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Semiologia Nutricional

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@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
Semiologia Nutricional 
SINAIS: 
Representam as manifestações clínicas de uma 
doença observadas pelo examinador por meio 
da inspeção, palpação ou ausculta. 
SINTOMAS: 
Sensações subjetivas, sentidas pelo indivíduo e 
não visualizadas pelo examinador. 
LIMITAÇÕES: 
Habilidade e experiência do avaliador – Requer 
treinamento e habilidades. 
Manifestações clínicas são evidenciadas 
apenas em estados avançados de excesso 
e/ou carência nutricional. 
EXAME FÍSICO: 
Associado a outros componentes da avaliação 
nutricional (dietéticos, antropométricos e 
bioquímicos) fornece evidencias das 
deficiências nutricionais ou de piora funcional. 
(Cabelo, pele, face, olhos, lábios, boca, língua, 
unhas, tórax, dorso, membros, abdômen, tecido 
subcutâneo, sistema músculo esquelético). 
Um exame minucioso traz dados importantes 
relacionados de forma direta ou indireta, com 
a queixa principal registrada na anamnese e 
com possíveis distúrbios nutricionais a ela 
associados. 
Observar sinais clínicos específicos 
relacionados a distúrbios nutricionais. 
Aferir a pressão arterial sistêmica, em todas as 
consultas para crianças acima de 3 anos, 
fazendo uso de manguitos apropriados e 
considerando gênero, idade e estatura. 
 
 
PRESSÃO ARTERIAL SISTEMICA: 
Deve ser aferida em todas as consultas 
utilizando-se manguitos apropriados. (figura 1) 
A classificação se dá por meio de tabelas 
específicas, considerando-se hipertensão 
quando são obtidas 3 medidas (PA sistólica ou 
diastólica) acima do percentil 95 (anormal) 
considerando-se gênero, a idade e a estatura. 
Cerca de 30% de crianças e adolescentes 
obesos são hipertensos. 
METODOLOGIA DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO 
ARTERIAL E CRIANÇAS E ADOLESCENTES 
Figura 1: 
 
 
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES QUE DEVEM SER 
OBSERVADAS NO EXAME FÍSICO PARA 
IDENTIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS 
NUTRICIONAIS: 
1. DESNUTRIÇÃO GRAVE: 
Diferenciar as formas clínicas Kwashiorkor e 
Marasmo pelos parâmetros clínicos abaixo. 
@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
 
MARASMO: 
Resultante da deficiência calórica total. 
Comum em crianças menores de 1 ano. 
Emagrecimento acentuado, baixa atividade, 
membros delgados 
devido a atrofia 
muscular e 
subcutâneas, pele 
frouxa, costelas 
proeminentes com 
desaparecimento da 
bola de Bichat (último 
depósito de gordura a 
ser consumido, 
localizado na região malar), o que favorece o 
aspecto envelhecido (fécies senil ou simiesca), 
nádegas atróficas e irritabilidade. 
O abdome pode ser globoso, mas raramente se 
observa hepatomegalia. 
Os cabelos são finos e escassos e o 
comportamento apático. 
KWASHIORKOR: 
Acomete crianças maior 
de 2 anos. 
Caracteriza-e por 
alterações de pele 
(lesões hipocrômicas ao 
lado de hipercrômicas, 
com descamação), 
acomentimento dos 
cabelos (textuta, 
coloração e facilidade de 
se soltar do couro 
cabeludo), 
hepatomegalia 
(decorrente de 
esteatose), ascite face 
de lua (edema de face), 
edema de membros inferiores e/ou 
anasarca e apatia. 
 
1. OBESIDADE: 
Resultado do excesso de peso por aumento da 
massa gorda, 95% das vezes de causa 
(alimentar). 
Observar se há 
predomínio da 
distribuição de gordura 
na região abdominal 
(mais associada ao 
desenvolvimento de 
doença cardiovascular); 
presença de estrias, 
respiração bucal, 
acanthosis nigrians 
e hirsutismo 
(escurecimento das 
axilas e pescoço e 
aparecimento de 
muitas pelos, 
respectivamente; 
marcadores 
resistência insulínica), infecção fúngica em 
dobras, hepatomegalia (sugestiva de 
estatoepatite não alcoólica), edema e dor em 
articulação, desvios de coluna, alterações de 
marcha e outros desvios ortopédicos. 
HIRSUTISMO 
 
2. ANEMIA FERROPRIVA: 
@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
Carência nutricional mais prevalente em nosso 
meio. 
Antes da instalação da anemia por deficiência 
de ferro, o comprometimento dos estoques 
desse mineral já afeta uma série de processos 
metabólicos. 
Aparecimento de palidez cutânea e de 
mucosas é tardio e já indica anemia 
importante. 
É comum: apatia, astenia, atraso de 
desenvolvimento neuropsicomotor (alteração 
do equilíbrio e da linguagem) e cognitivo, 
comprometimento pôndero-estatural e maior 
susceptibilidade a infecções. 
3. HIPOVITAMINOSES: 
HIPOVITAMINOSE A: 
A faixa etária de maior risco é a pré-escolar. 
4.1. Fases: 
a) Subclínica (retinol plasmático 20-40 
µg/dl) 
Diminuição progressiva das reservas hepáticas 
e não há alterações clínicas evidentes. 
b) Clínica: (retinol plasmático <20 µg/dl): 
Alterações de crescimento; 
Maior predisposição a infecções; 
Alterações cutâneas: 
a) Xerose 
(pele seca, com aspecto escamoso, frequente 
nos membros inferiores); 
 
b) Hiperceratose folicular 
 
(pele áspera devido ao intumescmento dos 
folículos pilosos por secreção insuficiente da 
glândula sebácea e acúmulo de célular 
descamadas. 
Alterações oculares, que se desenvolvem de 
forma insidiosa (silenciosa) e progressiva e tem 
6 estágios. 
c) Nicotalpia (cegueira noturna): 
Mais precoce das alterações visuais, impede a 
criança de enxergar bem e em ambientes 
pouco iluminados. Frequentemente não 
referida por crianças muito pequenas 
(menores de 7 anos). 
d) Xerose conjuntival: 
A conjuntiva (mais comum da porção nasal e 
temporal do globo ocular) torna-se seca e 
perde o brilho; os reflexos luminosos tornam-se 
difusos e de pequena intensidade. 
e) Manchas de Bilot: 
Placa acinzentada de aparência espumosa 
encontradas com mais frequência na região 
nasal da conjuntiva ocular. 
f) Xerose corneal: 
A córnea torna-se seca e sem brilho, com 
aspecto granular (reflexo luminoso difuso no 
lugar de puntiforme). 
g) Ulceração da córnea: 
Devido a xerose há destruição do epitélio e 
estroma corneal com ou sem perfuração. 
h) Queratomalácia: 
Ulceração progressiva da córnea cm 
destruição do globo ocular (cegueira 
irreversível). 
@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
 
 
4.2. DEFICIENCIA DE VITAMINA B1 (TIAMINA): 
Restringe-se a alguns grupos populacionais 
com dietas baseados no consumo excessivo de 
arroz polido, farinha de trigo refinada e 
alcóolismo. 
Sinais: Fadiga, irritabilidade, falta de 
concentração, fraqueza e parestesia de 
membros inferiores. 
Apresentações clínicas: 
a) Beribéri: Seco- 
Polineuropatia com perda de massa muscular; 
Úmido- edema, anorexia, fraqueza muscular, 
confusão mental e insuficiência cardíaca); 
Infantil- 2 a 3 meses de idade desnutridas ou 
amamentadas por mães carentes de tiamina. 
b) Síndrome de 
Wernick-Korsakoff: 
Forma aguda da 
deficiência. Encefalopatia 
que evolui com oftalmoplegia (paralisia de um 
ou mais músculos do olho), confusão mental, 
diminuição do nível de consciência e perda e 
memória. 
4.3. DEFICIÊNCIA DE B12: 
Relacionada com dietas vegetarianas estritas 
ou má absorção crônica. 
Manifestações: Anemia megaloblástica; 
irritabilidade, glossite, diarreia, parestesias, 
transtornos psiquiátricos e neuropatia 
demielinizante central e periférica. 
4.4. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C: 
Inicia-se silenciosamente e como característica 
importante a dor intensa, onde a criança reaja 
com irritabilidade e choro à manipulação. 
Achados clínicos: 
Hematomas subperiostais, micro e 
macrofraturas, tumefações (hematomas) em 
superfícies cutâneas (joelhos e tornozelos) e 
nas junções condrocostais, rosário costal, 
sangramentos em mucosas e no globo ocular, 
hematúria, febre (relacionada a presença dos 
hematomas), xerose conjuntival e 
ceratoconjuntivite. 
4.5. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D: 
Leva ao raquitismo carencial que cursa com 
uma série de deformidades ósseas- afilamento 
da calota craniana (craniotabe) e fortenela 
ampla, alargamento de epífises (alargamento 
de punhos, tornozelos e junções 
condrocostais, o que resulta no chamado 
rosário raquítico), arqueamento de ossos 
longos, fraturaspatológicas, sulco de Harrison 
(depressão da caixa torácica da inserção do 
diafragma nas costelas), deformidades 
torácicas (“peito de pombo” ou “toráx em 
quilha”), atraso da erupção e alteração do 
esmalte dentários e baixa estatura; fraqueza 
muscular e hopotonia generalizada. 
5. DEFICIÊNCIA DE ZINCO: 
Pode comprometer o crescimento, função 
imune e desenvolvimento neuropsicomotor. 
@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
Lesões de pele – dermatite bolhosa pustular a 
dermatite acroorificial, anorexia, distúrbios 
emocionais, infecções recorrentes e diarreia. 
Acrodermatite enteropática Doença 
autossômica recessiva rara e pode ser fatal se 
não tratada precocemente com doses 
elevadas de zinco. 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais de carências nutricionais 
ÁREAS SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO 
 
 
 
CABELO 
Perda de brilho 
natural: seco e feio 
 
 
Kwashiorkor 
Menos 
frequente, 
Marasmo 
Fino e esparso 
Quebradiço 
Despigmentado 
Fácil de arrancar 
Sinal de bandeira 
 
ÁREAS SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
FACE 
Seborreia nasolabial 
(pele seca ao redor 
das narinas) 
 
Robloflavina 
 
Face endemaciada 
(“lua cheia”) 
 
Kwashiorkor 
 
Palidez Ferro 
 
 
 
 
@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@cliscialaiane 
@cliscialaiane

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