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Sistema Urinário 2

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SISTEMA URINÁRIO
1- Citar as escoras nitrogenadas e suas origens (endógena e exógena).
-As escórias nitrogenadas são a amônia, a ureia, o ácido úrico e a creatinina (endógena e exógena). E o restante é endógeno produto do metabolismo proteico.
1.1- Como ocorre as reações de desaminação e transaminação.
A transaminação refere-se à transferência de um grupo amino de uma molécula para outra, especialmente de um aminoácido para um cetoácido, enquanto a desaminação se refere à remoção de um grupo amino de um aminoácido ou outros compostos.
Oxidação de Aminoácidos -Acontece no fígado, nos hepatócitos dentro e fora da mitocôndria.
 Processo (Citosol) 
1. O aminoácido chega no citosol do hepatócito e perde seu grupamento amino (NH3 + ) e um hidrogênio para o alfa-cetoglutarato (substância livre do citosol) 
2. O alfa-cetoglutarato perde oxigênio para o aminoácido, ou seja, ocorre uma troca entre essas 2 substâncias – transaminação 
3. Ao combinar o oxigênio com o aminoácido (que perdeu o grupo amino e o hidrogênio) esse deixa se ser aminoácido e forma o alfa-cetoácido (substância que pode formar ácidos graxos, glicose e ATP)
 4. Ao combinar o grupamento amina (e o hidrogênio) com o alfa-cetoglutarato (que perdeu oxigênio) acontece a formação de glutamato *A enzima aqui atuante é a aminotransferase (presença de PLP - piridoxalfosfato - como cofator enzimático).
O glutamato entra na mitocôndria e pode acontecer o processo de transaminação (troca amina) ou desaminação (perde amina).
Transaminação 
1. O glutamato passa o grupo amina para o oxalacetato (substância residual do ciclo de Krebs) e recebe oxigênio 
2. Com o ganho do oxigênio, o glutamato volta a ser alfa-cetoglutarato (sendo reciclado)
 3. Com o ganho do grupamento amina, e do hidrogênio, o oxalacetato se torna aspartato (produto que atua no ciclo da ureia) *A enzima aqui atuante é a aspartato amino transferase 
Desaminação 
1. O glutamato entra em contato com NAD+ ou NADP+ e água, liberando seu grupamento amino e colocando um oxigênio (advindo da água) no lugar
 2. O oxigênio combinado com o glutamato que perde amina forma o alfacetoglutarato (reciclagem) 
3. O grupamento amina não é transferido para nenhuma substância (desaminação) e se une ao hidrogênio formando amônia (íon) *A enzima aqui atuante é a glutamato desidrogenase.
1.2- Como ocorre a eliminação dessas escoras? Existe reabsorção/ excreção?
UREIA
FILTRAÇÃO -É livremente filtrada pelos capilares glomerulares e a quantidade de ureia filtrada é igual a de ureia no plasma.
 Reabsorção -Túbulo Contorcido Proximal: 50% da ureia filtrada é reabsorvida por difusão simples, por meio das junções celulares epiteliais (via paracelular) -Devido à reabsorção de água no TCP, a concentração de ureia no filtrado aumenta em relação a ureia sanguínea; por isso, cria-se, então, um gradiente favorável à reabsorção passiva de ureia (ela sai do filtrado e entra de volta no sangue pela diferença de concentração) -Ao final do TCP, 50% da ureia ainda permanece no filtrado.
Processo -Inicialmente, as concentrações de ureia no filtrado e no líquido extracelular são iguais. Entretanto, o transporte ativo de Na+ e de outros solutos para fora do lúmen tubular proximal gera um gradiente de concentração -Quando o Na+ e outros solutos são reabsorvidos no TCP, a transferência de partículas osmoticamente ativas torna o LEC mais concentrado do que o filtrado que permaneceu no lúmen tubular -Em resposta ao gradiente osmótico, a água se move por osmose através do epitélio, saindo do lúmen tubular e indo para o LEC -Quando a água é reabsorvida, a concentração de ureia no filtrado aumenta. Assim, a ureia move-se do lúmen tubular para o LEC para ser reabsorvida pelo capilar peritubular, sendo transportada através das células ou pela via paracelular.
Resumindo: a ureia é reabsorvida por difusão simples devido a um aumento da concentração dessa no filtrado causado pela reabsorção de água no TCP -Ramo ascendente espesso da alça néfrica / Túbulo contorcido distal / Ductos coletores corticais / Ductos coletores da zona externa medular: todas essas estruturas são impermeáveis à ureia, de modo que nenhum transporte de ureia ocorra nesses segmentos para fora da estrutura tubular. Entretanto, nos ductos coletores da zona interna medular, existem transportadores específicos para a difusão facilitada de ureia (transportador de ureia I, UTI) que são ativados pelo ADH -Dessa maneira, em presença de ADH, a ureia é reabsorvida pelo UT1 (no ducto coletor) a favor de seu gradiente de concentração do lúmen para o líquido intersticial da zona interna da medula renal. Na presença do ADH, cerca de 60% da ureia filtrada é reabsorvida, deixando aproximadamente 40% para ser excretada na urina.
 Secreção -Ramo descendente delgado da alça néfrica: a ureia é secretada nessa região pois há uma alta concentração dessa substância no líquido intersticial, onde a alça néfrica está situada -O ramo descendente delgado atravessa a medula interna renal e a ureia se difunde do líquido intersticial, onde está em maior concentração, ao lúmen tubular -A difusão é facilidade pelo transportador UT-A2.
Ácido Úrico 
Filtração -O urato plasmático (forma aniônica do ácido úrico) é livremente filtrado no glomérulo renal. Cerca de 5% do ácido úrico circulante está ligado a proteínas, o que significa dizer que todo o restante poderá ser filtrado pelos glomérulos renais livremente. Reabsorção Túbulo Controcido Proximal -Porção inicial do TCP: ocorre reabsorção de 90 a 100% do que foi filtrado. A reabsorção de urato pode ser mediada por um cotransportador urato-HCO3 - presente na membrana apical das células tubulares, o qual opera em paralelo ao transportador Na+ H+ -Segmento S3 do TCP: ocorre a reabsorção pós-secretória 
Secreção -Segmento S2 do TCP: ocorre secreção de urato, proporcionando um retorno de 50% do que havia sido reabsorvido novamente ao lúmen tubular -A secreção depende de um transporte ativo secundário que permite a excreção renal de ácido úrico e também de fármacos, como a aspirina, antibióticos e diuréticos -O número e a distribuição de cargas negativas parecem ser os principais determinantes do grau de ligação. Os compostos formados adentram a célula tubular através de um cotransporte com o Na+ e, também, podem ser produzidos nessas células, criando um gradiente favorável que servirá como um medidor nas trocas aniônicas. Nesse caso, foram identificadas 3 proteínas transportadoras: o transportador de ânions orgânicos (OAT), um transportado de antiporte que troca 2 ânions em uma troca eletricamente neutra; o transportador de urato (URAT1), que é um trocador de ânions com especificidade para o urato; e o transportador de urato (UAT), um transportador de urato uniporte eletrogênico.
Creatinina -A creatinina é um catabólito muscular da creatina-fosfato. A formação ocorre, em grande parte, nos músculos esqueléticos. Ocorre uma reação de transaminação a partir da arginina para a glicina, formando o ácido guanidoacético (glicociamina), processo que ocorre nos rins. No fígado, a glicociamina sobre metilação, sendo o aminoácido metionina o doador dos grupos metila Filtração -A creatinina é levemente filtrada pelo glomérulo (100%) por isso é utilizada como parâmetro de filtração glomerular (clerance de creatinina) Secreção -Ocorre de maneira muito diminuta nos túbulos contorcidos proximais e distais (quase insignificante) 
Creatina x Creatinina -Creatina é uma substância proveniente da degradação da creatina fosforilada (ou fosfocreatina). A creatina é produzida pelo fígado, rins e pâncreas e então transportada até os músculos, onde é degradada por meio da catalisação pela enzima creatina-quinase -Essa reação se dá através da contração muscular, ou seja, toda vez que um músculo contraído tem-se a quebra de creatina produzindo creatinina, que é posteriormente lançada na corrente sanguínea e eliminada através da urina
1.3- Conceituar depuração renal (fórmula de Cocroft Gaudt x Creatinina).
Depuração renal: É a capacidade renal para depurar solutos a partir do plasma.A coleta de urina de 24 horas é o teste primário do clearance renal para avaliação da função excretora do rim. O clearance depende de vários fatores. Utiliza-se a medição do clearance de creatinina, de modo mais particular, para investigar as alterações na depuração renal dessa substância, indicativo de alteração na função renal.
Fatores que interferem no clearance
- Velocidade de filtração glomerular da substância; Quantidade de substância reabsorvida pelos túbulos;
Quantidade de substância secretada para o interior dos túbulos.
A creatinina é o produto residual do metabolismo da creatina, presente nas fibras dos músculos esqueléticos. Ela é filtrada pelo glomérulo, atravessa os túbulos e é excretada na urina. Por essa razão, o clearance de creatina é utilizado para monitorar a função renal pois, à medida que a função renal diminui, diminui também o clearance de creatinina. O clearance de creatina é também uma boa medida do ritmo de filtração glomerular (RFG), calcula-se utilizando uma fórmula matemática.
Fórmula do clearance de creatinina
1.4- Citar os indicadores de função renal.
Taxa de filtração glomerular: Pode ser determinada pela depuração de um marcador glomerular que deve possuir as seguintes características: *Pode ser livremente filtrado através dos Capilares Glomerulares; *Não pode ser reabsorvido ou secretado; *Quando em infusão, não altera TFG *Valores normais: 70-140 ml/min (OBS: em mulheres, resultado multiplicado por 0,85
Proteinúria e Microalbimiúria: A albumina é a proteína mais abundante do plasma, sendo sintetizada no fígado e contribui para 80% da osmolaridade do plasma sanguíneo. A presença de proteinúria e, mais especificamente, de albuminúria constitui fator preditor muito relevante de presença de Nefropatia, se persistente, e, dependendo do tipo de proteinúria, intensidade e duração, de evolução para Insuficiência Renal Crônica (IRC) -O EAS (Urina Tipo 1) é capaz de detectar a presença de proteínas na Urina, mas não consegue quantificá-la com exatidão.
Ureia
Creatinina: A creatinina é o subproduto do metabolismo muscular, sendo quase totalmente depurada dos líquidos corporais por filtração glomerular -Como não requer métodos invasivos, possui utilização muito mais ampla para estimular clinicamente a filtração glomerular. Entretanto, não é o marcador perfeito, pois uma pequena quantidade é secretada pelos túbulos renais de forma que a quantidade de creatinina excretada excede a quantidade filtrada. Ressalta-se que normalmente ocorre ligeiro erro na medida de creatinina plasmática que leva à superestimativa da concentração plasmática de creatinina -A concentração plasmática de creatinina (PCR) é inversamente proporcional à filtração -U (creatinina na urina); S (creatinina no sangue); V (volume-minuto); A (área da superfície corporal do paciente); 1,73 (área da superfície corporal média) -Valores normais: *Crianças: 70-140 mL/min/1.73m2 *Homens: 85-130 mL/min/1.73m2 *Mulheres: 75-115 mL/min/1.73m2 *Idosos: após os 40 anos de idade, espera-se uma redução de aproximadamente 6,5 mL/min/1.73m2 a cada 10 anos.
Cistatina C: A cistatina C é gerada a uma taxa praticamente constante, é livremente filtrada, reabsorvida e catabolizada no túbulo proximal do néfron.
Inulina (marcador endógeno): A inulina, um polissacarídeo produzido por plantas, é o marcador glomerular ideal, pois não se liga a proteínas plasmáticas e nem é carreada, sendo livremente filtrada pela cápsula renal e permanece inerte no túbulo renal, ou seja, não é reabsorvida nem secretada pelas células tubulares -Desse modo, a quantidade de inulina filtrada pelos capilares é exatamente igual a excretada na urina. O método, infelizmente é caro e invasivo, pois requer infusão intravenosa dessa substância, não sendo, portanto, muito utilizados -Os significados podem ser: *D (x) / D (inulina) = 1,0: a depuração de X é igual à depuração de inulina, o que mostra que a substância X também pode ser um marcador glomerular *D (x) / D (inulina) < 1,0: a depuração de X é mais baixa que a depuração de inulina. Isso quer dizer que a substância não é filtrada, ou ela é filtrada e subsequentemente reabsorvida. Um exemplo disso é a albumina que não é filtrada e sua depuração acaba por ser menor que a depuração da inulina. As depurações de Na+ , Cl- , HCO3 - , PO4 -2 , ureia, glicose e aminoácidos também são baixas, visto que essas substâncias são filtradas e, subsequentemente, reabsorvidas *D (x) / D (inulina) > 1,0: a depuração de X é maior que a depuração de inulina. Esse resultado mostra que a substância é tanto filtrada como secretada. Exemplos de substâncias com depurações maiores que a da inulina são os ácidos e bases orgânicos e, em algumas situações, o K+.
2- Conceituar Diurético.
-Os diuréticos aumentam a eliminação de Na+ e água. Diminuem a absorção de Na+ e (geralmente) de Cl- do filtrado, sendo o aumento da perda de água secundário ao aumento da eliminação de NaCl (natriurese) -Tal mecanismo pode ser obtido por: *ação direta sobre as células do néfron *indiretamente, por modificação do conteúdo do filtrado -A maioria dos diuréticos com ação direta sobre as células do néfron atuam a partir do interior da luz tubular e chegam a seus locais de ação por serem secretados para o túbulo proximal.
2.1- Citar as classes (de alça, tiazídicos, osmóticos, poupador de potássio, antagonista de aldosterona, inibidor da anidrase carbônica). Explicando seu mecanismo.
Atuam sobre as Células do Néfron
 Diuréticos de Alça -São os mais potentes, capazes de causar a eliminação de 15%-25% do Na+ filtrado -Principal exemplo: furosemida, tendo a bumetanida como agente alternativo, e ainda o ácido etacrínico -Atuam sobre o ramo ascendente espesso da alça néfrica, inibindo o transportador Na+ /K+ /2Cl na membrana luminal, combinando-se com seu sítio de ligação para Cl-. Aumentam a oferta de Na+ ao néfron distal, causando perda de H+ e K+ . Dado que ocorre perda urinária de Cl- , mas não de HCO3 - , a concentração plasmática de HCO3 - aumenta quando o volume plasmático é reduzido – uma forma de alcalose metabólica, portanto, denominada “de concentração” -Ao bloquear o cotransportador, aumentam o débito urinário de Na+ , K+ e Cl- , outros eletrólitos e água por: *Aumentam a quantidade de solutos liberados para as partes do néfron distal, que atuam como agentes osmóticos, evitando, portanto, a reabsorção de água *Interrompem o sistema multiplicador por contracorrente, ao diminuir a reabsorção de íons na alça néfrica ao interstício medular, diminuindo, assim, a osmolaridade do líquido intersticial medular -Ao inibir esse cotransportador, os diuréticos de alça diminuem o potencial positivo no lúmen tubular responsável pela reabsorção de cátions bivalentes, como Ca+2 e Mg+2, logo, aumenta-se a excreção desses íons .
OBS: ligam-se fortemente as proteínas plasmáticas e não passam diretamente ao filtrado glomerular.
Efeitos Adversos -Perdas excessivas de Na+ e água são comuns, principalmente em idosos, e causam hipovolemia e hipotensão -A perda de K+ , resultando em K+ baixo no plasma (hipocalemia), e a alcalose metabólica também são comuns. A hipocalemia aumenta os efeitos e a toxicidade de vários fármacos -A hiperuricemia é comum, podendo precipitar gota aguda -A diurese excessiva leva a redução da perfusão renal e comprometimento pré-renal (sinal precoce é a elevação da concentração de ureia no soro).
Diuréticos Tiazídicos (ação vasodilatadora) -São menos potentes e mais tolerados que os diuréticos de alça -Ligam-se ao sítio do Cl- do sistema de cotransporte tubular distal Na+ /Cl-, inibindo sua ação e causando natriurese com perda de íons sódio e cloreto na urina. Quando usados no tratamento de hipertensão, a queda inicial da pressão arterial decorre da diminuição do volume sanguíneo causada pela diurese, mas a vasodilatação contribui para a fase tardia. A contração do volume sanguíneo decorrente estimula a secreção de renina, levando à formação de angiotensina e à secreção de aldosterona. Este mecanismo homeostático limita o efeito dos diuréticos sobrea pressão arterial, resultando em uma relação dose-resposta -Os seus efeitos sobre o balanço de Na+ , K+ , H+ e Mg2+ são qualitativamente semelhantes aos dos diuréticos de alça, mas de menor magnitude. Em contraste, entretanto, reduzem a eliminação de Ca2+, o que pode ser vantajoso em pacientes mais idosos com risco de osteoporose -Sua coadministração com diuréticos de alça tem efeito sinérgico, porque o diurético de alça oferece maior fração da carga filtrada de Na+ ao local de ação do tiazídico no túbulo distal - Ex: Hidroclorotiazida e Clortalidona.
 Efeitos Adversos -Ao lado do aumento na frequência urinária, o efeito indesejável mais comum é disfunção erétil; a qual é reversível e é menos comum em doses baixas usadas na prática clínica -A perda de potássio pode ser importante, assim como a de Mg+ . A excreção do ácido úrico é reduzida, e pode ocorrer alcalose hipoclorêmica. 
-Presume-se que a tolerância à glicose diminuída devido à inibição da secreção de insulina, possa ser resultante da ativação dos canais KATP na ilhotas pancreáticas -Hiponatremia é potencialmente grave nos idosos, Hipocalemia pode ser causa de interação medicamentosa adversa e pode precitar encefalopatia em pacientes com hepatopatia grave -Reações idiossincráticas (discrasias sanguíneas, pancreatite e edema pulmonar agudo) são raras, mas podem ser graves.
Diuréticos Poupadores de K+ Antagonistas da Aldosterona – Atuam nos néfrons distais e túbulos coletores e são diuréticos fracos mas eficazes em algumas formas de hipertensão e insuficiência cardíaca. A espironolactona e a eplerenona têm ação diurética muito limitada quando usadas isoladamente, porque a troca distal de Na+ /K+ é responsável pela reabsorção de apenas 2% do Na+ filtrado -Têm acentuados efeitos antihipertensivos, prolongam a sobrevida em pacientes selecionados com insuficiência cardíaca e podem impedir hipocalemia quando combinados a diuréticos de alça ou tiazídicos -Competem com a aldosterona por seus receptores intracelulares nas células epiteliais dos ductos coletores corticais, assim inibindo a retenção de Na+ e a secreção de K+ em nível distal.
Efeitos Adversos -Os antagonistas da aldosterona predispõem à hipercalemia, que é potencialmente fatal. Não podem ser prescritos suplementos de potássio, sendo necessário o monitoramento da creatinina e dos eletrólitos no plasma se esses fármacos forem usados para pacientes com comprometimento da função renal -É bem comum o desconforto gastrointestinal -As ações da espironolactona sobre os receptores de progesterona e andrógenos em tecidos não renais podem resultar em ginecomastia, distúrbios menstruais e atrofia testicular. A esplerenona tem afinidade mais baixa por esses receptores, e é menos comum ter efeitos estrogênicos colaterais.
Inibidores da anidrase carbônica: Inibe irreversivelmente a enzima anidrase carbônica, diminuindo a entrada de água e co2 e saída de H+ no túbulo proximal, diminuindo a absorção de sódio.
Efeitos adversos: acidose metabólica e alcalinização na urina, predisposição a cálculos renais e infecção no trato urinário.
Atuam Indiretamente por Modificação do Conteúdo do Filtrado 
Diuréticos Osmóticos -São substâncias farmacologicamente inertes filtradas no glomérulo, mas não reabsorvidas pelo néfron -Para causar diurese, precisam constituir uma fração da osmolaridade do fluido tubular -Dentro do néfron, seu principal efeito é exercido sobre aquelas partes do néfron que são livremente permeáveis à água: o túbulo proximal, o ramo descendentes da alça néfrica e (na presença de HAD) os túbulos coletores -A reabsorção passiva de água é reduzida pela presença de soluto não reabsorvível dentro do túbulo, então um volume maior de líquido continua no túbulo proximal; reduzindo secundariamente a reabsorção de Na+ -Portanto, o seu principal efeito é aumentar a quantidade de água eliminada, com menor aumento da eliminação de Na+ Efeitos Adversos -Expansão transitória do volume do líquido extracelular (com risco de causar insuficiência do VE) e hiponatremia -Podem ocorrer cefaleia, náuseas e vômitos.
2.2- Por que a Hidroclorotiazida pode causar Hiperuricemia?
A hidroclorotiazida, diurético tiazídico, deve ser administrado com restrições para pacientes com hiperuricemia e Gota -A concentração sérica de ácido úrico é amplamente controlada por vários transportadores no túbulo proximal do rim. Estes incluem o transportador de ânions orgânicos 1 (OAT!) e o trocador de urato/ânions 1 (URAT1) -O transportador de ânions orgânicos é responsável pelo movimento de compostos de ácidos orgânicos para as células do túbulo proximal renal a partir do espaço peritubular (sangue) -O ácido úrico, como outros ácidos orgânicos de ocorrência natural, também utiliza esse transportador. Além disso, OAT parece ser particularmente ativo no transporte de medicamentos que são conhecidos como ácidos orgânicos, incluindo a hidroclorotiazida -Embora existam vários mecanismos para a entrada de ácido úrico nas células do túbulo proximal, a competição entre a hidroclorotiazida e ácido úrico para transporte via OAT explica, pelo menos parcialmente, um aumento na concentração de ácido úrico quando a hidroclorotiazida é iniciada ou quando a dose é aumentada -Outra contribuição plausível para o aumento da concentração sérica de ácido úrico envolve o URAT1 no lado luminal da célula do túbulo proximal renal. Como sugerido pelo nome, o URAT1 é responsável por mover o ácido úrico intracelularmente do filtrado renal em troca de ácido orgânico -A hidroclorotiazida é reconhecida como um ácido orgânico e, portanto, serve como substrato para essa troca -A maior disponibilidade de ácido orgânico (hidroclorotiazida) resulta em mais ácido úrico sendo transportado de volta para a célula a partir do filtrado renal e potencialmente reabsorvido no sangue.
2.3- Quais alterações de eletrólitos eles causam? Já respondido em efeitos adversos.
3- Explicar o mecanismo de contracorrente e como a uréia funciona como multiplicador do mecanismo?
Multiplicador de contracorrente: responsável pela geração de hiperosmolaridade na medular.
 Intercambiador de contracorrente: responsável pela manutenção da hiperosmolaridade na medular.
Para a excreção concentrada de urina é necessário alto nível de ADH e alta osmolaridade do líquido intersticial renal. Mecanismo de contracorrente é o processo em que o líquido intersticial se torna hiperosmótico.  Esse mecanismo depende da disposição anatômica peculiar das alças de Henle e da vasa recta, capilares peritubulares especializados da medula renal. Os fatores que contribuem para o aumento da concentração de solutos da medula renal:
· Transporte ativo de íons sódio e cotransporte de íons potássio, cloreto, e etc, no ramo ascendente espesso da alça de Henle para o interstício medular.
· Transporte ativo de íons dos ductos coletores para o interstício.
· Difusão facilitada de grande quantidade de ureia, dos ductos coletores medulares internos para o interstício.
· Difusão de pequena quantidade de água para o interstício.
O Sistema Multiplicador de Contracorrente pode ser ilustrado a seguir:
1. Inicialmente a alça está isosmótica em relação ao plasma.
2. A bomba de íons ativa do ramo ascendente espesso reduz a concentração tubular e eleva a concentração do interstício.
3. Ocorre a regulação do equilíbrio osmótico no ramo descendente.
4. Corresponde ao fluxo adicional de líquido do túbulo proximal para a alça de Henle, fazendo com que o líquido hiperosmótico flua para o ramo ascendente.
5. Depois de chegar ao ramo ascendente, os íons são bombeados para o interstício, com retenção de água no líquido tubular.
6. O líquido no ramo descendente atinge o equilíbrio com o líquido intersticial medular hiperosmótico
7. Essas etapas ocorrem repetidas vezes, esse processo gradativamente retém solutos na medula e multiplica o gradiente de concentração, estabelecido pelo bombeamento ativo de íons até que a osmolaridade chegue na etapa
A troca por contracorrente da Vasa Recta contribui também para a manutenção da hiperosmolaridade. O plasma queflui no ramo descendente dos vasa recta fica mais hiperosmótico, em decorrência da difusão de água para fora do sangue e da difusão de solutos do líquido intersticial renal para o sangue. No ramo ascendente dos vasa recta, os solutos se difundem de volta ao líquido intersticial, e a água retorna aos vasa recta também por difusão. Sem o formato em U dos capilares dos vasa recta, haveria grande perda de solutos pela medula renal.
Papel da Ureia: A ureia contribui de 40% a 50% da osmolaridade do interstício da medula renal (hiperosmótica), quando o rim está formando urina extremamente concentrada. A Ureia é reabsorvida passivamente pelo túbulo. Recirculação da ureia absorvida pelo ducto coletor medular para o líquido intersticial. A ureia se difunde para a parte delgada da alça de Henle, passa pelos túbulos distais e, por fim, retorna ao ducto coletor. A recirculação da ureia auxilia na retenção de ureia, no interstício medular, e contribui para a hiperosmolaridade da medula renal.
Quanto aos transportadores de ureia:
UT-A1 e UT-A3: facilitam a difusão de ureia para fora dos ductos coletores medulares. UT-A2 facilitam a difusão de ureia para dentro da alça de Henle descendente delgada.

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