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Perspectivas contemporâneas sobre o trabalho

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PSICOLOGIA SOCIAL DO TRABALHO 
AULA 04 – Perspectivas contemporâneas sobre o trabalho 
 
• Vídeo: Você Sabia? Nova morfologia do trabalho e precarização (12min e 22seg). 
https://www.youtube.com/watch?v=0eOQ7ZfwJMs 
 
*** 
TESE CENTRAL DO TEXTO 
• A tese central apresentada é a de que o progresso científico-tecnológico no capitalismo 
contemporâneo não resulta, como expõe a corrente eurocêntrica, na finitude da teoria do valor 
do trabalho. 
• Se a classe trabalhadora metamorfoseou-se, será que ela está vivendo um processo de 
definhamento (desaparecimento)? Ela não tem mais um estatuto de centralidade? O trabalho, 
enfim, teria perdido seu sentido estruturante na ontologia do ser social? 
 
PROBLEMATIZAÇÃO 
• Metamorfose na classe trabalhadora que fez parecer que a classe trabalhadora que compõem 
o chão de fábrica estavam definhando. Substituição da obra de mão humana pela maquinária. 
Parecia que o trabalho estava desaparecendo, como se a sociedade pudesse se estruturar sem 
trabalho. 
 
POR QUE CARACOL E SUA CONCHA 
• O caracol não pode sobreviver sem sua concha, pois ela é sua proteção. A mesma metáfora é 
construída a partir do trabalho como importante para a existência dos sujeitos. 
• Numa passagem de “O Capital”, Karl Marx afirma que a manufatura separou o trabalhador dos 
meios de produção, assim como quem aparta o caracol da sua concha. Ocorre que tal molusco, 
não consegue sobreviver sem sua proteção natural. 
 
COMPREENDENDO O CONTEXTO 
• A flexibilização é flexibilização para o capital, e não para o trabalhador. Não se podia demitir o 
trabalhador sem justa causa. Hoje, a flexibilização da legislação trabalhista é prejudicial para o 
trabalhador e benefício para capital. Flexibilização e Precarização são conceitos próximos. 
• Supervalorização da imagem de colaboração. O trabalhador e tido como um igual, vestindo a 
blusa da empresa e chamado de colaborador. 
• Banalização da justiça social. 
• Entre 2004 e 2010 mudou o perfil da geração de empregos. De 2015 para cá o que se tem 
gerado são estruturas precárias de trabalho. Pessoas que atuam na informalidade. O que era 
exceção virou regra e a regra exceção. 
• O processo de globalização econômica, internacionalização dos capitais a reestruturação 
produtiva, teve como principal característica a flexibilização e a precarização das relações de 
trabalho. Nesse período, ocorreu uma série de reformas estruturais, que variam em intensidade, 
a partir da abertura dos mercados nacionais e da desregulamentarização do mercado de 
trabalho interno. É no setor terciário, o mais atingido pela reestruturação produtiva da última 
década, que encontramos uma maior flexibilização dos direitos trabalhistas, com a 
intensificação das jornadas de trabalho e novas formas de contratação. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=0eOQ7ZfwJMs
 
 
PRESSUPOSTOS 
• Uma ideia massacrante da natureza. 
• O trabalho é uma eterna necessidade natural da vida social humana. O trabalho é a categoria 
central, na qual todas as outras determinações que compõem a estrutura necessária da 
realidade social humana já se apresentam naturalmente. Mediante o trabalho, tem lugar uma 
dupla transformação: ao passo que por meio dele o homem transforma a natureza, ao mesmo 
tempo transforma a sua própria natureza. 
 
MORFOLOGIA DO TRABAHO 
• Todas as novas formas de trabalho que estão surgindo de trabalho (trabalhos atípicos) são 
cada vez mais precários e intensificação. Fim do emprego, que formam novas formas de 
vínculo. É como se quem já estava nos vínculos de emprego não sofressem tanto, mas os 
novos sim. 
• Deve ser compreendida a partir do caráter multifacetado do trabalho. 
• O número de indivíduos vinculados a uma atividade formal não decresceu – o que se percebeu 
foi um aumento do trabalho precário e a intensificação do trabalho. Houve um 
redimensionamento ético e moral do trabalho, entretanto a intervenção humana pelo trabalho 
está longe de desaparecer. 
 
TRABALHO VIVO X TRABALHO MORTO 
• A maquinaria e os dispositivos mecânicos automáticos da refinada tecnologia são absorvidos 
pela capital, na forma de capital fixo (trabalho morto), transformando-se, no processo de 
reprodução capitalista, em instrumento de realização e de apropriação do sobrevalor, ao regular 
e moldar o espaço, o ritmo e a destreza do trabalho necessário, diretamente produtivo, 
realizado pelo trabalho vivo. 
 
DUALIDADE DO TRABALHO 
• O trabalho tem sido compreendido como: expressão de vida e degradação, criação e 
infelicidade, atividade vital e escravidão, felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga, 
momento de catarse e vivência de martírio. Ora cultuava-se seu lado positivo, ora acentuava-
se o traço de negatividade. 
 
DESAFIO CONTEMPORÂNEO 
• Essa dimensão dúplice e mesmo contraditória, presente no mundo do trabalho que: cria, mas 
também subordina, humaniza e degrada, libera e escraviza, emancipa e aliena, manteve o 
trabalho humano como questão nodal em nossas vidas. E, neste conturbado limiar do século 
XXI, um desafio crucial é dar sentido ao trabalho, tornando também a vida fora do trabalho 
dotada de sentido. 
 
LIOFILIZAÇÃO DO TRABALHO 
• Os trabalhadores dizendo que estão felizes por poderem fazer de tudo no trabalho, 
enriquecendo o capitalismo e chamando ele de “enriquecimento do cargo”. 
• O processo pelo qual o trabalho vivo é progressivamente substituído pelo maquinário tecno-
informacional (trabalho morto). Nas empresas “liofilizadas”, é necessário um “novo tipo de 
trabalhador”, que os capitais denominam, de maneira enganosa, como “colaborador”. 
 
 
 
 
 
DO TAYLORISMO AO TOYOTISMO 
• No cenário de competição global as empresas não somente se apropriam da dimensão manual 
do trabalho, como nas épocas taylorista e fordista, mas também do seu caráter intelectual. 
 
CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS DO TOYOTISMO 
• “Informalização” do trabalho, aqui incluídas as alternativas cada vez mais utilizadas pelas 
corporações, como a terceirização e as contratações temporárias ou parciais, com a respectiva 
redução de direitos. 
 
DESAPARECIMENTO OU TRANFORMAÇÃO DO TRABALHO 
• Precisamos entender as formas contemporâneas da agregação do valor-trabalho. Atualmente, 
a mais-valia não é extraída apenas do plano material do trabalho, mas também do imaterial. 
 
CONTEXTO ATUAL 
• Trabalhadores perenes (que se mantém no mercado de trabalho). 
• Supérfluos (atingidos pelo desemprego estrutural). 
 
DO TRABALHO ASSALARIADO AOS NOVOS MODELOS DE VINCULO 
• Diminuição do operariado manual, fabril, estável; O aumento do novo proletariado, das 
inúmeras formas de subproletarização ou precarização do trabalho; O aumento do trabalho 
feminino; A expansão dos assalariados médios (setor de serviços); A exclusão dos 
trabalhadores idosos e jovens; O processo de desemprego estrutural; A expansão do trabalho 
social combinado. Esses elementos demonstram que o capitalismo contemporâneo não 
caminha no sentido da eliminação da classe trabalhadora, mas da sua complexificação 
utilização e intensificação, de maneira diversificada, acentuada e precarização.

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