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20 Almerante Augusto Maquela Antonio Amisse Articinta Daniel Consolo Safia Atumane Sábado Gabriel Victorino Gonçalves Tema: Socialização do Campo Universidade Rovuma Novembro 2021 Almerante Augusto Maquela Antonio Amisse Articinta Daniel Consolo Safia Atumane Sábado Gabriel Victorino Gonçalves Tema: Socialização do Campo Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado na cadeira de Sociologia Ambiental Do curso de GADC dr: Nércio Janeiro Universidade Rovuma Novembro 2021 Índice Introdução 4 SOCIALIZA ÇÃO 5 Socialização primária 6 DURKHEIM E A EDUCAÇÃO 7 A SOCIALIZAÇÃO DO CAMPO 8 Perspectivas educacionais em Moçambique após independência 11 Os primeiros anos (1975-1981) 14 A implementação do Sistema Nacional da Educação (SNE) num contexto de conflito (1981-1992 15 Educação após os Acordos da Paz (1992 16 Educação e género 17 Desafios actuais 18 Conclusão 20 Bibliografias: 21 Introdução O rural moçambicano passou por transformações na forma de organização do espaço residencial e produtivo em função dos interesses do Estado, quer seja ele colonial como o que surgiu da luta de libertação nacional. Com este artigo pretendemos analisar como o domínio dos sistemas de objectos e de acções no espaço foi fundamental para a materialização dos interesses dos atores hegemónicos em cada fase da história moçambicana. Para sustentar as análises efectuadas ao longo do texto, recorremos à pesquisa bibliográfica sobre o assunto, tanto de autores moçambicanos como de estrangeiros. Foram consultados livros, artigos, teses e relatórios que abordaram a realidade do país durante a última fase da presença colonial portuguesa em Moçambique. Analisou-se os primeiros dez anos de independência de Moçambique, ou seja, quando foi implantada a socialização do campo como estratégia de desenvolvimento do espaço rural. Objectivo geral Falar da Socialização do campo Objectivo específico Debruçar sobre a Socialização do campo, antes e depois da independência, e a educação do campo… Metodologia A metodologia usada foi descritiva e consulta de varias obras bibliográficas e a consulta da internet, tendo em conta que um trabalho cientifico e muito vasto aqui contem informações básicas e essenciais e como a opinião conta aceitamos as criticas para melhorar mais.. SOCIALIZAÇÃO Segundo LEVY JR(1973), a socialização é um processo contínuo no qual o indivíduo ao longo da vida aprende, identifica hábitos e valores característicos que o ajudam no desenvolvimento de sua personalidade e na integração de seu grupo, tornando-o sociável, hábitos estes que não são inatos. Para LEVY JR. (1973, p. 60), “em estado de isolamento social, o indivíduo não é capaz de desenvolver um comportamento humano, pois este deve ser aprendido ao longo de suas interacções com os grupos sociais”. Importância da socialização DURKHEIM (1987) ressalta a importância da socialização ao mostrar que a sociedade só pode existir porque penetra no interior do ser humano, moldando sua vida, criando sua consciência, suas ideias e valores. Ao longo do processo de desenvolvimento humano, o indivíduo participa de inúmeros grupos sociais. A socialização faz com que a pessoa adquira as normas definidoras dos critérios morais e éticos, conforme os padrões da sociedade em que está inserido. Nessa constante interacção com o meio, o indivíduo vai internalizando crenças e valores, construindo padrões de comportamento próprios para interacção em cada grupo. Tais valores vão se consolidando e determinando suas escolhas, dentre elas, as escolhas profissionais. Este mesmo processo revela-se crucial no contexto de uma organização. Ao ingressarem em um novo grupo, os funcionários precisam ser apresentados aos valores, crenças, normas e práticas da organização, passando por um processo de socialização, que lhes permitirá articular-se com os processos de comunicação e de integração que permeiam o fazer colectivo. O conceito de socialização e seus usos Segundo os autores, a socialização acontece em duas etapas: a) Socialização primária, que é a introdução do indivíduo no mundo objectivo de uma sociedade ou sector dela; b) Socialização secundária, acontece quando um indivíduo já socializado que participa de outros sectores do mundo objectivo dessa sociedade. Para ficar mais claro, iremos tratar de cada etapa separadamente. Comecemos com a socialização primária. O mundo social objectivo é, portanto, apresentado a partir de dois filtros: a) a classe social que os pais ocupam na sociedade; b) as particularidades que cada família tem. São estes 2 filtros que moldam/controlam nossa experiência nesse mundo social. Socialização primária Família Escola Grupo de pares Media Mas a socialização primária não é só um processo cognitivo, é também emocional. A socialização secundária é diferente da primária, pois desperta processos diferentes. A começar pela consciência que de o mundo que foi apresentado na socialização primária não é o único existente. Pode ocorrer uma crise, vergonha ou medo do conhecimento da amplitude do mundo social, muito maior do que aquela primeira apresentação. Para que o mundo da socialização secundária seja absorvido, por vezes, é necessário um grande choque para que o mundo da socialização primária seja destruído. Socialização secundária Integração em “submundos” especializados. Ressocialização O indivíduo é separado da sua vida social anterior e despojado da sua identidade social. (Goffman). A Educação do Campo é uma concepção político pedagógico voltada para dinamizar a ligação dos seres humanos com a produção das condições de existência social, na relação com a terra e o meio ambiente, incorporando os povos e o espaço da floresta, da pecuária, das minas, da agricultura, os pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extractivistas (BRASIL, 2002). De acordo com a concepção de educação rural, a educação deve ser dada aos indivíduos para suprir suas carências mais elementares, deve funcionar como uma educação supletiva em que transmite-se a cada indivíduo somente os conhecimentos básicos, pois se acredita não ser necessário aos sujeitos do campo, que lidam com a roça, aprender conhecimentos complexos, que desenvolvam sua capacidade intelectual. Assim a educação passa a ser vista Como um favor e não como um direito. DURKHEIM E A EDUCAÇÃO A educação é um assunto eminentemente social, tanto pelas suas origens como pelas suas funções.” Definição da educação “A educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não se encontram amadurecidas para a vida social. Ela tem por objectivo suscitar e desenvolver na criança um certo número de condições físicas, intelectuais e morais que dela reclamam, seja o meio específico a que ela se destina particularmente.” “ DURKHEIM E A EDUCAÇÃO A educação é um assunto eminentemente social, tanto pelas suas origens como pelas suas funções.” Definição da educação “A educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não se encontram amadurecidas para a vida social. Ela tem por objectivo suscitar e desenvolver na criança um certo número de condições físicas, intelectuais e morais que dela reclamam, seja o meio específico a que ela se destina particularmente.” “Muito longe de a educação ter por objectivo único (…) o indivíduo e os seus interesses, a educação é antes de mais, o meio pelo qual a sociedade renova perpetuamente as condições da sua própria existência. Explicação causal e funcional da educação A educação cria as condições para que a sociedade se perpetue; é uma força conservadora. Acto pedagógico Deve adequar o novo membro da sociedade àquilo que essa sociedade quer. Isto passa pelo controlo social (sanções e recompensas). “O homem que a educação deve realizar (…) é como a sociedade quer que seja. Papel do professor Integrar novos membros na sociedade, tornando-os conscientes das normas pelas quais devem reger a sua conduta. Incutir ideias e sentimentos para harmonizar a criança com o meio em que a mesma deverá viver. A SOCIALIZAÇÃO DO CAMPO Após o