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Clínica Médica de Grandes 5

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CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES ANIMAIS – 10/06/2021
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
· Existe uma grande quantidade de doenças que pode acometer os grandes animais 
· Segunda maior casuística na clínica de equinos, atrás apenas do aparelho locomotor 
· Animais atletas e animais de trabalho, principalmente nesses 
· Qualquer problema respiratório, acaba diminuindo a possibilidade do animal fazer exercício e o esporte da forma correta, então sua queixa principal, pelo os donos, é a queda de desempenho desses animais 
FATORES IMPORTANTES 
· Idade e imunodepressão, são dois fatores que estão correlacionados, pois sabemos que animais mais jovens eles são facilmente acometidos por essas patologias porque seu sistema imune não está totalmente preparado, e conforme ele vai amadurecendo os problemas diminui por conta do sistema imune mais ativo 
· Alta lotação, então quando temos vários animais em uma propriedade de categorias, idades muito diferentes, a transmissão de doença é bem facilitada
· Condições de transporte, é comum que equinos atletas são constantemente transportados para realização de provas e durante esse transporte pode ocorrer problemas, como estresse, aspiração de partículas, causando até mesmo uma diminuição no sistema imune
· Material de baias e instalações, que os animais vivem, pode influenciar bastante na qualidade respiratória desses animais, como por exemplo, uma tinta que foi passada na baía podendo ter uma resposta alérgica no animal, poeira também 
· Colostramento é uma fase importante, porque é quando ele vai receber imunoglobulinas, sendo necessário pro organismo dele durante a fase juvenil, então a mãe deve oferecer o colostro de uma forma correta para o animal 
· Manejo sanitário e vacinações, evitando as patologias, prevenindo-as. Ambientes sujos, úmidos, acumulo de fezes, acaba proliferando bactérias e parasitas é maior, e mosca também, então é preciso ter cuidado com isso 
· Uma das principais queixas do proprietário, é a queda de desempenho do animal por conta de problemas respiratórios, e acaba levando o proprietário procurar o médico veterinário, porque é bastante perceptível por quem cuida do animal
· Existem também os sinais inespecíficos, porque raramente apenas avaliando os sinais, será possível de fato fechar um diagnóstico 
· Algumas situações acabam facilitando a transmissão das patologias, então por exemplo, em situações de transporte, os animais acabam indo para competições onde nós temos vários animais de vários locais, com tratamentos e manejo sanitário diferente e apenas o estresse do transporte em si, acaba facilitando na hora de transmitir as doenças 
· As doenças geralmente exigem um tratamento prolongado, utilizando uma grande quantidade de medicamentos, sendo um tratamento caro, então durante ele, o animal fica impossibilitado de fazer sua função, seja esportiva ou para trabalho 
PATOLOGIAS 
1. Influenza 
2. Adenite
3. Pneumonia em potros – pelo o Rhodococcus 
4. Herpesvirus 
5. Febre do transporte
6. Hemorragia induzida pelo exercício 
7. Obstrução recorrente das vias aéreas
8. Hemiplegia de laringe 
· Essas são as doenças que acabamos pegando com bastante frequência na rotina clinica 
1. INFLUENZA EQUINA – GRIPE EQUINA 
· Possui uma vacina podendo ser realizada para prevenir as incidências 
· Alta taxa de morbidade e de notificação obrigatória, mas não tem a parte de abate como o de bovino, mas é necessário que os órgãos de defesa consigam rastrear os casos clínicos e também trabalhar em meios de prevenção 
· Não leva o animal á óbito, mas causa grandes transtornos por conta do tempo de tratamento e também seu custo 
ETIOLOGIA – INFLUENZA 
· Patologia causada pelo vírus da Influenza Equina (Equine Influenzavirus – EIV), pertencente à família Orthomyxoviridae, Gênero Influenzavirus A 
· Tem dois sorotipos conhecidos, o H3N8 e H7N7, sendo que o H3N8 é praticamente extinto, então a maior incidência é o outro 
· O vírus é sensível a luz solar, então consegue sobreviver pouco tempo em um ambiente aberto, que possui circulação de vento 
· O vírus também é sensível a diversos desinfetantes como Hipoclorito de Na (Sódio) 2% e Formol 8%, sendo algo bom, porque nos ajuda a eliminar o vírus das instalações, dos equipamentos que os equinos vivem, então é possível fazer a limpeza do que o animal usa de forma eficiente 
· Ambiente mais fechado, com pouca circulação, o vírus sobrevive até 48 horas, sendo até pouco tempo, mas o animal pode transmitir a doença para outros, principalmente em regimes de confinamento 
· Os tratadores também pode ser um veículo de transmissão da doença, porque ele consegue sobreviver em roupas, nas mãos, veículos, fômites, utensílios veterinários, então é preciso ter muito cuidado, para que nós não contaminamos nossos pacientes, e para isso é necessário estar sempre trocando de luvas quando mudar de paciente, principalmente quando houver algum sintoma de doença infectocontagiosa 
· Na água, ele sobrevive um tempo maior, de 72 horas, e por isso, os cochos compartilhados é um importante meio de contaminação 
EPIDEMIOLOGIA – INFLUENZA 
· Todos os animais são susceptíveis a essa patologia 
· Maior prevalência em animais jovens e imunossuprimidos, devido a imaturidade imunológica 
· Mais prevalente também em animais que são alojados em locais fechados e pouco arejados, com alta concentração 
· No nosso país é menos comum locais mais fechados, mas existem modelos europeus, nos quais é normal manter os animais mais fechados por conta do clima, quando tem geada, neve, e etc, porém no Brasil, é mais quente, então os cavalos acabam sofrendo com a temperatura, tendo que colocar até ventilador, e as baias geralmente ficam em locais mais abertos e mais arejados 
· Alta morbidade, com baixa mortalidade, ou seja, a doença é facilmente transmissível, logo em um lote de animais que alta proximidade, podendo chegar a 100% de contaminação, onde todos os animais podem chegar a se contaminar, e também geralmente não leva os animais á óbito 
· O grande problema é que o tratamento pode atingir um numero de animais muito grande, quase 100%, sendo venoso, uma grande quantidade de remédios e por tempo prolongado, se tornando uma doença epidêmica e causando os problemas da mesma 
TRANSMISSÃO DA INFLUENZA 
· A transmissão se dá por meio de aerossóis comuns, durante a respiração, tosse, espirro do animal, pela a secreção que eles produzem, sendo presente em fecais e urinárias também 
· Pode contaminar água e alimentos, então os que compartilham pode se contaminar 
· Através de contato direto, porque no dia a dia tem o processo de socialização, com eles se cheirando, se mordendo
· Vários mecanismos de transmissão, sendo uma doença de alta morbidade 
IMUNIDADE – INFLUENZA 
· Animais naturalmente infectados possuem melhor resposta imunológica frente a novas infecções comparados aos imunizados artificialmente 
· A primo infecção natural pode conferir boa imunidade por até seis meses e induzir imunidade parcial por até um ano 
· Os que são infectados, acabam conseguindo ter uma imunidade melhor do que os que são vacinados 
· Ainda assim é melhor evitar a infecção dos animais, por conta do alto custo de tratamento 
· A vacina é a melhor opção para evitar a contaminação dos animais 
· Uma patologia que pode levar a problema secundários, como complicações, por exemplo, infecção por bactérias, podendo levar até mesmo animal á óbito 
INCUBAÇÃO E PROGRESSÃO – INFLUENZA 
· O período de incubação do EIV é relativamente curto, durando em torno de 48 horas 
· O vírus começa sua replicação viral em torno de 24 horas, então geralmente depois da contaminação, o animal demora 2 dias pra apresentar sinais clínicos, mas ele se replica já no primeiro dia 
· De três a cinco dias, o animal começa a ter uma recuperação, então o epitélio respiratório que foi atingido pela a patologia ele já começa a se recuperar e isso acontece principalmente em animais que são imunocompetentes, e são esses os animais que tem seu sistema imune agindo de forma competente produzindo seus anticorpos 
· Existemtambém os animais jovens, imunossuprimidos, caquéticos, e esse tempo de recuperação do epitélio respiratório pode acabar demorando mais tempo também 
· Quando a doença segue seu curso normal, com tratamento de suporte, o animal responde bem, em torno de 3 a 4 semanas, o equino se recupera completamente 
PATOGENIA – INFLUENZA 
· Após a entrada do vírus pela via aerógena, ocorre a replicação, principalmente no epitélio do trato respiratório superior 
· Sinais clínicos variam bastante, dependendo da cepa viral que estivermos lidando, por conta das mutações que podem surgir 
· O sucesso do tratamento vai depender da cepa viral e também dos que nós conseguimos fazer com o animal, de acordo com o tratamento se é eficiente ou não, condição do animal se é vacinado, subnutrido ou não 
· Sinais respiratórios que variam em severidade e duração de acordo com a virulência da amostra viral, o manejo, as condições ambientais e as defesas do hospedeiro 
· Começa a ocorrer descamação do epitélio respiratório (traquéia e brônquios) em apenas 24 horas após o estabelecimento dos sinais clínicos 
· Superfície do epitélio se torna descamada e sem cílios, e o organismo começa a produzir muco, seroma, tendo uma secreção mais serosa, sendo mais límpida, mas, no entanto, pode ter infecção secundária por bactérias e a gente pode ver essa secreção se tornando mais purulenta, e a coloração pode mudar, se tornando até sanguinolenta 
· Após a entrada do vírus, ele se torna um pouco mais frágil, sendo uma porta de entrada pra patógenos oportunistas, geralmente bactérias comuns do trato respiratório, do ambiente, e em condições normais, não levaria o animal a desenvolver uma patologia, mas como já está debilitado, acaba fazendo ele gerar uma patogenia 
· Em três a cindo dias, o epitélio inicia a regeneração e, em animais imunocompetentes, a recuperação completa ocorre em até três semanas 
· É interessante o animal ficar um tempo isolado, de 4 a 5 semanas, para que não haja o risco de contaminar outros animais, porque mesmo sem sinal clinico, o vírus pode estar presente, sendo um possível transmissor 
· De modo geral, ocorre a contaminação através de secreções nasais, via aerógena, o vírus atinge o epitélio pulmonar, dentro de 48 horas, inicia-se os sinais clínicos, ocorrendo a descamação do epitélio pulmonar, e o animal desenvolve seus sinais, como hipertermia, letargia, fraqueza, anorexia, secreção nasal serosa, tosse seca, sinais de gripe mesmo, e dentro 3 a 4 semanas, respondendo bem ao tratamento, eles melhora, mas se não, principalmente em animais imunossuprimidos, e esses animais pode acabar desenvolvendo uma variedade de outros problemas, complicações, como miocardite, miosite, encefalite, doença pulmonar obstrutiva, hemorragia pulmonar por exercícios, ou seja, patologia ligada a infecção, a septicemia, que são problemas com bactérias secundárias ou outros problemas respiratórios 
· O problema da influenza que além de todos os transtornos, ela pode predispor outros problemas mais sérios, então seu controle é extremamente necessário 
SINAIS CLÍNICOS 
· Hipertermia, podendo chegar em torno de 41ºC, 48 horas após a infecção, inicia esses piques de temperatura, podendo persistir tendo novos picos ao redor de 5 dias 
· Descarga nasal, no qual no inicio é serosa, sendo a resposta imune normal do organismo, e com o tempo ela pode evoluir, pra mucosa e principalmente purulenta quando temos infecções secundárias. Ela pode se apresentar de forma bilateral ou unilateral, depende muito do caso, e isso dificulta bastante a respiração do animal, se tornando intolerantes ao exercício e ficando muito cansados 
· Tosse, espirros 
· Taquipneia, pois devido a dificuldade respiratório por causa da secreção, sua frequência respiratória aumenta, sendo mais superficial, onde o animal não faz toda expansão do pulmão pra respirar, com toda sua potência, então eles respiram em pequenos movimentos, sendo mais superficial 
· Apatia, anorexia, perda de peso, e isso é bastante rápido, principalmente em animais jovens, precisando ter cuidado com desidratação e desnutrição, e é preciso auxiliar com fluidoterapia com vitamínicos pra conseguir mantê-lo saudável 
· Miocardite, miosite ou mesmo encefalite, em caso de complicações, e em casos de alta carga viral, podendo alcançar até mesmo outros sistemas 
RECUPERAÇÃO – INFLUENZA 
· Relacionada com o grau de contaminação secundária e com o tipo de repouso ao qual o animal é submetido durante a enfermidade 
· A resposta do animal ao tratamento
· Se teve ou não infecções secundárias 
· Evitar esse animal em exercício ou em treinamento 
· Isolar o animal, fazer tratamento de suporte e deixar ele em repouso até se recuperar da enfermidade 
DIAGNÓSTICO – INFLUENZA 
· Se baseia no histórico, sinais clínicos, nos dados epidemiológicos 
· Para fechar o diagnóstico, utilizamos exames laboratoriais, como ELISA e PCR, no entanto esses exames possuem uma eficiência relativamente baixa, por causa do curto período de incubação do vírus 
· As amostras biológicas devem ser obtidas nas primeiras 48 horas após a infecção, após este período a sensibilidade é bastante reduzida, principalmente pro PCR, porque tem uma diminuição de carga viral, podendo haver diversos falsos negativos 
· O sorológico é difícil dizer apenas através dele, porque a gente mede a presença de anticorpos apenas, mas é difícil dizer se é devido a vacina, se o animal teve uma infecção anterior, então não nos da uma resposta tão clara
· É preciso ter atenção a sinais clínicos 
TRATAMENTO – INFLUENZA 
· Em doenças virais, nós temos poucos remédios que conseguem agir e de fato atacar o vírus 
· Não há um tratamento eficiente para utilizar, então é feito um tratamento de suporte para o animal, para que ele consiga se recuperar e seu próprio sistema imune consiga combater a infecção 
· O tratamento é feito de acordo com a sintomatologia que o animal apresenta 
Antitérmicos ~> 
· Em caso do animal apresentar picos febris, os medicamentos indicados são os citados abaixo
· Dipirona de 5 a 25mg/kg, em via IM ou IV 
· Flunixinmeglumine 1,1 mg/kg, em via IV 
Antibióticos ~> 
· Em caso de infecções secundárias, ou também para prevenir problemas secundários 
· Penicilina Benzatina 30.000 UI/kg em via muscular, á cada 48 horas ou 72 horas (utilizar para evitar também) 
· Ceftiofur 1ml para cada 30kg (se a penicilina não surgir um bom efeito, utilizamos ele)
Anti-inflamatórios ~>
· Diminuir a sintomatologia clínica
· Dexametasona, 0,05 mg/kg em via IM, sendo uma vez ao dia (SID) 
Mucolítico ~> 
· Melhorar a qualidade respiratório do animal, principalmente quando temos uma grande quantidade de secreção 
· Cloridrato de Bromexina, 25 a 30 ml 
· Acetilcisteína (Comercial = Mucomucil), 5 a 10 mg/kg á cada 12 horas 
Broncodilatadores ~> 
· Melhorar a qualidade respiratória do animal, principalmente quando temos uma grande quantidade de secreção 
· Clembuterol (Comercial = Pulmonil) 0,8 µg/kg, de 12 horas há 2/4 semanas 
Fluidoterapia ~>
· Com fortificantes, que tem compostos minerais, vitamínicos, principalmente se o animal não estiver se alimentando, e também prevenir a desidratação 
Inalação ~>
· Para melhorar a qualidade respiratória 
· Não é comum principalmente no Brasil 
· É excelente, mesmo que os cavalos não gostem de ficar com as máscaras 
· Quando é possível, a resposta é boa 
MEDIDAS IMPORTANTES – INFLUENZA 
· Isolamento do animal, porque é uma doença infectocontagiosa, viral, com alta morbidade, então se houver sinais semelhantes é bom isolar o contato com outros animais como com humanos também 
· Repouso
· Evitar estresse, porque ele estressado sempre haverá problemas 
· Local limpo e arejado, com luz solar para ajudar no controle viral 
VACINAÇÃO – INFLUENZA 
· Importante ser feito 
· Animais que a mãe não é vacinada ou que não sei e ela é, pode ser feito já no 4º mês de idade, com uma dose 
· Em caso de saber que a mãe é vacinada, pode ser feito no 6º mês 
· São feitos 2 reforços, 1 de 3 a 4 semanas depois da primeira, ou seja, 1 mês, e a 3ª dose é após3 a 4 meses depois da 2ª dose 
· Em cavalos até 2 anos, a vacinação é feita de 6 em 6 meses, logo, após a 3ª dose é feita de 6 em 6 meses, até ele completar 2 anos 
· Depois de 2 anos, ela pode ser feita como reforço anual 
· Em éguas prenhas, a vacina tem eficácia maior, sendo feito de 2 a 6 semanas antes do parto, protegendo a fêmea por conta do processo imunológico da gravidez, e também ajuda que ela seja passada para os potros devido o colostramento 
ADENITE EQUINA – GARROTILHO 
· Prevalente e bastante comum em clínica de grandes 
· É bastante importante 
· Tem o nome de garrotilho, e é mais comum, porque é representada por aumento dos linfonodos, principalmente os submandibulares 
· Quando coletamos sangue, fazemos o garrote na jugular, então é entendido que a patologia está fazendo o estrangulamento o equino, causando problemas de compressão, problemas respiratórios variando de graus de acordo com o aumento de volume 
· Podemos ter vários linfonodos aumentado, de acordo com o avanço da patologia 
· Os principais linfonodos que notamos o aumento, é no submandibular e o retrofaríngeo, que ficam na região do pescoço do equino 
· Enfermidade bacteriana contagiosa, causada por Streptococcusequi equi 
· Afete o trato respiratório anterior dos equinos de todas as idades, com maior prevalência entre 1 e 5 anos de idade 
· São sensíveis a detergente e sabão, sendo resistentes a desidratação 
FATORES IMPORTANTES – GARROTILHO 
· Épocas frias e com alta umidade, aumentam a frequência da patologia
· O evento da desmama, onde ele é afastado da mãe, e a imunoglobulinas maternas para de fazer efeito, passando por muito estresse, mudando também sua alimentação e fica imunologicamente debilitado 
· Em condições que os animais são colocados em transporte prolongado, onde eles são postos em aglomerações como corridas e leilões, aumentando sua incidência também 
TRANSMISSÃO – GARROTILHO 
· Sua transmissão pode ser pelo contato direto (secreções respiratórias) ou indireto (cordas, cabrestos, alimento contaminado, cochos)
· Através de via oral e nasal, então as secreções tendo contato nessas vias, acaba fazendo o animal desenvolver a patologia 
· Animais podem adquirir imunidade após infecção, ou passar via colostro, logo os animais vão ter essa patologia 1x na vida, e adquirir imunidade e não ter mais a doença, porém muitas vezes a patologia pode acabar voltando no mesmo animal também 
PATOGENIA – GARROTILHO 
· A bactéria entra por via oral ou nasal, através do aparelho respiratório do animal, atingindo os linfonodos, e o tecido respiratório como um todo, formando abcessos nos linfonodos dos animais 
· Os parâmetros que seguimos para os linfonodos é o tamanho, textura, sensibilidade, temperatura, mobilidade, consistência, tudo que é importante para ser visualizado 
· No garrotilho, o animal apresenta sintomas respiratórios, e durante a apalpação do linfonodo, e podemos ou não visualizar o aumento de tamanho dele, mas também temos presença de dor, ficando mais sensível
· Então em caso de problemas respiratórios, é importante apalpar o linfonodo, e se tiver sensibilidade dele, durante a apalpação, podemos desconfiar do garrotilho 
· Com a progressão da doença, temos a formação de abcessos enormes, e ele acabam sendo fistulados, e no inicio ele tem uma consistência mais endurecida, e conforme ele vai crescendo e ficando maduro, ele fica fluido, amolecido, deixando a pele mais fina, e essa pele quando tem menos resistência, se rompe, e o conteúdo extravasa, e esse processo é durante 1 ou 2 semanas 
SINAIS CLÍNICOS – GARROTILHO 
· Febre 
· Apatia 
· Tosse 
· Conjuntivite
· Secreção nasal serosa, evoluindo pra mucoso e até mesmo pra purulenta e geralmente são mais purulentas 
· Problemas na mastigação, deglutição e respiração por conta da compressão que causa o aumento dos linfonodos submandibulares, fazendo até mesmo o animal parar de se alimentar 
· Dor a palpação da região da mandíbula 
· Aumento dos linfonodos, principalmente o submandibular e o retrofaríngeo 
· Os linfonodos se encontram edemaciados, quentes e doloridos à palpação, apresentando-se inicialmente firmes, e posteriormente, com o desenvolvimento da abscedação, ficam flutuantes e muito aumentados de volume, podendo chegar até sua fistulação para o exterior 
· Existe sinais um pouco menos comuns, como o aparecimento de úlceras profundas e nódulos dentro das cavidades nasais, resultando numa espessa descarga purulenta de cor amarelada que pode ser unilateral ou bilateral e se tornar sanguinolenta 
· Em caso de não responder bem ao tratamento, podemos ter casos com problemas pulmonares, mesmo não sendo comuns 
· Fistulação e rompimento dos abcessos, vemos um exsudato purulento amarelo cremoso com sangue 
· Quadro clinico de 2 a 4 semanas 
· Vamos ter a melhora clinica ou as complicações da patologia 
· Em caso de complicação da doença, pode ocorrer: Empiema de bolsas guturais (estruturas presentes no crânio do animal com acumulo de pus dentro delas), Pneumonia, Purpura hemorrágica e Garrotilho “bastardo” (acometimento de outros linfonodos no corpo do animal, por exemplo, pré-escapular – bactéria já atingiu a corrente linfática de maneira geral) 
· Após a fistulação, os sinais clínicos melhoram e geralmente o próprio sistema do animal consegue controlar a infecção 
· Como temos uma ligação da narina do animal com os olhos, pode ter conjuntivite, tendo secreções ali, com o mesmo aspecto do que sai pela a narina, o animal pode até mesmo ter uma cegueira temporária, até a melhora do quadro 
DIAGNÓSTICO – GARROTILHO 
· Histórico e sinais clínicos que o animal apresentam, por serem sinais mais específicos da patologia 
· Pode ser feito o isolamento da bactéria, através de um swab nasal do animal, e envia para um laboratório sob refrigeração 
TRATAMENTO – GARROTILHO 
· Podemos optar por fazer ou não fazer a drenagem dos abcessos, porque pra fazer essa drenagem corretamente, ele precisa estar na fase madura, então é necessário ter cuidado, afinal será necessário fazer uma incisão, e pode acabar atingindo algo que não queremos 
· É indicado fazer a drenagem, quando o animal está com muito problema de deglutição, para se alimentar 
· Então é preciso fazer uma drenagem correta, porque se não tiver com aparência mais liquida, não será possível e não vai ter melhora clinica 
· Em caso de optar por fazer a drenagem, ele deve ser tratado como uma ferida qualquer de pele 
Antitérmicos ~> 
· Para presença de febre 
· Dipirona, 5 a 25mg/kg, por via IM ou IV 
· Flunixinmeglumine, 1,1 mg/kg por via IV 
Antibióticos ~> 
· O uso dele, depende do momento da patológico, por exemplo, o animal está sendo avaliado, tem sinais respiratórios, e não tem aumento de linfonodos, mas durante a palpação, o animal sente dor, então nessa fase, entramos com o antibiótico para controlar a patologia e o crescimento dos linfonodos 
· Em caso de atender o animal, e ele já estar com os linfonodos aumentado, sem estar na fase de drenagem, não deve entrar com o antibiótico, porque o processo de fistulação do animal não acontece se entrar com a medicamentação 
· Se houver uma complicação de quadro clinico, com outros sinais de infecção, ai entra com ele também 
· Utilizado então em casos iniciais ou em casos de complicação 
· Penicilina Benzatina, 30.000 UI/kg por via IM a cada 48 horas ou 72 horas 
· Trimetoprim associado à sulfametoxazol, 20 mg/kg 
Anti-inflamatórios ~>
· Para controle de dor 
· Dexametasona, 0,05 mg/kg por via IM, e uma vez ao dia (SID) 
MEDIDAS PROFILÁTICAS – GARROTILHO 
· Isolamento do animal com 4 a 5 semanas, mesmo que o animal esteja reagindo bem, é necessário pra evitar a transmissão da doença para outros animais 
· Vacinação – pode ser feita com 4 meses de vida, mas não tem uma eficiência tão boa, então por isso é pouco utilizada 
· Manejo sanitário – limpeza dos locais principalmente quando temos um animal infectado pra não progredir pra outros animais 
RODOCOCOSE EQUINA 
· Patologia causada pelo o Rhodococcus equi 
· É uma bactéria comum do meio ambiente, ou seja,é um habitante do solo e do trato intestinal dos mamíferos e aves
· Considerada uma zoonose 
· A morbidade pode atingir 20% e a mortalidade 80% entre os animais de criação com menos de 6 meses de idade 
· Pneumonia muito importante para os potros 
· A doença geralmente aparece em potros com seis semanas a quatro meses de idade, ocorrendo em animais mais jovens, quando estes sofrem de total a parcial perda de transferência passiva de anticorpos via colostro 
TRANSMISSÃO – RODOCOCOSE 
· A via de infecção mais comum é a respiratória, pela a inalação dos aerossóis contaminados e fezes, através da coprofagia 
· A mais comum nos potros, é através das secreções das mães, mas pode ter contaminação via outros animais também 
· Cocho compartilhado, alimento compartilhado, mas a transmissão direta é mais fácil, do que essa indireta 
· Devido a falta de nutrição, distúrbios comportamentais, problemas metabólicos, tudo isso pode desencadear a coprofagia, no entanto, em herbívoros, é normal a coprofagia quando são novos, então por exemplo ele se alimenta das fezes da mãe, porque as bactérias ali presentes, trabalham de forma positiva no seu organismo (isso abastece seu organismo, já que por ser um herbívoro, precisa de micro-organismos) mas conforme o tempo, esse comportamento deixa de existir 
· Se a coprofagia for visualizada em animais mais velho, é porque provavelmente alguma patologia estará acontecendo 
PROGRESSÃO DA PATOLOGIA – RODOCOCOSE 
· A doença pode se desenvolver de uma forma aguda, onde o animal desenvolve uma pneumonia bastante severa e geralmente vem óbito 
· Ela também pode desenvolver de uma forma crônica, na qual de 30 a 40 dias de patologia, e tem uma mortalidade bem alta de 64% (animais jovens) 
· Depende do tipo de animal também, pois se temos um lote de animal que recebeu bem o colostro, estão bem nutridos e o manejo sanitário está bom, a doença será mais leve e não terá casos tão mais sérios 
MATURIDADE IMUNOLÓGICA – RODOCOCOSE 
· Mais comum em potros porque eles ainda não possuem uma maturidade imunológica 
· Após a primeira infecção, através de se infectar naturalmente, ele adquire resposta imunológica
· Em animais mais adultos, é mais difícil esse tipo de contaminação, até de aparecer sinais clínicos, porque seu sistema imune já está “maduro”
SINAIS CLÍNICOS – RODOCOCOSE 
· Anorexia 
· Apatia, diminui apetite e consumo de água 
· Pode haver febre 
· Fraqueza
· Animais caquéticos com abdômen penduloso 
· Fezes pastosas (diarréia) que grudam na região perineal 
· Os primeiros sinais geralmente não são respiratórios, e sim oriundos de uma infecção, o que acaba dificultando na hora do diagnóstico 
· Deve se preocupar com desidratação, por conta da diarréia e falta de consumo de água, pois ela pode levar o animal á óbito em curto intervalo de tempo 
· O animal jovem, dorme deitado no chão, porque se sentem seguro, afinal a mãe égua está do lado, só que o animal conforme vai crescendo, fica mais safo, pois vira um predador, e raramente fica deitado como fazia quando era um potro, e em caso de cavalo adulto que está deitado e ficou, significa problema 
· Visualizar se o potro está apenas descansando ou está apático 
· Conforme a patologia vai se desenvolvendo, se tem sinais clínicos mais específicos: 
· Intolerância a exercício – com problema respiratório, ele não vai querer fazer exercício 
· Tosse seca 
· Frequência respiratória aumentada e superficial – movimentos curtos e constantes, e uma frequência alta 
· Crepitação e sibilo durante a auscultação pulmonar 
· Temperatura corporal podendo atingir de 40 a 41ºC
· Secreção nasal
· Polisinovites principalmente tíbiotársicas – em caso de distribuição ampla da bactéria no organismo, podemos encontrar problemas na articulação 
DIAGNÓSTICO – RODOCOCOSE 
· Devido a sinais inespecíficos, e sim ligados a aparelho digestório, o diagnóstico precoce é mais difícil, então quando entendemos que é a Rodococose, ela já está bem avançada 
· Através de sinais clínicos, histórico 
· Exames de imagem, mas uma radiografia a gente visualizaria o comprometimento pulmonar, mas devido a pouca disponibilidade de aparelho, é pouco utilizado 
· O principal diagnostico é através de citologia e cultura, fazendo uma lavagem na via nasotraqueal, onde injetamos pequenas quantidades de soro fisiológico, e recuperamos ele, e faz o exame microbiológico 
· Sorológico e PCR, mesmo não sendo muito utilizados, eles podem dar o diagnóstico 
TRATAMENTO – RODOCOCOSE 
· Bactéria responde muito bem a antibióticos, sendo eles: 
· Eritromicina, 25 mg/kg, dando quatro vezes ao dia 
· Rifampicina, 5 a 10 mg/kg 
· Em casos de resposta não adequada dos acima, é utilizado a Azitromicina, 10 mg/kg 
· É feito tratamento de suporte para que o animal se recupere o mais breve possível 
· Tratamento com duração de 3 a 12 semanas, dependendo da resposta do animal, causando problema com gastos por conta do seu tempo prolongado de tratamento 
CUIDADOS – RODOCOCOSE 
· Manejo sanitário para evitar proliferação de bactérias 
· Boa alimentação garantindo que esteja em bom estado físico 
· Colostramento adequado 
· Vacinação, que podem ser feitas a partir do sexto mês de vida, e tem boa eficácia
HEMORRAGIA PULMONAR INDUZIDA POR EXERCÍCIO – HPIE 
· Comum em equinos atletas, no qual são expostos a exercícios mais extenuantes 
· Animais que possuem alguns problemas mais diferentes, por conta do seu esporte, seu trabalho 
· Uma das principais causas de redução na performance atlética de cavalos de corrida, principalmente os da raça Puro Sangue Inglês 
· Uma grande parte dos animais, possuem essa patologia, mas é de uma forma mais silenciosa 
· O principal sintoma clinico é o sangramento nasal, porém os que não tem esse sintoma, pode ter essa patologia também 
· Ocorre liberação e acumulo de sangue nos alvéolos pulmonares e vias aéreas, impedindo a troca gasosa
· Consequência fisiológica de exercícios extenuantes 
CAUSAS – HPIE 
· Existem diversas causas do porque essa doença ocorre, mas são consideradas mais teorias 
· A hiperviscosidade do sangue induzida por exercício, e isso ocorre por conta da liberação de hemácias na circulação pra melhorar a oxigenação sanguínea e o baço que faz essa liberação e por conta dessa maior concentração de hemácias, torna o sangue mais viscoso, mais consistente 
· Juntando essa liberação maior de hemácias na circulação, com o aumento da pressão pulmonar (hipertensão pulmonar), devido ao fato do equino correr muito, a sua pressão aumenta bastante quando ele pratica exercício, então pode gerar o trauma alveolar, e ocorre um processo hemorrágica 
· Trauma mecânico contínuo pelo impacto do movimento locomotor, porque acaba gerando pequenos ferimentos, tendo hemorragia mais uma vez
· Lesões inflamatórias e obstrutivas das vias aéreas se destacam como causas e mecanismos fisiopatológicos sugeridos para a ruptura dos capilares pulmonares 
· Aumento do débito cardíaco em dez vezes para suprir o grande aumento do consumo de oxigênio durante o exercício 
· Aumento da viscosidade em duas vezes causada pelo aumento do volume das células sanguíneas de 40 a 60% que sofrem alterações morfológicas e tornam-se mais frágeis osmoticamente e aumento da pressão atrial esquerda em dez vezes 
PREDISPOSIÇÃO – HPIE 
· Nada que temos certeza 
· Más formações podem desenvolver comum da circulação e pulmonar 
· Idade, sendo que os mais velhos podem desenvolver com mais facilidade 
· Condições gerais do animal, que são fracos, mais subnutridos, passaram por problemas 
· Tipo de esporte, onde é colocado em esportes extenuantes, tendo carga de exercício e treinamento, aliado a estresse, transporte, favorecendo ao desenvolvimento da patologia 
· Causas genéticas também, mas que também não se sabe muito bem 
SINAIS CLÍNICOS – HPIE 
· Queda de desempenho 
· Epistaxe – sangramento nasal, mesmo que não seja expelido, está atrelado a queda de desempenho 
· Tosse – presença de sangue, acaba tendo crises de tosse 
· Deglutição excessiva – sangue que está voltando pelo o esôfago dele
· Cansaço excessivo– não está conseguindo fazer troca gasosa, então por isso acaba se cansando mais fácil 
· Dificuldade respiratória 
· Mesmo conseguindo realizar seu exercício, o animal demora pra se recuperar, devido a deficiência de troca gasosa 
DIAGNÓSTICO – HPIE 
· Sinais clínicos e histórico 
· Endoscopia visualizando presença de sangue na traquéia do animal mesmo que não haja sangramento nasal, o sangue está ali presente 
· Citologia do lavado traqueal ou lavado broncoalveolar, e neste caso é feito uma lâmina, onde hemácias ou eritrofagocitose (células de defesa fagocitando as hemácias afinal essas hemácias não deveriam estar ali) pode ser observada após uma semana de ocorrência da hemorragia 
GRAUS – HPIE 
· Pode-se classificar a HPIE em graus que variam de 0 a 5, porém as tabelas podem variar de 0 a 4, caracterizados por ausência de sangue visível e por hemorragia nasal e presença de sangue abundante na traquéia, respectivamente
· Segue tabela com os graus e suas características: 
· 
· Carina = bifurcação traqueal 
PATOGENIA – HPIE 
1. O animal é colocado em exercício intenso >
2. Começa a ter uma fase de estresse respiratório, na qual o animal precisa oxigenar o organismo >
3. Ocorre um aumento de pressão alveolar, pulmonar e bronquial >
4. Hipoxia que leva ao aumento da viscosidade sanguínea >
5. Hipertensão pulmonar e rompimento dos capilares alveolares >
6. Passagem do sangue para interstício e alvéolos > 
7. Passagem de sangue para brônquios e traqueia > 
8. Sangue chega ou não a cavidade nasal >
9. Hemorragia pulmonar 
· O sangue demora de 30 a 120 minutos para chegar a cavidade nasal 
TRATAMENTO – HPIE 
· Devido à etiologia variada e provavelmente multifatorial, não existe um tratamento efetivo para a HPIE 
· É mais uma questão de manejo, tentando evitar que o animal entra em quadros de exercício extenuante 
· A partir do momento que o animal apresenta um quadro clinico, ele precisa fazer repouso para se recuperar por conta da lesão pulmonar
· Por conta do acumulo de sangue, é normal que possa ocorrer presença de bactérias, porém não é comum, e é preciso ter cuidado, se houver, é necessário fazer antibioticoterapia 
· Uso de Furosemida 10 mg/kg para diminuir a pressão sanguínea do animal, diminuído a pressão dos alvéolos e evitar que eles se rompam, mas não se sabe que tem uma alta funcionalidade. É usado em 30 minutos, 1 hora antes do exercício que vai exigir muito do animal 
· Animal que em quase todo exercício que pratica, entra em crise de HPIE, é de se pensar em encosta-lo 
OBSTRUÇÃO RECORRENTE DAS VIAS AÉREAS – RAO 
· Também conhecida como DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica) 
· Obstrução que ocorre devido a processos alérgicos 
· Comuns em animais atletas
· Não tem uma predileção clara por sexo, pode ser fêmea ou macho, contudo, afeta cavalos acima de 8 anos de idade e as raças mais acometidas são Quarto de Milha e Apaloosa 
· A doença caracteriza-se pelo envolvimento primário das vias aéreas inferiores, que podem apresentar-se durante os episódios de crise, parcialmente ou completamente obstruídas 
CAUSAS – DPOC 
· Inalação de partículas de poeira, oriunda principalmente do feno e da cama das baias 
· O mecanismo pelo qual a inalação da poeira causa inflamação das vias aéreas ainda não está bem entendido, contudo existem evidencias que há uma reação de hipersensibilidade específica a antígenos presentes na poeira 
· Por isso o confinamento dos animais em baias associado ao estresse de treinamentos ou transporte precipitam o aparecimento da doença ou diminuem o intervalo entre as crises 
· Animal que vai ser transportado, pode inalar poeira e acabar obstruindo 
SINAIS CLÍNICOS – DPOC
· Há inflamação e aumento da produção de muco no epitélio bronquial 
· Queda de desempenho 
· Tosse seca crônica 
· Sibilos pulmonares quando auscultamos 
· Dispnéia mista com predomínio da fase expiratória 
· Secreção nasal e crepitação grossa pulmonar, quando presentes, estão associadas às infecções bacterianas secundárias 
DIAGNÓSTICO – DPOC 
· É complicado de se dar o diagnóstico e ele se baseia nos sinais clínicos e em observar o animal 
· A citologia de amostras colhidas através do lavado broncoalveolar que demonstra um predomínio de neutrófilos, linfopenia e diminuição dos macrófagos alveolares 
· O ideal é ir atrás do ambiente que o animal vive, tornando a anamnse super importante neste momento 
· É uma doença crônica, sendo que a patologia está no ambiente, então é preciso fazer uma mudança no ambiente em que o animal vive 
TRATAMENTO – DPOC 
· O tratamento consiste em adoção de práticas de manejo que diminuam a exposição aos alérgenos 
· Broncodilatadores 
· Corticosteróides 
· Mucolíticos 
· Hiper-hidratação 
· A terapia com fármacos apenas proporciona melhora transitória dos pacientes em crises 
HEMIPLEGIA LARÍNGEA EM EQUINOS 
· Alta incidência na clínica 
· Tratamento cirúrgico 
· “Síndrome de cavalo roncador”
· A laringe encontra-se na porção ventral na junção cabeça-pescoço, ancorada pelo osso hioide (tireo-hioideu)
· A principal função da laringe é evitar a inalação de alimentos na via aérea inferior durante a deglutição, e se não tivermos essa função preservada, pode passar alimentos pra sua área respiratória 
· A HL é uma neuropatia periférica do nervo laríngeo recorrente, que resulta na atrofia neurogênica da musculatura laríngea intrínseca 
· Não se sabe exatamente o porque ela ocorre 
· A atrofia neurogenia dos músculos intrínsecos da laringe, resulta na perda progressiva das funções abdutoras e adutoras das aritenoides (cartilagens e dois músculos da laringe) 
· O processo ocorre unilateralmente e de forma progressiva
· Segue imagem de como fica a laringe:
· 
· É mais comum que o lado esquerdo esteja acometido 
CAUSAS – HL 
· A razão exata para o envolvimento diferencial da atrofia do musculo abdutor e adutor observada em cavalos com NLR é desconhecida 
· Diferenças no diâmetro das fibras
· Comprimento ou posição 
· Alterações no transporte axonal 
· Presença de áreas focais de compressão 
· Deficiência em tiamina 
· Lesão por neurotoxinas Streptococcus equi 
· A paralisia unilateral da laringe esquerda é a mais comum e resulta, na perda progressiva de grandes axônios mielinizados do nervo laríngeo recorrente esquerdo, que se caracteriza histologicamente por: Atrofia e hipertrofia de fibras musculares, Aparência angular, Perda de fibras musculares, Fibrose e Deposição de gordura 
· A condição genética é a mais provável na maioria dos cavalos afetados, uma vez que, uma etiologia precisa raramente é evidente 
SINAIS CLÍNICOS – HL 
· Ruído respiratório anormal durante o exercício, ou seja, ele ronca 
· Desempenho atlético reduzido
· Baixa performance 
· Pode gerar outras patologias concomitantemente
DIAGNÓSTICO – HL 
· Histórico e sinais clínicos 
· Palpação – tentando evidenciar que um lado está maior do que o outro:
· 
· Análise de som – mais a parte experimental, através de frequência de som e programas de computadores 
· Ultrassonografia 
· Endoscopia – melhor método e com maior facilidade conseguimos identificar, visualizando tranquilamente a atrofia de um dos lados da aritenoide 
TRATAMENTO – HL 
· Cirurgia – onde fixamos o lado que está acometido, para que haja um correto fechamento, não é uma cirurgia simples e fácil, pode não ter o melhor resultado, mas é uma forma de tentar que as aritenóides consigam fechar de forma correta

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