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20/10/21 CRISE EPILÉTICA Crise epilética: Manifestação clínica da atividade elétrica síncrona excessiva no cérebro. Um sintoma que esta sendo manifestado em um determinado período. Se apresenta um único episódio ele não é medicado. Ele pode ter uma causa de base não gera a doença crônica (que trona esses episódios recorrentes), como um intoxicação Epilepsia: doença neurológica crônica caracterizada por crises epiléticas recorrentes Características das crises epiléticas Nem todo episódio é igual. Pode ser: Generalizada: vai ter sialorreia, fica em decúbito, movimentos crônicos e tônicos, perda de consciência Focal: atividade elétrica em um grupo de neurônios, pode dar cialorréia, tremor na região de face, nos membros. Ele não se cessa por uma distração ou outra atividade Focal com generalização: começa tendo tremor de face, membro, atinge a região tálamo e todo o córtex cerebral tem a descarga elétrica. Começa focal e termina com generalização Fases da crise epilética -Pré ictus: movimentos que antecedem a crise epilética -Ictus: o momento da atividade elétrica -Pós ictus: reorganização da atividade elétrica Pode ser uma crise epilética isolada (crise epilética), agrupadas (cruster- 2 ou mais crises epiléticas de um período de 24 horas, com a recuperação), estado epilético (uma crise epilética que dure mais que 5 minutos. Duas ou mais crises epiléticas sem recuperação completa no período de 20 minutos- EMERGENCIAL) Crise epilética: Alteração metabólica= crise epilética de forma reativa por alguma reação do metabolismo ou tóxica Epilepsia em 2 condições: estrutural (lesão/doença na estrutura cerebral) ou idiopática (jovem) (não tenho uma causa de base detectável pro meu paciente, quando tenho um animal q tem quadro de fator genético associado, lesão de neurotransmissores) Abordagem do paciente epilético Identificação, anamnese (agudo ou crônico, estável ou progressivo), exame físico/neurológico (normal entre crises?, outras alterações sistêmicas?, uveite, linfoadenomegalia) Manifestações sistêmicas: etiologia extracraniana Manifestações neurológicas somente: etiologia intracraniana Apenas crise epilética: epilepsia idiopáticas (?), intracraniana em fase inicial (?) Epilepsia idiopática Identificação, ausência de sintomas e exame físico normal, sem alterações no exame neurológico, redução dos intervalos, ausência de cluster e estado epilético Animal começa a convulsionar com intervalo que começa a reduzir conforme o tempo Crise epilética reativa Metabólica. Alterações: a causa mais comum é a encefalopatia hepática (perda de função hepática, apresenta insuficiência hepática) e hipoglicemia. Outros: hipertireoidismo, encefalopatia urêmica, dislipidemia, distúrbios vasculares · Encefalopatia hepática Alterações neurológicas no período interictal. Atividade reduzida/apatia, moderada apatia/ataxia leve, sialorreia.... enfim tem outras coisas associadas Epilepsia estrutural Inflamatória/ infecciosa, neoplasia, congênita, vascular, traumática. 75% dos felinos com epilepsia estrutural apresenta outros déficits neurológicos Terapia anticonvulsivante Crise epilética reativa (encefalopatia hepática): tratar causa de base/terapia sintomática e facilitar excreção. Anticonvulsivantes de curta duração Epilepsia: tratar a causa de base ou anticonvulsivantes de longa duração Quando iniciar a terapia? Período entre as crises menor que 3 meses (2 ou mais crises epiléticas em 6 meses). Medicar ou ajustar o medicamento de acordo com o intervalo das crises! O objetivo é aumentar o intervalo entre um episódio e outro -Os sintomas pos ictais são considerados significativos. Agressividade, cegueira ou maior que 24 horas -A frequência/duração/intensidade da crise epilética esta aumentando -Estado epilético ou cluster. Ex: paciente que convulsiona a cada 5 meses, está bom? Sim. Paciente que esta convulsionando a cada 5 meses com cluster, está ruim. Terapia anticonvulsivante Fenobarbital (Primeira escolha para cães e gatos). Custo/benefício, controle muito significativo de pacientes, aumenta o tempo de abertura de cloro. Dosagem inicial oral: 2mg/kg cada 12 horas. Dosagem inicial transdérmico (felinos): 9 mg/kg cada 12 horas Concentração sérica estável: cerca de 10 – 14 dias. Eficaz: 20-30 ug/dl Pré tratamento: avaliação hepática, triglicérides/colesterol Ajuste de dosagem: sonolência (% menor de pacientes intolerante= redução de dosagem) Período de concentração sérica estável Efeitos colaterais: sedação, ataxia, polifagia (principal), ganho de peso Quando associar um segundo anticonvulsivante? -Mal controle com monoterapia (fenobarbital 30 – 35 ug/dl) -Concentração sérica elevada de fenobarbital > 40 ug/dl) -Suspeita de hepatopatia com perda funcional 2 anticonvulsivante de escolha pra cães: Brometo de potássio. Controle em 80% dos casos quando associado ao fenobarbital, indicado para hepatopatas. Pode ser utilizado como medicação única Concentração sérica estável: cerca de 80-120 dias. 4 meses Dose inicial: associado ao fenobarbital: 20 mg/kg q 12 h Única medicação: 20mg/kg 12 h Brometo pra gatos leva quadro de bronquite respiratória 2 anticonvulsivante de escolha pra gatos e 3 pra espécie canina: Levetiracetam. Biodisponibilidade imediata- jejum. Ação de redução da atividade dos canais de ca voltagem dependente. Concentração plasmática em 2 horas. -Meia vida: 3 horas -Dosagem inicial: 20 mg/kg cada 8 horas -Adjuvante ao tratamento com fenobarbital, redução de 50% na frequência de crises epiléticas foi relatada em 70% dos gatos com epilepsia idiopática Gabapentina/pregabalina: não utiliza de rotina RESUMINDO: Cão: 1 - Fenobarbital; 2 – Brometo de potassio ; 3 - Levetiracetam Gato: 1 - Fenobarbital; 2-- Levetiracetam Fracasso na terapia anticonvulsivante Possibilidades: Doença progressiva não diagnosticada, falha de comunicação com o tutor, fármacos inadequados, dose/frequência inadequada, baixas concentrações terapêuticas, epilepsia refratária Quanto tempo manter a medicação? 10 a 15% dos pacientes apenas deixam de ser epiléticos em algum momento da vida deles. ESTADO EPILÉTICO Etiologia Reativa: etiologia metabólica ou tóxica Estrutural: epilepsia com etiologia cerebral Idiopática: não tem causa de base definida prévia Objetivos da terapia Controle das crises epiléticas, minimizar o dano encefálico, manutenção da terapia anticonvulsivante Abordagem terapêutica Caso de animal convulsionando na minha frente. O que fazer? Parar a crise imediata Precisa de acesso venoso, mas nem sempre é possível. Eu consigo parar a crise pela administração de anticonvulsivantes através de outros acessos sem ser a venosa: Administração de Diazepam via intraretal ou Midazolan por via intranasal. Eles são de curta duração, tem absorção rápida. Mensura a glicemia Se ele tiver Normoglicemia, ou ele tem uma epilepsia estrutural ou idiopática, associar administração de fenobarbital (pra ter um efeito maior) porque depois de 30 minutos o Diazepam ñ vai fazer mais efeito. Se convulsionou, fazer Diazepam de novo (e posso fazer isso no total de 3 vezes). Se ele continuar convulsionando, vou otimizar o protocolo. Ou faço infusão contínua de Diazepam ou fenobarbital; ou posso fazer o loading dose que são altas doses de anticonvusivante no curto espaço de tempo pra elevar a concentração do fenobarbital (de 3 a 4 doses de fenobarbital a cada 30 minutos). Se ainda continuou convulsivando... ou ele caiu no percentual que é 100% refratário ou ele tem uma causa de base que eu não identifiquei Se tiver com hipoglicemia, fazer reposição e monitora. Se voltou tomar anticonvulsivante de curta duração (esse não cobra em prova) Manitol Pode ser utilizado pra estados epiléticos. Usar em pacientes com suspeita de elevação da pressão intracraniana (ex: hipertenso com bradicardia). Não utilizar em pacientes hipotensos. Aumenta excreção de fármacos Diurético osmótico, diminui a viscosidade sanguínea, inibe a produção de radicais livres. Dose de 1 grama/kg em 15-20 minutos, intravenoso
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