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Clínica Médica de Grandes 3

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CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES 1 – 08/04/2021
PATOLOGIAS CAUSADAS POR PARASITAS 
VERMINOSES 
· Grande número de verminoses e algumas com sintomatologia bem diferente do normal 
DICTYOCAULUS VIVIPARUS E ANRFIELDI
· Doença chamada de Dictiocalose 
· Provocada pelo o verme 
· Parasita várias espécies, mas com grande importância na clínica de equinos e bovinos, porém são da mesma família só que de espécies diferentes 
· O Dictyocaulus viviparus é de ruminantes, então bovinos, ovinos e caprinos 
· Dictyocaulus anrfieldi parasita principalmente de equinos 
TRANSMISSÃO DA DICTYOCAULUS 
· Os animais vivem em pastos, piquetes, ou baías, onde se alimentam ali, sendo a principal forma de transmissão 
· Os animais que são parasitados, liberam as larvas ou ovos no ambiente, se envolvendo na pastagem, e os animais acabam se reinfectando ou infectando outros animais 
· Temos a L1 (primeiro estágio larval) na pastagem, se desenvolvendo até a L3 (forma infectante), e o bovino se alimenta com essa L3, e consequentemente o parasita está no organismo no animal, desenvolvendo sua parasitose 
· O verme vai pro intestino, na luz intestinal, perfurando o epitélio intestinal, perfurando os capilares ali presente, caindo na corrente sanguínea, linfática, podendo parar durante um tempo nos linfonodos mesentéricos e vão migrar novamente para vias linfáticas e sanguíneas 
· Na via sanguínea, ele migra até o trato respiratório do animal, acessando primeiramente o pulmão, criando um ciclo no sistema respiratório, parasitando o pulmão, sobe pela a traqueia, até o esôfago, e é deglutido pelo o animal, voltando pro intestino na fase adulta
· No intestino ele faz sua reprodução, ciclo se completa e libera as larvas no ambiente através das fezes do animal 
SINAIS CLÍNICOS DA DICTYOCAULUS
· Mesmo um parasita que sua fase adulta é só no intestino, os sinais clínicos são mais respiratórios 
· Quando o parasita está no intestino, geralmente o animal é assintomático 
· Durante sua rota migratória, ele provoca sinais clínicos, e esses irão depende da carga parasitária do animal 
· Na bovinocultura principalmente e também na equideocultura, acaba que iremos conviver com parasitas, mesmo com vermifugações 
· O problema maior está com alta carga parasitária, pois com baixa, acaba que o animal aprende a conviver 
· Os sinais clínicos mais comuns, são a tosse, febre e respiração acelerada 
· Em uma carga parasitária muito alta, o animal tem dificuldade respiratória, aumentando sua frequência respiratória pra tentar compensar 
· Os animais discretamente parasitários, ou seja, baixa carga, terão alguns episódios de tosse, e muitas vezes não são perceptíveis principalmente em bovinos, porque essa tosse só acontece quando o animal se esforça, e o bovino por não fazer muito exercício, ao contrário do equino, que se esforça, então estando ali normal no piquete ou baía, e aí quando ele faz algum esporte, ele começa a ter crises de tosses 
· Os animais que são moderadamente parasitários, médio, começa a ter ataque de tosse, mesmo em repouso, identificando sinais clínicos importantes, como no pulmão escutamos chiados na auscultação e não apenas no pulmão, porque por ter sua rota na traquéia, então quando ele está ali, gera uma inflamação, diminuindo até mesmo a luz da traqueia, tendo alterações de auscultação na traquéia, podendo ter presença de liquido devido inflamação, podendo ouvir crepitações 
· Os animais que são gravemente acometidos, ou seja, tem uma alta carga parasitária, já começamos notar distúrbios respiratórios graves, como taquipneia grave e dispneia, tendo sua frequência cardíaca alta por causa do aumento da frequência respiratória
· São animais que tem graus de tolerância diferentes no exercício, sendo mais visualizado em equinos que trabalham ou fazem esportes, logo, eles cansam com mais facilidade, e não aguentam a rotina que aguentava antes 
DIAGNÓSTICO DE DICTYOCAULUS 
· Terá diversos parasitas que liberam ovos nas fezes, então fazemos o OPG (ovos por grama), vendo quais parasitas estão ali, contando o numero de ovos, para saber a carga parasitária do animal 
· Coproparasitologicos também para verificar a carga parasitária do animal 
· Coletamos as fezes dos animais direto da ampola retal, com 2 gramas de fezes, dilui em substancia salina, coletando os ovos que vão boiar, e avalia no microscópio 
· Verificamos o sinal clinico e o histórico do animal e da propriedade também 
· Podemos fazer também o exame microscópico do exsudato traqueal, porque por conta do ciclo do animal no sistema respiratório, acaba produzindo o exsudato, encontrando o estágio larval 
· Os antiparasitários utilizados são compostos por diversos antiparasitários, pra pegar uma grande gama de verminoses de uma vez, e o OPG nos ajuda a identificar qual utilizar 
· Então geralmente fazemos o seguinte: Faz o exame de OPG, sabendo a carga geral de parasitas no corpo do animal, vermífuga os animais, faz outro OPG, e verifica se teve redução na carga parasitária, se não teve redução, é necessário trocar o principio ativo do antiparasitário, até conseguir um que faz efeito no animal 
TRATAMENTO DA DICTYOCAULUS 
· Através de antiparasitários, como: Benzimidazóis, levamisol ou as ivermectinas 
· Para doenças parasitárias intestinais, é usado o antiparasitário oral, que tem o formato de seringa regulando a quantidade e aplicando no animal 
HABRONEMOSE 
· Importante para clínica de equinos 
· Transmitido através da mosca, fazendo parte do ciclo, por conta das feridas que gera no corpo do animal 
· São vermes nematódeos, tendo a espécie Habronema ssp como causadora 
· É um parasita gástrico de equinos 
CICLO E PATOGÊNIA DA HABRONEMOSE
· O animal tem a forma adulta no estomago, não é hematófago, não gera lesões no estomago, mas fica ali se alimentando do que o animal se alimenta 
· Geralmente não apresenta sintomatologia nenhuma no animal, então acaba que esse animal contamina o ambiente 
· O ciclo normal é através do vetor, sendo a mosca, não sendo uma doença de ciclo direto 
· A mosca seria a doméstica, dos estábulos, toda que estiver próxima 
· O equino parasitado, vai ocorrer a reprodução do parasita no estomago, liberando os ovos nas fezes, e esses ovos eclodem rapidamente nas fezes 
· As moscas fazem sua reprodução em matéria orgânica, ou seja, faz a ovopostura nas fezes dos animais 
· Logo, quando os ovos eclodem, teremos a larva de Habronema ali presente e também teremos as larvas da mosca por conta da ovopostura feita por elas 
· Quando se tem as duas nas fezes, as larvas da mosca começam a se alimentar da matéria orgânica e com isso acaba ingerindo larvas de Habronema por elas serem microscópicas 
· A larga da Habronema se desenvolve na larva da mosca, e com isso, se transforma na mosca, e é parasitada por Habronema, então a mosca fica nos estábulos e dessa forma, às vezes o equino ingerem essas moscas infectadas e com isso se infecta no estomago do animal 
· A mosca pode estar presente nas mucosas dos animais, nas feridas dos animais, podendo pousar e ovopor nos ferimentos, depositando as larvas de Habronema no ferimento, e 90% dos casos os animais sofrem ferimentos nos membros, tendo uma reação inflamatória gigantesca
· O organismo do animal tenta controlar aquilo, e o ferimento começa crescer por conta da resposta inflamatória, e com isso o ferimento não consegue se curar, gerando a Habronemose cutânea, sendo um ciclo errático 
· Em caso de secreção ocular, infecção, ou ferimento nos olhos do animal, a mosca faz a ovopostura ali, gerando uma reação inflamatória enorme ali e gerando a Habronemose conjuntival 
· O grande problema não está no seu ciclo normal, que é a Habronemose gástrica, mas sim seu ciclo errático no qual provoca a Habronemose cutânea e a conjuntival 
· Em caso do ciclo errático, a Habronema acaba morrendo, porque não consegue concluir seu ciclo normal 
· Essa doença pode ser chamada de “Esponja” ou “Feridas de verão”, porque durante seu ciclo errático, ela tem aparência de esponja, e ela tem uma maior incidência no verão pois é durante essaépoca tem uma maior reprodução de moscas 
· Temos um diagnóstico diferencial, que é a Pitiose, sendo uma doença cutânea, causada por um pseudo-fungo, o Pítion, onde provoca lesões complicadas na pele do animal 
· A Habronemose tende a crescer em extensão, ficando maior, e a Pitiose, cresce em extensão também, porém tem um crescimento tumoral, crescendo pra fora fazendo tumores, em alto relevo. E outra diferença para identificar a Pitiose ou a Habronemose, é que a Habronemose é exsudativa, porém a Pitiose, é muito mais exsudativa e produtiva 
· Habronemose nos membros dos animais = cutânea, e a Habronemose no inicio da conjuntiva, = conjuntival 
· Conforme o animal coça, a tendencia é piorar a gravidade da lesão 
· Se não houver o controle da Habronemose gástrica, não será possível controlar a Habronemose cutânea/conjuntival 
· Dependendo da extensão da Habronemose conjuntival, o animal pode ficar cego
· Geralmente comum em locais que o clima é mais quente 
DIAGNÓSTICO DA HABRONEMOSE 
· Para fechar o diagnóstico, é feito uma biopsia cutânea, porém não é feito comumente na prática 
· Logo, se estiver a larva, é para fechar a Habronemose e não confundir com uma Pitiose 
· Muitas vezes o diagnostico será clinico, ou seja, começara um tratamento, se curou, era Habronemose, do contrário, começa um tratamento para Pitiose, fechando o diagnóstico para Pitiose então 
TRATAMENTO DA HABRONEMOSE 
· Quando existe uma ferida na pele do animal, é interessante fazer uma bandagem para que evite que a mosca pouse novamente, no caso de ser em membros, pois dependendo do local não será possível 
· O primeiro passo para o tratamento é através da vermifugação oral, replica em 15 dias, e é necessário vermifugar todos os animais para garantir 
· Em casos de Habronemose cutânea muito graves, tendo o tecido necrosado e etc, é necessário um tratamento cirúrgico para fazer a limpeza, e retirar o tecido que já está morto, para que o animal consiga sarar 
TRATAMENTO DA HABRONEMOSE CUTÂNEO 
· Primeiramente é feito a limpeza do local com soro fisiológico, ajudando a tirar o tecido morto que já está mais solto 
· Uso de pomadas orais com base de Organofosforados, principalmente a triclorfor 
· O mesmo medicamento que é feito a vermifugação, é feito aplicação na ferida, usando o vermífugo oral na ferida 
· Ferida é tratada 2x ao dia, até a cicatrização da lesão
· Pode ser utilizado o anti-inflamatório sistêmico 
· É usado um tratamento caseiro, sendo uma combinação de medicamentos, que seria o Furanil (clorexidina – antisséptica), Neguvon (triclorfone – antiparasitário) e DMSO (dimetilsulfóxido – anti-inflamatório), e juntando nisso o carvão mineral/inguento em pasta para dar liga. E a quantidade seria no olho, nada especifico
· Pode haver recontaminação e em caso do proprietário não cuidar direito 
· Se for em local que não da para fazer bandagem é necessário continuar o tratamento mesmo sem a proteção 
TRATAMENTO PARA HABRONEMOSE CONJUNTIVAL 
· Avaliação do local
· Não é aconselhado passar pomada no olho do animal
· Feito uma limpeza do local, retirando o máximo possível de larvas, fazendo até mesmo curetagem 
· Trabalhar com corticoides que são anti-inflamatórios locais, e também anti-inflamatórios sistêmicos nos primeiros dias da doença 
· Em algumas vezes é necessário fazer a sedação do animal, porque o animal não deixa tratar o olho 
· Colírio com corticoide, porém antes é necessário verificar se existe lesão de córnea através colírio de fluoresceína, verifica também se o animal está drenando as lágrimas, e por conta da Habronemose, pode fazer com que o canal nasolagrimal esteja comprometido, e algumas vezes é necessário lavar ele também 
· Para verificar se o canal nasolagrimal está comprometido, pode ser através do próprio colírio de fluoresceína, porque através dele é fácil se jogarmos soro e ver o liquido sendo drenado, e em caso de não drenagem em 5~7 minutos, é necessário fazer a lavagem do ducto/canal 
PROFILAXIA DA HABRONEMOSE 
· Tratamento das feridas 
· Tratamento da Habronemose gástrica, acabando com o primeiro ciclo 
· Evitar os vetores, tendo higiene nas instalações 
· Evitar os ferimentos
STRONGYLUS SSP 
· Vermes redondos bastante comuns e tem uma rota migratória extensa 
· A infecção é via pastagem infectada, e a liberação dele é nas fezes 
· A contaminação é via fecal e oral 
PATOGENIA DO STRONGYLUS 
· Possui um ciclo extenso, parecendo um pouco com o Dictyocaulus 
· Chega o intestino do animal, e penetra na mucosa intestinal, porém ele tem tropismo pela a artéria mesentérica, e através dela é distribuído pelo o corpo do animal 
· Transpassa pela a parede de ceco e colón e provoca lesões na parede intestinal na fase inicial 
· Com lesão de parede intestinal, ferimento, hemorragia, inflamação, começa a ter comprometimento da estrutura
· Parasitas em grande quantidade no intestino do animal, pode predispor a cólica, por conta da alteração da motilidade do intestino 
SINAIS DO STRONGYLUS 
· Úlceras e lesões hemorrágicas podendo ter perda de sangue nas fezes 
· Animal pode desenvolver anemia dependendo do grau de infecção 
· Na rota de migração, ele passa pelo o corpo inteiro do animal, incluindo fígado, pâncreas podendo gerar sintomas secundários, sendo mais raro 
· O principal problema é lesões intestinais, trombose e embolia
· A trombose e a embolia se dão pois ele parasita os vasos sanguíneos, causando lesão, prejudicando a motilidade intestinal e sendo mais uma causa de cólica 
· Pode ter cólica por intussuscepção geralmente ocasionada em pequenos, por ingerir objetos estranhos lineares, logo, é fazer com que a alça intestinal entre dentro dela mesmo, se sobrepondo, iniciando um processo de morte do tecido, e é um caso de emergência cirúrgica 
· Cólicas por torção de alça ou intussuscepção, ocasionam a síndrome de reperfusão, que seria quando o tecido começa a ter morte, aumenta sua permeabilidade e por conta das bactérias presentes já no intestino, elas começam a passar da luz intestinal pro epitélio e vasos sanguíneos, produzindo toxinas e se multiplicar naquele local que até então está fechado por conta da morte celular, e depois de corrigir esse problema de circulação, o sangue vem, lava e leva bactéria + as toxinas pro restante do corpo
· Em equinos, nos seus cascos, onde possui as lâminas e pode ocasionar as laminites, tem capilares finos, predispondo as paradas de toxinas e bactérias que são levadas para o organismo, ficando em seus cascos 
· Animal com cólica geralmente faz crioterapia nos cascos, para evitar a circulação de sangue naquele local, para que as bactérias e toxinas não chegue e evite de ocasionar laminites 
DIAGNÓSTICO DE STRONGYLUS 
· Verificar os sintomas dos animais, em caso das verminoses, será o animal ficando magro, pelagem feia, em caso de hematófagos com sangues nas fezes
· Lesões identificadas na necropsia do animal 
· Pesquisa de ovos nas fezes através do OPG e verifica se o animal está muito parasitado, sendo algo mais genérico, não identificando a família, mas que está parasitado 
TRATAMENTO DO STRONGYLUS 
· Vermifugação através de Benzimidazóis, pirantel e ivermectinas encontrando qual faz um efeito bom 
· Protocolo básico, através de quarentena de animal que é novo na propriedade, rotação de piquetes, higiene de baías, colostramento de potros dando imunidade ao animal 
· Quando o animal está desmamado, ele para de ter resposta imune, então é um período crítico, por isso a quarentena 
· Animal foi comprado e colocado dentro do piquete com os que já estão ali, e ele pode ter resistência ao vermífugo já utilizado, logo, pode infectar os outros animais com essa cepa resistente, acabando com o manejo sanitário 
· O ideal é quando chega um animal novo, deixar em local separado ou fazer OPG verificando como está, vermifugando, faz outro OPG, funcionou? Ok, pode colocar junto aos outros, e em caso de não funcionar, tenta outro principio ativo até algum funcionar bem 
ANOPLOCEPHALA 
· Verme chato, tênia chamada de Anoplocephala magna ou Anoplocephala perfoliata
· Têniados equinos 
· Parasita o intestino do animal, e dependendo do local, não causa tantos problemas 
· Se prende a parede gástrica, não é hematófaga e se alimenta do bolo alimentar, e o equino acaba não apresentando nenhuma sintomatologia perceptível 
· O problema pode agravar de acordo com o local parasitado por ela 
TRANSMISSÃO DA ANOPLOCEPHALA 
· Não é um ciclo direto, é necessário ter ácaros 
· O animal adulto contaminado, libera os ovos nas fezes na pastagem, o ácaro se alimenta do ovo, é parasitado, e por ele viver na pastagem, o equino ao comer a pastagem, acaba se contaminando com o ácaro que tem a verminose, fechando o ciclo 
· O maior problema é que ela pode parar em diversos locais do intestino, porém as vezes decide parar na válvula ileocecal 
· Nessa válvula ileocecal, existe a passagem do alimento, sendo de grande importância pra motilidade intestinal do animal 
· Quando o parasita para na válvula, ele acaba travando-a, e trava consequentemente a passagem de conteúdo, fazendo com que o animal possa ter cólica e problemas na compactação do ceco 
TRATAMENTO DA ANOPLOCEPHALA 
· Através da vermifugação, porém mesmo com a tênia morta, as vezes não é possível destravar a válvula que ela está ocupando, podendo até mesmo levar o animal á óbito 
· Tratamento pode ser cirúrgico também para tentar fazer a retirada da tênia e com isso descompactar a válvula 
· Os vermífugos podem ser os Benzimidazóis, imidazotiazóis, pirimidinas, lactonas macrocíclicas e pamoato de pirantel 
SINAIS DA ANOPLOCEPHALA 
· Ulcerações na mucosa e até mesmo cólicas por obstrução intestinal 
· Distúrbios intestinais 
· Cólicas são difíceis de acontecer, mas pode ocorrer 
DIAGNÓSTICO DE ANOPLOCEPHALA 
· Difícil por falta de periodicidade da eliminação das proglotes nas cíbalas (fezes) 
· Coproparasitologico pode ser feito para identificar os ovos
PARASCARIS EQUORUM 
· Maior nematódeo de equinos, sendo que as fêmeas adultas podem chegar a 50cm de comprimento 
PATOGENIA DO PARASCARIS 
· Na fase inicial migram pelo os pulmões
· Penetram a mucosa gástrica, caem na circulação, indo até os pulmões, traqueia, são deglutidos e vão para os intestinos 
· Sinais clínicos e lesões durante a migração, porém não é comum causar problemas muito sérios
· Logo quando o animal é infectado pelo parasita, os principais sintomas são respiratórios, onde o animal tem dificuldade respiratória, secreção nasal
· O quadro respiratório acontece nas primeiras semanas e depois teremos quadro intestinal 
· Muitas vezes o histórico ajuda a fechar diagnóstico 
· Principal problema clínico é no intestino 
· Pode causar cólica no equino, por conta da carga parasitária que pode ser extensa, não podendo ter passagem de alimento no intestino 
· A síndrome cólica possui uma gama gigantesca de causas, sendo que é necessário tratar a causa principal para gerar ela, pois dessa forma a chance de recuperação do animal é maior 
SINAIS DE PASCARIS 
· Nas primeiras semanas o animal pode apresentar sinais respiratórios, como tosse e corrimento nasal
· Com a progressão da doença, começamos a ter distúrbios intestinais, como infecção intestinal devido as lesões, diarréia, infecções secundárias e cólicas 
· O animal começa a ter queda de desempenho, começa a emagrecer, pelagem feia, caindo e sem brilho 
· Com o avanço da parasitose, teremos distúrbios gástricos, tendo cólicas mais severas 
· Mais comuns em potros, porque o animal tem uma queda de imunidade por causa da parada da função das imunoglobulinas, estresse de desmame e eles tem uma luz intestinal menor havendo uma barreira física, e gerando uma cólica por obstrução porque seu intestino é menor do que de um animal adulto 
· Animais adultos geralmente são assintomáticos, e dessa forma uma mãe pode contaminar seu potro 
DIAGNÓSTICO DO PASCARIS 
· Dependendo da carga parasitária, pode ser visualizado nas fezes, sendo imatura e pequena
· Diagnostico através da necropsia, por conta de uma síndrome cólica grave e o animal acabou indo a óbito, podendo visualizar os parasitas durante a necropsia ou porque o animal morreu por outra causa sendo assintomático e quando abrimos ele, vemos que ele tinha a verminose também 
· Coproparasitologico que é visualizar os ovos nas fezes 
TRATAMENTO DE PASCARIS 
· Identificar o princípio ativo do vermífugo que funcione melhor para aquela linhagem, podendo ser Ivermectina, Abamectina e Praziquantel 
PROFILAXIA DE PASCARIS 
· Vermifugação dos adultos, principalmente das mães prenhas para evitar que contamine o filho 
· Limpeza de baias e comedouros 
· Rotação de pastagem 
· Quarentena de animais novos 
RETO – OXIUROSE 
· Nematódeo de equinos, chamado de Oxyuris equi
· Conhecidos por causar prurido no ânus dos animais 
· Potros são mais susceptíveis 
TRANSMISSÃO DA OXIUROSE 
· Contaminação na pastagem com os ovos
· Ciclo direto sem precisar de vetor 
· O verme faz ovopostura ao redor da região perianal do animal 
· Durante a defecção, acaba que os ovos caem com as fezes nas pastagens, tendo dentro deles, o verme
SINAIS DE OXIUROSE 
· Animais adultos e bem alimentados, saudáveis geralmente tem parasita, mas não desenvolve sinais clínicos 
· O prurido é intenso, deixando o animal extremamente incomodado 
· O animal começa a se coçar em todos os locais, onde estiver por perto como mourões, troncos e árvores
· Fica irritadiço, estressado e por conta disso seu sistema imune cai, podendo gerar outros tipos de problema 
· Os pelos da base da cauda ficam arrepiados, porque durante a coceira, eles se quebram, e com isso evolui para ferimentos na região perianal, no traseiro 
DIAGNÓSTICO DA OXIUROSE 
· Através do Teste da Fita Cromada, que seria pegar um durex comum, cola no ânus do animal, retira o durex, coloca encima de uma lâmina e observa no microscópio 
· Sinais clínicos característicos da doença, observando 
TRATAMENTO DA OXIUROSE 
· Através de vermifugação e testando qual funciona melhor, podendo ser Mebendazol, albendazol e ivermectina 
PARASITAS GASTROINTESTINAIS DE BOVINOS 
· Apesar de cada espécie apresentar peculiaridades em relação ao seu ciclo evolutivo
· Os animais podem ter problemas de produção e gerando problemas financeiros também 
· O animal adulto libera na pastagem, se recontamina, contamina outros animais, ingere a L3 se desenvolvendo no intestino do animal, e liberando no ambiente novamente 
· Existem parasitas que são hematófagos, que fazem migração em vários órgãos, parasitas que se alimentam do próprio conteúdo alimentar, de modo geral, terá os mesmos sinais e terá o mesmo tratamento que é a vermifugação
ESPÉCIES 
· Trichostrongylus 
· Haemoncose – importante para os pequenos ruminantes, sendo o principal problema sanitário de ovinos e caprinos, levando ao óbito certamente, e por ele ser hematófago, acaba gerando uma anemia severa, tendo também resistência a antiparasitários então é difícil achar um principio ativo para tratar, logo utiliza outros manejos, então um animal bem nutrido responde bem a infecção, e já um mal nutrido desenvolve uma infecção mais grave. Manejo sanitário, manejo alimentar ajudam muito 
· Ostertagia 
· Toxocara vitulorum 
· Cooperia 
· Moniezia 
· Trichuris 
SINAIS, TRATAMENTO E PROFILAXIA DE PARASITAS GASTROINTESTINAIS 
· Os sinais são parecidos, semelhantes
· O tratamento é através de vermífugos eficazes 
· O ponto mais importante é a profilaxia através de manejo sanitário e nutricional 
SINAIS CLÍNICOS FREQUENTES DE PARASITAS GASTROINTESTINAIS 
· Anemia podendo ser ferropriva por falta de nutrientes, habito do parasita se alimentar de sangue (hematófagos) 
· Diarreia por causa da alteração da motilidade gástrica 
· Hipoproteinemia pode acontecer em casos de diarreia severa 
· Queda de desempenho, perda de peso, problemas de produção de leite
· Fêmeas que estão muito parasitadas não produzem bem leite, matando bezerros, cabritos, por causa dos problemas com ela, logo quando vemos problemas no filhote, tem que verificar a condição da mãe, porque está em um período de imunodepressão, pode ter uma parasitemia grande e desenvolvesinais clínicos, e durante a fase não reprodutiva, era um animal saudável, mas durante a reprodução, sua imunidade cai e com isso apresenta sinais clínicos 
TRATAMENTO PARA PARASITAS GASTROINTESTINAIS BOVINOS 
· Quantidade gigantesca de antiparasitários 
· É preciso descobrir qual será eficiente para uma propriedade especifica 
· Benzimidazóis, albendazol, levamisol, doramectina, eprinomectina, ivermectina e milbemicina são algumas opções de vermífugos disponíveis no mercado
MÉTODOS PROFILÁTICOS CONTRA PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM RUMINANTES 
· Vermifugação 
· Higiene de baía 
· Rotação de pastagens 
· Rotação de piquetes 
DIAGNÓSTICO DE PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM RUMINANTES 
· Sinais clínicos ajudam a fechar diagnóstico, mas é necessário efetuar o OPG 
· Existem famílias que tem vários vermes diferentes e os ovos são muito semelhantes, então não e possível identificar no OPG, logo, se tem outro método de análise que seria a cultura, fazendo a Coprocultura 
· Cultura é quando se cria algo, e a Coprocultura seria a criação de vermes
· É feito a coleta de fezes direta da ampola retal, já avaliando como está as fezes do animal, verificando se há sangue, alimentos não digeridos, e com essas fezes, coloca dentro de um pote, com pedras e cascalho junto para manter o ambiente aerado, cobre o copo com plástico filme, faz furos para entrada de ar, e vai molhando aquilo durante 1 semana, 10 dias, logo os ovos vão eclodir, tendo as larvas dentro do pote com as fezes. Logo tiramos o plástico filme, e viramos o conteúdo em uma Placa de Petri, deixando ele um pouco levantado em um dos lados, colocando água destilada até encher, mas sem vazar da placa, com isso as larvas saem do copo, ficando concentrada na água destilada e coletando ela, leva nos microscópios, e através dela a gente consegue diferenciar porque elas são diferentes em compensação dos ovos que são muito iguais 
CONDIÇÕES 
· Importantes para bovinos quando falamos de doenças parasitárias 
· Uma delas é a idade, onde animais muito novos são mais propensos de desenvolver patologias parasitárias e infectocontagiosas, ou animais muito velhos
· Fêmeas em gestação e lactantes por conta da imunodepressão que sofre 
· Outra condição, são raças, por exemplo animais europeus, tem menor resistência a parasitoses, diferente dos zebuínos que tem resistência e são adaptáveis aos nossos parasitas, como internos e externos 
· Animais europeus são utilizados para rebanho leiteiros, então os problemas de verminoses e carrapatos acaba sendo mais comum nesses casos 
· O tipo de manejo também interfere como uma condição, logo em propriedades que tem manejo sanitário e nutricional correto, haverá menos problemas de verminoses 
HEMOPARASITOSES 
· São causas comuns de problemas em equinos e bovinos
TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA – DIAGNÓSTICO, SINAIS, TRATAMENTO, PATOGENIA E TRANSMISSÃO
· Uma das hemoparasitoses de problemas centrais, são a Babesia, que causa hemólise, porque parasitam as hemácias dos animais, e sua contaminação ocorre através do carrapato. Icterícia e anemia são comuns de ver nos animais infectados 
· Quando temos quadro de hemólise, acaba evoluindo para icterícia, porque há perda de hemácias, logo, tem liberação da hemoglobina na corrente sanguínea que dá a coloração, fazendo o animal ficar ictérico, afinal, o corpo não retem a hemoglobina, e expulsa do corpo dele, liberando pela a urina tendo a urina cor de coca-cola 
· A Babesiose faz parte de uma patologia que é chamada de Tristeza Parasitária Bovina, sendo comum na bovinocultura principalmente em animais jovens e um dos agentes da doença é a Babesia bovis ou Babesia bigemina e além desses, temos uma bactéria agindo também, sendo a Anaplasma marginale na qual desenvolve um processo de anemia também 
· Podemos ter anemia por diversos fatores, sendo a Anemia ferropriva por exemplo por ser origem nutricional, Anemia hemolítica que seria a que a Babesia causa e é a destruição dos eritrócitos, e a Anemia imunomediada 
· No caso da Anaplasmose, ela é transmitida pelo o mesmo parasita, carrapato, na maioria das vezes, porém tem outra linha de infecção, sendo insetos hematófagos, seringas contaminas, transfusão de sangue, via transplacentária, animais cirúrgicos contaminados, mas o mais comum é a transmissão pelo o carrapato 
· A Anaplasmose contamina o animal, parasitando os eritrócitos, formando um vacúolo na superfície do eritrócito, e como ele está circulante, quando ele passar pelo o baço no corpo do animal, ele desenvolve uma ação imunomediada, captando essa hemácia e destruindo ela
· Em caso de uma infecção leve pela a Anaplasma, terá poucos eritrócitos sendo destruindo não tendo uma anemia severa, porém se eu tenho infecção alta, tendo um grande número de eritrócitos sendo destruindo e o animal desenvolve anemia imunomediada, porque o próprio sistema imune do animal, trabalha para destruir os eritrócitos que estão infectados por uma bactéria 
· A Tristeza Parasitária Bovina, é quando temos um animal triste, fica deitado, olhando pro horizonte, apatia, picos febris principalmente quando tem a presença da Anaplasma, perca de peso, de rendimento, intolerância a exercício, aumento de frequência respiratória e cardíaca porque está tentando se recuperar do processo hemolítico, evoluindo para casos de anemia 
· Conseguimos diagnosticar os animais, visualizando suas mucosas, que ficam hipocoradas (bem brancas), avaliando a mucosa gengival, ocular, vulvar das fêmeas, e em caso do animal não vim a óbito, evolui para mucosas ictéricas devido a hemólise que ocorre 
· Temos o mesmo meio de infecção, mesma sintomatologia clínica, sendo muito parecidas, então na rotina do campo, é difícil definir se é uma ou outra, ou até mesmo as duas acontecendo, a Anaplasmose e Babesiose, então juntamos e chamamos de Tristeza Parasitária Bovina 
· Em caso do parasita estar no sangue do animal para conseguirmos fechar o diagnóstico, além da sintomatologia clínica, seria através de sorologia (não é eficiente no início, porque não teria anticorpo ainda), PCR (identificando o DNA viral do parasita, porque ele está circulante no início) porém na rotina clínica, o que é mais utilizado é o esfregaço sanguíneo, achando a babesia ou Anaplasma no interior da hemácia
· Não é 100% de certeza que será encontrado a babesia ou Anaplasma através do esfregaço sanguíneo 
· Geralmente utilizamos sangue de pequenos capilares, como na ponta da orelha ou na ponta da cauda porque os parasitas tem tropismo por esses pequenos capilares 
· O tratamento para tratar bactérias, no caso da Anaplasmose, é antibioticoterapia, sendo tetraciclina, enrofloxacina, e para atacar a Babesiose, seria o uso de imidocarb, diminazeno, e com isso tem que tratar as duas doenças juntas, porque não sabemos qual está ali 
· Durante o tratamento do animal, não é apenas isso, tem que tratar sintomatologia clinica também, então teria que usar protetores gástricos por exemplo, porque a hemoglobina quando está sendo liberada passa pelo o fígado e rim, tendo problemas renais e hepáticos, então usa protetores hepáticos para se recuperar, e no caso do rim, pode ter insuficiência renal aguda em caso de hemólise extensa, então fazemos fluidoterapia para lavar o rim e deve ser muito bem dosada porque pode piorar a sintomatologia afinal o animal já está com pouco sangue e com o fluido vai diluir ainda mais ele 
· Utilizamos antitérmicos também em caso de animais que tenham casos de febres, porque se não a recuperação será mais lenta
· No mercado, já tem medicamentos para Tristeza Parasitária Bovina, nos quais já encontramos os princípios ativos necessários em um medicamento só 
· Além desses todos, utilizamos também complexos vitamínicos principalmente com B12, ferro, acido fólico, porque ajuda na construção de novas hemácias
· A melhora do animal não é rápida, porém esses medicamentos são aos poucos 
· Uma patologia que provoca enormes prejuízos produtivos porque o animal de certa forma, diminui seu desempenho, gastos com medicamentos em caso de não haver perda do animalem si 
· Isso é o que será encontrado no esfregaço sanguíneo de acordo com o seu agente: 
· 
· O carrapato que transmitirá será o Rhipicephalus microplus 
· Quando o animal libera a hemoglobina na urina, é chamado de Hemoglobinúria e em caso da hemoglobina livre no sangue, será chamado de Hemoglobinemia 
DIFERENÇA ENTRE BABESIA E ANAPLASMOSE 
· A Babesia destrói eritrócitos, sendo Anemia Hemolítica
· A Anaplasma o baço capta a célula que está parasitada, e destrói, sendo uma Anemia Imunomediada 
PIROPLASMOSE EQUINA 
· A babesia quando infecta os equinos recebe esse nome, mas pode ser chamada de Babesiose também 
· Principal doença parasitária dos equinos, acontecendo muito e levando muito á óbito 
· Os equinos tem perca de rendimento, cansando facilmente, não conseguindo fazer exercícios sendo os primeiros sinais clínicos 
· Temos dois agentes causados, que são a Babesia equi que recentemente mudou de nome, e é mais conhecida como Theileria equi e a Babesia caballi. Conseguimos diferenciar elas pelo o tamanho, na qual a caballi é um pouco maior, e um pouco mais patogênica 
· Em alguns esfregaços, conseguimos identificar as 4 babesias em conjunto dentro do eritrócito, chamado de cruz de malta, então ele está muito próximo de ser hemolisado 
FASES DA BABESIOSE EQUINA 
· Temos duas fases que ela pode ocorrer, sendo na fase aguda ou crônica 
· Em alguns casos o animal pode vim a óbito na fase aguda, ou ele pode entrar na fase crônica da patologia, se tornando um animal assintomático, sendo difícil de identificar que ele é um portador, até mesmo em um esfregaço
· Na fase aguda pode apresentar uma anemia hemolítica progressiva 
TRANSMISSÃO DA BABESIOSE EQUINA 
· Os vetores são os carrapatos, sendo o carrapato da orelha (Anocentor nitens), carrapato do boi (Rhipicephalus microplus), e carrapato estrela (Amblyomma cajannense), ou seja, todo carrapato que faça a transmissão de sangue entre um animal saudável e contaminado 
· Temos outras formas como transmissão transplacentária, agulhas contaminadas com sangue de animais portadores e picadas de insetos 
SINAIS CLÍNICOS DA BABESIOSE EQUINA 
Durante o quadro agudo:
· É semelhante ao quadro dos bovinos, no qual o animal apresenta anemia, febre alta, inapetência, dispneia, anemia evolui para icterícia, animal fica fraco e prostrado, urina cor de coca cola (hemoglobinúria) e pode evoluir para a morte 
· Os sintomas clínicos iniciam a partir de 15 dias após a infecção 
· Temos outros sinais como incoordenação, lacrimejamento, secreção nasal mucosa, frequente posição de decúbito, mudança de comportamento importante e tumefação das pálpebras 
Durante quadro crônico: 
· Animal que tem a mucosa hipocoradas constantemente 
· Perda de desempenho, intolerância a exercício de maneira leve 
· Assintomático, e pouco perceptível 
· Anemia leve 
DIAGNÓSTICO DA BABESIOSE EQUINA 
· Sinais clínicos e histórico 
· O animal fica muito apático, em decúbito, intolerância a exercício, cansa facilmente 
· Podemos fazer exames sorológicos também, PCR, como nos bovinos 
· O método mais utilizado é o esfregaço sanguíneo, sendo coletado da ponta de orelha e mesmo assim é mais difícil de encontrar então colocamos o animal para praticar exercício e com isso o baço contrai, e tem mais hemácias na circulação aumentando a chance de pegar algum eritrócito infectado 
· Podemos fazer uma punção esplênica, coletando liquido do baço para tentar fazer a analise e com isso verificar as hemácias, porém deve ter cuidado ao acessar cavidade abdominal porque podemos levar infecção para o abdômen dele, então a antissepsia deve ser muito bem feita 
· Para fazer a punção esplênica, é feito uma tricotomia da região, lavar tirando todas as sujidades, joga iodo, esfregando-o, álcool 70%, seringa, agulha descartável. Entra com a agulha em 90º na fossa paralombar de referência, entre a 18º e 17º costela do animal, no espaço intercostal, então com a agulha 30-8, puncionando, movimentando o embolo, coletando o liquido do baço, vindo uma espuma com um pouco de sangue, fazendo o esfregaço desse liquido 
· Testes como IFI, ELISA também podem ser feitos 
TRATAMENTO PARA BABESIOSE EQUINA 
· Imizol – dipropionato de imidocarb, sendo 1ml á 50kg IM, de 2 a 3 dias 
· O Imizol produz hipermotilidade podendo ter alguns sintomas de cólica, então divide a primeira dose em 2, ou seja, no primeiro dia faz meia dose, e depois de 12 horas, faz mais meia dose, e no 2 e 3 dias faz a dose completa 
· Apenas com o Imizol é o suficiente, mas as vezes é necessário entrar com outro tratamento depois se não houver solução 
· Tratamento de suporte, através de suplemento vitamínicos a base de ferro e B12 para repor a hemácias 
· Antitóxicos, estimulantes e reconstituintes sendo os protetores hepáticos 
· Fluidoterapia em caso de desidratação ou grande liberação de hemoglobina na urina, muito bem dosada e com calma 
PROFILAXIA DA BABESIOSE EQUINA 
· Manejo sanitário para que o animal não tenha muitos carrapatos 
TRIPANOSSOMÍASE 
· Tem problemas em bovinos e equinos 
· Em bovinos e ovinos, o parasita é o Trypanosoma vivax e em equinas é o Trypanosoma evansi 
· O modo de infecção dessa doença é através da contaminação via o sangue, podendo ter nos bovinos principalmente insetos hematófagos, no qual se contamina com o animal infectado, e leva essa infecção pra um animal sã, sendo uma contaminação mecânica
· Em bovinos leiteiros, os produtores aplicam ocitocina nas vacas, para ajudar na descida de leite durante a ordenha, e alguns não se preocupam com higiene e acaba utilizando a mesma seringa para todos os animais, e pode acabar contaminando animais saudáveis por conta do sangue daquele que está contaminado 
· Tem um curso crônico e agudo, no curso agudo a gente evidencia picos febris seguidos de anemia, e na fase crônica, a gente evidencia uma anemia leve e perda de produtividade e peso 
SINAIS CLINICOS DO TRYPANOSSOMA 
· Anemia em casos agudos, se tornando cada vez mais severa, sendo hemolítica, mas é causada principalmente não pela a ação do parasita, mas ele produz substancias que são fosfolipídeos que destrói as hemácias, levando a uma anemia. Em caso da parasitose ser grande, seria uma anemia severa 
· O animal fica apático, picos febris, para de se alimentar, anemia que evolui rápido ou seja, mucosas hipocoradas no início e mucosas ictéricas no final
· Em fases mais crônicas, perda de peso, perda de produção de leite, pode ocasionar abortos, dificuldades do animal emprenhar
· Na fase aguda que pode vim depois da fase crônica por conta da queda do sistema imune, o animal pode vim a óbito 
· Pode ter sinais neurológicos, como incoordenação motora, tremores musculares, estrabismo, cegueira, dependendo da migração do parasita 
· O principal diagnóstico diferencial é a Babesiose 
DIAGNÓSTICO DO TRYPANOSSOMA 
· É extremamente difícil porque é difícil achar o parasita no esfregaço sanguíneo, principalmente em períodos crônicos de baixa parasitemia 
· Os sinais clínicos não são específicos então pode complicar, acontecendo em varias fases de vida do animal 
· O principal exame é parasitológico, mas podemos fazer o sorológico como RIFI e ELISA, e moleculares 
TRATAMENTO DO TRYPANOSSOMA 
· É utilizado o diminazeno, de 3,5 ~7 mg/kg 
· O diminazeno não consegue sempre tratar, então o melhor medicamento seria o Isometamidium 0,5 ~1,0ml/20kg
· O problema do Isometamidium é consegui-lo porque é controlado e exportado, sendo muito caro também, então trata com o diminazeno e com suporte para o animal conseguir se recuperar 
CONTROLE DO TRYPANOSSOMA 
· Tratamento dos animais doentes 
· Evitar vetores, como as moscas 
· Higiene sempre, ou seja, quando aplicar medicamento no animal, descarta a seringa/agulha 
TRIPANOSSOMÍASE EQUINA 
· Comum no pantanal, por conta das temperaturas altas proporcionando insetos hematófagos em grande quantidade, e também tem os principais reservatórios da doença, que são as capivaras
· Nessa região do pantanal, também há uma grande quantidade de morcegos hematófagos, e ele se alimenta muito dos equinos, sendoum grande vetor 
SINAIS CLÍNICOS EM TRIPANOSSOMÍASE EQUINA 
· Rápida perda de peso, intolerância ao exercício 
· Graus variáveis de anemia, podendo ser graves ou mais leves, dependendo da evolução da doença 
· Febre intermitente 
· Problemas de circulação devido as destruições dos eritrócitos, então é comum ver edemas nas partes baixas do corpo, principalmente me membros pélvicos 
· Fraqueza progressiva até ficar em posição de decúbito 
· Os animais podem morrer em poucas semanas em um curso crônico, e em um curso mais agudo em alguns meses 
· Sinais neurológicos não tão comuns, mas podem acontecer 
· Sinais respiratórios como dispneia, dificuldade respiratória, mucosas inicialmente congestas, depois amareladas e pálidas
· O animal tem relutância em movimentar, ataxia, fraqueza, paresia, incoordenação dos membros pélvicos, e posição de “cão sentado”
DIAGNÓSTICO DA TRIPASSOMÍASE EQUINA 
· Através de raspado sanguíneo 
· Temos aumento de linfonodo, então em caso disso acontecer, faz uma punção dele e faz o parasitológico
· Em caso de comprometimento neurológico, fazemos coleta de liquido cefalorraquidiano 
· Sorológico – ELISA 
· Molecular – PCR 
TRATAMENTO DA TRIPASSOMÍASE EQUINA 
· Utiliza o diminazeno, mas o principal medicamente é o Isometamidium, porém temos os problemas para conseguir o ISO
· Muitas vezes acaba que perdemos o paciente, por conta da dificuldade de tratamento da doença

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