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CICLO MENSTRUAL E ANTICONCEPÇÃO

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Ciclo menstrual e anticoncepção 
 
Ciclo menstrual 
 
Hipotálamo libera GNRH que atua de maneira 
pulsátil que por sua vez vai estimular a hipofise 
Hipófise libera FSH e LH que são gonadotrofinas 
que vao agir nas gônadas, primeiro FSH e depois 
LH 
FSH E LH agem no ovário, por vez o ovário libera 
estrógeno e progesterona que vao agir no útero 
O FSH estimula e recruta folículos que produzem 
estrógeno e inibina B, depois dos folículos 
recrutados ocorre uma diminuição de FSH, o 
folículo dominante quando esta pronto cheio de 
estogeno, o hipotálamo libera o LH para que 
ocorra a ovulação, depois da ovulação começa 
a liberar progesterona 
 
Folículo: camada teca e camada granulosa 
Teca produz testosterona e androgênios, atuação 
do LH (LH SEMPRE PRODUZ UMA ‘’ONA’’) 
 Granulosa produz estrogênio, atuação do FSH 
Aromatizaçao transforma androgênio em 
estrogênio através da enzima aromatase. 
Qual a camada funcional do folículo que tem 
aromatase?? Camada granulosa. 
 
Ciclo ovariano 
Fase folicular – FSH: aumento crescente de 
gonadotrofina FSH, recrutamento de folículos que 
causa aumento de estrogênio e inibina B, ocorre a 
seleção do folículo dominante e com estrogênio e 
iniba alto ocorre a inibição do FSH. A manutenção 
do estrogênio alto libera o LH 
Fase de ovulação - LH: ovula e rompe o folículo 
por função do LH. 
Qual a função do LH? Romper o folículo para 
ovulação. Quanto tempo depois do pico de LH 
ocorre ovulação?? 32 a 36h após o inicio do 
aumento; 10 a 12h após pico máximo 
Fase lutea - LH: fliculo se rompe e forma-se por 
causa da luteinizaçao, o corpo luteo que produz 
progesterona e inibina A, a inibina A inibe o FSH. É 
uma fase fixa que dura 14 dias. O aumento da 
progesterona nessa fase inibe o LH. Quem 
mantem o corpo luteo? HCG 
O LH que produz LADY que estimula a ruptura 
folicular e libera o ovulo. No ovário sobra a parede 
folicular que tem duas camadas, a teca e a 
granulosa. A teca por efeito do LH produz 
testosterona e androgênios, tudo isso durante a 
fase lutea. A camada granulosa sera luteinizada, 
ou seja ela vai parar de produzir estrogênio e o LH 
vai estimular a produção de progesterona. Então 
o LH estimula a rotura do 
 
folículo e faz com que a granulosa deixe de 
produzir estrogênio e passe a produzir 
progesterona. Assim o nível de estrogênio cai e o 
de progesterona aumenta 
 
Ciclo uterino 
Estogeno faz proliferação do útero e as artérias 
ficam mais espiraladas, quando o estrógeno 
estiver em grande quantidade libera o LH que faz 
com que ocorra a ovulação, em seguida o corpo 
luteo passa a produzir progesterona, como não 
tem o HCG para manter a progesterona, as 
artérias vao domonuindo e fechand causando 
uma necrose que faz com que elas se descamem, 
onde ocorre a menstruaçao 
Fase proliferativa: proloferaçaoo endometrial. 
Acao do estrógeno 
Fase secretora: fase do corpo luteo, ação da 
progesterona. Vasos ficam tortuosos preperando 
para a gravidez. Quem produz o HCG?? A 
placenta tem dois tipos de células, citotrofoblasto 
e sinsiciotrofoblasto, quem produz é o 
sinsiciotrofoblasto. 
 
Cmo controla o ciclo? Modulando a função 
hipotalâmica 
Hipotálamo produz o que? GNRH 
Hipófise produz o que? FSH e LH – gonadotrofinas 
O que a gonoda produz? Estrógeno e 
progestetora 
Onde agem o estrógeno e progesterona? Ovário 
– esdometrio e muco 
Função do FSH no homem? Espermatogênese 
Função do FSH na mulher? Recrutamento folicular 
Função do LH no homem? Ação nas células de 
leydig, produz testosterona 
Função do LH na mulher? Ovulação, produz 
progesterona 
Teca produz? Testosterona e androgênios 
Granulosa produz? Estrogênio pós aromatização 
Qual enzima converte androgênio em estrogênio? 
Aromatase 
Qual hormônio que tem que manter pra aumentar 
o LH? Estrogênio 
Hormônios que inibem a liberação do FSH? 
Estrogênio e inibina 
 
sistema hormonal feminino 
 
O sistema hormonal feminino, consiste em três 
hierarquias de hormônio, a saber: 
 O hormônio de liberação hipotalâmica, chamado 
hormônio liberador de gonadotropina (GnRH). 
 Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o 
hormônio foliculoestimulante (FSH) e o hormônio 
luteinizante (LH), ambos secretados em resposta à 
liberação de GnRH do hipotálamo. 
 Os hormônios ovarianos, estrogênio e 
progesterona, que são secretados pelos ovários, 
em resposta aos dois hormônios sexuais femininos 
da hipófise anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo ovariano 
 
As mudanças ovarianas que ocorrem durante o 
ciclo sexual dependem inteiramente dos 
hormônios gonadotrópicos FSH e LH, que são 
secretados pela hipófise anterior. 
Na ausência desses hormônios, os ovários 
permanecem inativos, como ocorre durante toda 
a infância, quando quase nenhum hormônio 
gonadotrópico é secretado. Entre os 9 e os 12 
anos de 
idade, a hipófise começa a secretar 
progressivamente mais FSH e LH, levando ao início 
de ciclos sexuais mensais normais, que começam 
entre 11 e 15 anos de idade. Esse período de 
mudança é denominado puberdade, e o primeiro 
ciclo menstrual é denominado menarca. Durante 
cada mês do ciclo sexual feminino, ocorre 
aumento e diminuição cíclicos, tanto de FSH 
quanto 
de LH. O FSH e o LH estimulam suas células-alvo 
ovarianas ao se combinarem aos receptores 
muito específicos de FSH e LH, nas membranas das 
células-alvo ovarianas. Os receptores ativados, 
por sua vez, aumentam a secreção das células e, 
em geral, também o crescimento e a proliferação 
das células. Quase todos esses efeitos 
estimuladores resultam da ativação do sistema do 
segundo 
mensageiro do monofosfato de adenosina cíclico, 
no citoplasma celular, levando à formação da 
proteína cinase e múltiplas fosforilações de 
enzimas chave que estimulam a síntese dos 
hormônios sexuais. 
 
 Fase folicular 
O primeiro estágio de crescimento folicular é o 
aumento moderado do próprio óvulo, cujo 
diâmetro aumenta de duas a três vezes. Em 
seguida, ocorre, em alguns folículos, o 
desenvolvimento de outras camadas das células 
da granulosa. Esses folículos são chamados 
folículos primários. 
 
Durante os primeiros dias de cada ciclo sexual 
mensal feminino, as concentrações de FSH e LH, 
secretados pela hipófise anterior, aumentam de 
leve a moderadamente, e o aumento do FSH é 
ligeiramente maior do que o de LH e o precede 
em alguns dias. Esses hormônios, especialmente 
FSH, causam o crescimento acelerado de 6 a 12 
folículos primários por mês. 
O efeito inicial é a rápida proliferação das células 
da granulosa, levando ao aparecimento de 
muitas outras camadas dessas células. Além disso, 
as células fusiformes, derivadas do interstício 
ovariano, agrupam-se em diversas camadas por 
fora das células da granulosa, levando ao 
aparecimento de uma segunda massa de células, 
denominadas teca, que se dividem em duas 
camadas. Na teca interna, as células adquirem 
características epitelioides semelhantes às das 
células da granulosa e desenvolvem a 
capacidade de secretar mais hormônios sexuais 
esteroides (estrogênio e progesterona). A camada 
externa, a teca externa, se desenvolve, formando 
a cápsula de tecido conjuntivo muito vascular, 
que passa a ser a cápsula do folículo em 
desenvolvimento. 
Depois da fase proliferativa inicial do crescimento, 
que dura alguns dias, a massa de células da 
granulosa secreta o líquido folicular que contém 
concentração elevada de estrogênio, um dos 
hormônios sexuais femininos mais importantes. O 
acúmulo desse líquido ocasiona o aparecimento 
de antro dentro da massa de células da 
granulosa. 
O crescimento inicial do folículo primário até o 
estágio antral só é estimulado, principalmente, por 
FSH. Então, há crescimento muito acelerado, 
levando a folículos ainda maiores, denominados 
folículos vesiculares. Esse crescimento acelerado é 
causado pelos seguintes fatores: O estrogênio é secretado no folículo e faz com 
que as células da granulosa formem quantidades 
cada vez maiores de receptores de FSH, o que 
provoca um efeito de feedback positivo, já que 
torna as células da granulosa ainda mais sensíveis 
ao FSH. 
 O FSH hipofisário e os estrogênios se combinam 
para promover receptores de LH nas células 
originais da granulosa, permitindo, assim, que 
ocorra a estimulação pelo LH, além da 
estimulação do FSH, e provocando aumento 
ainda mais rápido da secreção folicular. 
 A elevada quantidade de estrogênio na secreção 
folicular mais a grande quantidade de LH da 
hipófise anterior agem em conjunto, causando a 
proliferação das células tecais foliculares e 
aumentando também a sua secreção. 
Enquanto o folículo aumenta, o óvulo permanece 
incrustado na massa de células da granulosa 
localizada em um polo do folículo. 
Após uma semana ou mais de crescimento (mas 
antes de ocorrer a ovulação), um dos folículos 
começa a crescer mais do que os outros, e os outros 
5 a 11 folículos em desenvolvimento involuem 
(processo denominado atresia); então, diz-se que 
esses folículos ficam atrésicos. 
A causa da atresia não é conhecida, mas já foi 
sugerida a seguinte hipótese: as grandes 
quantidades de estrogênio do folículo em 
crescimento mais rápido agem no hipotálamo, 
deprimindo a secreção mais intensa de FSH pela 
hipófise anterior, bloqueando, dessa forma, o 
crescimento posterior dos 
folículos menos bem desenvolvidos. Sendo assim, o 
folículo maior continua a crescer por causa de seus 
efeitos de feedback positivo intrínsecos, enquanto 
todos os outros folículos param de crescer e, 
efetivamente, involuem. O folículo único atinge 
diâmetro de 1 a 1,5 centímetro na época da 
ovulação, quando é denominado folículo maduro. 
 
 Ovulação 
A ovulação na mulher que tem ciclo sexual de 28 
dias se dá 14 dias depois do início da 
menstruação. Um pouco antes de ovular, a 
parede externa protuberante do folículo incha 
rapidamente, e a pequena área no centro da 
cápsula folicular, denominada estigma, projeta-se 
como um bico. 
O LH é necessário para o crescimento folicular final 
e para a ovulação. Sem esse hormônio, mesmo 
quando grandes quantidades de FSH estão 
disponíveis, o folículo não progredirá ao estágio 
de ovulação. Cerca de dois dias antes da 
ovulação a secreção de LH pela hipófise anterior 
aumenta bastante, de 6 a 10 vezes e com pico em 
torno de 16 horas antes da ovulação. O FSH 
também aumenta em cerca de duas a três vezes 
ao mesmo tempo, e FSH e LH agem 
sinergicamente causando a rápida dilatação do 
folículo, durante os últimos dias antes da 
ovulação. O LH tem ainda efeito específico nas 
células da granulosa e tecais, convertendo-as, 
principalmente, em células secretoras de 
progesterona. Portanto, a secreção de estrogênio 
começa a cair cerca de um dia antes da 
ovulação, enquanto quantidades cada vez 
maiores de progesterona começam a ser 
secretadas. 
É nesse ambiente de: 
 crescimento rápido do folículo; 
 menor secreção de estrogênio após fase 
prolongada de sua secreção excessiva; e 
 início da secreção de progesterona que ocorre a 
ovulação. 
Sem o pico pré-ovulatório inicial de LH, a ovulação 
não ocorreria. 
Esse LH ocasiona rápida secreção dos hormônios 
esteroides foliculares que contêm progesterona. 
Dentro de algumas horas ocorrem dois eventos, 
ambos necessários para a ovulação: 
1. A teca externa (i. e., a cápsula do folículo) 
começa a liberar enzimas proteolíticas dos 
lisossomos, o que causa a dissolução da parede 
capsular do folículo e o consequente 
enfraquecimento da parede, resultando em mais 
dilatação do folículo e degeneração do estigma. 
2. Simultaneamente, há um rápido crescimento de 
novos vasos sanguíneos na parede folicular, e, ao 
mesmo tempo, são secretadas prostaglandinas 
(hormônios locais que causam vasodilatação) nos 
tecidos foliculares. 
Esses dois efeitos promovem transudação de 
plasma para o folículo, contribuindo para sua 
dilatação. Por fim, a combinação da dilatação 
folicular e da degeneração simultânea do 
estigma faz com que o folículo se rompa, 
liberando o óvulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fase lutea 
Durante as primeiras horas depois da expulsão do 
óvulo do folículo, as células da granulosa e tecais 
internas remanescentes se transformam, 
rapidamente, em células luteínicas. Elas 
aumentam em diâmetro, de duas a três vezes, e 
ficam repletas de inclusões lipídicas que lhes dão 
aparência amarelada. Esse processo é chamado 
luteinização. Suprimento vascular bem 
desenvolvido também cresce no corpo lúteo. As 
células da granulosa no corpo lúteo desenvolvem 
vastos retículos endoplasmáticos lisos 
intracelulares, que formam grandes quantidades 
dos hormônios sexuais femininos progesterona e 
estrogênio (com mais progesterona do que 
estrogênio durante a fase lútea). As células tecais 
formam, basicamente, os androgênios 
androstenediona e testosterona, em vez dos 
hormônios sexuais femininos. Entretanto, a maioria 
desses hormônios também é convertida pela 
enzima aromatase, nas células da granulosa, em 
estrogênios, os hormônios femininos. 
Uma vez que o LH (principalmente o secretado 
durante o pico ovulatório) tenha agido nas células 
da granulosa e tecais, causando a luteinização, as 
células luteínicas recém-formadas parecem estar 
programadas para seguir a sequência 
préordenada de: proliferação; aumento; e 
secreção seguida por degeneração. Tudo isso 
ocorre em aproximadamente 12 dias. 
Involução: O estrogênio, em especial, e a 
progesterona, em menor extensão, secretados 
pelo corpo lúteo durante a fase luteínica do ciclo 
ovariano, têm potentes efeitos de feedback na 
hipófise anterior, mantendo intensidades 
secretoras reduzidas de FSH e LH. 
Além disso, as células luteínicas secretam 
pequenas quantidades do hormônio inibina, a 
mesma inibina secretada pelas células de Sertoli, 
nos testículos masculinos. Esse hormônio inibe a 
secreção de FSH pela hipófise anterior. O resultado 
são concentrações sanguíneas reduzidas de FSH e 
LH, e 
a perda desses hormônios, por fim, faz com que o 
corpo lúteo se degenere completamente, 
processo denominado involução do corpo lúteo. 
A involução final normalmente se dá ao término 
de quase 12 dias exatos de vida do corpo lúteo, 
em torno do 26o dia do ciclo sexual feminino 
normal, dois dias antes de começar a 
menstruação. Nessa época, a parada súbita de 
secreção de estrogênio, progesterona e inibina 
pelo corpo lúteo remove a inibição por feedback 
da hipófise anterior, permitindo que ela comece a 
secretar novamente quantidades cada vez 
maiores de FSH e LH. O FSH e o LH dão início ao 
crescimento de novos folículos, começando novo 
ciclo ovariano. A escassez de progesterona e 
estrogênio, nesse momento, também leva à 
menstruação uterina. 
 
 
Ciclo endometrial - menstruação 
 
Temos seguintes estágios: (1) proliferação do 
endométrio uterino; (2) desenvolvimento de 
alterações secretoras no endométrio; e (3) 
descamação do endométrio, que conhecemos 
como menstruação. 
 
 
 
 Fase proliferativa 
No início de cada ciclo mensal, grande parte do 
endométrio foi descamada pela menstruação. 
Após a menstruação, permanece apenas uma 
pequena camada de estroma endometrial, e as 
únicas células epiteliais restantes são as 
localizadas nas porções remanescentes profundas 
das glândulas e criptas do endométrio. Sob a 
influência dos estrogênios, secretados em grande 
quantidade pelo ovário, durante a primeira parte 
do ciclo ovariano mensal, as células do estroma e 
as células epiteliais proliferam rapidamente. A 
superfície endometrial é reepitelizada de 4 a 7 dias 
após o início da menstruação. 
Em seguida, durante a próxima semana e meia, 
antes de ocorrer a ovulação, a espessura do 
endométrio aumenta bastante, devido ao 
crescentenúmero de células estromais e ao 
crescimento progressivo das glândulas 
endometriais e novos vasos sanguíneos no 
endométrio. Na época da ovulação, o 
endométrio tem de 3 a 5 milímetros de espessura. 
As glândulas endometriais, especialmente as da 
região cervical, secretam um muco fino e 
pegajoso. Os filamentos de muco efetivamente se 
alinham ao longo da extensão do canal cervical, 
formando canais que ajudam a guiar o 
espermatozoide na direção correta da vagina até 
o útero. 
 
 Fase secretora 
Durante grande parte da última metade do ciclo 
mensal, depois de ter ocorrido a ovulação, a 
progesterona e o estrogênio são secretados em 
grande quantidade pelo corpo lúteo. Os 
estrogênios causam leve proliferação celular 
adicional do endométrio durante essa fase do 
ciclo, enquanto a progesterona causa inchaço e 
desenvolvimento secretor acentuados do 
endométrio. As glândulas aumentam em 
tortuosidade, e um excesso de substâncias 
secretoras se acumula nas células epiteliais 
glandulares. Além disso, o citoplasma das células 
estromais aumenta; depósitos de lipídios e 
glicogênio aumentam bastante nas células 
estromais; e o fornecimento sanguíneo ao 
endométrio aumenta ainda mais, em proporção 
ao desenvolvimento da atividade secretora, e os 
vasos sanguíneos ficam muito tortuosos. No pico 
da fase secretora, cerca de uma semana depois 
da ovulação, o endométrio tem espessura de 5 a 
6 milímetros. 
A finalidade geral dessas mudanças endometriais 
é produzir endométrio altamente secretor que 
contenha grande quantidade de nutrientes 
armazenados, para prover condições apropriadas 
à implantação do óvulo fertilizado, durante a 
última metade do ciclo mensal. A partir do 
momento em 
que o óvulo fertilizado chega à cavidade uterina, 
vindo da trompa de Falópio (o que ocorre 3 a 4 
dias depois da ovulação), até o momento em que 
o óvulo se implanta (7 a 9 dias depois da 
ovulação), as secreções uterinas, chamadas “leite 
uterino”, fornecem nutrição ao óvulo em suas 
divisões iniciais. Em seguida, quando o óvulo se 
implanta no endométrio, as células trofoblásticas, 
na superfície do ovo implantado (no estágio de 
blastocisto), começam a digerir o endométrio e 
absorver as substâncias endometriais 
armazenadas, disponibilizando, assim, grandes 
quantidades de nutrientes para o embrião recém-
implantado. 
 
 Menstruação 
Se o óvulo não for fertilizado, cerca de dois dias 
antes do final do ciclo mensal, o corpo lúteo no 
ovário subitamente involui e a secreção dos 
hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona) 
diminui. 
A menstruação é causada pela redução de 
estrogênio e progesterona, especialmente da 
progesterona, no final do ciclo ovariano mensal. O 
primeiro efeito é a redução da estimulação das 
células endometriais por esses dois hormônios, 
seguida rapidamente pela involução do 
endométrio para cerca de 65% da sua espessura 
prévia. Em seguida, durante as 24 horas que 
precedem o surgimento da menstruação, os vasos 
sanguíneos tortuosos, que levam às camadas 
mucosas do endométrio, ficam vasoespásticos, 
supostamente devido a algum efeito da 
involução, como a liberação de material 
vasoconstritor - possivelmente um dos tipos 
vasoconstritores das prostaglandinas, presentes 
em abundância nessa época. 
O vasoespasmo, a diminuição dos nutrientes ao 
endométrio e a perda de estimulação hormonal 
desencadeiam necrose no endométrio, 
especialmente dos vasos sanguíneos. 
Consequentemente, o sangue primeiro penetra a 
camada vascular do endométrio, e as áreas 
hemorrágicas crescem 
rapidamente durante um período de 24 a 36 
horas. Gradativamente, as camadas externas 
necróticas do endométrio se separam do útero, 
em locais de hemorragia, até que, em cerca de 
48 horas depois de surgir a menstruação, todas as 
camadas superficiais do endométrio tenham 
descamado. A massa de tecido descamado e 
sangue na cavidade uterina mais os efeitos 
contráteis das prostaglandinas ou de outras 
substâncias no descamado em degeneração 
agem em conjunto, dando início a contrações 
que expelem os conteúdos uterinos. 
Durante a menstruação normal, 
aproximadamente 40 mililitros de sangue e mais 35 
mililitros de líquido seroso são eliminados. 
Normalmente, o líquido menstrual não coagula 
porque uma fibrinolisina é liberada em conjunto 
com o material endometrial necrótico. Se houver 
sangramento excessivo da superfície uterina, a 
quantidade de fibrinolisina pode não ser suficiente 
para evitar a coagulação. A presença de 
coágulos durante a menstruação, muitas vezes, 
representa evidência clínica de doença uterina. 
Quatro a 7 dias após o início da menstruação, a 
perda de sangue cessa, porque, nesse momento, 
o endométrio já se reepitalizou. 
 
 
Regulação/interação com eixo hipotálamo 
hipofisário 
 
O hipotálamo secreta GnRH que faz com que a 
hipófise anterior secrete FSH e LH 
A pecreção pulsátil intermitente de GnRH pelo 
hipotálamo estimula a liberação pulsátil de LH 
pela hipófise Anterior. O hipotálamo não secreta 
GnRH continuamente, mas, sim, em pulsos de 5 a 
25 minutos de duração que ocorrem a cada 1 a 2 
horas. A liberação pulsátil de GnRH também 
provoca produção intermitente de LH a cada 90 
minutos em média. 
A atividade neuronal que ocasiona a liberação 
pulsátil de GnRH ocorre primariamente no 
hipotálamo médio-basal, especialmente nos 
núcleos arqueados dessa área. Portanto, 
acredita-se que esses núcleos arqueados 
controlam grande parte da atividade sexual 
feminina, embora neurônios localizados na área 
pré-óptica do hipotálamo anterior também 
secretem GnRH em quantidades moderadas. 
Múltiplos centros neuronais no sistema “límbico” (o 
sistema de controle psíquico) transmitem sinais aos 
núcleos arqueados para modificar tanto a 
intensidade de liberação de GnRH quanto a 
frequência dos pulsos. 
 
Hipotálamo libera GNRH que atua de maneira 
pulsátil que por sua vez vai estimular a hipófise 
 Hipófise libera FSH e LH que são gonadotrofinas 
que vao agir nas gônadas, primeiro FSH e depois 
LH 
 FSH E LH agem no ovário, por vez o ovário libera 
estrógeno e progesterona que vao agir no útero 
 
Dando inicio a fase folicular, ação do FSH 
 O LH se liga nos receptores das células da teca 
inicialmente, estimulando essas células a 
produzirem andrógenos e testosterona 
 Nesse momento, o FSH agindo nas células da 
granulosa estimula e recruta folículos que 
produzem estrogênio através da conversão da 
testosterona. A enzima responsável por essa 
conversão é a aromatase. 
 O FSH através do recrutamento de folículos 
também produzem uma substância chamada 
Inibina B, importante para o controle da 
secreção. Após esse recrutamento e 
maturação ocorre a seleção de um folículo 
dominate que estará cheio desse estrógeno e 
pronto para se romper. 
 Com o aumento do estrógeno e da inibina o 
FSH começa a diminuir e a manutenção do 
estrogênio alto faz o LH aumentar por estimulo 
do hiptalamo para que ocorra a ovulação. 
 O aumento de LH faz com que o folículo se 
rompa e ocorre a ovulação. Quanto tempo 
depois do pico de LH ocorre ovulação?? 32 a 
36h após o inicio do aumento; 10 a 12h após 
pico máximo 
 Quando terminada a ovulação, começa a 
liberar progesterona 
 
Iniciando a fase lutea, ação do LH 
 O corpo luteo se forma através do rompimento 
do folículo que faz com que ocorra a 
luteinizaçao, que é quando o LH estimula a 
ruptura do folículo e faz com que a camada 
da granulosa para de produzir estrogênio e o 
LH começa a estimular a produção de 
progesterona, caindo o nível de estrogenio e 
aumentando a progesterona. 
 O corpo luteo produz progesterona e inibina A 
 essa inibina A vai inibir o FSH 
 o aumento da progesterona inibe o LH 
 o corpo luteo se mantem pelo HCG se ocorrer 
a fecundação do ovulo, se não o ciclo 
recomeça 
 
 
Feedbacks 
 
Esses efeitos de feedbackparecem operar 
basicamente na hipófise anterior de modo direto, 
mas também operam em menor extensão no 
hipotálamo, diminuindo a secreção de GnRH em 
especial, alterando a frequência dos pulsos de 
GnRH. 
Além dos efeitos de feedback do estrogênio e da 
progesterona, outros hormônios parecem estar 
envolvidos, sobretudo a inibina, que é secretada 
em conjunto com os hormônios esteroides sexuais 
pelas células da granulosa do corpo lúteo 
ovariano, da mesma maneira que as células de 
Sertoli secretam inibina nos testículos masculinos. 
Esse hormônio tem o mesmo efeito 
em mulheres e homens — isto é, inibe a secreção 
de FSH e, em menor extensão, de LH pela hipófise 
anterior. Portanto, acredita-se que a inibina seja 
especialmente importante ao diminuir a secreção 
de FSH e LH, no final do ciclo sexual mensal 
feminino. 
 
Feedback positivo 
A hipófise anterior secreta grandes quantidades 
de LH por 1 ou 2 dias, começando 24 a 48 horas 
antes da ovulação. 
Experimentos mostraram que a infusão de 
estrogênio em mulher acima do valor crítico por 2 
a 3 dias, durante a última parte da primeira 
metade do ciclo ovariano, causará rapidamente 
o crescimento acelerado dos folículos ovarianos, 
bem como com grande rapidez também a 
secreção acelerada de estrogênios ovarianos. 
Durante esse período, as secreções de FSH e LH 
pela hipófise são, em primeiro lugar, ligeiramente 
suprimidas. Em seguida, a secreção de LH 
aumenta subitamente de seis a oito vezes, e a 
secreção de FSH aumenta em cerca de duas 
vezes. A maior secreção de LH faz com que ocorra 
a ovulação. 
Não se sabe a causa desse pico súbito na 
secreção de LH. Entretanto, as diversas possíveis 
explicações são: 
1. Já se sugeriu que o estrogênio, nesse ponto do 
ciclo, tem efeito de feedback positivo peculiar de 
estimular a secreção hipofisária de LH e, em menor 
extensão, de FSH o que contrasta com seu efeito 
de feedback negativo normal, que ocorre 
durante o restante do ciclo feminino mensal. 
2. As células da granulosa dos folículos começam 
a secretar quantidades pequenas, mas cada vez 
maiores, de progesterona, mais ou menos um dia 
antes do pico pré-ovulatório de LH, e sugeriu-se 
que tal fato poderia ser o fator que estimula a 
secreção excessiva de LH. Sem esse pico pré-
ovulatório normal de LH, a ovulação não ocorrerá. 
 
Feedback negativo 
O estradiol, importante estrogênio predominante 
na primeira fase do ciclo, e a progesterona 
(principal hormônio da segunda fase do ciclo 
mensal feminino), realizam o feedback negativo 
na hipófise (inibindo a liberação de LH e FSH) e no 
hipotálamo (inibindo a liberação de GnRH). A 
inibina B, liberada pelas células da granulosa na 
fase estrogênica, também auxilia no controle da 
secreção, inibindo principalmente a secreção de 
FSH pela hipófise anterior. 
 
 Oscilação dos feedbacks 
oscilação do feedback que controla o ritmo do 
ciclo sexual feminino, que parece operar, de certa 
forma, na seguinte sequência de eventos: 
1. Secreção Pós-ovulatória dos Hormônios 
Ovarianos e Depressão das Gonadotropinas 
Hipofisárias. Entre a ovulação e o início da 
menstruação, o corpo lúteo secreta grandes 
quantidades de progesterona e estrogênio, bem 
como do hormônio inibina. Todos esses hormônios, 
em conjunto, têm efeito de feedback negativo 
combinado na hipófise anterior e no hipotálamo, 
causando a supressão da secreção de FSH e LH e 
reduzindo- os a seus níveis mais baixos, cerca de 3 
a 4 dias antes do início da menstruação. 
2. Fase de Crescimento Folicular. Dois a 3 dias 
antes da menstruação, o corpo lúteo regrede 
quase à involução total, e a secreção de 
estrogênio, progesterona e inibina do corpo lúteo 
diminui a um nível baixo, o que libera o hipotálamo 
e a hipófise anterior do efeito de feedback 
negativo desses hormônios. Portanto, mais ou 
menos um dia depois, em torno do momento em 
que se inicia a menstruação, a secreção 
hipofisária de FSH começa novamente a 
aumentar em até o dobro; em seguida, vários dias 
após o início da menstruação, a secreção de LH 
também aumenta ligeiramente. Esses hormônios 
iniciam o crescimento de novos folículos 
ovarianos, atingindo um pico de secreção de 
estrogênio em torno de 12,5 a 13 dias depois do 
início do novo ciclo sexual feminino mensal. 
Durante os primeiros 11 a 12 dias desse 
crescimento folicular, a secreção hipofisária das 
gonadotropinas FSH e LH caem ligeiramente 
devido ao efeito do feedback negativo, 
especialmente do estrogênio, na hipófise anterior. 
Em seguida, há aumento súbito e acentuado da 
secreção de LH e, em menor extensão, de FSH. 
Esse aumento da secreção é o pico pré-ovulatório 
de LH e FSH, que é seguido pela ovulação. 
3. O Pico Pré-ovulatório de LH e FSH Causa a 
Ovulação. Cerca de 11,5 a 12 dias depois do início 
do ciclo mensal, o declínio da secreção de FSH e 
LH chega a seu fim súbito. Acredita-se que o alto 
nível de estrogênio nesse momento (ou o começo 
da secreção de progesterona pelos folículos) 
cause efeito estimulador de feedback positivo na 
hipófise anterior, como explicado antes, levando 
a grande pico na secreção de LH e, em menor 
extensão, de FSH. Qualquer que seja a causa 
desse pico pré-ovulatório de LH e FSH, o grande 
excesso de LH leva à ovulação e ao 
desenvolvimento subsequente tanto do corpo 
lúteo quanto da sua secreção. Assim, o sistema 
hormonal inicia seu novo ciclo de secreções, até 
a próxima ovulação. 
 
 Ciclos anovulatórios 
Se o pico pré-ovulatório de LH não tiver grandeza 
suficiente, a ovulação não ocorrerá, e diz-se que 
o ciclo é “anovulatório”. As fases do ciclo sexual 
continuam, mas são alteradas das seguintes 
maneiras: primeiro, a ausência de ovulação leva 
ao não desenvolvimento do corpo lúteo, de 
maneira que não há 
quase nenhuma secreção de progesterona, 
durante a última porção do ciclo. Em segundo 
lugar, o ciclo é encurtado por vários dias, mas o 
ritmo continua. Por isso, é provável que a 
progesterona não seja necessária à manutenção 
do ciclo em si, muito embora possa alterar seu 
ritmo. Os primeiros ciclos depois do início da 
puberdade geralmente são anovulatórios, assim 
como os ciclos que ocorrem alguns meses a anos 
antes da menopausa, talvez porque o pico de LH 
não seja potente o bastante, nessas épocas, para 
provocar ovulação. 
 
Ciclo menstrual 
 
O termo geral ciclo reprodutivo feminino abrange 
os ciclos ovariano e uterino, as alterações 
hormonais que regulam esses ciclos e as 
alterações cíclicas relacionadas nas mamas e no 
colo do útero. O hormônio de liberação da 
gonadotropina (GnRH) secretado pelo 
hipotálamo controla os eventos do ciclo 
reprodutivo feminino. O GnRH estimula a liberação 
de hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio 
luteinizante (LH) pela adenohipófise. Por sua vez, o 
FSH inicia o crescimento folicular e a secreção de 
estrogênios pelos folículos ovarianos em 
crescimento. O LH estimula o desenvolvimento 
complementar dos folículos e a secreção plena 
de estrogênios por eles. No meio do ciclo, o LH 
estimula a ovulação e, depois, promove a 
formação do corpo lúteo (daí o nome hormônio 
luteinizante). Estimulado pelo LH, o corpo lúteo 
produz e secreta estrogênios, progesterona, 
relaxina e inibina. A duração típica do ciclo 
reprodutivo feminino é de 24 a 35 dias. Para essa 
discussão, admitimos uma duração de 28 dias e 
dividimos o ciclo em quatro fases: a fase 
menstrual, a fase pré-ovulatória, a ovulação e a 
fase pós-ovulatória. 
 
 Fase menstrual 
A fase menstrual, também denominada 
menstruação, dura aproximadamente os cinco 
primeiros dias do ciclo (por convenção, o primeiro 
dia da menstruação é o dia 1 do novo ciclo). 
 Eventos nos ovários: Sob a influência do FSH, 
vários folículos primordiais se transformam em 
folículos primários e, depois, em folículos 
secundários. O líquido folicular, secretado 
pelas célulasgranulosas e filtrado do sangue 
nos capilares da teca folicular, se acumula no 
antro em expansão (espaço que se forma no 
interior do folículo) enquanto o oócito 
continua perto da margem do folículo. 
 Eventos no útero: O fluxo menstrual uterino é 
constituído de 50 a 150 mℓ de sangue, líquido 
tecidual, muco e células epiteliais 
desprendidas do endométrio. Essa secreção 
ocorre porque a queda do nível de 
progesterona e estrogênios ovarianos estimula 
a liberação de prostaglandinas, o que causa 
a constrição das arteríolas espirais uterinas. 
Desse modo, há privação de oxigênio nas 
células irrigadas por elas, que começam a 
morrer. Por fim, há desprendimento de toda a 
camada funcional. Nesse período, o 
endométrio é muito fino, cerca de 2 a 5 mm, 
porque só resta a camada basal. O fluxo 
menstrual passa da cavidade do útero, 
através do colo e da vagina, para o exterior. 
 
 Fase pré-ovulatória 
A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da 
menstruação e a ovulação. Essa fase tem 
duração mais variável que as outras e é 
responsável pela maioria das diferenças quando 
os ciclos são mais curtos ou mais longos que 28 
dias. Dura do 6o ao 13o dias em um ciclo de 28 
dias. 
 Eventos nos ovários: Alguns dos folículos 
secundários nos ovários começam a secretar 
estrogênios e inibina. Por volta do sexto dia, um 
folículo secundário em um dos ovários 
amadureceu antes dos outros e se tornou o 
folículo dominante. Os estrogênios e a inibina 
secretados pelo folículo dominante reduzem a 
secreção de FSH, o que causa a interrupção 
do crescimento e a degeneração dos outros 
folículos menos desenvolvidos. Normalmente, 
o folículo secundário dominante torna-se o 
folículo maduro, que continua a aumentar até 
alcançar mais de 20 mm de diâmetro e estar 
pronto para a ovulação. Esse folículo forma 
uma projeção vesicular por causa do 
aumento do volume do antro, na superfície do 
ovário. Durante o processo final de 
maturação, a produção de estrogênios pelo 
folículo maduro continua a aumentar. 
 Eventos no útero: Os estrogênios liberados no 
sangue pelos folículos ovarianos em 
crescimento estimulam o reparo do 
endométrio; as células da camada basal se 
dividem por mitose e produzem uma nova 
camada funcional. Conforme ocorre 
espessamento do endométrio, desenvolvem-
se glândulas endometriais curtas e retas, e as 
arteríolas se espiralam e alongam ao 
penetrarem na camada funcional. A 
espessura do endométrio quase dobra, 
alcançando cerca de 4 a 10 mm. A fase pré-
ovulatória também é denominada fase 
proliferativa do ciclo uterino porque há 
proliferação do endométrio. 
 
 Ovulação 
A ovulação, a ruptura do folículo maduro junto 
com o epitélio germinativo sobrejacente do ovário 
e a liberação do oócito secundário na cavidade 
peritoneal, geralmente ocorre no 14o dia em um 
ciclo de 28 dias. Durante a ovulação, o oócito 
secundário continua circundado pela zona 
pelúcida e coroa radiada. A transformação de 
um folículo secundário em um folículo totalmente 
maduro costuma levar cerca de 20 dias 
(abrangendo os últimos 6 dias do ciclo anterior e 
os primeiros 14 dias do ciclo em curso). Durante 
esse período, o oócito primário completa a meiose 
I e se torna um oócito secundário; o oócito 
secundário inicia a meiose II, que é interrompida 
na metáfase até a fertilização. De tempos em 
tempos, há perda de um oócito na cavidade 
pélvica, onde ele acaba por se desintegrar. 
 
 Fase pós-ovulatória 
A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo 
feminino é o período entre a ovulação e o início 
da próxima menstruação. É a parte com duração 
mais constante do ciclo reprodutivo feminino. 
Dura 14 dias em um ciclo de 28 dias, do 15o ao 28o 
dia . Como os estrogênios ajudam os ossos a reter 
cálcio e outros minerais, a diminuição crônica dos 
níveis de estrogênios está associada à perda de 
densidade mineral óssea. 
 Eventos nos ovários: Depois da ovulação, há 
colapso do folículo maduro e ruptura da 
membrana basal entre as células granulosas e 
a teca interna. Quando se forma um coágulo 
sanguíneo após o pequeno sangramento do 
folículo que se rompeu, o folículo se transforma 
no corpo hemorrágico. As células da teca 
interna se misturam com as células granulosas 
e todas são transformadas em células do 
corpo lúteo sob a influência do LH. Estimulado 
pelo LH, o corpo lúteo secreta progesterona, 
estrogênios, relaxina e inibina. As células lúteas 
também absorvem o coágulo sanguíneo. Em 
vista dessa atividade, a fase pós-ovulatória 
também é denominada fase lútea do ciclo 
ovariano. Enquanto caem os níveis de 
progesterona, estrogênios e inibina, aumenta 
a liberação de GnRH, FSH e LH em razão da 
supressão do feedback negativo pelos 
hormônios ovarianos. O crescimento folicular 
recomeça e tem início um novo ciclo 
ovariano. Se o oócito secundário for fertilizado 
e começar a se dividir, o corpo lúteo persiste 
além do período normal de 2 semanas. Ele é 
“resgatado” da degeneração pela 
gonadotropina coriônica humana (hCG). O 
cório do embrião começa a produzir esse 
hormônio a partir de cerca de 8 dias após a 
fertilização. Assim como o LH, a hCG estimula 
a atividade secretora do corpo lúteo. A 
presença de hCG no sangue ou na urina 
materna é um indicador de gravidez e esse é 
o hormônio detectado pelos testes de 
gravidez de uso domiciliar. 
 Eventos no útero: A progesterona e os 
estrogênios produzidos pelo corpo lúteo 
promovem o crescimento e o espiralamento 
das glândulas endometriais, a vascularização 
do endométrio superficial e o espessamento 
do endométrio até 12 a 18 mm. Por causa da 
atividade secretora das glândulas 
endometriais, que começam a secretar 
glicogênio, esse período é denominado fase 
secretora do ciclo uterino. Essas alterações 
preparatórias alcançam o auge cerca de 1 
semana depois da ovulação, no momento em 
que um blastocisto poderia chegar ao útero. 
Se não houver fertilização, os níveis de 
progesterona e estrogênio caem em razão da 
degeneração do corpo lúteo. A diminuição 
dos níveis de progesterona e estrogênios 
causa a menstruação. 
 
 
Anticoncepção 
 
Métodos comportamentais: São aqueles que, ao 
serem utilizados, implicam em modificações do 
comportamento sexual do casal. Baseadas em 
conhecimentos de reprodução humana, são 
admitidas duas formas de métodos 
comportamentais: 
 Abstinência sexual periódica 
 Ejaculação extra-vaginal. 
 
Métodos de barreira: São denominados métodos 
de barreira aqueles que evitam a gravidez através 
do impedimento da ascensão dos 
espermatozóides ao útero. 
Atualmente, com a crescente incidência das 
doenças sexualmente transmissíveis (DST), em 
particular a AIDS, houve uma revalorização do uso 
dos métodos de barreira. 
 Preservativo (Camisinha/Condom) masculino; 
 Preservativo (Camisinha/Condom) feminino: 
recobre a cérvice uterina, paredes vaginais e 
parte da vulva. Devido à maior área genital 
tanto feminina quanto masculina recobertas 
oferece proteção mais efetiva contra a 
transmissão de doenças sexualmente 
transmissíveis; 
 Diafragma: É um pequeno dispositivo circular 
de borracha com borda firme flexível, que ao 
ser colocado na vagina forma uma barreira 
física sob o colo do útero. 
 Esponjas: As esponjas modernas são feitas de 
poliuretano associados com o espermaticida 
nonoxinol-9. Têm um formato ligeiramente 
côncavo, para adaptar-se melhor ao colo 
uterino, devendo ser umedecidas antes da sua 
colocação para ativar o espermaticida. 
Embora rara, a síndrome de choque tóxico é 
uma possível complicação entre usuárias do 
diafragma, tampões vaginais e esponjas 
contraceptivas, estando o risco associado ao 
uso prolongado principalmente acima de 24-
36 horas, sendo que a síndrome é causada por 
algumas cepas do Staphylococus aureus. 
 Espermaticida: São substâncias que 
colocadas no fundo da vagina têm açãode 
barreira por inativação dos espermatozóides, 
devido a lesão de sua membrana celular. 
 
Anticoncepcional hormonal combinado oral: 
O AHCO consiste na utilização por via oral de 
estrogênio associado à progesterona com a 
finalidade de impedir a concepção. Existem três 
formas de combinação do estrogênio com a 
progesterona: 
 A primeira, mais usada, é a monofásica uma 
associação contínua e na mesma dosagem 
em todas as pílulas produto. 
 As outras, combinadas bifásica e trifásica, 
apresentam variações na dosagem dos 
esteróides ao longo do ciclo, tentando assim 
mimetizar a esteroidogênese ovariana. 
 Os Anticoncepcionais Hormonais Combinados 
Orais inibem ovulação através do bloqueio da 
liberação de gonadotrofinas pela hipófise. 
Além disso, modificam o muco cervical 
tornando-o hostil à espermomigração, altera o 
endométrio, modifica a contratilidade das 
tubas interferindo no transporte ovular e altera 
a resposta ovariana às gonadotrofinas. 
 
Injetável mensal: Os injetáveis mensais são 
aplicados por via intramuscular, sendo que 
propostos em posologias diferentes; entre o 7o e 
10o dia do ciclo iniciado entre o 1º e o 5o dia, com 
aplicações ulteriores a cada trinta dias. A segunda 
opção oferece uma maior regularidade do ciclo, 
mantendo a eficácia. A ação anticonceptiva 
reside, fundamentalmente, no efeito do 
progestogênio sobre o eixo neuroendócrino 
inibindo a ovulação, pelo bloqueio do pico do LH, 
que permanece em seus níveis basais. 
 
Injetável trimestral: A anticoncepção injetável 
trimestral é realizada com o uso do acetato de 
medroxiprogesterona de depósito (AMP-D). 
O AMP-D apresenta vantagens que o fazem 
apropriado para algumas mulheres e conveniente 
para os programas de planejamento familiar. Uma 
só injeção oferece anticoncepção altamente 
eficaz durante 3 meses. 
Por conter apenas o componente 
progestogênico, o método não tem várias das 
contra-indicações atribuídas ao estrogênio 
sintético. 
O AMP-D é um derivado da 17α-
hidroxiprogesterona. É preparado em suspensão 
microcristalina de baixa solubilidade que se 
administra em doses de 150 mg via intramuscular 
a cada 90 dias. Seu nível sérico máximo é 
alcançado por volta de 10 dias após a injeção e 
declina posteriormente. Níveis sangüíneos ainda 
são detectados até 200 dias após a injeção. 
O AMP-D é um potente anovulatório, suprimindo o 
pico de LH. 
 
Implantes: Os implantes contraceptivos são 
constituídos de silicone polimerizado com um 
hormônio no seu interior, que é liberado 
continuamente para a corrente sangüínea, 
proporcionando o efeito contraceptivo. O mais 
popular de todos contém o progestogênio 
levonorgestrel e a elcometrina. Outros implantes 
contêm o desogestrel, o nomegestrol e a 
elcometrina. 
 
Dispositivo intra-uterino: o DIU exerce seu efeito 
antifertilidade de forma variada e pode interferir 
no processo reprodutivo antes mesmo do ovo 
atingir cavidade uterina. O DIU atua sobre os 
óvulos e os espermatozoides de várias maneiras: 
1) Estimula reação inflamatória pronunciada no 
útero, por ser um corpo estranho. A concentração 
de diversos tipos de leucócitos, prostaglandinas e 
enzimas nos fluidos uterino e tubários aumentam 
consideravelmente, especialmente nos DIUs com 
cobre. 
2) As alterações bioquímicas interferem no 
transporte dos espermatozóides no aparelho 
genital, bem como alteram os espermatozóides e 
óvulos, impedindo a fecundação. 
 
Ligadura tubária: Ligadura tubária constitui 
método permanente de contracepção, 
operacionalizado através da obstrução do lumen 
tubário, impedindo assim o transporte e a união 
dos gametas. 
 
Vasectomia: Secção e/ou oclusão do canal 
deferente, sendo um método seguro, eficaz e de 
fácil execução. 
 
 
Anticoncepção de emergência: Envolve uma ou 
mais fases do processo reprodutivo, interferindo na 
ovulação, na espermomigração, no transporte e 
nutrição do ovo, na fertilização, na função lútea e 
na implantação.

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