Buscar

Clínica Médica de Grandes 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES 1 – 18/03/2021
GESTAÇÃO, PARTO, NASCIMENTO, CUIDADOS E AFECÇÕES COMUNS EM NEONATOS
IMPORTÂNCIA 
· Gestação e na fase de neonato são importantes, porque são as mais sensíveis na vida do animal dentro da fazenda, sendo que a parte final da gestação tem um grande impacto no sistema imune, condição corporal
· Os neonatos são animais sensíveis com o ambiente, queda de temperatura, umidade, doenças importantes, e ele é totalmente dependente a mãe para sobreviver e se desenvolver bem, logo se a fêmea não está bem, o filho pode apresentar problemas 
· Se os animais estão com manejo ruim, os problemas irão iniciar nessa fase 
· Grandes problemas produtivos e consequentemente econômicos por conta de um manejo incorreto, sanitário ou nutricional
· O dia a dia da fazenda, quem está presente, são os tratadores, então o veterinário deve fazer um treinamento para eles, para não haver falha no manejo 
· Deve garantir um bem estar animal pois interfere na qualidade imune, distúrbios emocionais e na produção 
GESTAÇÃO 
· A égua tem um período gestacional de 330 a 345 dias
· A vaca tem um período gestacional de 270 a 290 dias 
· A ovelha tem um período gestacional de 144 a 152 dias 
· A cabra tem um período gestacional de 145 a 151 dias 
· A porca tem um período gestacional de 112 a 115 dias
· A cadela tem um período gestacional de 58 a 63 dias 
· A gata tem um período gestacional de 63 a 67 dias
· A coelha tem um período gestacional de 28 a 30 dias 
· É necessário saber o tempo para fazer um preparo durante o parto desses animais, evitando que cause maiores problemas 
· As cabras e as ovelhas são animais extremamente prolíferos, podendo ter partos simples (1 feto) ou podemos ter partos duplos/gemelares, partos triplos ou quádruplos, sendo que o comum é duplo e simples, dependendo da raça e da ordem genética 
· As vacas e éguas é comum o parto simples, porque além disso pode ter problema de desenvolvimento
· Nas vacas, pode haver um problema chamado, freemartismo que seria quando a vaca está prenha de um parto gemelar, e os fetos são 2 machos não haverá problemas, 2 fêmeas também não haverá problema, porém o problema é quando é um casal, pois a placenta faz a ligação dos dois fetos, fazendo a troca de sangue deles, e o macho começa a produzir hormônios masculinos primeiro, e esse hormônio acaba atingindo o feto feminino, mudando a dinâmica de desenvolvimento da fêmea, então o macho pode nascer subfertil então não haverá boas características reprodutivas, e o grande problema, é que a fêmea será estérea, tendo características de touro, como músculos, a vulva menos desenvolvida (pequena) e órgãos sexuais internos (útero, ovário) são subdesenvolvidos
· Primeiros meses de gestação, há pouco crescimento, durante os 2/3 de gestação
· Um animal tem algumas fases, sendo que a primeira é a seca (não produz leite, nem está prenha), gestação, lactação e novamente, seco quando desmama o filhote 
· Os 2/3 iniciais de gestação têm um requerimento de energia e proteína, relativamente baixo, não se alterando muito do que no período de se manter, pois o feto ainda está se formando
· Se o filhote morre no 2/3, ele já terá o formato de um animal, porém sem crescimentos
· No terço final da gestação, o feto começa a crescer e isso impacta na fêmea, porque tem um aumento grande de requisitos nutricionais (energia e proteína), porque a grande maioria direciona para os fetos, e o animal tem uma queda fisiológica da imunidade, passando pra fase da lactação 
· Na fase da lactação piora a imunidade da fêmea, porque aumenta o gasto de energia e proteína 
· No terço final de gestação, o feto cresce muito, pressionando os outros órgãos, especialmente o rúmen, perdendo uma grande área de volume de alimentos que caberia no órgão, então a fêmea não consegue comer o suficiente que ela necessita (questão fisiológica), entrando no período de balanço energético negativo 
· Se o animal não consegue comer o tanto necessário, o organismo do animal começa a usar a reserva de energia, que seria a gordura (glicogênio), depois em segundo tem tecido adiposo e em terceiro depois que esgotar o tecido adiposo, começa a utilizar o tecido muscular para manter o animal vivo 
· Por conta desses fatores, é necessário que a fêmea em bom estado nutricional para entrar em gestação, por conta da reserva de energia que ela irá necessitar 
· A utilização do organismo pela a gordura porque o animal está muito magro, acaba gerando subprodutos, que entre eles são os corpos cetonicos, que são tóxicos para o animal, então se a utilização é muito exacerbada, o animal começa a ter problemas
· Deve oferecer alimentos de qualidade até mesmo na fase de lactação para produzir bem leite, cuidar bem do filho e não tenha queda abrupta do escore corporal do animal e do sistema imune 
SINAIS DO PARTO 
· Quando a fêmea está gestante, e começa a chegar perto da hora de parto, o animal começa a ter mudanças de comportamentos 
· Tende ter um animal mais tranquilo, procurando sombra, ruminando durante a gestação e conforme o parto vai chegando, isso muda 
· O animal começa a ficar mais inquieto, procurando ninho, separando dos outros animais, aumento de temperatura, sudorese, jatos de colostro
· O médico só deve intervir no parto quando é necessário, do contrário, pode causar problemas ao bezerro/potro, e a fêmea, e isso é visto através de sinais clínicos e palpação na fêmea 
· Depois que houver essa preparação, o animal começara a parir normalmente, então devemos manter o animal em local limpo, deve evitar a movimentação e também evitar o estresse do animal 
NASCIMENTO 
· Intervenção apenas quando necessário 
· Observar a ruptura do cordão 
· Desprendimento da placenta 
· A fêmea irá limpar o filhote, acolher ele e no caso de dois, depois de 30 minutos mais ou menos, ele irá começar a parir o outro 
· Acontece o período de identificação do filhote com a mãe e não pode haver interferência nossa, só se for extremamente necessário como o início de uma tempestade por exemplo 
· Existe uma patologia chamada de “retenção de placenta” e não se sabe porque ela acontece, porém ela deve ser expulsa até 8/9 horas após o parto, onde acontece uma necrose fisiológica, que ela se desprende do útero e expulsa a placenta, porém pode não acontecer e ocorrer a retenção. Sabe-se apenas que tem uma importância grande com o estado nutricional do animal, ou seja, subnutridos, magros, e animais estressados é mais provável dessa patologia acontecer. Não é indicado puxar com as mãos a placenta que fica pendurada e não se desprende totalmente, porque afinal, a placenta está grudada no útero do animal, então só se deve esperar o processo normal do animal, e caso o animal apresente sinais de infecção, pode pensar em entrar com antibioticoterapia, e apenas corta o que for necessário, acompanhando sempre as condições do animal
· Deve ser feito a cura do umbigo após o nascimento, e geralmente é feito com spray prata, no qual tem função de repelente para que evite miíases no local, controlando as bactérias e fungos, porém isso não é recomendado, o que é certo, é fazer a cura com iodo de 2 a 5% com o pote de ordenha, ou qualquer outro pote disponível, mergulhando o umbigo no iodo
· O iodo tem uma atividade antibacteriana, e promove o fechamento e a secagem dos vasos do umbigo do animal
· Se o animal ficar com o umbigo muito grande, podemos cortar, fazendo uma ligadura simples, para evitar uma hemorragia no local por conta da grande quantidade de vasos pelo o tamanho superior 
· Conforme o umbigo for secando, ele vai cair com os dias
· O spray prata, sprays de repelente, pode jogar ao redor do umbigo para evitar que mosca sente, e com isso a proliferação de miíases
· Em bovinos, faz aplicação de ivermectina para que evite processos de miíases
· Deve observar o animal, e se ele ingeriu ou não o colostro, então até mesmo antes do parto, necessita ver se está com alguma mastite, para saber se consegue ou não produzir colostro 
· O filhote deve ingerir colostro durante as 6 primeiras horas após o nascimento· A fêmea produz colostro durante 36 horas após o parto 
· O veterinário presente deve fazer o exame clinico do filhote e da fêmea, para saber se já está tudo bem 
AFECÇÕES COMUNS EM NEONATOS 
· Os animais principais de interesse são os equídeos e ruminantes de maneira geral
· Pequenos ruminantes são animais extremamente sensíveis, então se a fêmea for subnutrida, pode ocasionar no óbito dos filhotes 
· Há um grande problema de verminoses em ovelhas, na qual ela não consegue produzir leite, fazendo os filhotes morrerem
· Geralmente é problemas sanitários e sistêmicos com a fêmea, gerando o óbito dos neonatos 
· Neonatos são sensíveis a trocas bruscas de temperatura, principalmente quando é muito baixa, porque acaba tendo hipotermia, e em caso de não ter um bom aleitamento, acaba morrendo também. Umidade, chuvas, são ruins 
PATOLOGIAS IMPORTANTES EM NEONATOS 
· Retenção de mecônio – mecônio = primeiras fezes do neonato, então o animal não consegue expelir o mecônio
· Onfaloflebite
· Artrite Séptica 
· Icterícia – mais raro, porém especifico 
· Diarréia 
RETENÇÃO DE MECÔNIO 
· A aparência dele é de amarelado a amarronzado, então quando o animal estiver em uma baia é mais fácil de visualizar 
· Ele é composto por secreções glandulares do trato gastrointestinal, fluido amniótico e debris celulares (renovação de células), formando o mecônio 
· O material é transportado pro final do intestino um pouco antes do nascimento, indo pro colón e pro reto, antes 
· A função dele é lubrificar e estimular o intestino do animal, sendo uma preparação pra todos os eventos ali aconteçam normalmente 
· A principal causa de retenção é a não ingestão ou ingestão tardia do colostro, pois é ele que estimula a expulsão do mecônio e por isso a importância da amamentação do colostro
· Caso a fêmea não tenha colostro ou ela morreu durante o parto, o problema é preciso ser cuidado antes, tendo um banco de colostro pra eventuais problemas como esse. A conservação é através do congelamento
· Além da ingestão do colostro, possui outras causas, que são a má formação, que são congênitas, como o estreitamento da pélvis do animal, ausência da abertura da ampola retal ou alguma formação que comprometa o funcionamento do intestino, como por exemplo não ter o peristaltismo, e nesse caso seria um tratamento cirúrgico 
· A partir do momento que o mecônio não é expelido, ele irá começar a ressecar, compactar, principalmente se tiver vindo mais leite, obstruindo a passagem de liquido, podendo ter produção de gases 
· A compactação do mecônio acontece na região de colón do animal 
SINAIS CLÍNICOS DA RETENÇÃO DO MECÔNIO 
· Produção de gás, logo terá uma distensão da parede abdominal, causando inflamação
· Aumento de permeabilidade da parede do órgão por causa da infecção, podendo passar pra cavidade abdominal, peritônio complicando o quadro, principalmente se houver uma lesão, tendo inflamação grave, apresentando até mesmo sinais de toxemia 
· Sinais de inflamação típicos, que são dor, rubor, calor, e perda de função 
· Deitar e levantar com frequência, rola no chão, olhar para o flanco, e depois dessa agitação, pode progredir pra depressão 
· Aumento de frequência cardíaca e respiratória, não tendo uma passagem normal de liquido no intestino, tendo um processo de desidratação 
· Quadros de intoxicação como conjuntivas congestas, taquipneia e taquicardia 
· Após 12 horas do inicio da sintomatologia, o animal começará a apresentar em decúbito, olhar fixo ao flanco, cauda sempre erguida e um quadro de toxemia 
· Sendo sinais clinico de CÓLICA, na qual é uma síndrome multifatorial, onde a retenção de mecônio é uma das causas em neonatos 
TRATAMENTO PARA RETENÇÃO DE MECÔNIO 
· Se o animal apresenta dor e desconforto, com cólica, terá protocolo analgésico, sendo ele a aplicação de Banamine
· Com o animal desidratado, haverá tratamento de fluidoterapia 
· Com o mecônio estacionado no intestino do animal, na região final do animal, no cólon, clinicamente podemos fazer enema retal, utilizar substancias laxativas, e no caso de não haver solução através da clínica, é resolvido cirurgicamente 
· As substancias laxativas através de sonda nasogástrica 
· A sondagem do equino é através da nasogástrica e no bovino orogástrica 
· Os laxantes utilizados são dioctil-sulfosuccinato de sódio ou óleo de rícino 
· No caso do enema é no máximo 3x, e na quantidade de 500ml, e aguardar e após inserir no reto do animal é necessário levantar um pouco a parte traseira do animal 
· Em caso de não haver possibilidade de comprar o enema, podemos aquecer o soro fisiológico e através do equipo, insere no reto do animal, levanta e aguarda para ver se o animal expele o mecônio 
· Se todos esses métodos não derem certo, é através de cirurgia 
EXAMES COMPLEMENTARES PARA RETENÇÃO DE MECÔNIO 
· O hemograma não irá ajudar a fechar diagnostico, mas pode nos indicar o que o animal está apresentando, por exemplo: Desidratação e azotemia, leucograma de estresse e leucopenia com desvio a esquerda 
· O leucograma de estresse, seria devido a liberação de cortisol, então o que acontece é que quando utilizamos corticoides, é observado depois de 1 ou 2 dias, que o organismo do animal libera neutrófilos na circulação porque o organismo entende que está ocorrendo um processo infeccioso devido a liberação de cortisol, sendo endógeno ou medicamentoso, e os próprios sequestram os linfócitos, aumentando os neutrófilos e diminuição de linfócitos 
· A leucopenia com desvio esquerda nos mostra que tem células jovens na circulação, geralmente quando o processo é mais agudo 
· Em caso de coleta de liquido peritoneal, por conta da sintomatologia de cólica do animal, será observado o aumento de celularidade devido a inflamação 
· Usado um raio-x contrastado para fechar o diagnóstico, porém não está sendo disponível, apenas quando estiver em hospital veterinário. Vamos evidenciar que no intestino no animal, não há mais passagem de conteúdo, por causa da área compactada por conta de algum motivo 
DIAGNÓSTICO DE RETENÇÃO DE MECÔNIO 
· O diagnostico é dado é na base de anamnse, sinais clínicos e no histórico do animal 
MEDIDAS PROFILÁTICAS PARA EVITAR A RETENÇÃO DE MECÔNIO 
· Observar se o animal ingeriu o colostro, porque ele que ativa a expulsão do mecônio 
· Observar se o animal defecou nas primeiras horas, principalmente nas 6 primeiras horas 
· Palpação retal com o dedo, e acaba sentindo que está seco, não tendo fezes, então provavelmente não defecou e não comeu ainda 
· Após verificar isso, e constatar que não teve nada disso, já podemos aplicar o enema, como forma preventiva, e não causará problema nenhum ao animal 
· Observar também sempre os sinais clínicos 
ONFALOFLEBITE 
· Infecção do umbigo 
· Flebite = inflamação dos vasos 
· Onfalo = umbigo 
· Onfaloflebite = infecção dos vasos sanguíneos do cordão umbilical 
· Onfalite = infecção do umbigo 
· A diferença de onfalite e onfaloflebite, é que na pratica é o mesmo, porque quando tem um, tem o outro, então digamos que seja sinônimo um do outro 
· Isso ocorre devido a infecções bacterianas que acontece por causa da falha da cura do umbigo 
CORDÃO UMBILICAL 
· A formação dele é por 2 artérias, 1 veia e úraco (entrada da urina e saída) 
· Quando ocorre a inflamação é por conta desses vasos 
· A veia leva para o fígado, e o úraco leva para bexiga, tendo contato direto com o peritônio (órgão extremamente irrigado, logo se atinge ali a infecção, pode gerar uma infecção generalizada) 
SINAIS CLINICOS 
· Dor, por causa da inflamação, os 5 típicos 
· Presença de exsudato 
· Pode haver uma evolução da patologia, então por causa da veia que vai para o fígado, pode ter hepatite, peritonite, seguido pra uma sepsimia, tendo uma artrite séptica (inflamação das articulações)
TRATAMENTO DE ONFALOFLEBITE
· Aplicação de tintura de iodo de 2% ou 5% diariamente 
· Utilização de antibioticoterapia: G benzatina ou Gentamicina, durante 5 dias (IM ou SC) 
· Pode ser utilizado o uso de anti-inflamatório, dependendo sempre do sinal clinico
· Em caso de abcessopor causa da inflamação, é necessário drenar 
MÍIASES 
· Por conta da má cura do umbigo, ela pode ocorrer, conhecida como “bicheira” popularmente 
· Pode levar infecções secundárias se chegar ao peritônio 
· Utilizar sprays de repelência, iodo, aplicação de ivermectina
· Em pequenos ruminantes, é comum que faça a retirada das larvas, porém em bovinos e equinos não é comum 
· Apenas a presença de sangue, a mosca pode colocar as larvas, então é necessário ter muito cuidado, porque pode ocorrer até mesmo na vulva 
ARTRITE SÉPTICA 
· Inflamação da articulação por causa de bactérias, microrganismos envolvidos 
· Os principais microrganismos envolvidos é os de ambiente
· Os microrganismos comuns são Actynomices I, Escherichia colli, Streptococcus, Salmonella, Mycoplasma e Staphylococcus 
· Ela é causada por causa de uma sinovite, que é uma inflamação da bainha sinovial dos animais, e em sequencia se a doença progredir, pode gerar uma artrose 
· A artrite é uma inflamação e a artrose é a perda da articulação, comprometendo as estruturas, mudando a cartilagem 
· Essa patologia pode causar sequelas após sua evolução, tendo até mesmo uma redução dos movimentos no membro atingido 
· Em caso de bovino, se isso ocorrer, ele terá dor na articulação, não podendo fazer a monta, então será excluído da reprodução
· Em equinos, o problema além de ter na reprodução, pode ter problema os casos que são animais esportivos 
SINAIS CLÍNICOS DA ARTRITE SÉPTICA
· Inflamação da articulação 
· Quando o animal tem apenas um membro atingido, ele irá começar a claudicar 
· Abcesso 
· Quando houver mais de um membro atingido, o animal não irá conseguir se movimentar 
· Com o avanço da patologia, podemos ouvir crepitação da articulação, até mesmo sentir se colocarmos a mão
· Pode gerar sequelas 
· O abcesso pode chegar a vazar também 
DIAGNÓSTICO DA ARTRITE SÉPTICA
· Devido os dados epidemiológicos, histórico do animal, da propriedade
· Anamnse
· Sinais clínicos característicos, principalmente o aumento de volume 
· Cultura bacteriana do liquido sinovial 
· Artroscopia 
· Antibiograma para identificar o antibiótico mais especifico para o tratamento 
· Exames de imagem mostrando o que comprometeu na articulação do animal 
TRATAMENTO DA ARTRITE SÉPTICA 
· Uso de anti-inflamatórios de amplo espectro, como penicilina e estreptomicina, enrofloxacina também, e ambos de forma IM, de 5 a 7 dias 
· Lavagem das articulações, através de injeções intra-articular de antibiótico por exemplo, a gentamicina com DMSO (dimetilsulfóxido) por 5 dias 
· Uso de AINEs, no caso o dexametasona que é um corticoide, meloxicam também 
· Em caso de observar que o animal está com muita dor, faz o uso de Flunixina meglumina de 1,1mg/kg 
· Em relação as feridas que ficarem após uma infiltração ou fistulação do abcesso, deve ser tratado com iodo 2%, curativo, pomadas anti-inflamatórias, e repouso 
CONTROLE DE ARTRITE SÉPTICA 
· Deve haver um manejo sanitário adequado, garantindo a limpeza que o animal está, sem excesso de fezes, umidade, pois facilita a contaminação
· Controle adequado da cura do umbigo de todos os animais, então o uso de iodo + spray ajuda 
· Ingestão de colostro para adquirir imunidade 
ANEMIA, ICTERÍCIA HEMOLÍTICA DO NEONATO 
· Isoeritrólise neonatal equina 
· Especifica do equino apesar de não ser muito frequente 
· Pode ser chamada de Icterícia Hemolítica do Neonato Equino ou Anemia Hemolítica do Neonato Equino 
· Ela ocorre por conta de uma incompatibilidade de sangue entre o potro e a égua
· Os anticorpos maternos agem contra o sangue do potro causando hemólise, destruição dos eritrócitos 
· Patologia imunomediada, quase uma autoimune porque ela ocorre devido a uma reação das hemoglobulinas aos anticorpos maternos frente ao potro causando lise de hemácias 
· Ela ocorre apenas após o nascimento e não durante a gestação porque ele ainda não ingeriu o colostro afinal os anticorpos maternos não passam na gestação pois a placenta não permite essa passagem, porém na ingestão do colostro, o problema irá iniciar afinal estará ingerindo os anticorpos 
SINAIS CLÍNICOS DA ANEMIA 
· Potro nasce sadio, sem alterações aparentes 
· Após a ingestão do colostro, ocorre a patologia 
· Em um intervalo de 9 horas mais ou menos após a ingestão, e o animal começa a ter hemólise
· O potro apresenta sinais de anemia, ficando apático, as membranas ficam em um primeiro momento hipocoradas e depois fica um tom amarelada
· Animal fica fadigado, aumentando frequência cardíaca e respiratória, porque como as hemácias carreiam oxigênio, e está havendo a lise delas, diminui a quantidade de oxigênio no organismo fazendo um mecanismo de compensação aumentando a frequência cardio e respiratória para tentar manter o nível de oxigênio 
· Alteração de coloração da urina, pois por conta da hemólise, destruição eritrócitos, libera na corrente sanguínea hemoglobina, saindo do organismo através da urina, e fica corada, tendo uma urina em cor de coca-cola 
TRATAMENTO DA ANEMIA 
· Logo quando identificamos a doença, o animal estará em hemólise grande, anêmico, retirando o animal da mãe pelo menos nas primeiras 36 horas que é quando está sendo produzido o colostro 
· Durante o afastamento do potro da mãe, é necessário o colostro de uma égua doadora 
· Em casos mais complicados, é necessária uma transfusão sanguínea para tentar repor as hemácias 
· É necessário tentar parar um pouco a reação imunológica que está acontecendo através de corticoterapia tendo o protocolo de dexametasona (0,1 a 0,2 mg/kg) junto com anti-histamínicos (prometazina 0,25 mg/kg), para diminuir a incidência da hemólise, além disso é necessário fazer um tratamento de suporte através de oxigênio terapia
DIAGNÓSTICO E PROFILAXIA DA ANEMIA 
· Observar os sinais clínicos do potro 
· Testes laboratoriais em duas partes: coletando sangue da mãe e do filho, retirando o soro da mãe, fazendo processos laboratoriais através de diluições, vendo o grau de hemólises que podem ser causados, ficando positivo ou negativo para a doença em caso de aglutinação (hemólise). Isso tudo ocorre laboratorial 
· A medida profilática dessa doença é através de um teste de aglutinação, fazendo com o sangue do garanhão e da égua, e em caso de aglutinação, os anticorpos maternais vai reagir contra o sangue do potro, então já retira o potro para não haver o problema de ocorrer a anemia 
DIARREIA NEONATAL 
· Grande importância bovina 
· Patologia comum que causa grandes perdas econômicas
· Pode levar o neonato á óbito
· Os problemas com o tratamento já são gastos financeiros e além disso, pode haver comprometimento da vida produtiva e desenvolvimento do animal 
· Temos o intestino do animal, onde há as microvilosidades (presentes no epitélio intestinal) que são responsáveis pela a absorção de nutrientes e água
· Alguns problemas infecciosos, parasitários, causam a destruição das microvilosidades ou inflamação grande não permitindo que o animal consiga absorver os nutrientes e água, haverá hipersecreção saindo do intestino, e também má absorção, tendo um animal fraco e desidratado 
· Doença de progressão crônica
· Patologia multifatorial, havendo vários casos 
· Pode apresentar diarreia, e pode ter origem nutricional, e não patológica, só por conta da troca de alimentação 
· O animal pode estar no pasto, comendo concentrados, trocando sua alimentação, então teria que ter um tempo da flora intestinal, tendo uma diarreia nesse período 
· Em épocas de chuva, o pasto terá brotos do capim, então o animal pode ter diarreia, fezes amolecida e esverdeada, e geralmente tem resolução natural, mas sempre observar se haverá desidratação 
· O maior problema é quando é causada por microrganismos como vírus, bactérias, parasitas 
· O maior problema dos parasitas, são as coccidioses, porque tem características de destruição das microvilosidades e pode ter diarreia com presença de sangue 
AGENTES CAUSADORES DA DIARREIA NEONATAL 
1. Bactérias: principais
· E. colli – patologia chamada de Colibacilose
· Salmonella 
· Clostridium 
· Campylobacter 
2. Vírus:mais comuns 
· Rotavírus 
· Coronavírus 
3. Parasitas: mais comuns 
· Cryptosporidium 
· Eimeria bovis ou zuemii
· Giárdia
SINAIS CLÍNICOS DA DIARREIA NEONATAL 
· O principal sinal é a diarreia, dependendo da infecção tem características diferentes 
· Apatia, desidratação, em decúbito por causa da apatia e falta de nutriente 
· Perda de reflexo de sucção (mamar o leite)
· Hiperemia – aumento da coloração das mucosas indicando infecção 
· Aumento de frequência cardíaca e respiratória 
· Pode acabar levando o animal á óbito em caso de não haver tratamento 
SINAIS CLINICOS DE DIFERENTES AGENTES ETIOLOGICOS DA DIARREIA NEONATAL 
· No caso da Colibacilose, aparece nos primeiros dias, de 1 a 3 dias, ligada a uma diarreia liquida, desidratando o animal rapidamente e gravemente (olhos fundos e elasticidade da pele), fraqueza e extremidades frias. A diarreia seria de cor amarela, clara, não conseguindo digerir gordura, tendo grande quantidade de gordura nas fezes 
· De 4 a 11 dias, teremos infecções comuns por vírus (Rotavírus, coronavirus), tendo uma diarreia menos agressiva, tendo muco na diarreia, apresentando febres, dores abdominais, desidratação mais progressiva e anorexia 
· No caso da Salmonella, é a partir de 11 dias, onde a diarreia é bastante liquida e nesse caso, tem presença de sangue, e quadro com bastante de febre no animal 
· Em caso da Coccidiose devido a Eimeria, ele acaba destruindo as microvilosidades, então a diarreia terá coloração escura por causa do sangue presente, com muco e tem hipertermia. O animal irá salivar bastante, apresentando anorexia 
· A Colibacilose é conhecida como curso branco e a Coccidiose é conhecida como curso negro, por conta da cor da diarreia do animal 
DIANÓSTICO DE DIARREIA NEONATAL 
· Observar os sinais clínicos
· Cultura da diarreia para identificar a bactéria 
· Coprocultura quando há desconfiança de parasitas (Coccidiose) 
· Em caso do animal vim a óbito, também podemos fazer necropsia e histopatologia para entendermos o que está acontecendo na propriedade e verificar o que está havendo de problema no manejo sanitário
TRATAMENTO DA DIARREIA NEONATAL 
· Temos que entender qual agente está causando a diarreia 
· Através de antibiótico terapia, preferencialmente de amplo espectro, como gentamicina (2,2 mg/kg), doxiciclina (4 mg/kg), sulfa-trimetoprim (22 mg/kg), enrofloxacina (2,2 mg/kg)
· Em caso de Coccidiose, o tratamento deve ser feito com Cocciostáticos, o Toltrazuril (3 ml/10kg de peso vivo) fazendo uso oral. E também tem um produto chamado de Monensina, podendo ser batida com a ração dos animais para prevenção da Coccidiose nos animais 
· É de grande importância o tratamento de suporte para garantir que o animal fique vivo através de fluidoterapia evitando a desidratação do animal ou melhorando ela. Quando a desidratação ainda está inicial pode haver o fluido oral para hidratar ele, e em caso de piora, é via endovenosa 
· Com o animal já em recuperação, pode fazer uso de probióticos para repor a flora intestinal, até porque em processos de diarreia + uso de antibióticos ele tem perda de microflora, e o probiótico ajuda 
· Existem tratamentos alternativos também como fitoterapia em fase inicial, homeopatia (constantemente na ração)
· Em caso de diarreia de origem viral é feito a fluidoterapia e também as medidas profiláticas com as vacinações 
CONTROLE DA DIARREIA NEONATAL 
· A vacinação é feita em novilhas e vacas prenhas 
· Higiene e manejo sanitário correto 
· Separação dos animais doentes dos sadios 
· Vacinação geralmente feita antes da data do parto provável para que ocorre uma resposta imunológica nos animais e dessa forma passa para os bezerros após o nascimento deles 
· A eficácia da vacina depende do sistema imune do animal, pois pode acabar não gerando anticorpo 
· Colostramento para as hemoglobulinas possam ser passadas para os bezerros 
· Deve ao máximo evitar a desidratação do animal para não entrar em depressão por causa da desidratação, porque se ocorrer é necessário entrar com terapia endovenosa

Outros materiais