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1 Victória Veiga – Medicina UNIFACS Aspectos funcionais do SAMU O QUE É? É o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência que funciona 24 horas por dia e que tem como objetivo prestar atendimento especializado as vítimas de urgências clínicas, cirúrgicas, traumáticas, obstétricas, pediátricas e psiquiátricas, diminuindo assim sequelas decorrentes da falta de socorro precoce e o tempo de internação. COMO É O REGULAMENTO? A regulamentação do SAMU está detalhada nas Portarias GM/MS n° 2048, 1600, 1010 e Título II da Portaria de Consolidação no 3, como componente da Política Nacional de Atenção às Urgências. ✓ PORTARIAS GM/MS N° 2048 Publicada em 05 de novembro de 2002; Estabelece os princípios e diretrizes dos sistemas estaduais e urgências e emergências, define normas, critérios de funcionamento, classificação e cadastramento dos hospitais de urgência, determina a criação do sistema estadual de urgências. ✓ PORTARIAS GM/MS N° 1600 Publicada em 07 de julho de 2011. Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). ✓ PORTARIAS GM/MS N° 1010 Publicada em 21 de maio de 2012. Redefine as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências. ✓ PORTARIAS GM/MS N° 1010 Publicada em 21 de maio de 2012. Redefine as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências. ✓ PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO N° 3 TÍTULO II Publicada em 03 de outubro de 2017. Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde. COMO A POPULAÇÃO ACIONA O SAMU? Através de qualquer telefone, o usuário disca gratuitamente 192 e será atendido na Central de Regulação das Urgências. COMO É A CENTRAL DE REGULAÇÃO? É um espaço físico com telefones, computadores e uma equipe composta por auxiliar de regulação e um médico regulador que atende os chamados dos usuários, e de acordo com a gravidade fornece a orientação e/ou encaminha a ambulância adequada para o caso. O QUE É A AMBULÂNCIA DE SUPORTE BÁSICO? É uma ambulância que funciona com condutor e um técnico de enfermagem, e atende os casos de menor gravidade. O QUE É A AMBULÂNCIA DE SUPORTE AVANÇADO? É uma ambulância que funciona com condutor, médico e enfermeiro, e atende os casos de maior gravidade. OBS: Suporte intermediário (não está normatizado) → condutor, enfermeiro e técnico de enfermagem. PARA ONDE SÃO ENCAMINHADOS OS PACIENTES ATENDIDOS PELO SAMU? São levados para as unidades de saúde do município ou da região, adequadas e disponíveis para o atendimento de cada caso, previamente comunicadas pela Central de Regulação. EM RESUMO: SAMU 192 é um serviço de atendimento que procura chegar ao cidadão acometido por uma urgência de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica ou psiquiátrica nos primeiros minutos após o agravo, prestando atendimento adequado no local e, transporte a um serviço de saúde hierarquizado e integrado ao SUS, quando necessário. OBS: PCR necessita atendimento mais rápido (até 10min) para que não haja lesão cerebral. A equipe de regulação 2 Victória Veiga – Medicina UNIFACS precisa tem de 2 a 4 minutos para encaminhar a equipe intervencionista. SAMU 192 É um serviço público de ajuda médica de urgência 24 horas por dia; De acionamento fácil e gratuito pelo número nacional de urgências médicas: 192; Que deve: • Assegurar escuta médica qualificada permanente; • Responder a chamados de qualquer natureza, no menor tempo possível; • Garantir atendimento médico no local e retaguarda em serviços de saúde; • Viabilizar o transporte mais adequado para cada tipo de agravo ou solicitação; • Organizar o acolhimento do paciente no serviço receptor definido; • Ter planos de atenção para eventos e/ou grandes aglomerados públicos; • Coordenar o atendimento de catástrofes ou acidente com múltiplas vítimas; • Participar da formação em urgência dos profissionais de saúde; • Elaborar e aplicar curso de primeiros socorros para leigos; • Estar integrado com outras centrais de regulação da região. PORTARIA MS 2048 - 5 DE NOVEMBRO DE 2002: Definição da Equipe → Perfil e Competências dos Profissionais envolvidos na Central de Regulação Médica de Urgência. Perfil e Competências dos Profissionais: Perfil Geral: ✓ Equilíbrio emocional e autocontrole; ✓ Capacidade para trabalho em equipe; ✓ Iniciativa e facilidade de comunicação; ✓ Destreza manual e física; ✓ Disposição para cumprir ações orientadas; ✓ Comprometimento, criatividade e responsabilidade; ✓ Capacidade de manter sigilo; ✓ Conhecer a área de cobertura do serviço; ✓ Disponibilidade para capacitação e recertificação periódica; ✓ Liderança; ✓ Bom senso. Médico Regulador – competência técnica + habilitação + CRM: ✓ Julgar gravidade; ✓ Definir recursos necessários; ✓ Monitorar e orientar atendimento; ✓ Definir destino; ✓ Reconhecer o exercício da telemedicina; ✓ Definir e seguir protocolos; ✓ Registrar dados corretamente; ✓ Conhecer equipes; ✓ Submeter-se à capacitação, e programas de educação continuada; ✓ Seguir os preceitos do Código de Ética Médica. Médico Regulador – competência gestora: ✓ Decidir a melhor resposta para cada caso; ✓ Decidir destino, não aceitando a inexistência de leitos vagos; ✓ Regular as portas de Urgência; ✓ Acionar planos de atenção a desastres; ✓ Requisitar serviços públicos e privados em situações excepcionais; ✓ Exercer a autoridade de regulação pública de urgências sobre a atenção pré-hospitalar móvel privada encaminhando ao serviço público; ✓ Ter acesso às demais centrais do Complexo Regulador. Telefonista auxiliar de regulação médica (TARM) – competências e atribuições: ✓ Atender solicitações telefônicas da população; ✓ Anotar informações colhidas; ✓ Prestar informações gerais ao solicitante; ✓ Estabelecer contato radiofônico com ambulâncias; ✓ Estabelecer contato com hospitais e serviços de saúde; ✓ Anotar dados e preencher planilhas e formulários; específicos do serviço; ✓ Obedecer aos protocolos de serviço; ✓ Atender às determinações do médico regulador. Rádio Operador - competências e atribuições: ✓ Operar o sistema de radiocomunicação e telefonia nas Centrais de Regulação; ✓ Exercer o controle operacional da frota de veículos do sistema de atendimento pré-hospitalar móvel; ✓ Manter a equipe de regulação atualizada a respeito da situação operacional de cada veículo da frota; ✓ Conhecer a malha viária e as principais vias de acesso de todo o território abrangido pelo serviço de atendimento pré-hospitalar móvel. 3 Victória Veiga – Medicina UNIFACS Equipe intervencionista: ✓ Equilíbrio emocional e autocontrole; ✓ Capacidade para trabalho em equipe; ✓ Iniciativa e facilidade de comunicação, sendo necessário saber utilizar linguagem de rádio comunicação; ✓ Destreza manual e física; ✓ Disposição para cumprir ações orientadas (coordenados pela regulação médica); ✓ Conhecer a área de cobertura do serviço; ✓ Comprometimento, criatividade e responsabilidade; ✓ Bom senso; ✓ Manter sigilo profissional. “Ser o olhar e o tato da regulação.” Médico intervencionista – competência técnica + habilitação + CRM: ✓ Liderar a equipe de atendimento; ✓ Definir a gravidade do caso; ✓ Definir recursos diagnósticos e terapêuticos necessários; ✓ Intervir, monitorar e orientar atendimento; ✓ Reconhecer o exercício da telemedicina; ✓ Definir e seguir protocolos; ✓ Registrar dados corretamente; ✓ Passar para a equipe da unidade de destino o relatório das ações realizadas; ✓ Interagir com a central de regulação para definiçãodo destino do paciente; ✓ Submeter-se à capacitação, e programas de educação continuada; ✓ Conhecer equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas; ✓ Obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Médica. Enfermeiro – competência e atribuições: ✓ Supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe; ✓ Executar prescrições médicas por telemedicina; ✓ Prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade a pacientes graves e com risco de vida, e capacidade de tomar decisões imediatas; ✓ Prestar a assistência a gestante, a parturiente e ao recém-nascido; ✓ Realizar partos sem distocia; ✓ Participar nos programas de capacitação; ✓ Fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; ✓ Subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos; ✓ Obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Enfermagem; ✓ Conhecer equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas. Técnico auxiliar – competência e atribuições: ✓ Assistir ao enfermeiro no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de enfermagem; ✓ Prestar cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave, sob supervisão direta ou à distância do profissional enfermeiro; ✓ Participar de programas de capacitação e aprimoramento profissional; ✓ Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; ✓ Ministrar medicamentos por via oral e parenteral mediante prescrição do médico regulador por telemedicina; ✓ Fazer curativos; prestar cuidados de conforto ao paciente e zelar por sua segurança; ✓ Realizar manobras de extração manual de vítimas. Condutor – competência e atribuições: ✓ Conduzir veículo terrestre de urgência destinado ao atendimento e transporte de pacientes; ✓ Conhecer integralmente o veículo e realizar manutenção básica do mesmo; ✓ Estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e seguir suas orientações; ✓ Conhecer a malha viária local; conhecer a localização de todos os estabelecimentos de saúde integrados ao sistema assistencial local; ✓ Auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida; auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas; realizar medidas reanimação cardiorrespiratória básica; ✓ Identificar todos os materiais existentes nos veículos de socorro e sua utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde. LINGUAGEM DO Q 4 Victória Veiga – Medicina UNIFACS TIPOS DE VEÍCULOS, TRIPULAÇÃOES E OUTRAS CARACTERÍSTICAS DAS AMBULÂNCIAS Portaria MS 2048 - 5 de novembro de 2002 Portaria Nº 2.971, de 8 de DEZEMBRO de 2008 Ambulâncias: Tipo D - Ambulância de Suporte Avançado; Tipo B - Ambulância de Suporte Básico. Outros veículos: Ambulancha; Motolância; Veículo de Intervenção Rápida – VIR; Helicópteros; Avião. CONSTITUIÇÃO FEDERAL - 1988 “A saúde é direito de todos e dever do Estado... ...políticas sociais e econômicas... ...redução do risco de doenças e de outros agravos... ...acesso universal e igualitário às ações e serviços... ...promoção, proteção e recuperação.” Garantir o acesso do paciente e continuidade de seu tratamento; Equidade e Universalidade. PRECEITOS LEGAIS Constituição da República Federativa do Brasil → Brasília, 5 de outubro de 1988. Código Penal → Decreto - Lei Nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Civil → Lei 10.406/2002 Estatuto do Idoso → Lei Nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Estatuto da Criança e Adolescente → Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Portaria Nº 2048 MS/GM, em 5 de novembro de 2002. Código de Trânsito Brasileiro → Lei Nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Código de Ética Médica → Resolução CFM Nº 1.246, de 8 de janeiro de 1988. Código de Ética de Enfermagem. COBERTURA DO SAMU - BRASIL COBERTURA DO SAMU - BAHIA ESTRUTURA OPERACIONAL Central de regulação; Bases; Almoxarifado/CME e logística; Ambulâncias; Outros veículos – VIR, motocicletas, ambulanchas, helicóptero... FUNÇÕES DO SAMU – 192 Acolher as necessidades agudas de saúde: ❖ Cirúrgicas – traumáticas e não traumáticas; ❖ Clínicas; ❖ Obstétricas; ❖ Pediátricas; ❖ Psiquiátricas; ❖ Combinadas (+ de uma especialidade). 5 Victória Veiga – Medicina UNIFACS EXISTEM 2 TIPOS DE ATENDIMENTO: Primário – quem liga é uma pessoa. Secundário – quem liga é uma unidade de saúde. POR QUE O SERVIÇO EXISTE? / COMO CONTINUAR A EXISTIR? Provocou a capacitação e educação permanente; Provoca e continuará provocando inovações tecnológicas a serviço da população.
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