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Hellen Martins Revisão Av3 APLICAÇÕES CLÍNICAS DA OCLUSÃO PERIODONTIA • Problemas periodontais podem ser gerados ou agravados por trauma oclusal • Ausência do ponto de contato pode causar inflamação na área “COL” – entre a papila vestibular e lingual • Mobilidade oclusal - Pode ser causada por sobrecarga - Perda de estrutura de suporte - Ajustar o contato oclusal e observar retração gengival e perda óssea • Trauma oclusal - Primário: sobrecarga em dente livre de DP - Secundário: depois da DP (maior pois a doença acelera) ENDODONTIA • Trauma oclusal → pericementite / pulpite → extrusão → contato prematuro. • Sensação de dente crescido DENTISTICA Anatomia correta → Integridade da morfologia oclusal. CIRURGIA • Quando necessária, para grandes discrepâncias entre maxila e mandíbula. • É fundamental o conhecimento da oclusão para planejar e executar uma cirurgia ortognatia. ORTODONTIA Sempre observar a oclusão estática e dinâmica OCLUSÃO NORMAL • Classe I: Monógnata (mandíbula no meio) perfil reto. Suco mediano coincide com a cúspide do superior MAL OCLUSÃO • Classe II: Retrognatia (perfil convexo) • Classe III: Prognata (perfil concavo) IMPLANTE • Ajuste = contato mais leve da coroa sobre implante, para não a sobrecarregar no momento de “mordida”. - Pequeno desgaste - Evita perda do implante • Suavizar contato oclusal quando os dentes vizinhos forem naturais • Mesa oclusal menor • Cúspide baixa e menos pontiagudas – minimiza a chance de contato prematuro • No contato oclusal os dentes tem uma leve mobilidade, e o implante é estático, devido à ausência do ligamento periodontal. PRIMEIRA CONSULTA • Guia canina e anterior • Facetas de desgaste • Dor muscular e/ou articular • Lesões não cariosas - Biocorrosão, abrasão, abfração, atrição • Recursão gengival • Mobilidade funcional • Alteração na dimensão vertical. CONTATOS OCLUSAIS IDEIAS • Puntiformes • Pontas de cúspides funcional / fundo de fossa e crista marginal • Dente a dois dentes • Movimento excursivos → dentes anteriores devem participar - Oclusão estática - Oclusão dinâmica AJUSTE OCLUSAL • Desgaste seletivo • Acréscimo estratégico • Procedimento de alteração das superfícies oclusais dos dentes para melhorar os padrões de contato oclusal • Objetivos: - Melhorar relações funcionais da dentição - Dentes e periodonto de sustentação recebam estimulação uniforme funcional - Propiciando condições necessárias para a saúde do sistema neuromuscular e ATM • Contraindicações - Nunca por razões profiláticas Hellen Martins - Quando a causa do problema não foi estabelecida - Pacientes com DTM na fase aguda INDICAÇÕES • Estabilidade oclusal na MIH • Tratamentos dos sinais e sintomas de trauma oclusal • Tratamento de desordens crânio-mandibulares – placas dispositivas • Na confecção de reabilitações protéticas • Estabilização após tratamento ortodôntico • Estabilização após cirurgia buco • Após tratamento periodontal • Eliminar tensão muscular anormal por parafunção (bruxismo, apertamento dental) JIG Evita contatos prematuros → Desconforto m.m passou → problema oclusal OCLUSÃO IDEAL • Força oclusal no longo eixo dos dentes • RC = MIH • Contatos posteriores bilaterais simultâneos • Guias de desoclusao anterior e laterais • Dimensão vertical adequada (DVR/DVO) DESORDEM OCLUSAL • Contato prematuro • Contato deflectivo (toca antes dos outros, e desvia a mandíbula) • Interferência oclusal • Ausência de guias funcionais • Mobilidade dentaria • Ausência de estabilidade oclusal posterior • Migração dentaria • Padrão anormal de desgaste HÁBITO PARAFUNCIONAL • Onicofagia • Quiofagia • Goma de mascar • Dormir apoiando a mão no queixo (deslocar) • Caneta/lápis • Bruxismo do sono da vigília Limiar de tolerância do sistema estomatognático X Intensidade X Frequência DTM • Dor: região pré-articular na ATM ou músculos da mastigação • Limitação ou desvio na extensão do movimento mandibular • Sons da ATM estalido, crepitação durante a função • Dor de cabeça, pescoço, ouvindo e outras dores faciais. LESÕES NÃO CARIOSAS Atrição, erosão, abrasão, abfração CONCEITOS OCLUSAIS CONTATO OCLUSAL Superfícies dentarias que se tocam simultaneamente durante os movimentos de fechamento e excursão mandibular • Ponto de parada • Estabilidade CONTATO PREMATURO Contato não fisiológico entre dentes antagonistas que impede ou dificulta o fechamento mandibular completo com ou sem desvios. Ex: Restauração alta. CONTATO DEFLECTIVO Contato dentária que deflete ou desvia a mandíbula da sua trajetória normal de fechamento para os lados e para a frente. OCLUSÃO PATOGÊNICA Relação oclusal capaz de produzir alterações patológicas no sistema estomatognático, alterações ou danos no tecido ósseo, dentário ou pulpar. ACHADOS CLINICOS E RADIOGRAFICOS: • Espessamento do ligamento periodontal • Alterações da lâmina dura • Perda óssea • Reabsorção radicular Hellen Martins • Hipercementose PERIODONTO • Mobilidade dental • Diastemas • Inclinação dos dentes DENTE • Desgastes • Fraturas OUTROS • Alterações na língua (festonada) • Ruídos articulares INTERFERÊNCIA OCLUSAL • Contato oclusal que dificulta ou impede a realização dos movimentos excursivos mandibulares harmoniosos. Ex: Contato alto do lado de trabalho e não trabalho. → Aquele que de alguma forma interfere na função ou na parafusão, com alguma evidencia de dano ao sistema estomatognático. TRAUMA OCLUSAL PRIMÁRIO • Em dentes com periodonto sadio • Perda óssea e mobilidade terá o contato de volta ao normal TRAUMA OCLUSAL SECUNDÁRIO • Em dentes debilitados (suporte ósseo) antes do trauma oclusal • PO e M com perda de inserção periodontal e/ou formação de bolsas periodontais acelerada pelo trauma. SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA OCLUSAL • Desgaste oclusal patológico e fraturas de dentes/restaurações • Hipersensibilidade dentinária cervical • Mobilidade dentária • Frêmito (trepidação sobre os dentes que recebem a maior carga oclusal • Perda óssea vertical ou destruição óssea localizada (secundário a doença periodontal) • Abfração PATOLOGIAS DE ORIGEM OCLUSAL • Mobilidade/movimentação dentária • Desgaste dentário • Lesões cervicais de origem não cariosa HÁBITOS PARAFUNCIONAIS Maneira permanente ou frequente, regular ou esperada de agir, sentir, comportar-se; mania. PARAFUNCIONAL Função desordenada ou não funcional PARAFUNÇÃO Contatos dentários que não sejam realizados na mastigação e deglutição. TIPOS VIGÍLIA OU DIURNO • Mascar chicletes • Morder lábio, língua ou bochecha • Apertamento • Morder, apreender ou cortar objetos • Roer as unhas (onicofagia) • Pressionamento / interposição lingual • Deglutição atípica SONO OU NORTUNO • Bruxismo (rangimento) • Sucção digital • Distúrbios do sono • Hábitos posturais/apoiar sobre a mandíbula FATORES DESENCADEANTES OCLUSAL • Presença de interferências • Movimento mandibular: equilíbrio oclusal • Fator coadjuvante no desencadeamento do bruxismo • Discrepância oclusal nos movimentos excursivos SNC • Desordens neurológicas psiquiátricas • Desordens do sono • Administração ou interrupção de medicamentos PROFISSÕES OU OCUPAÇÕES • Atletas ou trabalhadores que utilizam a força física • Meticulosa: grande esforço mental x postura Hellen Martins • Objetivo envolvido fazem parte do habito deletério • De risco PSICOSSOCIAL • Tensão emocional: causa ou agravamento • Períodos de estresse: descarga agressiva • Manifestação - Interna: gastrite, ulcera, hipertensão, parafunção bucal - Externa: gritar, brigar, lançar objetos, chorar • Sentimentosde frustação, ansiedade e raiva X estresse = aumento do tônus muscular → tensão muscular = estimulo para o início do habito (Ex: assistir aula com o masseter travado) → condicionamento do individuo desde o nascimento dos sentimentos interiores por estruturas ao redor da cavidade bucal. DIAGNOSTICO • Identificação de fatores psicossociais envolvidos (idade, gênero, ocupação, hábitos) • Eventos estressantes • Exames clínicos radiográfico: analise das possíveis consequências nos componentes do sistema estomatognático • Exames complementar: analise de fotografias, analise de modelos, polissonografia, dados eletromiograficos, eletroencefalograma, eletrocardiograma (apreciação simultânea de dados em áudio e vídeo. Ex: ronco, apneia, movimentos durante o sono). SITUAÇÕES CLINICAS “Hábito oral que consiste em movimento involuntário não funcional de rangimento, atrição ou apertamento dos dentes diferentes dos movimentos mandibulares de mastigação que pode levar um trauma oclusal” BRUXISMO VIGILIA – CÊNTRICO • Apertamento semi-voluntario • Influenciado por estresse e ansiedade • Associado a medicamentos e síndromes SONO – EXCÊNTRICO • Rangimento ou atrição involuntária • Parasonia • Diagnostico por polissonografia ATRIÇÃO Causada pela mastigação ou contato entre superfícies que ocluem • Superfícies planas • Contactantes ABFRAÇÃO Causada por estresse oclusal provocado lesões cervicais. • Lesão cervical em V sub-gengival • Não acessíveis à escova (não ocorre por escovação) EROSÃO Causada por processos químicos que não envolvem bactérias • Depressões • Superfícies opaca • Bordas arredondadas • Superfícies não contactantes • Extrusão de restaurações ABRASÃO Causada por outros fatores que NÃO o contato dental • Não há sobrecarga oclusal • Lesão cervical • Geralmente sem placa • Escovação forte ALTERAÇÕES PARA MINIMIZAR OS DANOS • Escovação • Tipo de escova • Creme dental • Técnica • Alimentação/Bebidas ácidas Colapso oclusal: Erosão x abrasão x atrição x abfração. ALTERAÇÃO DA DVO PRO DESGASTE DENTÁRIO SINAIS CLINICOS • Desgaste dentário • Altura da face reduzida • Hipertrofia dos m.m masseter Hellen Martins TRATAMENTO Reestabelecer DVO através de placa. FINALIDADES • Promover condições oclusais ideais e/ou fisiológica (oclusão mutualmente protegida) • Estabilidade ortopédica (posição músculo esquelético estável) – RC • Período de avaliação: 140 dias ou + até que o paciente relate conforto. CRITERIOS DE AVALIAÇÃO • Função, estética, fonética e conforto (feedback do paciente) *substituir placa por material provisório. SEQUENCIA CLINICA E LABORATORIAL 1. Moldagem dos arcos 2. Confecção do JIG 3. Registro em RC 4. Montagem os modelos em ASA (aumento da DVO) 5. Enceramento diagnostico/duplicação (guia de silicone) 6. Confecção da PRDV PRDV – PLACA DE RESTABELECIMENTO DE DIMENSÃO VERTICAL 1. Placas oclusais removíveis convencionais – transparente ou da cor do dente 2. Placas oclusais removíveis do tipo snap on – placa envolve todo o dente. PRDV via CAD/CAM Computador, desenho/imagem. PRDV PROVISÓRIO COM MOCK UP • Enceramento • Duplicação com guia de silicone para mock up (ensaio) CONSIDERAÇÕES FINAIS • Oclusão ideal ≠ oclusão fisiológica/funcional • Contatos não funcionais não necessariamente provocarão DTM/alterações periodontais • Mal oclusão não é sinônimo de patologia oclusal • Antes de qualquer procedimento que altere a interface oclusal, o dentista deve reconhecer na boca do paciente a presença ou não dos princípios oclusais • Informar o paciente sobre o diagnostico complexidade e prognostico do tratamento é vital. PLACAS OCLUSAIS DEFINIÇÃO Aparelho removível que cobre as superfícies oclusais e incisais dos dentes de um arco, criando contatos oclusais precisos com os dentes do arco oposto. FINALIDADE A maioria das placas tem a função de alterar a oclusão para que esta não interfira com o assentamento completo dos côndilos em RC. HISTORICO • 1904: primeiro registro de utilização de placas oclusais para tratamento de lesões periodontais associadas ao bruxismo. • 1920: etiologia dos problemas articulares, diminuição da DVO; intrusão dos molares e pré molares • 1978: índice de sucesso de 85% POSSIVEIS INDICAÇÕES • DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: Quando não tem certeza da origem do problema. Ex: contratura muscular x desordem articular. • PRÉVIA AO AJUSTE OCLUSAL: Usando a placa, a musculatura pode relaxar, e a mandíbula voltar ao normal, sem precisar de ajuste oclusal definitivo. • Hiperatividade muscular • Mobilidade dentária • Prevenir extrusão • Contenção ortodôntica • Coroas de porcelana • Mialgia (cabeça e pescoço) • Artralgia • Retrodiscite por trauma Hellen Martins CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PLACA MATERIAL • Rígido - Acrílico convencional - Bruxismo • Não rígido ou resiliente - Base de silicone - Proteção bucal, clareamento • Mista - Acetato + resina acrílica EXTENSÃO • Cobertura total: M-M - Indicação + geral - Uso continuo - Longo prazo • Cobertura parcial: C-C - Diagnostico diferencial - Indicação restrita - Curto prazo (24h a 1 semana) ! Potencial de causar danos por possibilidade de extrusão dos dentes sem contato com a placa. LOCALIZAÇÃO • Inferior • Superior (interferência na fala é maior, estética, e ajuste da placa) LIBERDADE DE MOVIMENTO • Permissivas - Confeccionadas em RC - Liberdade de movimento mandibular - Uso geral - Placa lisa ou estabilizadora - Miorelaxante - Michigan • Posicionadas - Movimentos limitados (rampa) - Restrito a DTM’s intracapsulares - Placa de reposicionamento anterior - Placa pivotante OBJETIVOS DA PLACA PERMISSIVA DE COBERTURA TOTAL • Promover uma oclusão funcional ótima • Contatos posteriores bilaterais uniformes • Guias anteriores de desoclusao posterior • Promover uma posição articular ortopedicamente estável – RC • Distribuir o esforço mastigação no maior numero de dentes. FUNDAMENTOS PARA INDICAÇÃO DAS PLACAS OCLUSAIS PARA TRATAMENTO DO BRUXIMO • Esquema oclusal ideal - Suportar forças para-funcionais - Redução da atividade eletromiográfica - Redução do bruxismo noturno e diurno • Efeito placebo • Proteger dentes e restaurações de forças anormais. TÉCNICA INDIRETA • Moldagem • Obtenção do modelo de gesso superior com entalhes (broca, molde de silicone) na sua base: técnica do modelo dividido (Split-cast) • Permite separar o modelo do articulador e reposicionar de volta na mesma posição • Confecção do JIG para facilitar na manipulação mandibular para RC • Manipulação mandibular • Registro interoclusal em RC • Montagem do modelo superior no articulador - Plano de Camper ou mesa auxiliar de montagem OBS: antes de colocar gesso especial, vaselinar a base do modelo • Montagem do modelo inferior estabilizando – cera e palitos • Delineamento do modelo superior para auxiliar no desenho e extensão da placa, para ela não ficar excessivamente retentiva • Desenho da placa - Extensão vestibular: delineamento - Extensão palatina: 10 a 12 mm da gengiva marginal • Alivio do modelo superior e grampos auxiliares com gesso comum • Enceramento da placa com cera 7 • Endentação oclusais suaves obtidos no ASA • Modelo superior removido do ASA para inclusão em mufla • Impressão do desenho da placa na contra mufta após remoção da cera • Preenchimento do espaço da cera com resina acrílica termopolimerizavel e prensagem • Termoacrilização Hellen Martins • Retorno do modelo superior para o ajuste oclusal no ASA • Instalação em boca • Ajuste TÉCNICA MISTA (INDIRETA/DIRETA) • Obtenção do modelo e delineamento • Cortado em ferradura(retirar todo o palato) • Confecção da placa de acetato na plastificadora a vácuo e alivio • Remoção da placa do modelo e recorte com disco de carbroundum • Asperização da superfície oclusal → colocação de resina acrílica para criar em JIG, e assim obter a localização da posição de RC no paciente • Complementa a região posterior com essa mesma resina acrílica • Ajuste oclusal 1. Fechamento em RC 2. Movimentos excursivos OBS: indireta → placa de acetato confeccionada com modelo. Direta → colocar a resina acrílica sobre a placa de acetato.
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