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Bacilos Gram negativos

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Thaís Viana de Ávila Oliveira - 73 A - Microbiologia 
 
Infecções do trato gastrointestinal 
 
Família Enterobacteriaceae 
o É a principal família das bactérias G-. Ubíquas; Anaeróbias facultativas; 
Móveis ou imóveis. Maioria são bacilos e flagelados (flagelos peritriquio). 
o CLASSIFICAÇÃO: propriedades bioquímicas, propriedades sorológicas, 
análise molecular e composição proteica. 
o CULTURA: fermentam lactose; Resistentes à sais biliares; Reduzem nitrato 
a nitrito; Glicose + (fermentam a glicose); Catalase +; Oxidases -. 
• Ágar MacConkeey (seletivo para G- e diferencial para a fermentação da 
lactose → fermentadoras = E. coli, Klebisiella, Enterobacter e Serratia) ou 
Ágar sangue. 
o CLASSIFICAÇÃO SOROLÓGICA: possuem um Ag comum (Ag comum de 
enterobactéria). Os principais Ag são: LPS, Antígeno capsular e Proteínas 
flagelares. A sequência de polissacarídeo central é específica de cada 
grupo, sendo comum a todas as espécies da família. 
 LPS 
o VIRULÊNCIA: endotoxinas (LPS → todas tem); Enterotoxinas; Exotoxinas 
(liberadas durante a multiplicação bacteriana → nem todas tem); Cápsula; 
Variação de fase antigênica (cápsula, expressão de AgK, flagelo e diferenciação 
do polissacarídeo tipo O); Sistemas secretórios tipo III; Sequestro de fatores 
de crescimento (sequestram o que necessitam para crescer no hospedeiro, 
como a clivagem do ferro); Resistência aos antimicrobianos; Resistencia aos 
efeitos bactericidas do soro. 
o QUADROS CLÍNICOS: ±35% das sepses, 70% das ITUs, infecções 
gastrintestinais e meningite. 
 
Escherichia coli 
o Muito presente no TGI (patógenos oportunistas → maioria das infecções são 
endógenas). Causa +80% das ITUs comunitárias e muitas infecções 
hospitalares. É a principal responsável pela bacteremia. Também pode 
causar meningite neonatal (não vem da vagina da mãe. Tem o Ag K1. A 
principal causa é o S. agalactiae). 
o Lactose + ; Glicose + ; Oxidase - . 
o VIRULÊNCIA 
• Podem ter os antígenos O, H (flagelo) e K. 
• Adesinas: fator de colonização (CFA I, II, III), Fímbrias agregativas de 
aderência, Pili P, Proteína Ipa etc. 
• Exotoxinas: liberadas durante a multiplicação bacteriana. Toxina Shiga 
(STx1 ou STx2 → principal e + grave, pois causa resposta enterohemorrágica), 
Toxinas termoestáveis (Sta e Stb), Toxinas termolábeis (LTI e LTII). 
o CLÍNICA: cepas diferentes determinam local e infecção. As gastroenterites 
são causadas por cepas não representantes da microbiota, sendo 5 os 
grupos principais: ETEC, EPEC, EAEC, EHEC e EIEC. 
 
 
 
 
• E. coli ENTEROPATOGÊNICA (EPEC): diarreia do RN ( imunidade 
protetora) → aquosa e com fezes não sanguinolentas. É auto resolutiva. 
Patogenia: destruição das microvilosidades. 
• E. coli ENTEROTOXIGÊNICA (ETEC): causa doença pela produção de 
toxinas. É a diarreia do viajante → diarreia aquosa, cólicas, náuseas, 
vômitos. Dose infectante é alta. É auto resolutiva. Patogenia: 
enterotoxina termoestável e/ou termolábil. 
• E. coli ENTEROINVASIVA (EIEC): invadem enterócitos e destroem 
epitélio do colón. Alguns pacientes desenvolvem diarreia aquosa, com 
sangue e leucócitos nas fezes (disenteria). 
• E. coli ENTERO-HEMORRÁGICA (EHEC) ou STEC: E. coli O157H:7. É a 
cepa que é mais virulenta (lesão do epitélio e das microvilosidades) e que 
traz a colite enterohemorrágica (disenteria → proteína X). Possui o 
polissacarídeo O. Dose infectante é baixa (100 bacilos). Patogenia: 
produtoras de toxina Shiga (lesiona o epitélio e causa colite hemorrágica). 
Sintomas: diarreia aquosa a colite hemorrágica, com dor abdominal 
forte, sangue e ausência de febre. Complicação: Síndrome Hemolítica 
Urêmica (SHU → 5-10% crianças > 10 anos desenvolvem). 
 
Salmonella 
o Salmonella enterica. Há 2500 sorotipos. Os principais são S. Typhi e S. 
Paratyphi. 
o Lactose - (pouco ou não fermentadora); Glicose + ; Oxidase - . 
o SÍTIO ANATÔMICO: intestinos. Associada a alimentos como aves e 
laticínios não pasteurizados. 
o Colonização pode ser assintomática ou com gastroenterite, febre 
entérica, febre tifoide e bacteremia. É um dos bacilos que causam 
disenteria (sangue ou não). 
o OMS: há vacina contra febre tifoide em países endêmicos, mas não estão 
nos calendários vacinais. 
Shigella 
o S. sonnei; S. flexneri; S. dysenteriae; S. boydii. 
o Lactose - ; Glicose + ; Oxidase - . 
o Dose infectante é baixa: 100-200 bacilos. 
o SÍTIO ANATÔMICO: intestinos humanos. Associada a alimentos como 
ovos e alface. Pode sobreviver no macrófago e se espalhar pelo intestino 
para outros sítios. 
o CLÍNICA: colonização é assintomática. Pode causar gastroenterite, febre 
entérica e bacteremia. É um dos bacilos que causam disenteria (sangue 
sempre presente). 
Shigella dysenteriae 
o Principal e mais grave. 
o VIRULÊNCIA: enterotoxina Shiga. Penetração célula-célula →  
disseminação. 
T de Turista 
→ viajante 
P de persistente 
o CLÍNICA: quadro grave com fezes com pus e sangue, febre, cólicas 
abdominais, tenesmo e diarreia possivelmente autolimitada → disenteria 
bacteriana. Poucos pacientes se tornam portadores assintomáticos. Pode 
gerar a SHU. 
o TRATAMENTO: isolamento com antibiótico (fluoroquinolona ou 
sulfametoxazol‐trimetoprim) após cultura e triagem positivas. 
Klebsiella 
o Klebsiella pneumoniae e Klebisiella oxytoca. Alta mortalidade. 
o Lactose + ; Glicose + ; Oxidase - . 
o Relacionadas às infecções pós-cirúrgicas, às vias urinarias, à pneumonia e 
à endocardite. São multirresistentes a drogas. 
o Tem cápsula (resistência à antifagocitose) e há crescimento mucoide. 
o CLÍNICA: pneumonia lobar, comunitária ou hospitalar, feridas, infecções 
sanguíneas, dos tecidos moles, urinarias e sepse. 
o KPC: Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase. Superbactéria. 
Outras Enterobacteriaceae 
o Yersinia: infecção zoonótica (peste). Anaeróbias facultativas; 
Fermentadoras; Oxidase -. Contaminação é por picada de pulga infectada 
ou contato direto com tecidos infectados. Causam gangrena gasosa. EX: Y. 
petis, Y. enterocolitica e Y. pseudotuberculosis. 
o Proteus mirabilis: ITU (pielonefrite e cálculos). Tem urease, que pH da 
urina precipitando o Mg e o Ca na forma de cristais, favorecendo a 
formação de cálculos. 
o Enterobacter, Citrobacter, Serratia e Morganella: causas comuns de 
infecção hospitalar em imunocomprometidos e em neonatos. 
Problemático em relação a resistência aos ATB (principalmente enterobacter 
e citrobacter). 
Diagnóstico laboratorial 
o Análise do material semeado; Provas bioquímicas; Independente de 
cultivo (PCR); Antígenos. 
Pseudomonas e Bacilos G- não fermentadores 
 
o Lactose - ; Glicose - ; Oxidase + . São aeróbios e ubíquos. 
o Pseudomonas, Acinetobacter, Burkholderia, Stenotrophomonas e 
Moraxella. 
 
o RESISTÊNCIA BACTERIANA 
 
Pseudomonas 
o Ubíquos (múltiplos fatores de virulência e pouca plasticidade nutricional, 
sobrevivem até em água destilada ou quente). Ficam isoladas ou em pares. 
o São agentes oportunistas, altamente resistentes a ATB e causadores de 
10-20% das IRAS. 
o CULTURA: geram β-hemólise, coloração esverdeada e cheiro mais azedo. 
o PIGMENTOS: associados a fatores de virulência. 
 
o VIRULÊNCIA: flagelo; Fímbrias; Cápsula (Alginato antifagocítico); 
Endotoxinas; Toxinas (exotoxinas → principal é a A), enzimas e pigmentos. 
o CLÍNICA: infecções leves a graves. Foliculite, Infecções de feridas e 
queimaduras; ITUs; Pneumonia; Otite leve e otite externa; Infecção 
ocular; Meningite; Bacteremias. 
o TRATAMENTO: β-lactâmicos e fluoroquinolonas. 
o PSEUDOMONAS AERUGINOSA: resistências intrínseca, adquirida e 
adaptativa. A maioria das infecções ocorre em pacientes hospitalizados. 
Acinetobacter 
o Aeróbicas estritas, pleomórficas, imóveis e ubíquas. Tem plasticidade 
nutricional. Catalase +. Relacionados a IRAS, pneumonias associada à 
ventilação mecânica, queimaduras, infecções de pele e feridas, 
bacteremia, ITU etc. 
o A. baumannii (80%), A. lwoffii, A. johnsonii,A. haemolyticus. 
o A. BAUMANNII: produzem biofilme. Relacionadas a pneumonia e 
bacteremia. Existem cepas multirresistentes e panresistentes (intratáveis). 
• RESISTÊNCIA: alteração nas proteínas externas (OMPs-porinas), bombas 
de efluxo e capacidade de hidrolise por β-lactamases. 
Outros patógenos 
o Burkholderia pseudomallei: melioidose (infecção aguda, subaguda ou 
crônica). 
o Moraxella catarrhalis: pneumonia, sinusite e otites. 
o Stenotrophomonas maltophilia: pneumonia e bacteremia. 
Diagnóstico laboratorial 
o Análise do material semeado; Independente de cultivo; Provas 
bioquímicas.

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