Projeto de Biotecnologias de Reprodução em Uruguaiana

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REPRODUTEC
Trazendo o melhor da biotecnologia para reprodução 
Projeto BiotecnologiasProjeto BiotecnologiasProjeto Biotecnologias
de Reproduçãode Reproduçãode Reprodução
- Fazendo Uruguaiana- Fazendo Uruguaiana- Fazendo Uruguaiana
Uruguaiana/RSUruguaiana/RSUruguaiana/RS
Março/2021Março/2021Março/2021
 A equipe da Reprodutec foi contratada para acasalar 1000 vacas
primíparas e multíparas na fazenda Uruguaiana, no município de Uruguaiana. A
propriedade possui a extensão de 4.000 hectares e relata histórico de um grande
número de partos distócicos após utilização de fertilização in vitro. O produtor
deseja melhorar a genética do gado, concentrar os partos em uma determinada
época do ano e começar o acasalamento em setembro. A fazenda possui touros e
sêmen congelado de reprodutores avaliados na propriedade. 
 A equipe da Reprodutec diante os relatos e solicitações indicou IATF -
Inseminação artificial em tempo fixo como a melhor solução a esse produtor, a
diminuição da ocôrrencia de partos distócicos e o melhoramento genético do
rebanho. 
O Custo Medio de um Programa IATF
A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é a técnica que controla e
sincroniza o cio das fêmeas por meio de fármacos, garantindo a concepção.
O custo médio de um programa reprodutivo de IATF pode variar entre R$ 40,00 e
R$ 60,00 / animal dependendo do protocolo e do sêmen escolhido. Costuma -se
calcular o custo do bezerro produzido pela IATF como sendo o dobro pago no
programa reprodutivo (exemplo: paga-se R$ 40,00/ vaca sincronizada, logo o
custo do bezerro é R$ 80,00.
Referente a taxa de prenhez de 50% das vacas inseminadas em tempo fixo). Já
em uma propriedade com monta natural o custo do bezerro produzido pelos
reprodutores fica próximo a R$ 28,00/ bezerro (considerando custo de compra,
descarte, tempo de uso e relação touro vaca). A diferença de produzir um
bezerro por IATF comparado com touro por monta natural é de R$ 52,00 .
 E porque escolher IATF se o custo é maior?
Os principais beneficio para o produtor de bezerros de IATF são: maior peso a
desmame, antecipação de parição, maior taxa de prenhez final, vantagens
econômicas, redução dos manejos, otimização da mão de obra, concentração dos
nascimentos e desmame nas melhores épocas do ano, animais com maior ganho
de peso e consequentemente redução do tempo para abate.
O programa de IATF possui muitas vantagens entre elas padronização do rebanho e
consequente homogeneidade do rebanho, concentração dos partos facilitando o
manejo e aceleração do melhoramento genético do rebanho entre outras
vantagens.
Será realizado a sincronização de estro e inseminação das vacas com o protocolo de
3 manejos, ou seja, Dia 0 colocação do dispositivo de implante de progesterona e
aplicação do benzoato de estradiol, Dia 8 retirada do dispositivo e aplicação da
prostaglandina e no Dia 10 a inseminação.
DIA 0
No dia 0, fazer as anotações das informações dos animais sincronizados utilizando
planilhas específicas anotando as informações de número/nome do lote de manejo,
mês do parto (no caso de vacas paridas), número da inseminação (ex: IATF1, IATF2
ou IATF3), horário de manejo, número, raça e categoria da matriz, ECC (escore de
condição corporal) individual, nome do dispositivo utilizado e número de utilização
do dispositivo. Local de contenção: Tronco.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Planilha para coleta dos dados; Aplicadores de implante
de progesterona; Seringas de 3,0 mL; Agulhas 40x12 (rosa); Luvas de procedimento;
Papel toalha; Solução desinfetante; Dois baldes; Papel toalha.
O ECC é de grande importância pois vacas muito magras ou muito gordas tendem a
apresentar índices reprodutivos inferiores.
Onde Observa-se ECC 1 animal esta sofrendo com severa desnutrição e ECC5 animal
com obesidade extrema, o ideal é o ECC 3 - 3,5.
Para estabelecer o ECC deve-se avaliar a região das costelas, dorso, inserção da
cauda e ossos da garupa.
ECC 1 ECC3
ECC 5
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1 - Prepara-se 2 baldes com 20l de agua e solução desinfetante;
2 - Lava-se os aplicadores do implante antes de introduzir nas vacas;
3 - Monta-se o aplicador;
Local de manejo: Tronco de contenção
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4 - Antes de colocar o implante na vagina da fêmea, limpe bem a vulva;
5 - Peça ajuda para abrir a vulva;
6 - Empurre o aplicador até o fundo da vagina e aperte o êmbolo, Deixar a cauda
plástica do produto para fora da vulva, de preferência voltada para baixo, para
identificação e sua posterior remoção;
;
Local de manejo: Tronco de contenção
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7 - Aplicar benzoato de estradiol;
8 - Lave bem o aplicador no balde com desinfetante antes de passar para a
próxima fêmea.
Sempre utilizar luvas para manusear os dispositivos e os produtos
injetáveis;
Local de manejo: Tronco de contenção
DIA 8
No dia 8 será feita a retirado do Dispositivo de Progesterona e aplicação de
Prostaglandina.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Seringas de 3,0 mL; Agulhas 40x12 (rosa); Luvas de
procedimento. Dois baldes; Solução desinfetante; 
 
1 - Retire o implante da vagina da fêmea, puxando pela cauda plástica, tomando
cuidado para não mover o implante para as laterais ou para cima ou para baixo,
evitando ferimento na vagina.;
2 - Aplique a prostaglandina;
3 - Identifique animais que perderam o dispositivo ou não são do lote; 
Caso a cauda do implante não esteja exposta, pode ter ocorrido a queda e a fêmea
deverá ser palpada, via transretal e com auxílio de uma luva de palpação para
certificar-se que o dispositivo não esteja interno à vagina;
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DIA 10
No dia 10 será realizada a Inseminação.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Planilha para coleta dos dados; Botijão de sêmen com
nível adequado de nitrogênio; Sêmen; Aplicadores de sêmen; Bainhas; Pinça;
Cortador de palheta, gilete ou tesoura; Descongeladores de sêmen; Termômetro;
Luvas de inseminação; Papel toalha.
 LOCAL DE MANEJO: Tronco de contenção.
1. Verifique se a fêmea pode ser inseminada e o nome do touro que será
utilizado (dados que devem constar na ficha de controle de inseminação;
2. Medir o nível de nitrogênio;
3. Colocar e organizar o material necessário para IA em cima de uma superfície
limpa;
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4. conter a fêmea de forma adequada no tronco;
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5. Calçar uma luva de palpação e lubrifica-la com água;
6. Esvaziar o reto da vaca, massagear o aparelho reprodutivo da fêmea e
reconhecer a cérvix;
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7. Lavar toda a região do ânus e vulva com água, garantindo que não há sujeira
entrada da vagina; 
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8. Secar a vulva da vaca com papel toalha ou higiênico;
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9. Exteriorizar a ponta de uma bainha de cada vez, conforme o corte realizado no
pacote
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10. Preparar agua limpa na temperatura entre 35 °C e 37 °C, em recipiente
isotermico ou utilizando um descongelador de semen
automatico;
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11. Escolher o lado certo do aplicador, conforme a palheta que será
utilizada(média ou fina). Para a palheta média,usa-se a extremidade mais larga,
já para a palheta fina, a extremidademais fina;
https://sincronize.ourofinosaudeanimal.com/arquivos/Manual_Inseminacao_Artificial_Tempo_Fixo.pdf12. Destampar o botijão e identificar o caneco onde se encontra a rack com a
palheta de sêmen desejada;
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13. Levantar o caneco por sua haste,até no máximo 7 cm abaixo da boca do
botijão. Retirar a dose de sêmen com o auxílio de uma pinça, em 5 segundos no
máximo. Caso esse procedimento demore, abaixe o caneco até o fundo do
botijão por alguns segundos e tente novamente;
14. Mergulhar a palheta no recipiente isotérmico com o lado da bucha
voltado para baixo. A palheta deve permanecer mergulhada na água à
temperatura de 35 °C a37 °C durante 30 segundos (se for média) e 20 segundos
(quando fina).Descongelar no máximo 4 palhetas por vez;
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15. Retirar a palheta e enxugar suavemente com papel toalha ou higiênico;
16. Cortar apalheta na extremidade contrária à bucha;
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 18. Introduzir completamente o aplicador na bainha já composta com a palheta;
19. Travar a bainha no aplicador com o anel fixador e o afastador;
 20. Introduzir delicadamente o êmbolo do aplicador até encostar na bucha da
palheta;
 
17. Prender a extremidade cortada da palheta no encaixe da bainha;
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21. Calocar a luva e só então retirar o aplicador já montado do pacote de bainhas.
Dirigir-se à fêmea sem encostar em lugar algum;
22. Abrir a vulva da fêmea e introduziro aplicador de baixo para cima (ângulo de
45°), evitando o meato urinário;
23. Colocar o aplicador na posição horizontal;
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24. Já com a mão introduzida no reto da vaca, localizar a cérvix e empurra-la para
frente, de forma a esticar o canal vaginal e facilitar a passagem do aplicador até
a cérvix;
25. Ao atingir a cérvix, colocar a ponta do aplicador de frente para a abertura do
primeiro anel com a ajuda do dedo mínimo;
26. Movimentar a cérvix com a mão enluvada e, com a outra, apenas segurar o
aplicador até ultrapassar todos os anéis;
27. Reconhecer o aplicador no alvo (1 cm a frente do final da cérvix – corpo do
útero) com o dedo indicador;
28. Empurrar o êmbolo lentamente, depositando o sêmen;
29. Retirar o aplicador e o braço. Massagear o clitóris com a mão enluvada;
30. Desmontar o aplicador. Empurrar o anel para frente, puxar a bainha com a
mão enluvada e jogar no lixo. Com a mão limpa, voltar o anel para a cânula do
aplicador;
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31. Anotar os dados da palheta na ficha de inseminação, constando o nome ou
número do touro e a partida do sêmen.
Deve-se anotar, também, o número da fêmea, dia e hora da inseminação e o
nome do inseminador;
32. Limpar todo o equipamento utilizado no processo de Inseminação Artificial,
sempre que possível.
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Cuidados
 
A higiene deve estar presente em todas as etapas do processo para ocorrer
sucesso na Inseminação Artificial.
Todo o material descartável (luvas, papel, bainhas, entre outros) utilizado
durante o dia da inseminação deve ser jogado em uma lixeira próxima ao local.
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Não utilizar em animais com enfermidades genitais;
Devem-se manter todas as instalações do local de inseminação sempre limpas e
organizadas.
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 Armazenamento e manuseio do sêmen
 
Botijão de sêmen
O botijão é um recipiente onde são armazenadas as palhetas de sêmen e deve ser
manipulado com cuidado para evitar acidentes. Em seu interior deve receber
nitrogênio em estado líquido para conservar as doses congeladas a -196 °C.
O nível deve ser medido semanalmente através de
uma régua apropriada para a medição (distribuída
pelas centrais de sêmen). O nível nunca pode baixar
de 15 cm para não comprometer o sêmen. Manter
sempre acima de 20 cm.
Os botijões de nitrogênio devem ficar em local limpo,
arejado, seco e ao abrigo do sol.
Manter o botijão sempre tampado
adequadamente,utilizando sempre a tampa original;•
O abastecimento dos botijões deve ser programado
para evitar que o nitrogênio fique abaixo do limite
recomendado.
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Ocasionalmente, podem-se perceber sinais de vaginite leve que desaparecem
espontaneamente em pouco tempo após a retirada do produto, não
comprometendo a eficácia do tartamento nem a saúde animal.
 Importante:
Os inseminadores devem ser capacitados;
 Não faça movimentos bruscos para não machucar as fêmeas;
Trocar de inseminador a cada 20-30 animais ou quando o mesmo sentir cansaço
muscular.
 
7cm abaixo do nivel da
boca do botijão de sêmen
A região próxima à boca do botijão possui temperatura mais alta. Para manusear o
sêmen o inseminador deve levantar o caneco até no máximo 7 cm abaixo da boca
do botijão. O tempo utilizado para retirar as palhetas do caneco (caneco suspenso)
deve ser de no máximo 5 segundos.
Sêmen
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O sêmen fica acondicionado em dois tipos de palhetas diferentes: a média e a
fina.
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Legenda:
• Empresa1: responsável pela sexagem do sêmen;
• Empresa2: responsável pela colheita do sêmen;
• Nome do touro: nome usado em catálogos;
• Número de registro na associação da raça;
• Raça: código de 2 letras (padrão do Ministério da
Agricultura);
• Partida: sequência de 6 algarismos (dia, mês e ano);
• Sexo: letra M (macho) e letra F (fêmea).
A bainha é o revestimento de plástico esterilizado do aplicador e deve manter se
dessa forma até sua introdução no canal vaginal da vaca.
O aplicador não deve ser tocado pela mão enluvada e deve manter se limpo
durante todo o dia, sem que seja lavado entre uma inseminação e outra. Ao final
do dia de trabalho deve ser lavado com água corrente e higienizado com álcool
antes de ser guardado.
Os cortadores de palheta devem ser higienizados periodicamente para evitar a
contaminação das palhetas.
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Manejo após IATF 
 
 Repasse com touro:
 Os touros devem ser aprovados no exame andrológico previamente à estação de
monta;
Colocar os touros 10 dias após a IATF nos lotes inseminados na proporção de 1
touro para 20-25 vacas. 
Após 30 dias de IATF ao verificar a prenhes do lote, as vacas que estiverem vazias
recomeçar protocolo de IATF para nova inseminação.
 Seguir todos os passos de organização, planejamento e treinamento.
 
Avaliação dos resultados :
É importante fazer acompanhamento mensal dos resultados reprodutivos da
fazenda. Para isso é necessário avaliar os seguintes índices:
- Intervalo entre partos (meses)
- Período de serviço ou dias em aberto
- Taxa de concepção
- Taxa de serviço
- Taxa de prenhez
 O produtor pede que seja apresentado o protocolo e o custo em reais para 
as 1000 vacas que ele deseja inseminar. Apresentamos a ele o seguinte protocolo e
o seu custo de acordo com o total de animais que serão avaliados, sabendo que
após a avaliação ginecológica uma porcentagem desses animais podem ser
descartados ou não serem aptos a reprodução/inseminação e alterar os custos. 
 
Os valores de protocolo a serem somados da segunda IA 
Os valores de protocolo sofrem alteraçõesde acordo com o fabricante,
fornecedor e quantidade do produto;
correspondem a porcentagem de vacas que permanecerem vazias;
 
Fonte:https://www.agroline.com.br/produto/sincro
-protocolo-de-iatf-ouro-fino-sincrogest-sincrocio-
sincrodiol-sincro-ecg-60-protocolos-de-iatf-103637
https://www.agrocampogiordani.
com.br/kit-iatf-para-50-
protocolos-zoetis
MANEJO DOS ANIMAIS DURANTE O PROTOCOLO
O manejo dos animais, desde quando saem do pasto até seu retorno, deve ser
calmo e com os cuidados básicos para a saúde e bem-estar do rebanho e das
pessoas. Todos os bezerros devem ser separados das vacas assim que chegarem ao
curral. Desta maneira podemos evitar acidentes com os animais, além de facilitar o
manejo. Dessa maneira deve-se evitar: Correrias; Gritos; Uso de ferrões e
ferramentas que prejudicam a saúde física dos animais; Transporte por longas
distâncias
Fontes:
https://sincronize.ourofinosaudeanimal.com/arquivos/Manual_Inseminaca
o_Artificial_Tempo_Fixo.pdf
https://www.zoetis.com.br/especies/bovinos/gerar/pdf/zoetis-2019-
manual-iatf.pdf
Materiais de aula
EQUIPE TÉCNICA
Daniela Pereira
Eduarda Sarmanho
Gabriele Costa
Juliane Lima
Joyce Silva
Laura Kuhn
Letícia Leal
Leticia Zanardo