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Neoplasias Intestinais

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1 Eduarda Rebés Müller 
Neoplasias Intestinais 
 
Neoplasia colorretal 
 3º câncer mais incidente em homens e 2º mais incidente em mulheres no Brasil 
 Clínica: 
o Alteração de hábito intestinal 
o Sangramento nas fezes 
o Anemia ferropriva 
o Dor abdominal 
o Massa abdominal 
 Locais mais frequentes: cólon esquerdo e sigmoide 
 
 
 
Patogênese 
 
 
Cólon normal → hiperproliferação → adenoma → carcinoma 
 
Etiologia 
 Idade > 50 anos 
 Fatores de risco modificáveis: 
o Etilismo 
o Tabagismo 
o Sedentarismo 
o Gordura corporal 
o Dieta rica em carne e gordura e pobre em fibra, folato e cálcio 
 História de pólipos 
 Fatores hormonais: multiparidade, idade avançada na primeira gestação, menopausa precoce 
 História familiar de câncer colorretal 
 Doença inflamatória intestinal 
 Síndromes hereditárias (raro) 
 
Obs → atividade física diminui o risco de câncer colorretal 
 
2 Eduarda Rebés Müller 
Diagnóstico 
 Colonoscopia com biópsia 
 TC de abdômen e tórax → diagnóstico de metástases 
 
CEA 
 Utilizado para acompanhamento após diagnóstico e para seguimento (após cirurgia, deve reduzir de valor) 
o Tem baixa sensibilidade e especificidade para fazer diagnóstico 
 Antígeno carcinoembrionário 
 Glicoproteína produzida em grande quantidade no período fetal 
 Aumenta em: câncer colorretal, do trato gastrointestinal, mama, pulmão, próstata, ovário, endométrio, colo 
uterino, epidermóide de cabeça e pescoço 
 Níveis > 5 ng/dl → pior prognóstico 
 
Tratamento 
 Cirurgia: ressecção de metástases hepáticas (curativo) 
 Radioterapia: para câncer retal 
 Quimioterapia adjuvante 
 
Prognóstico 
 Diagnóstico + tardio, doença + avançada → pior sobrevida 
 Neoplasia inicial tem sobrevida ótima; metástase piora o prognóstico 
 
Rastreamento 
 Objetivo: rastrear adenomas (quando ainda não é carcinoma) 
 Reduz mortalidade em 30% 
 A partir de 45 anos (pois a incidência aumenta a partir dessa idade) 
 
 Sangue oculto nas fezes 
o Principalmente no SUS 
o Menor sensibilidade 
o Se positivo → colonoscopia 
o FIT e FIT-DNA: anual 
 Colonoscopia: se normal, a cada 10 anos 
o Se pólipo hipoplásico: a cada 10 anos 
o Se adenoma tubular com displasia de baixo grau: a cada 5 anos 
o Adenoma avançado: a cada 3 anos 
o Adenoma > 1cm: anual 
 Colonoscopia virtual: 
o A cada 5 anos 
o Não mostra muito bem lesões pequenas e, se aparecer algo, tem que fazer colono para tratar. Preparo 
igual. 
 Cápsula endoscópica: a cada 5 anos 
 Retossigmoidoscopia: 
o Acada 5 anos 
o Não é o melhor exame, pois a maioria dos canceres colorretais se encontra no lado direito 
 Imunocitoquímica: boa sensibilidade para câncer, mas baixa para adenoma 
 
Como fazer: 
 45-75 anos: qualquer método 
 76-84 anos: considerar cada caso 
 > 85 anos: não fazer rastreamento (expectativa de vida < 10 anos) 
 História familiar (1º grau) de CCR ou adenoma avançado ≥ 60 anos: a partir dos 40 anos, colonoscopia a cada 
10 anos 
 História familiar de CCR ou adenoma avançado < 60 anos: a partir dos 40 anos ou 10 anos antes do caso 
índice, colono a cada 5 anos 
 DII: 8 anos após o diagnóotico de pancolite e 12-15 anos após o diagnóstico de colite esquerda, faz colono a 
cada 2 anos 
 
3 Eduarda Rebés Müller 
PÓLIPOS COLÔNICOS 
 Tubular: 
o Pólipo com displasia de baixo grau – menos frequente evoluir para câncer 
o Colonoscopia a cada 5 anos 
 Viloso: 
o Evolução mais frequente para câncer 
o Colonoscopia a cada 3 anos 
 Tubuloviloso: a cada 5 anos 
 Serrilhado: 
o Diagnóstico mais difícil 
o Evolução mais rápida para neoplasia 
o Colonoscopia a cada 3 anos 
 
Para aumentar sensibilidade do exame: 
 Cromoendoscopia: injeção de corante; melhor para lesão plana 
 Magnificação: aparelho de alto custo 
 
SÍNDROMES FAMILIARES 
 Alto risco de CCR!!! 
 Não-polipoides (possui pequena quantidade de pólipos) e polipoides 
 
Polipose adenomatosa familiar (FAP) 
 Polipoide 
 > 100 adenomas no cólon 
 Mutação do gene APC – autossômica dominante 
 Idade média do diagnóstico: 36 anos em adenoma; 39 anos em neoplasia; 42 anos em morte por neoplasia. 
 Indicada colectomia 
 
Variantes da polipose adenomatosa 
 Síndrome de Turcot: polipose colônica + tumores primários do SNC 
 Síndrome de Gardner: polipose colônica + osteomas, tumores desmoides, lipomas, tumores de adrenal e 
tireoide 
 
CCR hereditário não polipoide (Síndrome de Lynch) 
 Autossômico dominante, alta penetrância 
 Síndrome hereditária mais comum 
 Forma pólipos adenomatosos, mas com evolução muito mais rápida 
 Associação com outras neoplasias 
 Quando suspeitar: Amsterdam: 
o 3 ou mais parentes com a síndrome associada a câncer 
o 2 ou mais gerações afetadas 
o 1 ou mias gerações afetadas antes dos 50 anos 
 
 
 
Pesquisar mutação → se presente, inicia colonoscopia de rastreamento aos 25 anos (MLH1 e MSH2) ou aos 35 
anos (MSH6 e PMS2), a cada 2 anos 
 
4 Eduarda Rebés Müller 
 
Síndrome de Peutz-Jeghers 
 Autossômica dominante com penetrância incompleta 
 Polipose intestinal (hamartomas) + pigmentação mucocutânea ao redor da boca, nariz, mãos e pés 
o Normalmente hartomas não evoluem para neoplasia, mas nessa síndrome sim 
 Associada com obstrução intestinal e intussuscepção 
 Probabilidade de neoplasia até os 64 anos: 93% 
 Rastreamento: 
o Inicia aos 8 anos. Se pólipos → colonoscopia a cada 1-3 anos. 
o De rotina aos 18 anos, a cada 1-3 anos. 
 Tratamento: polipectomias 
 
 
 
Síndrome da polipose juvenil 
 Hamartromas em crianças e, ocasionalmente, em adultos 
 Diagnóstico: 
o 5 ou mais pólipos juvenis em cólon e reto 
o Pólipos juvenis em outros locais do trato gastrointestinal 
o Pólipos juvenis em pacientes com história familiar de polipose 
 Associada com hidrocefalia, coarctação de aorta, divertículo de Meckel e tetralogia de Fallot 
 Menos associada com câncer 
 Sintomas: sangramento do trato gastrointestinal, obstrução e intussuscepção 
 Começa o rastreamento aos 12 -15 anos, a cada 1-3 anos 
 Retirar pólipos > 1cm 
 
Síndromes familiares – quando testar? 
 Hx familiar de doença genética 
 Hx pessoal de > 10 adenomas 
 Hx pessoal > 2 hamartromas 
 Hx pessoal de > 5 adenomas serrilhados 
 Hx pessoal ou familiar de CCR, endometrial ou outro associado à síndrome de Lynch 
 
Prevenção 
 Exames de rastreamento 
 Alimentação: ↑ fibras e ↓ carne vermelha e alimentos processados 
 Manter peso ideal 
 Exercícios físicos 
 Evitar tabagismo 
 Aspirina em dose baixa está recomendada na prevenção de pessoas com síndromes familiares 
 
Neoplasias de Intestino Delgado 
 Raras 
 Mais comuns: 
o Adenocarcinoma (associado com Crohn) 
o Linfoma (associado com doença celíaca) 
o Sarcoma 
o Tumor carcinoide 
 Localização: íleo (30%), duodeno (25%), jejuno (15%), multifocal 
 Tratamento normalmente cirúrgico 
Sintomas: 
 
5 Eduarda Rebés Müller 
 Icterícia 
 Dor abdominal 
 Obstrução intestinal 
 Anemia/ Sangramento do TGI 
 
Diagnóstico: 
 TC 
 RX de trânsito intestinal: não muito usado 
 Cápsula endoscópica: risco de trancar no tumor, sendo necessário cirurgia 
 Enteroscopia: ideal, mas nem sempre disponível 
 
TUMOR CARCINOIDE 
 Derivado de células neuroendócrinas 
 Mais comum em idosos – pico na 6º e 7º décadas de vida 
 Localização: 73% no TGI, sendo 29% no intestino delgado 
 
Sintomas: 
 Dor abdominal 
 Intussuscepção 
 Obstrução intermitente 
 Massa palpável 
 Sangramento TGI 
 Síndrome carcinoide: cólica, diarreia, rubor, broncoespasmo, cianose (10%) 
 
Diagnóstico: medida do 5-HIAA (ácido hidroxi-indolacético) na urina de 24h 
 
Tratamento: 
 Cirúrgico 
 Medicamentoso: análogos da somatostatina (Octreotide) para melhorar os sintomas dos pacientes com 
síndrome carcinoide – melhora em 90% 
 
SANGRAMENTO OCULTO E OBSCURO DO TGI 
 Sangramento oculto do TGI: anemia ferropriva e/ou SOF+ com sangramento não visualizado 
o Exames indicam sangramento, mas o médico não sabe onde é 
o Sintomas altos → colono 
o Semsintomas altos → EDA + colono 
 Sangramento obscuro do TGI: sangramento digestivo com exames (EDA, colonoscopia, RX e TC) do intestino 
delgado normais 
o Paciente vê o sangramento, mas o médico não encontra a fonte 
o EDA + colono → se negativo, repetir EDA → se negativo, cápsula endoscópica (se sem suspeita de 
obstrução) ou entero-TC/entero-RM (se suspeita de obstrução) 
 
Com anemia ferropriva: EDA + colono → se negativo, repetir EDA → se negativo, cápsula endoscópica (para 
investigar sangramento de intestino delgado)

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