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▪ Cesariana em bovinos pode ser feito por laparotomia para acessar o útero, identificar o útero, o corno uterino gravídico, identificar os membros, tracionar o membro para fora da cavidade abdominal (o útero deve ser aberto fora da cavidade para evitar contaminações e peritonite); ▪ Operações obstétricas: extração forçada, fetotomia, cesarianas; ▪ Fetotomia só é feita com feto morto; ▪ Causas de distocia: ✓ Materna→ pelve estreita; ✓ Fetal→feto grande, posição intrauterina; ✓ Avaliação da condição do feto→ palpação vaginal; ✓ Manobras obstétricas→ retropunção, tração, rotação, etc. QUANDO AUXILIAR O PARTO? ▪ Frequência de observação – 30 min\ 1h (por pessoa treinada); ▪ 1ª fase – não pode ser superior a 12h; ▪ 2ª fase – superior a 3h; ▪ O período de trabalho de parto não pode passar de 12h, caso passe, o médico veterinário deve intervir SINAIS: ▪ Contração forte sem expulsão do feto; ▪ Contração fraca por mais de 6h; ▪ Secreção purulenta ou fétida com sinais de toxemia →será um parto complicado e o animal pode apresentar metrite; ▪ Estática fetal anormal → visualização na palpação; ▪ Vaca com sinais de estresse e fadiga; ▪ Atonia das contrações; ▪ Bezerro com mucosas cianóticas; ▪ Prolapso vaginal com desprendimento do tampão mucoso cervical; ▪ Liquido amniótico amarelado – quando ocorrer a liberação do LA, ficar atento para possíveis intervenções; RESOLUÇÃO DAS DISTOCIAS: ▪ Indução medicamentosa com fármacos que induzem a dilatação do canal do parto → obs.: não adianta em vacas em exaustão; ▪ Dilatação e relaxamento do canal; ▪ Contração uterina; ▪ Relaxamento do útero; ▪ Tração; ▪ Fetotomia; ▪ Cesariana. HISTÓRICO ▪ Idade do animal; ▪ Tipo de criação; ▪ Frequência de observação; ▪ Vacinação para brucelose, ibr, bvd,; ▪ Número de partos anteriores; ▪ Partos anteriores e se foram distócicos ou eutócicos; ▪ Casuística de leptospirose na propriedade e outras doenças que causem aborto; ▪ Desde quando o animal está em trabalho de parto? ▪ Medicação aplicada; ▪ Manejo sanitário; ▪ Sempre palpar o assoalho vaginal → identificar se alguém tentou ajudar no parto antes do médico veterinário; ▪ Tipo de concepção → saber o valor do animal e o tamanho do touro ✓ Monta natural; ✓ Inseminação artificial; ✓ Transferência de embrião; ✓ Fertilização in vitro. ▪ Pimíparas → maior incidência de distocias ▪ Data de concepção → organização dos lotes ▪ Caesa martris útero = corte do útero materno ▪ Realização de histerotomia com finalidade de retirar um ou mais fetos, vivos ou mortos, de fêmeas uníparas ou multíparas próxima a época do parto; ▪ Histórico do animal: ✓ Foi manipulado antes do parto? ✓ Estava doente antes do parto? ✓ Quando começou o trabalho de parto? → Ter ideia de quando intervir; ▪ Exame geral: ✓ Capacidade de se locomover → saber se vou conseguir fazer a cirurgia com o animal em estação ou não; ✓ Obs.: recuperação anestésica de animal em estação é bem melhor; ✓ Estado nutricional → animal em balanço energético negativo pode ter problemas no parto; ✓ Avaliação de abdome, pelve, vagina, vulva e glândulas mamária; ▪ Exame das vias fetais: ✓ Dilatação de cérvix; ✓ Lubrificação; ✓ Abertura de cérvix; ✓ Anexos fetais; ✓ Exame retal não deve ser realizado; ✓ Verificar se já houve ruptura de membrana fetal; ✓ Avaliar as mucosas do feto; ✓ Pequenos ruminantes somente em decúbito esterno lateral direito pela fossa paralombar esquerda ✓ Avaliar rapidamente outros sistemas ▪ Conduta para decisão: ✓ Avaliar condições da vaca; ✓ Estática fetal; ✓ Viabilidade do feto → está vivo ou morto? ✓ Tamanho do feto em relação a mãe → pode ser necessário fazer cesariana se o feto for maior; ✓ Canal do parto → dilatação de vias moles e pelvimetria; ✓ relaxamento do ligamento sacro-ilíaco; ✓ utilização ou não de anestesia; ✓ lubrificação e elasticidade; ✓ decisão da resolução: ▪ tempo; ▪ valor do bezerro e da mãe; ▪ condições e materiais disponíveis. ▪ Correção estática/tração: ✓ Princípio básico: mão – cabeça – mão (fazer com que passe um ombro por vez para poupar espaço); ✓ Cordas com espessura média ou usar correntes obstétricas; ✓ Amarrar dividindo a tração em ossos longos→ sempre acima das articulações; ✓ Utilizar somente força humana; ✓ Tração alternada → um membro por vez; ✓ Obedecer a curvatura natural do canal →forma de parábola; ✓ Conferir antes de tracionar; ✓ Lubrificação e higiene; ✓ Avaliar necessidade de anestesia peridural → avaliar os sinais de dor no animal; ✓ Proteger o útero dos cascos com a mão → risco de laceração do assoalho; ✓ Episiotomia → incisão na região ventral da vagina. ✓ Possibilitam correção: ▪ Cabeça voltada lateralmente; ▪ Membros torácicos flexionados; ▪ Membros posteriores estendidos cranialmente; ▪ Abdominal transversa → rotação. ✓ Pode usar moleta obstétrica na retropunção → desfazer a distocia ✓ Pelvimetria → medida da pelve e sua relação com o tamanho do feto; ✓ Diâmetros da fêmea: ▪ Bi ilíaco suérior; ▪ Bi ilíaco inferior; ▪ Sacro púbico (vertical). ✓ Diâmetros do feto: ▪ Bi escapular ▪ Material utilizado: ✓ Correntes; ✓ Passador de corrente; ✓ Gancho rombo e afiado; ✓ Gancho ocular; ▪ Locais para fixação do gancho → SOMENTE COM BEZERRO MORTO: ✓ Órbita ocular +++ ✓ Pelve +++ ✓ Costelas ++ ✓ Processos transversos de vértebras ++ ✓ Espaço medular ósseo + ✓ Mandíbula + ✓ Palato + ✓ Borda da escápula + ✓ Musculatura + Obs.: quando mais +, maior a fixação e a força que o médico veterinário pode fazer para a tração ▪ Indicações de cesariana ✓ Anomalias pélvicas; ✓ Conveniência → feto de alto valor; ✓ Feto preferencialmente vivo; ✓ Torção uterina; ✓ Estática fetal anômala não passiva de correção; ✓ Monstros fetais; ✓ Hidropsias; ✓ Inércia uterina; ✓ Lesões do canal do parto; ✓ Prolapso vaginal; ✓ Obstrução da via fetal mole por tumores; ✓ Tempo prolongado do parto; ✓ Torções uterinas irreversíveis; ✓ Toxemia gravídica. ▪ Verificar viabilidade fetal: ✓ Reflexo palpebral; ✓ Reflexo flexor → apertar o membro do bezerro com a mão fazendo força para ele ter o reflexo de dor; ✓ Reflexo anal → contração do ânus; ✓ Pulso umbilical; ✓ Reação dolorosa com agulha; ✓ Obs.: sempre associar técnicas de tração ▪ Informar ao proprietário: ✓ Custo da operação; ✓ Riscos; ✓ Pós-operatório → tratamento da ferida, antibióticos e antinflamatórios; ✓ Possível rejeição do bezerro → ordenhar a fêmea antes para fornecer o colostro; ✓ Queda na produção; ✓ Prognóstico quanto à vida reprodutiva. ▪ Anestesia: ✓ Paravertebral ✓ Peridural ✓ L invertido ✓ Linha de incisão (normal ~20cm) ▪ Acesso: fossa paralombar esquerda; ▪ Incisão do tamanho de um bisturi 24; ✓ Pele; ✓ M. abdominal externo; ✓ M. obliquo abdominal interno; ✓ M. transverso do abdômen; ✓ Peritônio → cuidado para não acertar o rúmen. ▪ Técnica: ✓ Empurrar o rúmen e procurar pelo membro do bezerro; ✓ Trazer o útero para fora da cavidade abdominal através do membro do bezerro; ✓ Abrir o útero fora da cavidade abdominal → evitar contaminações; ✓ Cuidado para não fazer a incisão no feto → fazer um pique e depois abrir com a tesoura; ✓ Devolver carúncula e cotilédone de volta; ✓ Prender o cordão umbilical com pinça intestinal; ✓ Lavar o útero com soro e fazer sutura Cushing; ✓ Testar se extravasa conteúdo do útero após a sutura; ✓ Lavar a cavidade abdominal e fechar; ▪ Cuidados pós distocias: ✓ Cuidados rotineiros com bezerro → possíveis fraturas e luxações; ✓ Observação; ✓ Antimicrobianos e antinflamatórios; ✓ Evitar lavagens uterinas ou pastilhas; ✓ Coleta de líquido peritoneal; ✓ Palpação da parede vaginal e do útero para identificar lacerações. ▪ Obs.: fazer ocitocina e prostaglandinanas primeiras 24h após a Cesária. ▪ Deixar a vaca na fluido com ringer lactato durante toda a cirúrgica e fazer cálcio ▪ O FETO PRECISA ESTAR MORTO!!! ▪ Vantagens: ✓ Procedimento simples, de baixo custo; ✓ Material caro, porém, durável; ✓ Medicamentos reduzidos→ não é necessário anestesiar a vaca; ✓ Mais seguro que a cesariana; ✓ Menos traumático ETAPAS DA FETOTOMIA: 1. Verificar se o feto está morto 2. Tração correta 3. Proteção do útero pelo manipulador 4. Evitar cortes que possam deixar pontas → sempre proteger com a mão para não lacerar a vaca 5. Observar lubrificação do canal do parto 6. Estipular o tempo limite FETOTOMIA PARCIAL ▪ Mais comum; ▪ Menos cortes ▪ Feita quando há mais espaço FETOTOMIA COMPLETA ▪ Mais demorada; ▪ Pode ter Evisceração; ▪ Maior risco; ▪ Feita quando há feto enfisematoso.
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