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1 Eduarda Rebés Müller Fisiologia Respiratória Captação de O2 e eliminação de CO2 Da traqueia aos alvéolos, temos 23 segmentações dos brônquios Bronquíolos: sem estrutura cartilaginosa Bronquíolos passam a se chamar bronquíolos respiratórios quando surgem os sacos alveolares O último bronquíolo é o bronquíolo terminal Ácino pulmonar: o Menor estrutura funcional do aparelho respiratório o Cada ácino é irrigado por uma arteríola Membrana de troca gasosa – membrana alvéolo capilar – muitooo finaaa Epitélio alveolar Membrana basal do capilar alveolar 2 Eduarda Rebés Müller Ventilação Obs: ≠ de respiração → esta ocorre em nível celular! Inspiração: ativo Contração da musculatura respiratória → o diafragma é empurrado para baixo → expansão da caixa torácica e da musculatura intercostal → ↓ pressão intratorácica → entrada do ar Expiração: passivo Relaxamento da musculatura respiratória → diafragma retorna à posição de repouso → ↓ diâmetro da caixa torácica → ↑ pressão intratorácica → saída do ar Ventilação alveolar x Ventilação de espaço morto VENTILAÇÃO ALVEOLAR: ar inspirado que atinge os alvéolos e participa da troca gasosa (70%) o Relação inversa com PaCO2 o Hipercapnia o Inversamente relacionada a pressão PERDI de CO2 o Redução do volume de ar que participa das trocas gasosas → hipoventilação alveolar (cursa com ↑ PaCO2) VENTILAÇÃO DE ESPAÇO MORTO: ar que apenas preenche a via aérea, sem participar da (troca gasosa (30%) Hematose Captação de O2 e eliminação de CO2 (TROCA GASOSA) O CO2 passa do sangue para os alvéolos e é expirado. O O2 inalado passa dos pulmões para o sangue. Sangue desoxigenado: o VD → alvéolos o Sangue venoso o Arroxeado Sangue oxigenado: o Alvéolos → AE o Sangue arterial o Vermelho-vivo o Transportado principalmente na forma de oxihemoglobina Difusão: o Passagem de fluido gasoso ou líquido pela membrana semipermeável o ↑ velocidade de difusão ↑ área de troca gasosa ↑ diferença de pressão entre os dois lados da membrana ↓ espessura da membrana semipermeável o Enfisema pulmonar: redução da área de troca gasosa o Fibrose pulmonar: espessamento da membrana alvéolo capilar 3 Eduarda Rebés Müller Troca gasosa entre alvéolo e capilar 4 Eduarda Rebés Müller Semiologia do sistema respiratório Inspeção Posição adotada pelo paciente: Ortopneia: dispneia em decúbito dorsal Platipneia: dispneia em posição ereta o Geralmente associada a ortodeoxia – dessaturação em pé, gerando dispneia Trepopneia: dispneia em decúbito lateral o Associada a doenças unilaterais da caixa torácica – derrame pleural, pneumotórax, tumor grande Forma do tórax: Pink puffer (DPOC enfisematoso) e blue boater (DPOC bronquítico) Dinâmica da ventilação: FR normal: 10-18 mrpm (mas recentemente tem se considerado 16-25 mrpm) Padrão ventilatório: o Normal o Cheyne-Stokes: doenças neurológias severas o Kussmaul: acidose metabólica – hiperventilando com ↑ volume de ar e FR o Biot: pode ocorrer em doenças neurológicas Cheyne-Stokes Kussmaul Biot o Ventilação com lábios fendidos: faz biquinho para expirar – comum em DPOC grave o Ventilação paradoxal: depressão do abdômen na inspiração – pode ocorrer na paralisia diafragmática 5 Eduarda Rebés Müller Sinais extratorácicos: Uso de musculatura acessória cervical: sinal de esforço e disfunção respiratória Turgência jugular patológica: aumento do calibre da jugular o Quando há compressão da veia cava superior → jugular ingurgitada o Pode ocorrer em congestão pulmonar ou síndrome da VCS Cianose: o Central: sangue sai mal oxigenado do VE. Pele quente, cianose de polpa digital e de leito ungueal. o Periférica: redução do DC, vasoconstrição, pele fria, leitos ungueais lívidos/pálidos. Hipocratismo digital/ baqueteamento digital: ângulo hiponiquial (da matriz ungueal) aumentado Palpação Linfonodos: o Especialmente cervicais e supraclaviculares o Mais facilmente palpáveis posicionando-se atrás do paciente Enfisema subcutâneo Expansibilidade torácica: pesquisar assimetria Frêmito toracovocal: vibração torácica produzida pela voz falada Percussão Som claro pulmonar: normal Timpanismo: o Aumento do timbre/ intensidade do som claro pulmonar o Pneumotórax e enfisema avançado Submacicez e macicez: o Abafamento do som claro pulmonar o Derrame pleural e tumores próximos à pleura Ausculta Sons normais: o Traqueal: fúrcula esternal ou sobre o esterno o Brônquico: região paraesternal bilateral o Murmúrio vesicular: restante da caixa torácica. Diminuição: pneumotórax (ar), derrame pleural (líquido), espessamento pleural (sólido). Sons adventícios: o Contínuo (>250ms): roncos, sibilos e estridor o Descontínuos (<20ms): estertores finos, estertores grossos, grasnido o Sopros o Atrito pleural: folhetos parietal e visceral cobertos de exsudato (pleurite), produzindo ruído irregular Pectorilóquia: ausculta da voz falada e sussurrada – não muito usada Obs: → Roncos: sons graves, baixa frequência. Inspiração e expiração. → Sibilos: vibrações das paredes bronquiolares. Inspiração e expiração. → Estridor: semiobstrução da laringe ou traqueia. Intensificado na hiperpneia. → Estertor fino/ crepitantes: atrito dos fios de cabelo; final da inspiração; agudos → Estertor grosso, bolhoso ou subcrepitante: ↓ frequência e ↑ duração que o fino. Início da inspiração e toda expiração. 6 Eduarda Rebés Müller Função pulmonar Avaliações Fluxos da via aérea: espirometria – com base na capacidade vital! Volumes pulmonares estáticos Troca gasosa: o Difusão pulmonar do monóxido de carbono (DLCO): insiparação de um volume mínimo de CO, que deve se difundir no sangue. Se expirar alguma quantidade de CO, indica defeito na difusão. o Teste da caminhada de 6 min: avalia distancia, dessaturação e sintomatologia Volumes e capacidades pulmonares Volume corrente (VC): volume de ar que entra e sai dos pulmões Capacidade pulmonar total (CPT): todo o volume de ar presente na caixa torácica durante a inspiração máxima Volume residual: ar que permanece nos pulmões após a expiração forçada máxima (cerca de 30% da CPT) Capacidade vital (CV): o Volume máximo de ar que conseguimos mobilizar (volume que consegue ser expirado) o Capacidade pulmonar total – volume residual Volume de reserva inspiratória (VRI): volume máximo de ar que pode ser inspirado em uma inspiração forçada após uma inspiração espontânea Volume de reserva expiratória (VRE): volume máximo de ar que pode ser expirado em uma expiração forçada após uma expiração espontânea Capacidade residual funcional (CRF): o Ar que permanece nos pulmões ao final da expiração normal o Volume de reserva expiratório + volume residual ventilação pode ser cortical ou subcortical subcortical: volume corrente – quantidade de ar que entra e sai do peito em um ciclo ventilatório normal Distúrbios ventilatórios Toda doença do aparelho respiratório cursa com algum tipo de distúrbio ventilatório → Doenças que acometem o parênquima pulmonar vão cursar mais com distúrbio restritivo → Doenças que acometem a via aérea vão cursar mais com distúrbio obstrutivo 7 Eduarda Rebés Müller Restritivo: redução da CPT Obstrutivo: o Limitação ao fluxo aéreo expiratório o Diagnosticado pela espirometria Combinado (misto) Fluxos da via aérea – espirometria Fluxo positivo: inspiração. Fluxo negativo: expiração. PIF: pico de fluxo inspiratório. PEF: pico de fluxo expiratório. Volume/tempo Observar os dois gráficos juntos: Quando expira, o volume diminui. Quando inspira, o volume aumenta. CPT: ponto mais alto do gráfico azul Após o PEF, expirou todo o ar que conseguiu (capacidade vital), e a linha zera no gráfico azul (não tem mais ar saindo) VEF1: volume de ar expirado no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. Em pessoas normais, corresponde a 80% da capacidade vital forçada. Capacidade vital: do pico (CPT) até a linha reta (gráfico azul) Capacidade residual: abaixo da linha reta azul Alça fluxo volume 8 Eduarda Rebés Müller Eixo X: volume. Eixo Y: fluxo. Fluxo positivo: expiração. Fluxo negativo: inspiração (ao contrário da alça fluxo tempo) CPT: ponto 0,0 → não tem fluxo de entrada nem de saída, e o volume está máximo VR: quando o fluxo expiratório zera CVF: CPT - VR Espirometria antes e depois do broncodilatador (salbutamol) – para ver se existe resposta significativa ao broncodilatador Média: mais comum na população. Normal: dois desvios padrão acima ou abaixo da média. Índice de Tiffeneau Principal parâmetro que indica o andamento do fluxo expiratório na via aérea Relação VEF1/CVF: 80% ↑ índice: o ↑ CVF: normal (ausência de limitação ao fluxo de ar) o ↓ CVF: distúrbio ventilatório restritivo ↓ índice: anormal (limitação do fluxo aéreo expiratório) o ↑ CVF: distúrbio ventilatório obstrutivo o ↓ CVF: distúrbio ventilatório misto (confirmação com medida da CPT) Obs: → Obstrução é diagnosticada pela espirometria → ↓ CV infere restrição → diagnosticada pela aferição da CPT (não é feita pela espirometria), mas a CV pode estar diminuída sem representar diminuição da CPT se a CR estiver aumentada → Espirometria normal exclui DISTÚRBIO ventilatório, mas não exclui DOENÇA respiratória Lembrar: CPT = CV + VR Volumes pulmonares estáticos Pletismografia de corpo inteiro O paciente entra em uma cabine fechada e respira através do bocal. Pela mudança de pressão na cabine se mede a CPT, VR e CRF (baseado no VRE). ↑ da CPT → hiperinsuflação ↓ da CPT → restrição ↑ da VR → alçaponamento Diluição do hélio Lavagem do nitrogênio
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