrico (NO) e as prostaglandinas (PGE2), envolvidos na patogênese de diversas Doenças Glomerulares Trombóticas.
Membrana Basal Glomerular (MBG) -É uma lâmina basal espessa, união entre endotélio capilar e podócitos, composta por colágeno do tipo IV (cadeias a3, a4 e a5), laminina, nidogênio, entactina, proteoglicanos (agrina e perlecana) e proteínas multiadesivas. Restringe o movimento de partículas, como proteínas plasmáticas, maiores que cerca de 3,6 nm de raio (ex: albumina e hemoglobina). Embora a albumina não seja um constituinte habitual, algumas vezes pode ser encontrada na urina, indicando que o tamanho da albumina está próximo do tamanho do poro da barreira de filtração 
-Os gliicosaminoglicanos polianiônicos das lâminas raras têm fortes cargas negativas e restringem o movimento das partículas aniônicas e moléculas através da MBG. Apesar da capacidade da barreira de filtração se restringir a proteína, vários gramas de proteína de fato atravessam a barreira todos os dias. Essas proteínas são reabsorvidas por endocitose no túbulo contorcido proximal.
 *Lâmina Rara Externa: é adjacente aos prolongamentos dos podócitos. É particularmente rica em poliânions, como o Heparan Sulfato, que impede especificamente a passagem de moléculas com Carga Negativa; 
*Lâmina Rara Interna: adjacente ao endotélio capilar. Suas características são semelhantes às da lâmina rara externa;
 *Lâmina Densa: contém colágeno do tipo IV, que é organizado em uma rede que age como um filtro físico. O colágeno do Tipo XVIII, a perlecana, e a agrina são responsáveis pela maior parte das cargas aniônicas encontradas na membrana basal glomerular. A laminina e outras proteínas presentes nas lâminas raras interna e externa estão envolvidas na fixação das células endoteliais e dos podócitos à MBG.
Folheto Visceral da Cápsula de Bowman -Contém células especializadas denominadas podócitos ou células epiteliais viscerais. Estas células projetam prolongamentos, chamados pedicelos ou pés ao redor dos capilares glomerulares -O prolongamento podálico realiza interdigitações com os prolongamentos dos podócitos vizinhos. Os espaços alongados entre os prolongamentos podálicos interdigitantes, denominados fendas de filtração, são cobertos por um ultrafino diafragma que se espalha por sobre as fendas ligeiramente acima da MBG, o diafragma da fenda de filtração. Esse folheto contém diversas proteínas exclusivas, tais como: nefrina e a podocina.
Mesângio -A MBG é compartilhada por vários capilares, criando um espaço contendo as células mesangiais, que se encontram envolvidas pela MBG. A união entre as células mesangiais e sua matriz extracelular forma o mesângio -As células mesangiais localizadas fora do corpúsculo renal ao longo do polo vascular passam a se chamar células reticuladas e fazem parte do Aparelho Justaglomerular. Apresentam determinadas funções, tais como: 
*Fagocitose e Endocitose: Removem os resíduos aprisionados e as proteínas agregadas da MBG e do diafragma da fenda de filtração, mantendo assim o filtrado glomerular desprovido de resíduos; e realizam a endocitose, processando uma variedade de proteínas plasmáticas, incluindo imunocomplexos, o que contribui para a manutenção da estrutura e da função da barreira glomerular 
*Suporte Estrutural: Produzem componentes da matriz mesangial extracelular que proporcionam suporte aos podócitos nas áreas onde a membrana basal epitelial está ausente ou incompleta, oferecendo sustentação física aos capilares.
*Controle do Fluxo Sanguíneo: Seu citoplasma contém filamentos de miosina e receptores para angiotensina II, a qual estimula a contração dos filamentos de miosina. Logo, modulam a distensão glomerular em resposta a um aumento da pressão arterial *Secreção de Moléculas: As células mesangiais sintetizam e secretam várias moléculas como a IL-1, PGE2 e o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), que têm um papel central na resposta à lesão glomerular.
Aparelho Justaglomerular -Inclui a mácula densa, as células justaglomerulares e as células mesangiais -A porção terminal da parte reta do túbulo distal do néfron situa-se diretamente adjacente às arteríolas aferentes e eferentes, e adjacente a algumas células mesangiais extraglomerulares, no polo vascular do corpúsculo renal -Nesse local, a parede do túbulo contém células designadas coletivamente como mácula densa. Nessa mesma região, as células musculares lisas da arteríola aferente adjacente (as vezes da eferente) são modificadas. Essas células contêm grânulos secretores e seus núcleos são esféricos -Em determinadas condições fisiológicas (baixa ingestão de Na) ou patológicas (diminuição do volume de sangue circulante devido a hemorragia), as células justaglomerulares são responsáveis pela ativação do sistema reninaangiotensina-aldosterona (SRAA) -Passo a passo: *Os grânulos das células justaglomerulares contêm uma aspartil protease, denominada renina, que é sintetizada, armazenada e liberada na corrente sanguínea Correlação Clínica: Células mesangiais proliferam em Doenças Renais nas quais as quantidades anormais de proteínas e de complexos proteicos são aprisionadas na MBG. A sua proliferação constitui uma característica proeminente da Nefropatia por IgA, glomerulonefrite membranoproliferativa, nefrite de lúpus e da Nefrite Diabética pelas células musculares lisas modificadas, a qual no sangue catalisa a hidrólise de uma a2globulina, o angiotensinogênio, produzindo a angiotensina I.
*A angiotensina I é convertida em angiotensina II, pela enzima conversora da angiotensina (ECA) presentes nas células endoteliais dos capilares pulmonares *A angiotensina II estimula a síntese e liberação de aldosterona pela zona glomerulosa da glândula suprarrenal.
 *A aldosterona atua sobre as células principais dos túbulos conectores e ductos coletores, aumentando a reabsorção de Na+ e água e secreção de K+ -A angiotensina II também é vasoconstritora, que regula a resistência vascular renal e sistêmica.
-O Aparelho Justaglomerular funciona não apenas como órgão endócrino que secreta renina, mas também como um sensor do volume sanguíneo e da composição do líquido tubular. As células da mácula densa monitoram a concentração de Na+ no líquido tubular e regulam tanto a taxa de filtração glomerular quanto a liberação de renina pelas células justaglomerulares -A concentração reduzida de Na+ no túbulo contorcido distal é um estímulo para as moléculas transportadoras de íons expressas na membrana apical das células da mácula densa, como cotransportadores de Na+ Cl-2 K+ , permutadores de Na+ K+ e canais de K+ regulados por pH e pelo cálcio -A ativação das vias de transporte da membrana modifica a concentração de íons intracelulares nas células da mácula densa e inicia os mecanismos de sinalização pela liberação de vários mediadores como o ATP, adenosina, óxido nítrico (NO) e prostaglandinas (PGE2) -Essas moléculas agem de maneira parácrina e sinalizam, tanto para as células justaglomerulares da arteríola aferente secretarem renina quanto para as células musculares lisas vasculares se contraírem. Um aumento no volume sanguíneo suficiente para causar estiramento das células justaglomerulares na arteríola aferente pode ser o estímulo que fecha a alça néfrica e interrompe a secreção de renina Sistema Tubular -À medida que o ultrafiltrado glomerular passa pelo túbulo urinífero e ductos coletores do rim, ele sofre alterações que incluem absorção ativa e passiva, bem como secreção -Certas substâncias contidas no ultrafiltrado são reabsorvidas, algumas parcialmente (água, sódio e bicarbonato) e outras inteiramente (glicose); outras substâncias (creatinina e ácidos e bases orgânicas) são adicionadas ao ultrafiltrado (urinaprimária) pela atividade secretora das células tubulares -Por conseguinte, o volume do ultrafiltrado é substancialmente reduzido e a urina torna-se hiperosmótica Túbulo Contorcido Proximal -Situa-se no córtex renal -Origina-se no polo urinário da cápsula de Bowman e segue um curso muito tortuoso ou contorcido e, entra no raio medular para continuar como túbulo reto proximal (ramo descendente espesso da alça néfrica) -Fisiologicamente, é o principal local de reabsorção. 
Histologicamente, apresenta um revestimento epitelial cúbico simples com bordas em escova que apresenta as seguintes características: *Borda em escova formada por microvilosidades longas e retas a fim de aumentar a área de reabsorção.
Alça Néfrica Túbulo Reto Proximal (Ramo Descendente Espesso) -Suas células não são tão especializadas para absorção como as do TCP. São mais curtas, com uma borda em escova menos desenvolvida e prolongamentos laterais e basolaterais menos complexos e em menor número -As mitocôndrias são menores do que as das células do segmento contorcido e estão aleatoriamente distribuídas no citoplasma. Existem menos invaginações apicais e vesículas endocitóticas, bem como menos lisossomos. O ramo descendente espesso desce até a medula renal.
 Ramo Descendente Delgado -É a continuação do túbulo reto proximal dentro da medula. Ele faz uma volta semelhante a um grampo de cabelo e retorna na direção do córtex -O comprimento do segmento delgado varia com a localização do néfron no córtex. Os néfrons justamedulares têm os ramos mais longos; os Corticais têm os ramos mais curtos. Além disso, vários tipos celulares estão presentes no segmento delgado -Ao microscópio óptico, é possível detectar 4 tipos de células epiteliais: 
*Epitélio do Tipo I: é encontrado nos ramos descendente e ascendente delgados da alça néfrica dos néfrons de alça curta. Ele consiste em um epitélio simples e fino, onde as células quase não têm interdigitações com as células vizinhas e exibem poucas organelas.
*Epitélio do tipo II: encontrado no ramo descendente delgado dos néfrons de alça longa no labirinto cortical, consiste em epitélio mais alto. Essas células possuem organelas abundantes e têm muitas microvilosidades.
*Epitélio do tipo III: encontrado no ramo descendente delgado na medula interna, consiste em um epitélio mais delgado. As células têm uma estrutura mais simples e com menos microvilosidades do que as células epiteliais do tipo II. As interdigitações laterais estão ausentes.
 *Epitélio do Tipo IV: encontrado na volta dos néfrons de alça longa e através de todo o ramo ascendente delgado e consiste em um epitélio baixo, achatado, sem microvilosidades. As células possuem poucas organelas.
 Ramo Ascendente Delgado -É a continuação do ramo descendente delgado após sua volta semelhante a um grampo de cabelo Túbulo Reto Distal (Ramo Ascendente Espesso) -É a continuação do ramo ascendente delgado. O túbulo reto distal ascende através da medula e entra no córtex no raio medular para alcançar a vizinhança de seu corpúsculo renal de origem -O túbulo reto distal, então, deixa o raio medular e faz contato com o polo vascular de seu corpúsculo renal. Nesse ponto, as células epiteliais do túbulo adjacente à arteríola aferente do glomérulo são modificadas para formar a mácula densa. O túbulo distal, então, deixa a região do corpúsculo renal e se torna o túbulo contorcido distal.
Túbulo Contorcido Distal -É menos tortuoso que o proximal. Em seu término, desemboca em um ducto coletor que se localiza no raio medular através de um túbulo coletor arqueado.
Túbulos e Ducto Coletor -Os túbulos coletores começam no labirinto cortical, como túbulos conectores ou túbulos coletores arqueados, e prosseguem até o raio medular, onde se unem aos ductos coletores -Os ductos coletores dentro do córtex são referidos como ductos coletores corticais. Quando estes alcançam a medula, são denominados ductos coletores medulares. Esses ductos seguem seu curso até o ápice da pirâmide medular, onde se fundem com ductos coletores maiores, chamados ductos papilares/ de Bellini, que desembocam no cálice menor. A área da papila que contém as aberturas desses ductos coletores é denominada área cribriforme.
Néfrons Subcapsulares/ Corticais -Têm seus corpúsculos renais localizados na parte externa do córtex -Têm alças néfricas curtas, estendendose apenas até a região externa da medula Néfrons Justamedulares -Constituem cerca de 1/8 do total de néfrons. Seus corpúsculos renais ocorrem em proximidade à base de uma pirâmide medular -Eles têm alças néfrica longas e segmentos ascendentes delgados longos que se estendem bem para dentro da região interna da pirâmide Néfrons Intermediários/ Mesocorticais -Têm seus corpúsculos renais na região média do córtex. Suas alças néfricas apresentam comprimento intermediário.
FILTRAÇÃO GLOMERULAR -Corresponde ao 1º passo de formação da urina, no qual há movimento do plasma para o interior do néfron. Por dia, são filtrados cerca de 180 litros de plasma, o que gera um fluido de composição semelhante, com exceção da maioria das proteínas plasmáticas, conhecido como filtrado -Sob condições normais, as células sanguíneas permanecem no capilar, de modo a não contribuírem com a composição do filtrado. Esse processo ocorre apenas no corpúsculo renal (rede de capilares glomerulares envolta pela cápsula de Bowman), porém, se realmente todo o plasma sanguíneo fosse filtrado, uma massa celular e proteica seria formada e não conseguiria sair do glomérulo renal -As substâncias que deixam o plasma precisam passar através de 3 barreiras de filtração antes de entrarem no lúmen tubular: o endotélio do capilar glomerular, uma lâmina basal (membrana basal) e o epitélio da cápsula de Bowman.
A 1ª barreira é o endotélio capilar. Os capilares glomerulares são capilares fenestrados com grandes poros, que permitem que a maioria dos componentes plasmáticos sejam filtrados através do endotélio. Os poros são pequenos o bastante para impedir que as células do sangue deixem o capilar. Proteínas carregadas negativamente, presentes na superfície dos poros, também ajudam a repelir as proteínas plasmáticas carregadas negativamente.
A 2ª barreira de filtração é a lâmina basal, uma camada acelular de matriz extracelular que separa o endotélio do capilar do epitélio da cápsula de Bowman. É constituída por glicoproteínas carregadas negativamente, colágeno e outras proteínas. Ela atua como uma peneira grossa, excluindo a maioria das proteínas plasmáticas do líquido que é filtrado através dela.
-A 3ª barreira de filtração é o epitélio da cápsula de Bowman. A porção epitelial da cápsula que envolve cada capilar glomerular é formada por células especializadas, chamadas de podócitos. Estes possuem longas extensões citoplasmáticas, denominadas pés, ou pedicelos, que se estendem a partir do corpo principal da célula e envolvem os capilares glomerulares, deixando estreitas fendas por uma membrana semiporosa -Desse modo, apenas cerca de 1/5 do plasma que flui ao longo dos rins é filtrado para dentro dos néfrons. Os 4/5 restantes, juntamente com a maior concentração de células e proteínas, passa para os capilares peritubulares. A porcentagem do volume total do Plasma que é filtrada para dentro do Túbulo é denominada fração de filtração.
Pressão Capilar como Determinante -São 4 as Pressões que determinam a Filtração Glomerular: (1) Pressão do capilar sanguíneo glomerular; (2)Pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas; (3) Pressão hidrostática do fluido capsular; (4) Pressão coloidosmótica das proteínas na cápsula renal.
 Pressão Hidrostática (PH) -Do sangue que flui através dos capilares glomerulares força a passagem de fluido através de seu endotélio fenestrado -A pressão sanguínea nos capilares é de 55 mmHg, em média, e favorece a filtração para dentro da cápsula de Bowman. Como resultado, a filtração ocorre ao longo de quase todo o comprimento dos capilares glomerulares.
 Pressão Coloidosmótica -No interior dos capilares glomerulares é mais alta do que a no fluido da cápsula de Bowman.Esse gradiente de pressão é devido à presença de proteínas no plasma -O gradiente de pressão osmótica é, em média, de 30 mmHg e favorece o movimento de líquido de volta aos capilares.
Pressão Hidrostática Capsular -A cápsula de Bowman é um espaço fechado, de forma que a presença de fluido no interior, cria uma pressão hidrostática do fluido, que se opõe ao fluxo de fluido para o interior da cápsula -O líquido filtrado para fora dos capilares deve deslocar o líquido já presente no lúmen da cápsula. A pressão hidrostática capsular é, em média, de 15 mmHg, opondo-se à filtração -Entretanto, a força resultante gerada é de 10 mmHg, na direção que favorece a filtração. Apesar de baixa, quando combinada com a grande permeabilidade dos capilares glomerulados fenestrados, resulta em uma rápida filtração para o interior dos túbulos.
Taxa de Filtração Glomerular (TFG) -Corresponde ao volume de fluido que é filtrado para dentro da cápsula de Bowman por unidade de tempo que é, em média, 125mL/min ou 180L/dia, considerando o volume plasmático total de cerca de 3 litros, ou seja, os rins filtram todo o volume plasmático 60 x por dia -É influenciada por 2 fatores: (1) pressão de filtração resultante e o (2) coeficiente de filtração *Pressão de Filtração Resultante: é determinada pelo fluxo sanguíneo renal e pela pressão arterial *Coeficiente de Filtração: possui 2 componentes: (1) a área de superfície dos capilares glomerulares, disponível para a filtração e a (2) permeabilidade entre a interface endotélio-epitélio -A TGF é relativamente constante. Como isso ocorre? Sabe-se que a PA fornece a pressão hidrostática, que impulsiona a filtração glomerular. Logo, pensa-se que, ao aumentar a PA, a TFG aumentaria e vice-versa. Entretanto, contanto que a PA média fique entre 80 a 180mmHg, a TFG é, em média, 180L/dia. Isso ocorre devido ao controle primário da TGF ser pela regulação do fluxo sanguíneo através das arteríolas renais. Se a resistência das arteríolas renais aumenta, o fluxo sanguíneo renal diminui, desviando o sangue para outros órgãos. Surgem, então, 2 situações: *Situação 1: Resistência da arteríola aferente aumentada; a Phid diminui nos capilares glomerulares; traduzindo-se em diminuição da TFG. Alterações nas arteríolas aferentes correspondem à maior parte da regulação.
*Situação 2: Resistência da arteríola eferente aumentada; o sangue se acumula no local situado anteriormente à constrição; a Phid nos capilares glomerulares aumenta e, com isso, aumenta-se a TFG -Ressalta-se, ainda, que a TGF está sujeita à autorregulação de modo a proteger as barreiras de filtração da PA que, quando alta, pode danificá-las. Existem, então, 2 mecanismos: (1) Autorregulação Miogênica e (2)Retroalimentação/Feedback Tubuloglomerular.
Mecanismos que controlam a TFG -A autorregulação da TFG é um processo de controle local, no qual o rim mantém uma TFG relativamente constante frente às flutuações normais da PA.
 Autorregulação Miogênica: O músculo liso da arteríola aferente se estira devido ao aumento da PA . O estiramento promove a abertura de canais iônicos sensíveis ao estiramento, o que despolariza as fibras musculares. A despolarização das fibras musculares leva à abertura de canais de cálcio (Ca2+) dependentes de voltagem, e o músculo liso vascular se contrai 4. A vasoconstrição aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo através das arteríolas, o que diminui a pressão de filtração no glomérulo renal 5. Se a PA diminui, o tônus vasomotor de contração desaparece e a arteríola se torna dilatada -Quando a PA média cai para menos de 80mmHg, a TFG diminui como resposta adaptativa, pois se menos plasma é filtrado, o decréscimo na TFG ajuda o corpo a conservar o volume sanguíneo.
Retroalimentação/ Feedback Tubuloglomerular -É uma via de controle local, na qual o fluxo de líquido por meio dos túbulos renais altera a TFG. O aparelho justaglomerular é formado pela interação entre as paredes tubulares e arteriolares, que entram em contato umas com as outras e sofrem modificações -A porção modificada do epitélio tubular é formado por uma placa de células, chamada mácula densa. A parede da arteríola aferente adjacente possui células musculares lisas especializadas, conhecidas como células granulares/justaglomerulares/JG, que secretam renina, uma enzima envolvida no balanço de sal e água 
1. Quando o NaCl que passa pela mácula densa aumenta, como resultado da TFG aumentada, as células da mácula densa enviam sinais parácrinos à arteríola aferente vizinha
 2. A arteríola aferente se contrai, aumentando a resistência e diminuindo a TFG 
3. O fluxo de NaCl também pode ser detectado pelas células tubulares renais através dos cílios primários, localizados na superfície apical voltada ao lúmen.
Evidências demonstram que a comunicação parácrina entre a mácula densa e a arteríola afrente é complexa, onde foram identificados como sinalizadores: ATP, adenosina e óxido nítrico.
OBS: Passo a passo: 1. A TFG aumenta 2. O fluxo através do túbulo aumenta 3. O fluxo na região da mácula densa aumenta 4. Substâncias parácrinas se difundem da mácula densa para a arteríola aferente 5. Constrição da arteríola aferente -A resistência na arteríola aferente aumenta -A pressão hidrostática no glomérulo diminui -A TFG diminui.
REABSORÇÃO -Daqueles 180L de líquido filtrado, apenas 1,5 é, realmente, excretado na urina. Assim, mais de 99% do líquido que entra nos túbulos é reabsorvido para o sangue à medida que o filtrado percorre os néfrons. A maior parte da reabsorção ocorre no túbulo proximal e a menor parte ocorre nos segmentos distais do néfron. Nutrientes pequenos, como a glicose e subprodutos do ácido cítrico acabam sendo filtrados, mas são reabsorvidos de maneira eficiente no túbulo proximal. No caso de íons e água, se necessários, são reabsorvidos ao nível do néfron distal, a fim de manter a homeostasia. Ressalta-se, ainda, que a reabsorção pode ser ativa ou passiva. Como o filtrado que flui da cápsula de Bowman ao túbulo proximal apresenta a mesma concentração de solutos que o líquido extracelular, as células tubulares realizam transporte ativo de substâncias. Desse modo, temos o transporte ativo primário, no qual a energia derivada da hidrólise do ATP é usada para “bombear” a substância através da membrana plasmática, como ocorre na bomba de Na+ K+ ATPase; e o transporte ativo secundário, no qual a energia armazenada devido ao gradiente eletroquímico do íon - não mais do ATP - desloca as substâncias através da membrana. 
-O transporte ativo secundário une o movimento de um íon, ao longo de seu gradiente eletroquímico, ao movimento “ascendente” de uma 2ª substância, contra o seu gradiente eletroquímico. As proteínas simporte movem 2 ou mais substâncias na mesma direção; as proteínas antiporte movem 2 ou mais substâncias em direções opostas.
-Além disso, ocorrem, ao nível histológico, 2 tipos de transporte: transepitelial/ transcelular (substâncias atravessam as membranas apical e basolateral das células tubulares epiteliais para chegar ao líquido intersticial) e paracelular (substâncias passam por junções celulares entre as células vizinhas e retornam à corrente sanguínea).
Reabsorção Na+ (ativo) -É reabsorvido por diversos mecanismos. Na 1ª metade do túbulo contorcido proximal, é reabsorvido com o bicarbonato (HCO3 - ), glicose, aminoácidos e lactato. Na 2ª metade, é reabsorvido com o cloro (Cl- ). Por que há essa diferença entre as porções? Isso ocorre devido às diferenças nos sistemas de transporte e devido às diferenças na composição do fluido tubular.
1ª metade do túbulo contorcido proximal -O trocador/antitransporte Na+ H+ (NHE) medeia a entrada de Na+ na célula através da membrana apical e secreção de H+ . O resultado da secreção do H+ é a reabsorção de bicarbonato de sódio (NaHCO3) -Além disso, ocorrem os mecanismos de transporte simporte, que inclui, por exemplo, o cotransportador/simportador de Na+ glicose (SGLT). Nesse caso, 2 moléculas de Na+ e 1 molécula de glicose se fixam à proteína simportadora, que as transporta do líquido tubular para acélula tubular.
A glicose, assim como outros solutos orgânicos que entram na célula com o Na+ , deixam a célula através da membrana basolateral via mecanismos de transporte passivo (difusão facilitada) e se difundem aos capilares peritubulares. O Na+ que entra na célula através da membrana apical é removido pela Na+ K+ ATPase -A reabsorção de muitas moléculas orgânicas é tão ávida que elas são quase completamente removidas do fluido tubular, na 1ª metade do túbulo proximal -A reabsorção de NaHCO3 e Na+ -solutos orgânicos estabelece um gradiente osmótico transtubular, o qual gera a força que impulsiona a reabsorção passiva de água por osmose. Como mais água é reabsorvida, na 1ª metade, a concentração de cloreto aumenta ao longo do comprimento do túbulo proximal.
2ª metade do túbulo contorcido proximal -O Na+ é reabsorvido, principalmente, com íons cloreto (Cl- ). O fluido tubular, na 2ª metade, tem concentração relativamente elevada de cloreto, devido à reabsorção preferencial, na 1ª metade, de outras substâncias, como glicose, aminoácidos e Na+ com HCO3 - . Dessa forma, o Na+ entra na célula através de sua membrana apical, principalmente pela operação paralela entre antitransportadores de Na+ H+ (reabsorção de Na+ e secreção de H+ ) e antitransportadores de Cl- -O Na+ deixa a célula via Na+ K+ ATPase, e o Cl– deixa a célula e entra no sangue via antitransporte de K+ Cl– , na membrana basolateral via transporte transcelular. A operação dos antitransportadores Na+ H+ e de Cl- é equivalente à captação de NaCl do fluido tubular para a célula tubular.
-Além disso, o NaCl também é reabsorvido, na 2ª metade do túbulo proximal por transporte paracelular. Devido ao aumento da [Cl- ] no fluido tubular, cria-se um gradiente de 140mEq/L no lúmen tubular e 105mEq/L no interstício, o que favorece a difusão de Cl- , do lúmen tubular para o espaço intercelular lateral -O movimento de Cl- resulta na positividade do fluido tubular, em relação ao sangue. Essa voltagem transepitelial positiva promove a difusão de Na+ para fora do fluido tubular em direção ao sangue -A reabsorção de NaCl estabelece um gradiente osmótico que gera força impulsionadora para a reabsorção passiva de água por osmose. Em resumo, a reabsorção de Na+ e Cl– no túbulo proximal ocorre por vias paracelular e transcelular. Aproximadamente 67% do NaCl filtrado por dia é reabsorvido no túbulo proximal. Disso, 2/3 se movem pela via transcelular, enquanto o 1/3 remanescente pela via paracelular.
Reabsorção de Água (passiva) -O túbulo proximal reabsorve 67% da água filtrada. A força propulsora para a reabsorção de água é o gradiente osmótico transtubular estabelecido previamente pela reabsorção de solutos como a glicose e o NaCl -Devido à presença de canais de água de aquaporinas nas membranas laterais e basolaterais das células tubulares proximais, o movimento de água através desses canais de membrana não necessita da alta energia das bombas de Na+ K+ ATPase. O principal canal é o de aquaporina-1 (AQP-1) -O acúmulo de fluido no espaço intercelular lateral aumenta a pressão hidrostática nesses locais. Esse aumento força a passagem do fluido e solutos aos capilares. O fluido reabsorvido é ligeiramente hiperosmótico em relação ao plasma sanguíneo, entretanto, a diferença é pequena o suficiente para se considerar a reabsorção no túbulo proximal como isosmótica 
Reabsorção Passiva de Ureia -A ureia, um resíduo nitrogenado, não possui mecanismos de transporte ativo no túbulo proximal, porém, desloca-se através das junções celulares epiteliais por difusão, caso haja um gradiente de concentração da ureia -Quando o Na+ e outros solutos são reabsorvidos no túbulo proximal, o LEC se torna mais concentrado do que o filtrado que permaneceu no lúmen tubular. Devido ao gradiente osmótico, a água se move por osmose através do epitélio. Quando a água é reabsorvida, a concentração de ureia no lúmen tubular aumenta, originando um gradiente de concentração da ureia. Dessa forma, a ureia se move do lúmen tubular para o líquido extracelular, sendo transportada através das células ou pela via paracelular pelos transportadores UT2.
Reabsorção de Proteínas -A maior parte das proteínas plasmáticas são removidas nos glomérulos renais, entretanto, algumas proteínas menores e peptídeos podem passar através da barreira de filtração. A maioria das proteínas filtradas é, então, removida do filtrado no túbulo proximal -Dessa forma, por serem grandes demais para passar por transportadores e canais, as proteínas, ao alcançar a luz do túbulo, ligam-se ao glicocálice que reveste a membrana plasmática das invaginações -Em seguida, as vesículas endocitóticas contendo a proteína ligada, brotam das invaginações e se fundem no citoplasma apical para formar os endossomos iniciais Esses endossomos são destinados a se tornar lisossomos, e as proteínas que sofreram endocitose são degradadas pelas hidrolases ácidas -Os aminoácidos produzidos na degradação lisossômica são reciclados na circulação através do compartimento intercelular e do TC intersticial .
Reabsorção de HCO3- -Após a secreção de H+ no lúmen tubular, este reage com o HCO3 - filtrado e forma o ácido carbônico (H2CO3), que é espontaneamente dissociado em H2O e CO2 -O CO2 se difunde às células tubulares e se une com o H2O pela reação enzimática da anidrase carbônica, formando o H2CO3 que se dissocia em H+ e HCO3 - -À medida que a concentração intracelular de HCO3 - aumenta, este deixa a célula via transportadores de difusão facilitada localizados na membrana basolateral das células e se difunde ao sangue juntamente com o Na+ . Portanto, para cada uma molécula de H+ secretada no líquido tubular, uma molécula de HCO3 - e uma de Na+ são reabsorvidas
 Reabsorção na Alça Néfrica -Reabsorve, aproximadamente 25% do NaCl filtrado e 15% da água filtrada. A reabsorção de NaCl ocorre nos segmentos ascendentes espessos e delgado; enquanto que a reabsorção de água ocorre exclusivamente no segmento descendente delgado via canais de água de aquaporina 1 (AQP-1) -O túbulo se dispõe em alças, com ramos paralelos, nos quais os fluxos em direções opostas permitem o efeito de contracorrente, que gera hipertonicidade da medula renal, tendendo sempre ao equilíbrio osmótico com o interstício medular hipertônico -Por que a Reabsorção de água ocorre exclusivamente no Segmento Descendente? Porque as membranas apicais das células do segmento ascendente são impermeáveis à água.
Ramo/Segmento Descendente Delgado -Maior permeabilidade a H2O (AQP-1), e de eletrólitos por transporte passivo -A permeabilidade a H2O deixa a solução com alta concentração de ureia que é secretada por transporte facilitado pelos transportadores de ureia UT2.
Ramo/Segmento Ascendente Delgado -Aumento na permeabilidade a H2O e de eletrólitos por transporte passivo -Trocador Na/H e reabsorve o HCO3 - por meio do cotransporte com o Cl na membrana basolateral -Quando a H2O é reabsorvida, sua permeabilidade diminui e aumenta a de mais NaCl e ureia -NaCl é reabsorvido e a secreção de ureia continua, como o sangue percorre em sentido contrário o da urina ele vai ficando concentrado à medida que passa pelo ramo ascendente e quando chega no descendente aumenta a reabsorção de água.
 Ramo/Segmento Ascendente Espesso -A reabsorção de cada soluto no segmento ascendente espesso está ligado à Na+ K+ ATPase, pois mantém a concentração intracelular de Na+ baixa, gerando o gradiente químico favorável à entrada de Na+ do fluido tubular à célula -As membranas apicais das células do ramo ascendente espesso possuem simportadores de Na+ K+ 2Cl- (NKCC2) que acopla o movimento, ao mesmo tempo, de 1 molécula de Na+ , 1 de K+ e 2 de Cl- -O Na+ transportado ao líquido intersticial na base e lados da célula se difunde para os vasos retos. O Cl– difunde-se para dentro do interstício e, em seguida, aos vasos retos (arteríolas) seguindo seu gradiente de concentração através dos canais de condução de Cl- situados na membrana basolateral das células -Embora a energia do ATP seja necessária para abrir esses canais, o movimentode Cl não é um exemplo de transporte ativo e não requer a atividade da ATPase estimulada por Cl- . Usando a energia potencial liberada pelo movimento descendente de Na+ e Cl– , esse simporte direciona em movimento para cima de K+ para o interior da célula. Na membrana apical também estão presentes numerosos canais de condução de K+ , os quais “pegam” as moléculas de K+ trazidas pelos simportadores NKCC2 e as movem a favor de seu gradiente de concentração de volta ao fluido tubular.
Células Intercaladas : Alfa -Secreta ativamente H+ dentro da luz do ducto coletor via bombas dependentes de ATP (transportador de hidrogênio-ATPase) e libera HCO3 via permutadores de ClHCO3 localizados em sua membrana celular basolateral -Os íons H+ são formados nessa célula pela ação da enzima anidrase carbônica sobre a H2O e CO2, que forma o ácido carbônico, o qual se dissocia em um íon H+ e um HCO3 - Células Intercaladas Beta -Têm polaridade oposta e secretam íons de bicarbonato na luz do ducto coletor. Devido à natureza da dieta e, portanto, da necessidade de excretar ácido, o epitélio dos ductos coletores contém mais células intercaladas alfa que beta -As células intercaladas também reabsorvem K+ pela operação de H+ K+ ATPase, localizada na membrana apical -A reabsorção de Na+ e a secreção de K+ pelas células principais dependem da atividade da Na+ K+ ATPase, na membrana basolateral. Pela manutenção de baixa concentração intracelular de Na+ , gera-se gradiente químico favorável para o movimento do Na+ do fluido tubular à célula. Como o Na+ entra na célula através da membrana apical via difusão pelos canais seletivos ao Na+ nas células epiteliais (ENaCs), a carga negativa dentro da célula facilita a entrada de Na+ -O Na+ deixa a célula através da membrana basolateral e entra no sangue via ação da Na+ K+ ATPase. A reabsorção de Na+ gera voltagem luminal negativa no final do túbulo contorcido distal e do ducto coletor que gera força propulsora para a reabsorção de Cl– , pela via paracelular SECREÇÃO -Corresponde à transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron, e ocorre, assim como a reabsorção, dependendo de sistemas de transporte de membrana -A secreção de K+ e H+ pelo néfron distal é importante na regulação da homeostasia desses íons. Também são secretados compostos orgânicos como metabólitos e xenobióticos -A secreção torna o néfron capaz de aumentar a excreção de uma substância. É um processo ativo, uma vez que requer transporte de substratos contra seus gradientes de concentração. A maioria dos compostos orgânicos é secretada através do epitélio do túbulo proximal para o interior do lúmen tubular por transporte ativo secundário -Os transportadores responsáveis pela secreção de solutos orgânicos apresentam pouca especificidade. Por exemplo, a família do transportador de ânions orgânicos (OAT) é capaz de transportar uma grande variedade de ânions endógenos e exógenos, que é um exemplo de transporte ativo terciário, em que o uso da energia do ATP é removido em duas etapas do OAT.
SECREÇÃO -Corresponde à transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron, e ocorre, assim como a reabsorção, dependendo de sistemas de transporte de membrana -A secreção de K+ e H+ pelo néfron distal é importante na regulação da homeostasia desses íons. Também são secretados compostos orgânicos como metabólitos e xenobióticos -A secreção torna o néfron capaz de aumentar a excreção de uma substância. É um processo ativo, uma vez que requer transporte de substratos contra seus gradientes de concentração. A maioria dos compostos orgânicos é secretada através do epitélio do túbulo proximal para o interior do lúmen tubular por transporte ativo secundário -Os transportadores responsáveis pela secreção de solutos orgânicos apresentam pouca especificidade. Por exemplo, a família do transportador de ânions orgânicos (OAT) é OBS: A aldosterona secretada pela glândula suprarrenal e liberada sob estimulação pela angiotensina II, aumenta a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ . Esses efeitos aumentam o volume sanguíneo e a PA em resposta à maior concentração sanguínea de Na+ Marina Ferrari – MD3 capaz de transportar uma grande variedade de ânions endógenos e exógenos, que é um exemplo de transporte ativo terciário, em que o uso da energia do ATP é removido em duas etapas do OAT Secreção no Túbulo Contorcido Proximal Secreção de Ânions Orgânicos 1. Na 1ª etapa deste processo, o túbulo proximal utiliza ATP para manter a concentração intracelular de Na+ baixa através da “Bomba de Sódio e Potássio” 2. Na 2ª etapa, o gradiente de Na+ é, então, usado para concentrar o dicarboxilato dentro da célula tubular, utilizando um cotransportador Na+ -dicarboxilato (NaDC) encontrado nas membranas apical e basolateral das células do túbulo proximal 3. A concentração de dicarboxilato dentro da célula tubular determina a 3ª etapa da secreção de ânions orgânicos. O OAT é um transportador ativo indireto, que utiliza o movimento do dicarboxilato a favor do seu gradiente de concentração para deslocar um ânion orgânico contra o seu gradiente, transferindo-o para o interior da célula Secreção de Amônia -As células do TCP produzem amônia por desaminação do aminoácido glutamina, em uma reação que também gera HCO3 - . A NH3 rapidamente se liga ao H+ para se tornar um íon amônio (NH4 + ), que substitui o H+ nos simportadores Na+ H+ na membrana apical das células e é secretado para o líquido tubular. O HCO3 - gerado nessa reação se move através da membrana basolateral e, difunde-se na corrente sanguínea, fornecendo tampões adicionais ao plasma sanguíneo Secreção no Néfron Distal -O íon K+ é secretado do sangue ao fluido tubular pelas células principais por meio de 2 etapas: 1. A captação de K+ através da membrana basolateral das células intercaladas é mediada pela ação da Na+ K+ ATPase 2. Como a concentração intracelular de K+ é alta, o K+ se difunde passivamente através dos canais de K+ na membrana apical das células ao fluido tubular Regulação Hormonal Sistema Renina-AngiotensinaAldosterona -A angiotensina é um mineralocorticoide secretado pela medula da glândula adrenal em resposta a vários fatores -A angiotensina II e altos níveis de potássio são o 1º estímulo para liberação de aldosterona que possui ação mais específica no túbulo distal do néfron, produzindo a troca de Na+ por K+ , reabsorvendo o Na+ e liberando o K+ . Pelo fato de o sódio ser o componente osmótico principal do LEC, a retenção por parte dos rins contribui para a manutenção do volume hídrico do sistema circulatório Vasopressina/Hormônio Antidiurético (ADH) -Produzida na hipófise posterior, é responsável pelo aumento da osmolaridade e pela diminuição da volemia. A diminuição no volume urinário é rápida; esse efeito se dá pelo aumento da permeabilidade à água nas células do ducto coletor. Na ausência da vasopressina, essas células são normalmente impermeáveis à água de acordo com o gradiente osmótico encontrado na medula renal URINA -A urina, nada mais é, do que um ultrafiltrado do plasma, do qual foram reabsorvidos glicose, aminoácidos, água e íons. A excreção de diferentes substâncias na urina representa a soma algébrica de 3 processos renais: filtração glomerular (-) reabsorção de Marina Ferrari – MD3 substâncias dos túbulos renais para o sangue (+) secreção de substância do sangue para túbulos renais Composição -Em geral, é constituída por ureia (resíduo metabólico produzido no fígado a partir da utilização da proteínas e aminoácidos) e outras substâncias químicas orgânicas (como a creatinina e o ácido úrico) e inorgânicas (como o cloreto, sódio e potássio) dissolvidas em água. Elementos que não fazem parte do filtrado plasmático inicial, tais como: células, cristais, muco e bactérias, são indicativos de doenças renais Coloração -Sua cor característica se deve à presença do urobilinogênio originado nos pigmentos biliares (bilirrubina) formado a partir da hemoglobina. Porém, sua coloração pode variar de intensidade de acordo com a concentração (osmolaridadeou densidade) da urina, que, por sua vez, depende da resposta adaptativa renal frente às modificações de volemia e pressão osmótica do sangue a. Amarelo-claro ou incolor: é encontrada em pacientes poliúricos, Diabetes Mellitus, Diabetes Insípido, Insuficiência Renal Avançada, elevado consumo de líquidos, medicação diurética e ingestão de álcool b. Amarelo escuro ou castanho: é frequente nos estados oligúricos, Anemia Perniciosa, estados febris, início das Icterícia (presença anormal de bilirrubina), exercício vigoroso e ingestão de Argirol, Mepacrina, Ruibarbo e Furandantoínas c. Alaranjada ou avermelhada: é comum em presença de hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria, Icterícias Hemolíticas, porfirinúrias e no emprego de Anilina, Eosina, Fenolftaleína, Rifocina, Sulfanol, Tetranol, Trional, Xantonina, Beterraba, Vitamina A (Ácido Retinóico), derivados de Piridina, Nitrofurantoína, Fenindiona e Contaminação Menstrual d. Marrom escuro ou enegrecida: (“Cerveja preta”) ocorre no Carcinoma de bexiga (“borra de café”), Glomerulonefrite Aguda, Meta Hemoglobinúria, Alcaptonúria (Ácido Homogentísico), febres palustres, Melanoma Maligno e no uso de Metildopa ou Levodopa, Metronidazol, Argirol e Salicilatos e. Azulada ou esverdeada: Deve-se a infecção por Pseudomonas, Icterícias Antigas, Tifo, Cólera e pela utilização de azul de Evans, azul de metileno, Riboflavina, Amitriptilina, Metocarbamol, Cloretos, Indican, Fenol e Santonina (em pH ácido) f. Esbranquiçada ou branco leitosa: está presente na Quilúria, Lipidúria Maciça, Hiperoxalúria Primária, Fosfatúria e enfermidades purulentas do Trato Urinário Odor -Deve-se à presença de amônia -A produção de amônia, denominada amoniopoiese ocorre na célula tubular proximal, a qual produz NH3 por desaminação do aminoácido glutamina mediada pela enzima glutaminase, que origina o ácido glutâmico e NH3 -À medida que a urina se acidifica (pH de cerca de 4,5), aumenta-se a formação de NH3 e NH4 + (amônia). Este último, que não é difusível, é eliminado como tal e serve para neutralizar o ácido livre, permitindo que uma maior quantidade de radical ácido seja eliminada sob a forma de sal de amônio, como NH4Cl, por exemplo. Deste modo, o NH4 + economiza a quantidade de Na+ que deveria ser eliminada pela urina, acompanhando um radical ácido como Cl- (NaCl, por exemplo) pH -As células tubulares proximais e distais secretam íons H+ -A reação responsável pela secreção de H+ no túbulo proximal é um exemplo de transporte ativo secundário, baseado na troca de Na+ por H+ . A saída de sódio das células para os espaços intercelulares é mediada pela enzima Na+ K+ ATPase, que, por sua vez, diminui a concentração intracelular de Na+ -Desse modo, promove-se a entrada de Na+ nas células do lúmen tubular e saída de íons H+ (proveniente da dissociação intracelular do Marina Ferrari – MD3 ácido carbônico –H2CO3). Nos humanos, o pH é de cerca de 4,5, o que corresponde a uma concentração de H+ , na urina, 1000 vezes a concentração deste íon no plasma sanguíneo Gravidade Específica (densidade) -É a relação entre o peso e o volume de uma substância com o peso de um volume igual de água destilada. Na urina, varia de 1,001 a 1,0035. Quanto maior a concentração de solutos, maior a gravidade específica Questionamentos Por que não se encontra glicose na urina? -A glicose tende, assim como outros solutos, a ser totalmente reabsorvida por transporte simporte, sendo válido citar o cotransportado de Na+ glicose (SGLT)
 Por que se encontra pequeno número de hemácias no sedimento urinário? -Porque que apesar de as hemácias terem raio muito grande para passar na filtração, existem alguns locais dos capilares fenestrados cujos raios são maiores, permitindo a passagem de poucas hemácias, continuando sendo classificada uma urina normal.
 Por que se encontra células epiteliais no sedimento urinário? -As células epiteliais, em geral, são resultado de descamação do trato urinário, sem grande importância clínica. É mais comum nas mulheres -Devem ter atenção quando estão acima de 15-20/campo, porque sugere fortemente que a amostra foi contaminada Por que se encontra proteína no sedimento urinário? -A maioria das proteínas que circula no sangue é grande demais para ser filtrada pelos rins, por isso, em situações normais, não costumamos identificar proteínas na urina. Podem até existir em pequenas quantidades, mas são tão pequenas que não costumam ser detectadas pelo teste da fita -Quantidade pequenas de proteínas podem ter dezenas de causas, que vão desde situações benignas e triviais, tais como febre, exercício físico horas antes da coleta de urina, desidratação ou estresse emocional, até causas mais graves, como infecção urinária, lúpus, doenças glomerulares e lesão renal pelo diabetes.
 No paciente com hepatite, o que altera a cor da urina? -Nos quadros de hepatite, o fígado encontra-se inflamado e doente, perdendo a capacidade de metabolizar e/ou eliminar a bilirrubina que é produzida pelo baço. Este excesso de bilirrubina acaba extravasando para pele e mucosas, provocando a aparência amarelada -A partir desse extravasamento, tem-se o acúmulo no sangue. O papel dos rins é o de filtrar o sangue, e a partir disso nos pacientes com hepatite, eles excretam o excesso de bilirrubina, que por ser um pigmento escuro, acaba escurecendo a urina, deixando-a com cor de coca cola.

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