Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO A HEPATOLOGIA Perfusão hepática: 30% A. hepática e 70% Veia Porta. → V. Porta: ramificando dentro do fígado, depois junta tudo de novo para formar a Veia Hepática e desembocar na V. Cava. Todo o sangue que vem de leito intestinal (toxinas, impurezas, chega no fígado pela Veia Porta e é limpo pelos hepatócitos). A Veia Porta é formada pela união da Veia esplênica com a Mesentérica Superior. Organização hepática: lóbulo hepático → unidade funcional do fígado. ● Veia Centro lobular: bem no centro do lóbulo hepático. ● Ramo Veia Porta + Ramo A. hepática + Ramo ducto biliar = Espaço Porta. Sangue que chega pela V. Porta e A. hepática alcança a veia centro lobular. Funções hepáticas ● Depuração: toxina (amônia) e BI (capta, conjuga e excreta). ● Síntese: glicose (glicogenólise, gliconeogênese - pctes com falência hepática fazendo hipoglicemia; albumina; fator de coagulação - pctes falência pode ter alargamento de INR/alteração de prova de coagulação). HEPATITES VIRAIS ● Aguda: <6 meses ● Crônica: > 6 meses. Apenas B e C pode cronificar. Risco de cirrose (fibrose do fígado). ● Fulminante: geralmente aguda, encefalopatia em < 8 sem. Principalmente B. Dica: alargamento TAP e aumento do INR. Resposta imune “passa da conta” - muito exagerada, falência hepática muito severa. História Natural Contágio → Período incubação (variável 4-12sem) → Manifestações clínicas (Fase clínica) !!!!!!Fase clínica: manifestação de sintomas. É quando começa a desenvolver anticorpos. ● Fase prodrômica: indiferenciada. Febre, fadiga - quadro infeccioso comum. Pode ter alguma elevação de TGO e TGP. ● Fase ictérica: icterícia por acúmulo de BD (a fase que demanda mais energia do hepatócito é a de excreção, quando a bilirrubina ja está conjugada) → Aumento BD na circulação gerando icterícia e colúria/ diminuição da BD nas fezes gerando acolia fecal. Elevação de transaminases > 10x. ● Fase convalescência: melhora dos sintomas e cura processo infeccioso; exceto se cronificar (B e C - principalmente C). HEPATITE A → Formas clínicas: assintomática (maioria); sintomática (10%); fulminante (0,35%). Não cronifica!!!! → Particularidades: ● Transmissão: fecal-oral. ● Anticorpo (anti-HAV): IgM (4-6 meses)/ IgG (cicatriz) ● Tto: sintomático/afastar das atividades por 2 semanas. → Profilaxia: 1) Vacina: dose única aos 15 meses 2) Pós-exposição em não vacinado (até 14 dias): vacina; imunoglobulina (se < 1 ano ou imunodeprimido). → Hepatite E: similar a hepatite A; fulmina mais em gestantes. HEPATITE B → Formas de transmissão: sexual (mais comum); vertical; percutânea (material pérfuro-cortante). → Estrutura do vírus: DNA-HBV (dna vírus - único das hepatites); HBsAg (antígeno de superfície - sempre que tiver vírus circulando detecta); HBcAg (dentro do vírus, mais escondido); HBeAg (interior do vírus - secretado, consegue detectar, secretado quando vírus está se replicando). Replicação viral → pode ser vista pelo DNA-HBV (carga viral) e HBeAg. ****Anti-HBs: contra o HBsAg (garante proteção - aniquila os vírus e proteção da imunidade); Anti-HBc (IgM e IgG); Anti-HBe (contrapõe a replicação viral). → História natural: 1) Pessoa teve contato com o vírus (principalmente por via sexual). 2) Doença ainda assintomática → encontra HBsAg (antígeno de superfície que mostra que tem o vírus circulante) 3) Fase clínica: quando começa a produzir anticorpos - AntiHBc (IgM e IgG). Fase prodrômica, ictérica e convalescência. 4) Se o doente passar por todas as fases e chegar na convalescência é porque conseguiu desenvolver o anti-HBs (na crônica não tem o anti-HBs). O HBeAg e anti-HBe é conforme o período de replicação viral. 5) Resumindo… ***HBsAg: hepatite B (presença do vírus). ***Anti-HBc: contato com o vírus (IgM - recente / IgG -tardio). ***Anti-HBs: SUPER ANTICORPO. Cura ou vacinação prévia (proteção). ***HBeAg: replicação viral. ***Anti-HBe: fase não replicativa. ● Mutantes: mutante pre-core. Variante traiçoeira - falha na síntese do HBeAg (replica sem demonstrar a replicação - dificuldade de mostrar o HBeAg). Suspeita dessa condição quando: HBsAg(+), ou seja, tem o vírus, mas tem o HBeAg (-) e tem aumento considerável de transaminases. Confirmação: aumento do HBV - DNA (carga viral - níveis mais elevados). Variante mais agressiva - mais risco de fulminante, cirrose, CA. ● Hepatite B Aguda: 1% pode fulminar (é o que mais fulmina, mas ainda assim é pouco); 5% cronifica (dos que cronificam 20-50% evolui para cirrose → desses 10% pode virar hepatocarcinoma). Fato de ser DNA vírus tem masi facildiade de mesclar material genético dele com os hepatócitos, até levando erro celular aos hepatócitos (caminhando para neoplasia, pode pular direto de crônico para hepatoCA, pulando a cirrose - tudo pq é um DNA vírus). → Tratamento ● Indicações clínicas: -Aguda: grave (coagulopatia) -Crônica: agressão (HBeAg + e aumento de transaminse OU mutante pré-core); coinfecção por HIV ou HCV; prevenção de reativação (imunossupressão ou QT - pessoa teve infecção B, se curou, tem até anti-HBs, mas se reduz competência imune pode ter reativação mesmo nos casos curados, pq é DNA e pode estar escondido, podendo ser reativado se queda do sistema imune). ● Esquemas (em geral, monoterapia): -1ª linha: Tenofovir -Opção: Entecavir (CI ao teno ou prevenção de reativação). HEPATITE C → Conceito geral: RNA vírus, 6 genótipos diferentes (mais prevalente 1* e 3); principal contágio drogas injetáveis (50% das pessoas não identifica a forma de contágio na anamnese) → História natural da doença: 1) Contágio pelo HCV 2) Presença física do vírus HCV-Rna (2 semanas do contágio começa a encontrar) 3) Forma clínica: presença do anti-HCV (único anticorpo). O antiHCV + não confere imunidade absoluta (contato atual ou antigo). Pode indicar hepatite em atividade ou cura ou falso-positivo. Pcte com anti-HCV positivo tem que pedir carga viral HCV- RNA, se carga + aí faz diagnóstico de infecção ativa. ● Hepatite C aguda: geralmente assintomática; 0% fulminar; 80% chance de cronificar (30% de evoluir para cirrose e 10% para hepatoCA - aqui evolui para cirrose e para depois hepatoCA, não tem chance de passar direto). → Tratamento -Indicações: todos os pacientes. -Objetivo: “resposta viral sustentada”= vírus indetectável. -Esquemas (8-24 semanas): antivirais de ação direta (pode adicionar ou não a ribavirina se cirrose) → Genótipo 1:ledipasvir/sofosbuvir (genótipo mais comum). “Sou Leso” - → Demais genótipos: velpatasvir/sofosbuvir → Se DRC: glecaprevir/pibrentasvir (TODOS) - clearance < 30ml/min. HEPATITE D → Conceitos: precisa da B para vingar no organismo (tem que ser HBsAg +). ● Co-infecção: D e B agudas. Não aumenta risco de cronificar. ● Super-infecção: D aguda + B prévia. Aumenta risco de fulminante e cirrose.
Compartilhar