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Clínica Médica de Grandes 4

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CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES 1 – 14/04/2021
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
· Anemia Infecciosa Equina – exame dela é necessário para tirar o GTA
· Mormo – exame dela é necessário para tirar o GTA
· Febre Aftosa – atinge principalmente os bovinos, sendo maior importância nele, por mais que atinja outras espécies também 
· Raiva – o teste de raiva não é pedido para transporte por conta do jeito que o exame é feito, sendo que ele é necessário fazer pós-mortem, através do tecido nervoso e o curso é muito rápido também, então não é possível fazer o diagnóstico tão rápido dependendo da circunstancia
 
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA 
· Enfermidade infectocontagiosa causada por vírus da família Retroviridae e do gênero Lentivírus 
· É conhecida pela a sigla de AIE 
· Ela é conhecida também como Febre dos Pântanos ou Swamp Fever, Malária Equina, AIDS do cavalo, Mal do Cochilo ou Cochilão 
· Acomete os equinos, asininos e muares, os equídeos domésticos de forma geral 
TRANSMISSÃO DA AIE 
· Várias fontes de contaminação 
· Os insetos hematófagos de forma geral, como as moscas de estábulos, mutuca, todos de hábitos hematófagos 
· É sempre necessário um manejo sanitário decente, manejo de dejetos de animais em baías, para evitar a proliferação de moscas, pois elas ovipõe nas fezes dos animais 
· Tem complicação em região mais quentes devido a grande proliferação das moscas nesses locais 
· Não apenas os insetos são responsáveis pela a transmissão, os veterinários e funcionários/proprietário por exemplo, precisa ter cuidado, porque essa patologia pode ser transmitida por seringas, material cirúrgico, agulhas. Sendo que o material cirúrgico é necessário fazer processo de autoclavagem, e seringas e as agulhas é necessário uma para cada animal 
· Existe outras transmissões como a vertical e a sexual, podendo passar de mãe para filho via placenta, ou através de contato sexual, então é necessário saber se são ou não positivo para a doença 
· O grande problema dela, é que uma vez que o vírus for instalado no organismo do animal, ele permanece para toda vida, ou seja, não há tratamento eficaz para acabar com essa patologia
· Pode ser desenvolvida de forma aguda ou crônica, porém sempre será um transmissor da patologia, então logo que é identificado com essa doença, ele é eutanasiado 
· Sua progressão é de forma importante e rápida, sendo que muitos animais morrem, então para controlar é necessário eutanasiar o animal
· O maior problema são animais de alto valor financeiro, e que são totalmente assintomáticos com a patologia, e quando o animal precisa se reproduzir ou fazer alguma prova, e é dado como positivo, é necessário eutanasiar de acordo com a lei 
· O laboratório que faz os exames são o IDAF, e o proprietário pede provas, e contraprovas dos exames 
· As doenças que tem eutanásia obrigatória, não há um avanço do conhecimento da patologia, então como os animais precisam ser eutanasiados, você não consegue testar protocolos diferentes para ela, e acaba que fica estagnado
PATOGENIA DA AIE 
· Muito ainda ela não é completamente entendida como ocorre 
· Imediatamente após a infecção com o vírus da AIE, eles começam a se replicar rapidamente, e primeiramente os macrófagos fazem o processo de fagocitose, e acaba contaminando tecido hepático, baço, nódulos linfáticos, pulmões, rins e glândulas adrenais 
· Os vírions, que são oriundos da infecção viral, são liberados na circulação e geralmente o primeiro sinal clinico visto, é o aumento da temperatura retal, o que pode acabar despercebido, tendo um tempo de incubação, ocorrendo de 7 a 21 dias da infecção
· Os cavalos não são capazes de remover a infecção 
· Permanecem infectados por toda a vida 
· Em caso de infecção viral, temos a complicação, porque não conseguimos atacar de maneira eficiente o vírus, dependendo da resposta imune do animal, e ela ser eficiente o suficiente, diferente de uma doença bacteriana que mesmo sendo grave, existe um leque de antibióticos que fazem efeito 
· O organismo do animal consegue gerar uma resposta imune, porém muitas vezes ela gera mais problema pro animal, e acaba que de qualquer forma não elimina o vírus 
· A resposta imune resulta a deposição de imunocomplexos, trazendo problemas como renais, hepáticos, atingindo sistema linfático, e tudo é acarretado pela a própria resposta imune do animal 
SINAIS CLÍNICOS DA AIE 
· A doença pode ser aguda, crônica ou assintomática 
· Os animais assintomáticos, no quais podem em uma certa época da vida, reativar os vírus, replicar eles, devido ao processo que ataca o sistema imune, mas não se sabe exatamente o motivo 
· A fase aguda, a rápida, a que acontece logo após a infecção, no intervalo de 7 a 24 dias, caracterizada pela a febre de 40,5 á 41ºC, gera anorexia, anemia, palidez das mucosas, hemorragias petequiais (possível ver em pele e em mucosa, associado a processo de hemólise), destruição das hemácias e por isso a anemia, e esse fator não é explicado mas provavelmente ocorre por conta do sistema imune do animal, animal anêmico fica apático, alimenta-se menos, não é possível controlar, e muitas vezes o animal acaba vindo óbito
· O quadro agudo pode ser confundido, tendo um diagnóstico diferencial da patologia de Babesiose, porque o quadro é semelhante, mas no caso da Babesiose, temos também hemólise, anemia por hemólise, e uma anemia imunomediada pela a Anaplasmose 
· A fase crônica da doença, é mais lento o processo, o animal começa a perder peso, destruição de hemácias, plaquetas, podendo ter presença de hemorragia de uma forma menos brusca, o animal fica mais letárgico, e posso ter problemas oriundos de deposição de imunocomplementos, como glomerulonefrite. Intolerância a exercício, se cansa facilmente, o acaba se tornando muito perceptível ao dono, ao treinador
· Os animais assintomáticos, são transmissores da doença por mais que seja saudável 
CONTROLE E PREVENÇÃO DA AIE 
· A Anemia Infecciosa Equina é uma moléstia sem tratamento, não existindo também vacina para combate-la 
· O controle pode ser feito através: 
· Evitar uso de seringas e agulhas em vários animais, qualquer tipo de instrumento cirúrgico deve ser feito com esterilização do material 
· Limpeza dos utensílios utilizados nos animais 
· Isolamento dos animais positivos até a realização do sacrifício, inclusive animais com suspeita precisam se manter afastado dos outros animais 
· Sacrifício dos animais positivos à prova de diagnóstico 
· Submeter ao exame de diagnóstico para AIE em todo equídeo que necessite transitar para rodeios, exposição, cavalgada, eventos sérios, qualquer transporte 
· Realização de exame de diagnóstico para AIE para os animais adquiridos em leilões, feiras ou de outras propriedades 
· O GTA dura 2 meses, então nesse período tu pode transportar o animal tranquilamente, após isso é necessário a emissão de um novo GTA 
MEDIDAS – MAPA 
· O MAPA impõe as medidas para controle da doença, mas quem vai aplica-las é o órgão estadual da região 
· Interdição da propriedade após identificação do equídeo portador 
· Deverá ser realizada investigação epidemiológica de todos os animais que reagiram ao teste de diagnóstico de AIE 
· Marcação permanente dos equídeos portadores da AIE 
· Sacrifício ou isolamento dos equídeos portadores 
· Realização de exame laboratorial para o diagnóstico da AIE, de todos os equídeos existes na propriedade 
· Desinterdição da propriedade foco após a realização de dois exames consecutivos com resultados negativos para AIE, e com intervalo de 30 a 60 dias nos equídeos existentes
· Orientação aos proprietários das propriedades que se encontrarem na área perifocal 
DIAGNÓSTICO DA AIE 
· Teste de Coggins, que é qualitativo, identificado se o animal está ou não está contaminado, e é feito da imunodifusão em gel de Ágar (IDGA), sendo um processo laboratorial, feito com as amostras do soro do animal 
· Pode ser feito através de ELISA, mas geralmente é através da imunodifusão 
· O teste de anemia é feito a coleta do sangue do animal através da jugular, e ai temos duas opções: Mandado para o laboratóriocompetente 2ml de soro ou 10 ml de sangue total, e o laboratório faz o teste de Mormo e AIE na mesma amostra 
MORMO EQUINO 
· É uma zoonose 
· Causada por uma bactéria, a Burkholderia maller 
· É contagiosa, com caráter agudo ou crônico, acomete principalmente equinos, mas também pode acometer homens, carnívoros e pequenos ruminantes 
· Notificação obrigatória 
TRANSMISSÃO DA MORMO 
· Animais assintomáticos são importantes porque são fontes de infecção
· A via de infecção do mormo, é facilmente transmitida, através de contato, principalmente através de secreções orais, respiratórias, cutâneas, digestivas e genitais, qualquer contato com elas, é fator de transmissão 
· Pode acontecer através de alimentos, água e fômites, porque compartilham do mesmo local, mesmo cocho 
· O freio do animal também é considerado uma via de transmissão, por conta das secreções que possuem 
· A cela do animal, barrigueira, as cordas, que compartilham entre os animais, podem ser meios de transmissão 
· A forma cutânea pode ser através de contato direto com ferimentos ou os utensílios
· Começa através de problemas respiratórios, onde depois temos infecção das vias aéreas superiores, secreções orais e nasais, sendo as principais vias 
PATOGENIA DA MORMO 
· O agente assim que é ingerido, no caso da ingestão de alimento, ele irá pra luz intestinal, atravessando a mucosa, indo para a corrente sanguínea
· No caso do contágio pela a pele, ferimentos, é uma contaminação direta da corrente sanguínea 
· A própria mucosa que tem um contato direto ali, pode ser uma via de contaminação para a corrente sanguínea 
· Lesões no sistema linfático, pulmões e outros órgãos como baço, fígado e pele 
· Comum lesões de pele e pulmão 
· Pode haver lesão do septo ou narina do animal, através de uma infecção ascendente que vem do pulmão, ou via hematógena (sanguínea) onde chega a bactéria 
· A sintomatologia na fase final da doença vai incluir a broncopneumonia com progressão para morte por anóxia
· A principal sintomatologia é a respiratória 
· Diagnósticos diferenciais são infecções pulmonares, atinge sistema nervoso respiratório, sendo que os animais podem ter tosse, espirrar, presença de secreção purulenta, aumento de frequência respiratória e cardíaca 
SINAIS CLÍNICOS DA MORMO 
· Febre, tosse e corrimento nasal 
· Incialmente em caso da forma cutânea, as lesões nodulares evoluem para úlceras que após a cicatrização formam lesões em forma de estrelas 
· Estas lesões ocorrem com maior frequência na fase crônica da doença 
· Caracterizada por três formas de manifestação clínica, como cutânea, linfática e respiratória
· A forma linfática nós temos aumento dos linfonodos, onde pode confundir com diagnóstico diferencial que é o Garrotilho 
· Presença de sangue na narina do animal mostrando que tem lesão do animal 
DIAGNÓSTICO DO MORMO 
· Aspecto clinico, levantamento epidemiológico 
· Exames laboratoriais que são feitos por órgãos de defesa 
· Anátomohistopatologicos 
· Isolamento bacteriano nas amostras
· Inoculação em animais de laboratório injetando o sangue do animal no rato
· Reação imunoalérgica, que é a maleinização 
· Testes sorológicos como a fixação do complemento e ELISA 
· Oficialmente recomendado pelo o MAPA, os métodos de diagnostico são de fixação de complemento e de maleinização 
· Os testes laboratoriais são feitos pelo o órgão de defesa, então o veterinário desconfia, coleta a amostra e envia para o diagnóstico 
CONTROLE DO MORMO 
· Assim que identificar um animal provável é feito o isolamento e aguardar o resultado do exame 
· Em caso de resultado positivo, é feito a eutanásia 
· Quem efetua a eutanásia é o técnico do IDAF 
· Identificando o problema, restringe o contato das pessoas por ser uma zoonose 
· Não há nenhuma vacina animal ou humana eficaz contra a infecção da bactéria 
· Alguns estudos estão sendo realizados com o objetivo de produzir uma vacina eficaz para o mormo, uma vez que o tratado dos infectados não é recomendado 
· Esses estudos são possíveis porque o curso da doença não é tão rápido se comparado a AIE por exemplo 
· Na inexistência de tratamento e vacinas eficazes contra o mormo recomenda-se como medidas de profilaxia e controle: 
· Interdição de propriedades com focos comprovados da doença para saneamento e sacrifício imediato dos animais positivos aos testes oficiais por profissional do serviço de Defesa Sanitária Oficial 
· O controle de trânsito interestadual (GTA) e participação de equídeos em eventos hípicos deve ser feito acompanhamento de exame negativo para mormo obedecendo ao prazo de validade e que estes não apresentem sintomas clínicos da doença 
FEBRE AFTOSA 
· Possui uma incidência grande em bovinos 
· Principal importância no Brasil para quesitos do governo tentar levar informação para as pessoas 
· Doença de notificação e abate obrigatório por conta do impacto econômico 
· A doença não causa o óbito do animal, mas o próprio sistema imune do animal se recupera da infecção 
· O grande problema é por conta da produção, causando problemas econômicos consequentemente 
· Os principais sintomas são febre, feridas na boca, lábios, céu da boca, narina e língua do animal, e também nos cascos, e também no teto do animal 
· Por conta das feridas na boca, acaba perdendo peso porque diminui a alimentação, saliva aumenta, queda na produção do animal
· Animal para de se movimentar por causa das lesões nos cascos 
· A infecção é rápida, então no intervalo de 1 a 2 semanas, o rebanho está contaminado 
· A febre aftosa tem abate obrigatório, porque a perda produtiva é enorme 
· O país que possui caso de febre aftosa fecha os portões de exportação de materiais oriundos de bovinos 
· Ela é causada por um vírus, Picornaviridae e do gênero Apthovírus 
· Existem em médica, cerca de sete sorotipos, mas apenas três são encontrados em território nacional 
· É uma doença importante de ponto de vista mundial, sendo classificada na lista A do código sanitário internacional e é reconhecida como doença de alto risco de agronegócio das nações 
· Os estados tem classificações, estado endêmicos, estado livre de aftosa com vacinação, e estado livre de aftosa, e o que toda país e estado quer ser, é livre de aftosa, e eles existem porque existem mercados que só faz importação de animais vivos, de países e regiões que sejam livres sem vacinação 
· Hoje no Brasil, a única região reconhecida mundialmente é a Santa Catarina, livre de aftosa sem vacinação. E tem 8 estados reconhecidos sem vacinação e sem aftosa, porém não é reconhecido mundialmente 
· O número de animais abatidos é gigantesco, acabando com o rebanho do proprietário, existindo problema até pra abrir vala, e é feito a eutanásia através de rifle sanitário na região da cabeça 
O VÍRUS DA FEBRE AFTOSA 
· Resistente no feno e pêlo dos bovinos por quatro semanas 
· Persistência viral em estábulos e salas de ordenhas, além de troncos, comedouros e bebedouros 
· Na fase aguda da doença, cada bovino acometido pode eliminar cerca de cem trilhões de partículas virais por dia para o meio ambiente 
· É inativado instantaneamente pela fervura e pela pasteurização, o congelamento o preserva indefinidamente 
· É uma zoonose mas com casos raros em humanos e por isso nem ao menos é considerada uma zoonose. O contato é através direto com os animais, e não especificamente com a carne 
TRANSMISSÃO DA FEBRE AFTOSA 
· O vírus pode ser transmitido pelo o ar expirado, secreções nasais, sangue, leite, sêmen, fezes, ruina e líquido presente nas lesões, o que acaba facilitando sua transmissão 
· Normalmente a transmissão ocorre pelo o contato de um animal saudável com outro animal contaminado, mas também pode ocorrer por intermédio de materiais contaminados e ao alimentar-se de restos de animais doentes 
· Pessoas que fazem o cuidado do animal podem ser uma fonte de contaminação por meio das roupas e mãos 
· A febre aftosa é uma enfermidade infecto-contagiosa aguda com potencial de transmissibilidade extremamente alto entre os animais susceptíveis, podendo em cerca de uma semana ou menos,acometer a totalidade dos componentes de um rebanho afetado 
MEDIDAS DE CONTROLE DA FEBRE AFTOSA 
· Proibição da importação de animais de países onde a febre aftosa é endêmica 
· Outros países são mais seletivos, aceitando somente certos produtos que tenham passado por alguma forma de tratamento, que assegure a ausência do vírus da febre aftosa nesses produtos 
· Para toda a América, o controle da doença é extremamente importante devido à alta produção bovina e suína para o abastecimento mundial 
INCUBAÇÃO DA FEBRE AFTOSA 
· Período de incubação é muito rápido, em torno de 6 dias, o animal apresenta os primeiros quadros clínicos da doença, 1 semana a 2 semanas 
· É uma patologia que acomete principalmente os animais de casco bifurcados, como bovinos, ovinos, caprinos, e também suínos
· Os suínos apresentam os mesmos sinais clínicos, mas com a incubação mais rápido, sendo que pode apresentar sinais clínicos no mesmo dia 
SINAIS CLÍNICOS DA FEBRE AFTOSA 
· Sialorreia – produção excessiva de saliva 
· Febre, no qual faz o animal mudar seu comportamento 
· Claudicação, devido as úlceras e erosões nos espaços interdigitais e nas porções posteriores dos membros e pela inflamação na região coronária dos cascos
· Redução de apetite, atraso na ruminação e detenção do peristaltismo, os animais mastigam preguiçosamente, deglutem com lentidão e finalmente param de comer com dificuldade de locomoção 
· São detectadas vesículas, úlceras e erosões na mucosa nasal, no muflo, na mucosa oral e no epitélio lingual 
· As feridas acabam recobertas por tecido necrótico e purulento pela grande contaminação bacteriana secundária 
· O epitélio dos tetos apresenta também vesículas, úlceras e erosões que impedem os bezerros de mamarem, embora estes já tenham desenvolvidos graves lesões orais 
· Além das lesões nos tetos, há desenvolvimento de mastite viral, acometendo gravemente o parênquima da glândula mamária, que imediatamente tem esse quadro agravado pelas infecções bacterianas secundárias 
· Os bezerros são os únicos animais que podem morrer por conta da febre aftosa, porque são mais sensíveis
DIAGNÓSTICO DA FEBRE AFTOSA 
· O diagnóstico é realizado em laboratórios de segurança máxima, havendo suspeita de ocorrência da experiência de animais com quadro clínico similar à febre aftosa 
· O serviço oficial de sanidade animal deve ser imediatamente comunicado e irá proceder para a confirmação ou não da existência da enfermidade ao menor tempo possível, acionando todos os mecanismos oficiais regulamentados para que isso ocorra 
PROFILAXIA E CONTROLE DA FEBRE AFTOSA 
· Não há possibilidade de tratamento para febre aftosa pois todos os animais acometidos devem ser sacrificados 
· O método de profilaxia mais utilizado é a vacinação, de todos os animais do rebanho, independente de raça e sexo, precisa haver a vacinação dos animais 
· Todo o ano a vacina deve ser reforçada 
RAIVA DOS HERBÍVOROS 
· Uma das principais zoonoses existentes no mundo 
· Acomete os mamíferos de forma geral e alguns além de se infectar, pode transmitir a doença também 
· A raiva é causada pelo vírus Rabdovírus
· Ocorre em todo o mundo, com exceções do Japão, Reino Unido, Nova Zelândia, Antártida e outras pequenas ilhas como o Havaí, onde foi completamente erradicado 
· O principal transmissor é o morcego 
· É uma doença pouco comum em equinos, mas em razão do seu potencial zoonótico, deve ser considerada no diagnóstico diferencial dos quadros neurológicos 
· Em bovinos o maior problema é o econômico e de saúde publica na América do Sul, onde a raiva é transmitida por morcegos hematófagos 
· Possui prejuízos na ordem de 30 milhões de dólares em toda a América Latina 
· Sarcocistose em equinos possui sintomatologia muito semelhante a Raiva 
· É transmitido pela saliva de animais contaminados 
· O método mais comum de infecção é a mordida de um carnívoro selvagem ou de morcegos hematófagos que transportam o vírus 
· A mordida do bovino não transmite, mas já do equino transmite por mais que seja mais incomum
· Cães e gatos domésticos, além de cavalos podem transmitir a Raiva através de mordeduras e lambeduras 
· O principal transmissor da raiva dos herbívoros é o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus 
· Essa espécie de morcego é abundante em regiões de exploração pecuária, sendo que vários países latino-americanos desenvolveram programas para seu controle 
· Pode possuir um numero grande de animais selvagens em desenvolvimento, como por exemplo o javali, aumentando a espécie do morcego 
· Os herbívoros são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois apesar de participar da cadeia epidemiológica da raiva rural, somente contribuem como sentinelas à existência de vírus 
· Sua participação nesse processo restringe-se ao óbito do animal, não havendo envolvimento no processo de transmissão a outras espécies, salvo quando de forma acidental 
· Deve ficar observando a mordedura dos morcegos nos herbívoros 
· O cavalo pode chegar a transmitir a doença em caso de mordedura, mas é muito mais difícil de acontecer
· O bovino apenas morre da doença, ele não tem a forma furiosa da doença 
AUMENTO DE CASOS DE RAIVA 
· Aumento da oferta de alimento, ou seja, alimento do morcego, logo a produção do gado do Brasil acaba aumentando, e também atingir locais mais próximos a floresta, como o desmatamento e acaba com o local de habitat do morcego, espantando os animais que ele se alimenta, e se alimenta do gado próximo a ele 
· Ocupação desordenada, caracterizada por macro-modificações ambientais como o desmatamento, construção de rodovias e de hidroelétricas, que alteraram o ambiente em que os morcegos viviam 
· Oferta de abrigos artificiais, representados pelas construções, como tuneis, cisternas, casas abandonadas, bueiros, fornos de carvão desativados e outros 
· Atuação insatisfatória em alguns estados brasileiros, na execução do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros
NOTIFICAÇÃO DA RAIVA 
· Cabe ao proprietário notificar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial a suspeita de casos de raiva em herbívoros, bem como a presença de animais apresentando mordeduras por morcegos hematófagos, ou ainda, informar a existência de abrigos desses morcegos 
· Sendo a raiva uma enfermidade de notificação compulsória, caberá a sanção legal ao proprietário que não cumprir cm esta obrigatoriedade 
PATOGENIA DA RAIVA EM HERBÍVOROS 
· Após a entrada do vírus rábico no SNC, geralmente na medula espinhal, ocorrem onda ascendente de infecção e disfunção neuronal 
· As lesões primárias acometem o SNC, e a disseminação a partir do local de infecção, ocorre apenas por meio dos nervos periféricos 
· Esse meio de disseminação ocorre por um período de incubação extremamente variável conforme o local da mordida 
· Regiões mais próximas a cabeça, o tempo de incubação é menor, e regiões mais longe da cabeça o tempo de incubação é maior 
SINAIS CLÍNICOS – BOVINOS 
· Uma vez infectado, o bovino apresenta nítida mudança de habito, com sintomas evoluindo para perda de consciência, mugido rouco, aumento do volume e presença de espuma na saliva, midríase (dilatação da pupila), fezes secas e escuras 
· Uma característica bastante marcante da raiva bovina é o andar cambaleante com posterior paralisia dos membros posteriores e evolução para a dos membros anteriores. Uma vez no chão, o animal não levante mais e estará fadado à morte, que é dolorosa e triste, levando de 4 a 8 dias 
· No bovino, temos sinais clínicos mais comuns da raiva paralitica 
· Sinais clínicos da forma furiosa, será agressividade (animal fica mais agitado, inquieto, se coça bastante) e mugidos frequentes, são discretos assim como prurido intenso com irritação cutânea, sendo mais rara de ser vista 
SINAIS CLÍNICOS – EQUINOS 
· Apresenta os dois tipos de raiva, paralitica e de furiosa 
· Os sintomas da raiva em equinos incluem comportamento agressivo (agitado), alterações no apetite, sialorreia, problemas respiratórios, dificuldades para deglutir, paralisia e tremores no corpo e “pedaladas”
· Manifestaçãoclinica é muito variável 
· Pode ocorrer de forma mais silenciosa 
· O equino se contamina, muda de comportamento, mais apático, mais quieto, se afasta e morre, sem sinal neurológico 
· Claudicação ou incapacidade de subir 
· Pressionando a cabeça e circulando (pode ocorrer em bovinos também) 
· Dor ou dificuldade em urinar 
· Tremores ou convulsões musculares 
· Ereção persistente e dolorosa na ausência de interesse sexual 
· Perda de apetite 
· Aparência de estrangulamento 
· Sinais neurológicos como incoordenação e paralisia 
PRONGNÓSTICO DA RAIVA 
· Não existe tratamento especifico para Raiva, o tratamento sintomático e os cuidados de suporte podem ajudar a prolongar a evolução da doença 
· O animal vem a óbito, morrendo de uma forma muito rápida 
· O tratamento por sua vez aumenta o risco de contágio de tratadores e de outros animais, portanto qualquer animal sob suspeita de raiva deve ser isolado e manipulado o menos possível 
DIAGNÓSTICO DE RAIVA 
· O diagnóstico é pós-mortem 
· As lesões ficam limitadas ao SNC, porém não são visíveis ao olho nu
· Geralmente os achados histopatológicos são meningoencefalite e os corpúsculos de inclusão intracelular, chamados de corpúsculos de Negri que são característicos da Raiva 
· Podem ser visualizados, por imunofluorescência direta ou por inoculação intracerebral em camundongos 
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DAS DOENÇAS CITADAS
·

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