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ARTRITE PSORÍASICA

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GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC 
 
artrite psoriásica 
 
✦ A artrite psosriásica (APs) é uma artrite inflamatória crônica associada a psoríase de pele e unha (a psoríase de fâneros). 
✦ É uma das espondiloatropatias (grupo de doenças autoimunes e inflamatórias em que não há produção de anticorpo, 
então nesse tipo de grupo a gente não espera FAN positivo, nem FR positivo e nem outro anticorpo). Fazem parte desse 
grupo de espondiloartropatias: Espondilite aniquilosante, artrite reativa, artrite psoriásica e espondiloartropatias 
enterohepáticas. 
✦ Psoríase cutânea ocorre em 1-3% da população. 
✦ APs ocorre em 20 – 30% dos adultos com psoríase. 
EPIDEMIOLOGIA 
✦ Prevalência igual entre homens e mulheres. 
✦ Manifestação ungueal está presente em 80% dos pacientes com quadro articular. 
✦ HLA-B27 positivo em 20 – 60% dos casos (ele então não serve para diagnóstico de APs). 
✦ Subtipos diferentes de apresentação: 1) poliarticular simétrico que lembra a artrite reumatoide, sendo mais frequente em 
mulheres; 2) axial, que pega mais coluna, mais frequente em homens. 
FISIOPATOLOGIA 
✦ Associação do HLAB27/relação com espondilite aniquilosante, HLAB38 e HLADR4/relação com AR. Tem associação com 
genética, traço genético PSORS1-9. 
✦ OBS: não chega a produzir linfócitos CD4/anticorpos, mas tem CD8... fica a duvida aí se é uma doença autoimune ou 
inflamatória... a reumatologia considera como autoimune, mas é questão de bastante discussão. 
✦ Fatores ambientes interferem/deflagram: 1) infecciosos como Streptococcus e HIV; 2) reacional; 3) emocional; 4) trauma 
físico; 5) uso de determinados medicamentos como BB, lítio, IECA e inibidor da COX1 
 
✦ Um estímulo ambiental -> reconhecimento do antígeno como se fosse uma célula lesionada, estranha -> produção de 
IL-1, TNF e IL-36 -> ativação de células dendríticas -> produção do IL-23 -> ativação do linfócito T -> proliferação de 
queratinócitos -> formação da escamação que a gente vê na psoríase. 
✦ Na parte articular, o mesmo que acontece na pele como mostrado acima, acontece na articulação, mediado 
principalmente pelo TNF, IL17, IL23 e IL22. 
✦ OBS: importante saber essas interleucinas por serem alvos terapêuticos. 
 
 
GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC 
 
ENTESITE 
 
✦ Entese é o local onde o tendão muscular se insere no osso. O que acontece nas espondiloartrites como um todo, é que 
elas inflamam essa entese (causam entesite). A entesite é o mecanismo básico das espondiloartrites, inclusive da APs. 
✦ A cascata gerada pela alteração de microbiota, HLAB27 e stress biomecânico, vai levar a produção de IL22, IL17 e TNF. 
Essas interleucinas vão levar a perda óssea, inflamação e estimulo a formação óssea normal (vamos ter a fusão óssea como 
mostrado na figura), levando a anquilose (fusão de superfícies articulares) pela produção de osteófitos. 
QUADRO CLÍNICO 
 
✦ A causa mais comum de apresentação dessa unha hiperceratose distrófica (imagem da direita) é micose, mas é uma 
característica vista também na psoríase. O ideal então é fazer a raspagem que o dermato faz para ver se tem fungo... se não 
tem fungo, a principal hipótese é psoríase. 
✦ Pitting ungueal, parece que você fez uns buraquinhos na unha (primeira imagem). 
 
✦ Lesão cutânea em região de articulação, parte do couro cabeludo, região occiptal... pensando na psoríase cutânea. 
ARTICULAR 
✦ Oligoartrite periférica – 70% (pega menos que 4 articulações e periféricas, não pega coluna). 
✦ Poliatrite simétrica – 15% (lembra muito a artrite reumatoide). 
✦ Distal/clássica – 5% (acomete interfalangeana distal - IFD... lembrar que na artrite reumatoide não pega IFD). 
✦ Espondilite – 5% (coluna e sacroilíaca). 
✦ Artrite mutilante < 5% (forma mais grave). 
GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC 
 
 
✦ Essa primeira imagem da poliartrite lembra muito a AR. 
✦ Na clássica seria o acometimento da interfalageana distal. 
✦ Entensite clássica do tendão de aquiles. 
✦ OBS: o quadro articular pode preceder o quadro cutâneo da psoríase em 15% dos casos. Nesses casos, como diferenciar 
essa artrite? Vou ter um paciente com um quadro parecido com AR, mas pegando interfalange distal, quadro inflamatório 
com VHS e PCR altos, FAN e FR negativos. 
EXAMES SOLICITADOS 
✦ PCR e VHS. 
✦ FR que no geral vai ser negativo. 
✦ FAN pode ser positivo em 10 – 20% dos casos. 
✦ Eventualmente pode ser necessária artrocentese (puncionar o liquido sinovial e avaliar esse líquido. Farei isso quando eu 
tiver uma monoartrite). 
✦ Demais exames para diagnóstico diferencial (AntiCCP, sorologias virais – (HIV e sífilis) e hemograma). 
 
✦ Erosões mais grosseira em azul, parecendo que uma articulação está entrando na outra, que o osso está cortado. A erosão 
da AR é mais bonitinha, redondinha, mas aqui na APs é mais grosseira. 
✦ OBS: AR gosta de pegar punho, e nessa imagem a gente vê que não pega muito punho, os espaços são mais conservados. 
 
GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC 
 
 
✦ Lápis na xicara ou no copo (pencil-in-cup) – sinal patognomônico de APs, visto nesse RX onde está sendo apontado. 
✦ Então resumindo os achados no RX da APs: 1) erosões assimétricas das IFP e IFD; 2) neoformação óssea justa articular – 
osteófitos; 3) periosite; 4) redução do espaço articular; 5) sinal do lápis na xícara; 6) telescopagem. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
✦ Artrite Reumatoide. 
✦ Espondiloartrites soronegativas. 
✦ Artrite séptica. 
✦ Infecções virais. 
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO 
 
GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC 
 
TRATAMENTO 
✦ Não farmacológico (prática de atividade de física, alimentação e mudança de hábitos de vida). 
FARMACOLÓGICO 
✦ AINEs 
✦ DMARDs sintéticos: 1) metotrexato (para quadro cutâneo podemos utilizar e tem uma ótima resposta); 2) sulfassalazina; 
3) azatioprina; 4) ciclosporina. 
✦ Biológicos 
 
✦ IL17 e IL12/IL23 não são utilizados na AR. São as mesmas interleucinas vistas da fisiopatologia. 
 
✦ Esquematização de tratamento de acordo com os acometimentos clínicos. 
✦ OBS: Evitar corticoide sistêmico que pode dar merda depois que suspende.

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