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patologias reprodutivas em machos IMPOTÊNCIA GENERANDI A impotência generandi é a incapacidade de fecundação, tendo ocorrido a cópula. Logo, o reprodutor não consegue gerar filhos. As patologias relacionadas com a impotência generandi podem estar relacionadas com testículos onde são produzidos os sptz, glândulas anexas e bolsa escrotal. Alterações em escroto • Hidrocele; • Edema; • Hematocele; • Lesões/ dermatite escrotal; • Hérnia inguino-escrotal; • Alterações de posicionamento. HÉRNIA INGUINO-ESCROTAL É caracterizada pela protusão do conteúdo abdominal através do anel inguinal repousando no interior da bolsa escrotal. Há dois principais tipos: REDUTÍVEIS: o conteúdo herniário pode ser realocado na cavidade de origem. Nessas situações a hérnia é uma urgência em que é necessária uma intervenção cirúrgica para fechar o anel herniário para que o conteúdo não saia novamente. IRREDUTÍVEIS: conteúdo abdominal entra no anel herniário e ocorre dilatação e encarceramento causando estrangulamento e impedimento de retorno para a cavidade de origem. Isso acaba sendo mais perigoso, principalmente nos equinos podendo ser epíplon ou alças intestinais correndo risco de sofrer necrose levando o animal a óbito. CAUSAS • Envelhecimento / genética • Aumento de volume abdominal DIAGNÓSTICO • Exame físico em que observaremos assimetria. Além disso também podemos auscultar para tentar ouvir algum borborigmo caso seja uma alça intestinal; • Us para visualização do conteúdo presente na bolsa escrotal TRATAMENTO Correção cirúrgica em ambos os casos sendo a redutível urgente e irredutível emergencial. Por ter um tecido que não é o testículo na bolsa escrotal a termorregulação testicular será afetada causando falha na qualidade do sêmen fazendo com que o animal entre em impotência generandi. Alterações testiculares HEREDITÁRIAS • Criptorquidismo; • Hipoplasia testicular; DEGENERATIVAS • Degeneração testicular. INFLAMATÓRIAS • Orquite; NEOPLÁSICAS • Sertolinoma; • Leydigoma; • Seminomas CRIPTORQUIDISMO Criptorquidismo unilateral em equino Falha no deslocamento de um ou ambos testículos da cavidade abdominal para o escroto. Durante o desenvolvimento fetal, os testículos ficam localizados na posição caudal no polo caudal do rim. Os testículos são ligados a um cordão chamado Gubernaculum testis em que uma parte é aderida ao testículo e outra na bolsa escrotal. Após o nascimento, o Gubernaculum testis vai reduzindo o tamanho tracionando o testículo da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Um animal criptorquida pode ter tido falha na regressão do Gubernaculum testis ou também por aderências que impediram o deslocamento testicular e por ultimo podemos citar o canal inguinal que pode ser subdesenvolvido não permitindo a passagem testicular. O criptorquidismo pode ser: UNILATERAL: um dos testículos desceu; BILATERAL: quando os dois testículos não desceral; Também podemos classificar de acordo com o posicionamento sendo: ABDOMINAL TOTAL/ COMPLETO: quando o testículo e epidídimo estão completamente inseridos na cavidade abdominal; ABDOMINAL PARCIAL/ INCOMPLETO: quando houve deslocação e apenas epidídimo conseguiu se inserir no canal inguinal. SINAIS CLÍNICOS: • Se for unilateral, o testículo ectópico será menor e terá consistência alterada; DIAGNÓSTICO • Exame clínico e palpação retal • Teste de estimulação endócrina (hCG); • Dosagem de andrógenos/ estrógenos Animais criptorquidas terão a produção normal de testosterona embora não produzam espermatozoides viáveis. Animais criptorquidas castrados ainda terão um nível mínimo de testosterona. Podemos dosar então a testosterona antes e após aplicação de hCG que tem ação de LH estimulando as células de Leydig a produzir testosterona, logo se o animal não for castrado a dosagem estará num nível mais elevado. TRATAMENTO • Realizar orquiectomia bilateral: laparoscopia; • Animal deve ser tirado da reprodução pois se trata de uma característica hereditária. HIPOPLASIA TESTICULAR Desenvolvimento incompleto das camadas germinativas dos túbulos seminíferos causando subdesenvolvimento testicular. Pode acometer as espécies sendo mais comum em bovinos. Também é uma alteração de caráter hereditário causada por um gene recessivo de penetrância incompleta que causa redução na migração de células germinativas havendo menos espermatogônias e redução da divisão celular. A hipoplasia testicular pode ser classificada de acordo com acometimento: UNILATERAL ou BILATERAL (acometimento de 1 ou 2 testículos); Também pode ser classificado de acordo com a severidade: • PARCIAL: desenvolvimento incompleto de alguns túbulos seminífeoros • TOTAL: os túbulos seminíferos não terão células germinativas. Animal infértil caso seja bilateral. SINAIS CLÍNICOS • Diminuição da circunferência escrotal uni ou bilateral; • Assimetria caso seja unilateral; • Sêmen: Volume normal; Oligospermia (redução da concentração); Motilidade reduzida; Teratospermia: cabeça, medusas DIAGNÓSTICO: • Exame físico; • Avaliação de perímetro escrotal; • Espermiograma CONSEQUÊNCIAS: • Bilateral severa: esterilidade; • Unilateral moderada: sêmen de baixa qualidade. TRATAMENTO Descarte por ser um problema hereditário. DEGENERAÇÃO TESTICULAR Conjunto de alterações no parênquima testicular (camadas germinativas dos túbulos seminíferos). Se trata de uma enfermidade adquirida uni ou bilateral que é muito frequente na pecuária levando a prejuízos já que há perda das células germinativas e diminuição funcional dos testículos dos animais. o epitélio seminífero será mais sensível até gerar um colapso tubular (morte de todas as células germinativas). CAUSAS • Senescência; • Abalos na termorregulação testicular – ocorre principalmente no verão; • Hipertermia sistêmica; • Distúrbios circulatórios; • Desequilíbrio nutricional; • Agentes químicos ou físicos; • Desequilíbrio hormonal; • Varicocele / dermatite; • Doença autoimune SINAIS CLÍNICOS – ESTÁGIO INICIAL • Flacidez testicular em razão da perda celular; • Discreta redução do perímetro escrotal; • Astenozoospermia (redução da motilidade dos sptz); • Oligospermia; • Teratospermia: patologias dos sptz como alteração de cabeça; • Subfertilidade A degeneração testicular é uma enfermidade adquirida e existe possibilidade de tratamento dependendo da severidade e duração da agressão do agente causador. SINAIS CLÍNICOS – ESTÁGIO AVANÇADO • Atrofia testicular; • Consistência firme do testículo (calcificação); • Medusa; • Azoospermia (ausência de sptz); • Infertilidade DIAGNÓSTICO • História clínica; • Espermiograma anterior; • Palpação testicular; • Perímetro escrotal; • USG TRATAMENTO • Retirar causa base; • Vitamina A Abóbora 2kg ao dia Cenoura: 4kg ao dia Hipoplasia x Degeneração SEMELHANÇAS: características seminais, aspecto macroscópico e aspecto histológico; DIFERENÇA: histórico Hipoplasia Testicular Degeneração Testicular Espermiograma alterado continuadamente Alteração pontual do espermiograma Redução constante do perímetro escrotal Redução progressiva do perímetro escrotal Bolsa escrotal normal Excesso de pele em bolsa escrotal (enrugamento) ORQUITE Inflamação testicular aguda ou crônica, uni ou bilateral podendo ser de causa traumática ou infecciosa como ocorre na brucelose, tuberculose, actinomyces pyogenes, estreptococose e piroplasmos. SINAIS CLÍNICOS – ORQUITE AGUDA• Aumento do perímetro escrotal; • Aumento de temperatura local ou hipertermia sistêmica dependendo do agente causador; • Alterações no estado geral – dor; • Leucócitos e bactérias seminais SINAIS CLÍNICOS – ORQUITE CRÔNICA • Diminuição do perímetro escrotal; • Falta de sensibilidade; • Degeneração e atrofia Diagnóstico • Exame físico; • Espermiograma (leucócitos presentes no ejaculado) TRATAMENTO • Anti-inflamatório; • Antibioticoterapia caso seja infecciosa; • Compressas frias; • Suporte; • Descarte (brucelose) Glândulas sexuais acessórias HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) Aumento de volume prostático relacionado ao aumento do tecido intersticial glandular. Acredita-se que o hormônio DHT é responsável por estimular o aumento prostático. O DHT é produzido a partir da conversão de testosterona por meio da enzima 5a redutase. Sinais clínicos • Inicia sem sinais; • Tenesmo, incontinência urinária e descarga prepucial hemorrágica; • Fezes em formato de fita; • Hematúria ou hematospermia. • Hematúria ou hematospermia. Diagnóstico • Sinais clínicos; • US em que veremos aumento prostático; TRATAMENTO • Orquiectomia para diminuir o estímulo hormonal; • Medicamentoso: Finasteride (Porscar®), 0,5 – 1,0mg/kg/dia – realiza o bloqueio da 5α redutase. Acetato de Osaterona (Ypozane®), 0,25 – 0,5mg/kg/ dia , 7 dias - inibidor do receptor de testosterona.
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