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Abordagem inicial em emergência pediátrica

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1 Victória Veiga – Medicina UNIFACS 
Abordagem inicial em 
emergência pediátrica 
COMO PREVINIR A PCR NA CRIANÇA 
 
Para uma criança entrar em PCR, existem 3 mecanismos: 
ARRITMIAS SÚBITAS – é muito raro que uma criança 
desenvolva uma arritmia súbita e entre em PCR, ao contrário 
do que acontece no adulto. Quando ocorre é em um pós-
operatório de cirurgia cardíaca ou em crianças que nascem 
com determinadas cardiopatias congênitas que provocam 
síndromes arritmogênicas. 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA e CHOQUE são as causas mais 
comuns para crianças evoluírem para uma PCR. 
A PCR da criança é o fim de linha de uma progressão de 
insuficiência respiratória ou de um choque (ou os dois ao 
mesmo tempo). É um o esgotamento total, levando a uma 
falência cardiopulmonar. 
É o fim de linha, porque o bebê e a criança têm coração 
jovem, não tem nenhuma doença crônica de base, nenhum 
fator que tenha gerado um desgaste na máquina do coração. 
Antes de o coração entrar em falência, existem diversos 
mecanismos compensatórios: vasoconstricção, taquicardia, 
tenta compensar o DC..., mas chega um momento em que 
não serão mais suficientes para levar o mínimo de perfusão 
ao miocárdio e a criança entrará em PCR. 
Para evitar a PCR pediátrica, é necessário identificar a 
criança ainda nas fases precoces do choque e da insuficiência 
respiratória, antes delas chegarem nessas descompensações 
para tratar a tempo, antes de chegar na falência 
cardiopulmonar e não progredir para PCR. 
A criança geralmente para em ritmos não chocáveis: 
ASSISTOLIA e AESP. 
CASO CLÍNICO 
Você está de plantão em uma grande unidade de pronto 
atendimento quando escuta gritos vindos da recepção. A 
unidade está bastante cheia e com muitas pessoas 
aguardando. Você prontamente se encaminha para verificar 
a situação e observa uma mãe que acabou de chegar com o 
filho de 4 anos no colo gritando que ele precisa de 
atendimento com urgência. 
Essa cena pode ser resultado de 3 situações: 
A mãe está histérica/nervosa e a criança está bem; 
A criança está em PCR; 
A criança está em uma situação grave que pode 
evoluir para PCR, 
Como Identificar Imediatamente uma Situação 
Potencialmente Fatal? 
 
Sem tocar no paciente, só pela observação em menos de 10 
segundos temos que diferenciar se é uma situação que a 
criança está bem, se já está em PCR ou se está em 
insuficiência respiratória ou choque. 
Para isso, faz-se uma análise grosseira do neurológico, 
circulatório (cor) e respiratório. 
A criança está alerta, respira sem dificuldade, está corada? 
Não há urgência. 
Ou está dispneica, hipoativa, prostrada? MOV + ABCDE. 
Não responde? Está hipotônica? Pálida e cianótica? Parece 
não respirar? Ela pode estar em PCR. CAB. 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
Existe algum sinal de gravidade na IMPRESSÃO INICIAL? 
Esforço respiratório? Coloração anormal? Hipotonia, 
prostração? → Faça MOV e parta imediatamente para a 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA – ABCDE. 
Ferramentas de Avaliação Clínica: 
 
2 Victória Veiga – Medicina UNIFACS 
 
SAMPLE – sinais e sintomas, alergia, medicamentos, passado 
médico, última refeição e sequência de eventos. 
Ao longo de todo o ABCDE tem-se que repetir 
sequencialmente a avaliação, identificação de algum 
problema que possa surgir e intervir. 
 
A – VIAS AÉREAS 
 
A principal diferença na avaliação do 
bebê é que o coxim fica entre as 
escápulas. 
 
 
B – RESPIRAÇÃO 
Frequência respiratória; 
Esforço respiratório; 
Sons pulmonares e nas vias aéreas; 
SO2 por oximetria de pulso. 
Frequências respiratórias normais para a idade: 
 
ATENÇÃO: FR muito ALTA ou muito BAIXA é um sinal de 
alerta. 
C – CIRCULAÇÃO 
Frequência e ritmo cardíaco; 
Pulsos periféricos e centrais; 
Pressão arterial; 
Tempo de enchimento capilar; 
Cor e temperatura da pele; 
Débito urinário; 
Pesquisa dos 5 sítios hemorrágicos (trauma) → tórax, 
abdome, pelve, ossos longos, sangramentos 
visíveis/externos. 
Frequências cardíacas normais para a idade: 
 
ATENÇÃO: A hipóxia é a principal causa de bradicardia em 
pediatria! 
Definição de hipotensão pela PAS de acordo com a idade: 
 
*Estimativa 5°percentil da PAS. 
 
3 Victória Veiga – Medicina UNIFACS 
D – DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA 
Avaliação neurológica; 
Escala de coma de Glasgow; 
Escala AVDI; 
Reflexos pupilares; 
Glicemia capilar. 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW: 
 
 
ESCALA AVDI: 
 
E – EXPOSIÇÃO 
Remova roupas; 
Verifique a temperatura; 
Busque evidências de trauma (ex: hemorragias, 
queimaduras, marcas incomuns sugestivas de traumas não-
acidentais, lembrando que a pesquisa fundamental dos 5 
sítios hemorrágicos na vítima de trauma já foi feita no “C”); 
Identifique deformidades; 
Identifique lesões de pele. 
 
ANAMNESE (SAMPLE) E EXAME FÍSICO 
DIRECIONADO 
 
 
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 
Podem ser feitos mais precocemente, mas não são a 
prioridade para indicar conduta. 
- Gasometria arterial; 
- Hemograma; 
- SVcO2 (saturação venosa central de O2); 
- Lactato arterial; 
- PVC (pressão venosa central) e PAMI (pressão 
arterial média invasiva); 
- Rx de tórax; 
- ECG; 
- Ecocardiograma.

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