Buscar

Cefaleias crônicas diárias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Cefaleia 
cr nica di ria ô á
Introdu oçã
Refere-se às cefaleias que ocorrem em mais do que 
15 dias por mês e por, pelo menos, 3 meses.
Assim, o termo CCD engloba um grupo de 
cefaleias primárias distintas, que ocorrem diariamente 
 ou quase , durando mais de 4 h/dia se não fosse – –
tratada.
Dentre as cefaleias crônicas diárias, estão: 
CTTC, migrânea transformada (MT), cefaleia 
persistente e diária desde o início (CPDI) e 
hemicraniana contínua (HC).
#Bônus Perfil anormal de personalidade em –
pacientes com CCD por MT
Tal perfil é especialmente marcado por 
neuroticismo e depressão, estresse excessivo, 
medicação excessiva e desenvolvimento de 
hipertensão arterial.
A manifestação de cefaleia crônica diária (CCD) é 
extremamente diversa, provavelmente, reflete 
mecanismos heterogêneos.
A literatura mostra que a principal causa da 
transformação/cronificação* envolve o uso excessivo 
de analgésico.
Tipos de CCD e seu diagn sticoó
Migrânea crônica (MC)
Para seu diagnóstico, é preciso que não haja 
uso excessivo de medicação.
Cefaléia do tipo tensional crônica (CTTC)
Hemicraniana contínua (HC)
É uma cefaleia estritamente unilateral diária, 
contínua, sem intervalos livres de dor, de intensidade 
moderada, porém com exacerbações para dor intensa,
com pelo menos um sinal autonômico (hiperemia 
conjuntival e/ou lacrimejamento, congestão nasal e/ou
rinorreia, ptose e/ou miose) e responsiva a doses 
terapêuticas de indometacina.
Cefaleia persistente e diária desde o início (CPDI)
É uma cefaleia diária e sem remissão desde o 
início (em, no máximo, 3 dias).
A dor é tipicamente bilateral, em pressão ou 
aperto e de fraca a moderada intensidade.
Cefaleia por uso excessivo de medicação (CEM)
É uma interação entre um agente terapêutico
utilizado de maneira excessiva e um paciente 
suscetível.
É definida pelo número de dias em que é feito
o uso da medicação e não pela quantidade.
#Bônus Qual a quantidade de medicamentos que –
pode transformar uma cefaleia episódica em crônica?
 Ergotamina • ≥ 10 dias por mês de forma regular 
por ≥ 3 meses.
 Triptanos • ≥10 dias por mês de forma regular por 
≥ 3 meses.
 Analgésicos • ≥ 15 dias por mês de forma regular 
por
≥ 3 meses.
 O pióides • ≥ 10 dias por mês de forma regular por 
≥ 
3 meses
 Combinação de medicamentos (analgésicos + •
opióides, butalbital e/ou cafeína) ≥ 10 dias por mês 
de forma regular por ≥ 3 meses. 
 Outra medicação -* uso de forma regular p o r • ≥
3 meses.
Tratamento da CCD
A primeira etapa do tratamento é quebrar o ciclo da 
dor. 
Estes agentes podem também ser utilizados em 
combinação e, geralmente, por poucos dias a uma 
semana até que o ciclo seja quebrado: 
 AINHs: naproxeno, ácido tolfenâmico, cetoprofeno e •
diclofenaco. 
 Sumatriptano injetável subcutâneo. •
 Corticosteroide oral (prednisolona por nove dias: 100•
mg/dia por três dias, 50 mg/dia por três dias e 20 
mg/dia p o r três dias). 
 DHEEV. •
 Clorpromazina EV (12,5 mg infundida em 15 m •
inutos de 6 em 6 horas e p o r dois dias. Deve-se tom
ar cuidado com a hipotensão ortostática). 
 D exam etazona E V (2 m g duas vezes ao dia e •
por três dias). 
OBS.: Imediatam ente, deve-se iniciar o tratamento 
profilático com antidepressivos tricíclicos (amitriptilina,
nortriptilina), inibidores seletivos de recaptação de 
serotonina e inibidores duplos de recaptação de 
serotonina e noradrenalina (fluoxetina, paroxetina, 
nefazodone e duloxetina) e os miorrelaxantes 
(tizanidina e carisoprodol), anticonvulsivantes 
(divalproato) e neurolépticos atípicos.
Também se podem associar medidas 
coadjuvantes quando necessárias, como fisioterapia, 
psicoterapia, acupuntura e técnicas de relaxamento.
Referências bibliográficas: 
Dor: princípios e prática / Onofre Alves Neto (org.). [et. 
al.]; Adriana Machado Issy.. [et. al.].. Porto Alegre: 
Artmed, 2009. 
https://health.uconn.edu/cell-biology/wp-content/uploads/
sites/115/2017/10/nociceptores_tradutpo_2012_fein.pdf

Outros materiais