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VIAS DE ACESSO DA CAVIDADE ABDOMINAL (24-08-2021)

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Escolha da via de acesso: 
o Conhecimento da anatomia funcional 
o Processo de cicatrização 
o Estado nutricional 
o Presença de comorbidades 
o Técnicas adequadas 
 
Objetivo: realização do procedimento necessário e 
minimização de complicações relacionadas ao acesso. 
 
As incisões devem obedecer os princípios anatômicos, 
preservando sempre que possível, a musculatura e 
inervação. 
Podemos dividir o acesso abdominal em incisões: 
o Longitudinais – medianas, pararretais e 
transretais 
o Transversas 
o Oblíquas 
o Combinadas 
o Videolaparoscópicas 
 
o Finalidade: 
- Eletiva: com objetivo bem definido 
- Exploradora: definir diagnóstico 
o Relação com o músculo reto abdominal 
- Transretais 
- Pararretais (Lennander): supra umbilical, para 
umbilical, infra umbilical, xifo púbica 
- Externa: supra umbilical e infra umbilical 
(Jalaguier) 
o Direção 
- Longitudinais: crânio caudal 
- Transversais: supra umbilical (parcial – 
Sprengel; e total); infra umbilical (parcial – 
Pfannestieal e Cherney; e total – Gurd) 
- Oblíquas: subcostal (kocher); diagonal 
epigástrica; estrelada supra umbilical; estrelada 
infra umbilical (Mc Burney); Lombo abdominal; 
Toracolaparotomia e toracofrenolaparotomia 
- Combinadas: rio branco; kerb (em baioneta); 
mayo-robson; mercedes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Pele 
o Tecido celular subcutâneo 
o Fáscia muscular – tecido conjuntivo que recobre 
toda a musculatura do corpo (divide em 
compartimentos) 
o Aponeurose 
- Depende da localização 
- Linha alba (média): aponeurose do M. reto 
abdominal 
- Lateral: aponeurose do oblíquo externo 
o Músculos: reto abdominal, oblíquo externo, interno e 
médio 
o Fáscia transversal 
o Gordura peritoneal 
o Peritônio 
o Cavidade abdominal 
 
Técnica 
 
 
o São utilizadas em explorações de urgência 
o São de rápido acesso 
o Permitem uma visão ampla da cavidade 
o Tem cicatrização menos demorada 
o Requer síntese com fio não absorvível 
o Podem ser supra e/ou infraumbilicais 
 
Vantagens 
o Podem ser ampliadas 
o Não necessitam de secção muscular 
o Acesso a qualquer estrutura da cavidade 
o Adequadas para exploração 
o Exigem pouca hemostasia 
o É a mais rápida e mais utilizada via de acesso a 
cavidade 
 
Desvantagens 
o Lesão nervosa nas incisões paramedianas 
o Maior incidência de eventrações e hérnias 
 
o São limitadas quanto a visualização do campo 
operatório 
o São mais sangrativas e exigem fechamento com 
vários planos de sutura 
o As principais são: Davis, Pfannesntiel, Kustner, 
Cherney e Bazy 
o Em crianças a incisão preferida é transversal, por 
permitir melhor campo operatório, segurança no 
fechamento, apresentar menor índice de 
complicações pós operatória e por fornecer melhor 
resultado estético 
 
o Incisão na FID, iniciando-se na borda lateral do 
músculo reto abdominal e terminado a 2cm da 
espinha ilíaca anterossuperior 
o Abertura do MOE, MOI e transverso, por divulsão. E 
se necessário, secção parcial 
o Abertura do peritônio 
 
Vantagens 
o Amplo acesso a cavidade abdominal 
o Possibilidade de várias incisões 
o Muito utilizada em crianças 
o Cirurgias: adrenal, pâncreas, fígado, tumores renais 
 
Desvantagens 
o Exigem hemostasia minuciosa, porque seccionam 
músculo, vasos e nervos 
o Transtornos motores e sensitivos na parede 
abdominal (lesão nervosa) 
 
o Não respeitam anatomia 
o Exposição nem sempre adequada 
o Lesão nervosa (> que pararretais externas) 
o Atrofia muscular – hérnia 
o Abertura na linha de tensão 
 
Krocher: 
Cirurgias no fígado, via biliar (colecistectomia) 
Secção dos oblíquos e transverso 
Desvantagem: dor pós operatória 
 
o Hematomas 
o Seromas 
o Infecções de parede 
o Hérnias incisionais 
o Aderências 
 
 
 
o Pré operatório adequado 
o Técnica asséptica e delicada 
o Diérese e síntese adequadas 
o Evitar espaço morto 
o Sutura adequada 
o Cuidados pós operatórios 
o Profilaxia adequada 
 
o Exame de cavidade abdominal por meio de um 
aparelho chamado laparoscópico 
o Realizado anestesia geral (monitorização dos 
parâmetros ventilatórios e hemodinâmicos) 
 
 
Alteração provocadas pelo pneumoperitônio: 
o Aumento da pressão intra-abdominal 
o Elevação das cúpulas diafragmáticas 
o Diminuição do retorno venoso 
o Redução do débito cardíaco 
o Aumento de CO2 
 
Pneumoperitônio aberto (visualização direta – Hasson) x 
Fechado (Agulha de Verres) 
 
Vantagens 
o Menor trauma operatório 
o Menos dor pós operatória 
o Deambulação e alimentação mais precoces 
o Menos complicações pulmonares, tromboembólicas 
e de ferida operatória 
o Melhor resultado estético 
o Redução do tempo de internação e custos 
hospitalares 
o Retorno das atividades mais rápido 
 
Complicações 
o Lesões de grandes vasos 
o Lesões viscerais 
o Enfisema subcutâneo, pneumotórax e 
pneumomediastino 
o Arritmias cardíacas 
o Embolias gasosas 
o Dor no ombro (30%) 
 
Considerações finais 
o O compromisso do cirurgião é com o doente, não 
com a via de acesso 
o A escolha da via depende da proposição cirúrgica 
o Importância do rápido acesso à cavidade abdominal 
o Amplitude de movimentos por parte do cirurgião 
o Reconstituição perfeita da parede sob o aspecto 
anatômico, funcional e estético 
o Não se deve dar maior importância à via de acesso 
que a própria cirurgia em si

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