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Suinocultura industrial - Manejo da fêmea e do macho reprodutor

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Suinocultura industrial 
Manejo da fêmea e do macho reprodutor 
Granjas de ciclo completo: 
 Reprodução 
 
– Machos e fêmeas destinados a reprodução; 
– Técnicas para reprodução: Monta natural ou 
inseminação artificial; 
– Diagnóstico de cio; 
– Diagnóstico de gestação; 
– Gestação: 3 meses, 3 semanas e 3 dias; 
– 7 dias antes do parto as matrizes são transferidas para 
o setor de maternidade; 
– As fêmeas vão andando até a maternidade, isso para que 
durante o transporte não ocorra nenhuma intercorrência 
que possa vir a machucar a fêmea ou causar o aborto (o 
acesso deve ser plano, sem rampas e com piso 
antiderrapante). 
 
 Maternidade 
 
– Cada matriz tem seu espaço delimitado; 
– Local onde ocorrerá o parto; 
– Espera-se que a matriz dê de 12-14 leitões por gestação; 
– É preciso dar auxílio a matriz durante o parto, já que são 
frágeis e precisam de assistência para que a taxa de 
mortalidade seja o menor possível (os leitões são limpos 
e colocados para mamar); 
– Amamentação até os 21 dias; 
– Após os 21 dias os leitões são desmamados e vão para a 
creche e a matriz volta para o setor de reprodução. 
 
 Creche 
– Ficam na creche de 21 a 70 dias; 
 
 Crescimento e terminação 
– Após 70 dias vão para a área de crescimento e 
terminação; 
– O leitão ficará no setor de crescimento de 70 a 110 
dias; 
– Com 110-150 dias até que ocorra a terminação (100 kg 
de peso vivo). 
 
 Quaternário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quaternário: Instalação que abriga animais que irão 
repor os planteis, essa instalação deve ficar o mais 
afastado possível dos demais setores (devem ter no 
mínimo 500 metros de distância). Essa instalação existe 
porque os animais chegam de outras propriedades e é 
necessário mantê-los em observação, até que exames 
sejam realizados para testar a saúde do animal, as 
vacinações sejam feitas e que seja verificado que o animal 
não possui indício de doenças importantes. 
O quaternário deve ser envolto por barreira vegetal 
(arvores de eucalipto), para não permitir que rajadas 
fortes de vento tragam patógenos via exógena. 
 
Para evitar patógenos: 
1. Vacina 
 
2. Protocolo de lavagem, limpeza, desinfecção e 
vazio sanitário (é feito sempre que um grupo de 
animais segue de uma instalação para a outra, 
por exemplo: Da maternidade para a creche). 
 
Obs. O processo de lavagem, limpeza e desinfecção dura 
de 7 a 8 dias + vazio sanitário 7 dias. O processo todo dura 
Reprodução Maternidade 
Creche 
Crescimento 
e 
terminação 
 
 
 
Quaternário 
em torno de 14-15 dias, durante esse tempo o galpão fica 
vazio. 
 
Para identificação de parasitas: 
• Exames laboratoriais 
• Coleta de swab das instalações 
• Cultura 
• Histórico da granja 
 
Manejo da fêmea reprodutora: 
Objetivo: Multiplicação de material genético. 
 
 São alojadas em selas individuais; 
 
 A taxa de reposição anual de matrizes é de cerca 
de 30 a 40%; 
 
 Geralmente a reposição ocorre após 5 ou 6 parto. 
 
Puberdade: 
 Pré-púbere: de 70-77 dias até o primeiro cio; 
 
 Quando compramos uma fêmea de outra granja 
ela é adquirida quando está na fase pré-púbere, 
antes do primeiro cio; 
 
 A puberdade: 5,5 e 6,5 meses de idade ou quando 
atingem 120 kg; 
 
 CIO: a cada 21 dias (variação de 18 a 24 dias). São 
poliéstricas não estacional (não sazonal), ou seja, 
a apresentação do cio não tem a ver com a época 
do ano; 
 
 A fêmea não é introduzida imediatamente na vida 
reprodutiva após o primeiro cio. Ela pode ser 
introduzida quando tiver no segundo ou terceiro 
cio, podendo melhorar o escore corporal, 
justamente porque elas perdem peso na lactação 
e se o escore tiver muito baixo a fêmea pode 
demorar mais para entrar no cio de novo. 
 
Fatores que interferem no aparecimento da 
puberdade: 
 Genótipo – Fêmeas de cruzamento industrial (L x 
LW) podem apresentar cio mais cedo (5,5 
meses), já fêmeas de raça pura apresentam cio 
mais tarde (6,5 meses) 
 
 Alojamento – Baias coletivas geram estresse nos 
animais 
 
 Transporte – Fêmeas que são transportadas de 
uma propriedade para outra podem apresentar 
cio mais cedo devido ao estresse do transporte 
 Presença do macho – Produz ferormônios que 
fazem as fêmeas entrarem no cio 
 
 Condições climáticas – Calor ou frio extremo 
podem causar estresse e acelerar o primeiro cio 
 
 Nutrição (Efeito flushing) – Aumento da energia 
da ração = elevação da taxa ovulatória e 
consequentemente possivelmente do número de 
filhotes 
 
Fatores importantes para determinar o 
momento ideal para cobertura ou inseminação 
artificial: 
 Momento da ovulação 
• Duração do cio da fêmea suína: 3 dias, sendo 
que a ovulação ocorrerá no terço final. 
Se o cio se iniciou em 20/08 às 08hrs ele irá 
durar até 22/08 (se fizer a inseminação 2x no 
3º dia a eficácia é mais garantida), que é o dia 
em que ocorrerá a ovulação também 
 
 Viabilidade do espermatozoide e do óvulo 
 
• O espermatozoide sobrevive no aparelho 
genital cerca de 36h 
 
• O óvulo entra em degeneração de 6 a 8h após 
a ovulação – Devido a rápida degeneração do 
óvulo o esperma é introduzido na fêmea 
antes mesmo dela liberar os folículos 
ovarianos 
Diagnóstico do cio: 
 Sinais: 
1. A fêmea apresenta edema vulvar, 
acompanhado de uma secreção transparente 
 
2. O cachaço é solto e soltará ferormônios nessas 
fêmeas que estão no cio, e elas ficam 
quietinhas com as orelhas levantadas; 
 
 Testes: 
• RTM (Reflexo de tolerância ao macho) – O macho 
é colocado na parte traseira da fêmea para fazer 
a monta e se ela estiver no cio ela fica imóvel, ou 
seja, ela é RTM positivo e está no cio. 
Porém fêmeas jovens podem estar no cio e 
apresentar RTM negativo, devido sua 
inexperiência. 
 
• RTH (Reflexo de tolerância ao homem) – O 
tratador ou o veterinário vai pegar as mãos e 
fazer uma pressão no dorso da fêmea, quando a 
fêmea fica imóvel ela é RTM positivo e está no cio. 
Obs. Se for o primeiro cio da fêmea os dados são apenas 
adicionados na planilha e sistema de controle, se for o 
segundo cio ela poderá cruzar. 
 
Frequência de diagnóstico de cio: Pode ser feita uma x 
ao dia (manhã) ou duas x ao dia (manhã e tarde). 
 
Regra básica: A fêmea em cio deve receber duas doses 
inseminantes ou ser submetida a monta natural duas 
vezes. 
 
Manejo das fêmeas desmamadas: 
Aplicação de vitaminas: Vitamina A e ácido fólico. 
Vitamina A está ligada a boa formação dos leitões e saúde 
da mãe e o ácido fólico e utilizado para que o SN nervoso 
dos leitões se forme corretamente. 
É suplementação é feita após o desmame porque em 
poucos dias ela já estará no cio de novo e irá emprenhar. 
 
Cio pós-desmame: 3-9 dias. 
Número de partos/matriz/ano: 2,3 a 2,6. 
 
Manejo do macho reprodutor: 
Objetivo: Multiplicação de material genético. 
 
Nas granjas de suínos temos: 
• MN: 1 macho para cada 25 fêmeas. 
 
• IA: 1 macho para cada 100 fêmeas. 
 
Se for necessário comprar uma fêmea e um macho para 
repor o plantel de reprodutores e o produtor não tiver 
dinheiro ele opta por comprar um macho, já que os 
machos otimizam a produção. 
 
Puberdade: 
 O macho atinge a puberdade entre 120 e 150 dias 
 
 De 4 a 7 meses vai ocorrendo aumento gradativo 
da qualidade do ejaculado 
 
Treinamento para monta: 
 Início aos 7 meses 
 
 Utilização a partir dos 8 meses 
 
Utilização do macho: 
 Entre 7 e 9 meses: 2x/semana 
 
 Entre 9 e 12 meses: 3 a 5x/semana 
 
 Mais de 12 meses: até 6x/semana 
 
 A relação entre o nde fêmeas por macho é de 
aproximadamente 25: 1 (monta natural) 
 
Descarte dos machos: 
 Os cachaços são mantidos até 2 a 3 anos de idade; 
 
 Principais causas de descarte: Excesso de peso, 
aprumos deficientes, claudicação, dificuldade 
mecânica, lentidão na 
monta, baixa taxa de concepção, malformações.

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