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revolução francesa

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Período Pré-Revolucionário 
A Revolução Francesa, influenciada pelas ideias iluministas, colocou 
fim ao Antigo Regime francês. Devido às dimensões que este 
processo revolucionário tomou, a maioria dos historiadores 
considera que ele marcou o fim da Idade Moderna e o início a Idade 
Contemporânea. 
O movimento, considerado uma Revolução Burguesa, precisa ser 
entendido a partir de especificidades sociais, econômicas, políticas e 
culturais na França. 
A sociedade francesa era dividida em três estamentos. O primeiro e 
o segundo – clero e nobreza, respectivamente – detinham 
privilégios e, além de não pagarem impostos, controlavam as terras 
e possuíam os principais cargos administrativos. A situação do 
terceiro estado era diversa. Independente da função exercida, todos 
os indivíduos dessa ordem precisavam pagar impostos, seja 
diretamente ao rei ou prestando obrigações servis (no caso dos 
camponeses).. 
A desastrosa administração financeira realizada na França desde 
Luís XV chegou ao ápice com Luís XVI, no trono desde 1774. 
Diante da crise, o então ministro das finanças, Necker, propôs a 
convocação do Estados Gerais onde sugeriu a cobrança geral de 
impostos, ou seja, a extensão dos tributos ao primeiro e ao 
segundo estado. 
A Assembleia dos Estados Gerais 
A reunião dos Estados Gerais, dava imediata vantagem ao clero e à 
nobreza, já que a votação das propostas era feita por estamento. 
Clero e nobreza, ambos privilegiados, tendiam a votar sempre de 
maneira unânime, contra o Terceiro Estado. Este, ciente da sua 
posição desfavorável, passou a contestar a organização da 
assembleia, exigindo que a votação fosse feita por “cabeça”. 
 
 
Após um mês de infrutíferas discussões, o Terceiro Estado se 
separou e se proclamou legítimo representante da nação, 
pressionando o rei a elaborar e aprovar uma constituição. Diante da 
pressão o rei aceitou a proclamação da Assembleia Nacional 
Constituinte. Ele, no entanto, preparava um contra-ataque para 
recuperar o controle da situação. No dia 14 de Julho de 1789 o povo 
parisiense, revoltado, tomou a Bastilha, libertando os presos políticos. 
O acontecimento, acompanhado de motins camponeses por toda 
França, marcou o início da Revolução Francesa. A partir de então o 
temor propagou-se por todo país, período que ficou conhecido 
como o Grande Medo. 
Primeira Fase da Revolução: A Assembleia 
Nacional Constituinte (1789-1791) 
Em 1791 foi votada a primeira constituição francesa, que estabeleceu 
a liberdade de comércio, o voto censitário (só proprietários 
poderiam votar) e a confirmação do direito à propriedade privada. O 
sistema de governo passou a ser a Monarquia Constitucional. 
Segunda Fase da Revolução: Monarquia 
Constitucional (1791-1792) 
A Constituição deixou evidente as divergências no interior do 
Terceiro Estado já que alguns de seus aspectos continuavam 
excluindo a grande maioria da população. A assembleia legislativa 
eleita tinha maioria de membros da alta burguesia, então chamados 
de girondinos. A minoria era formada pelos jacobinos, integrantes da 
pequena e média burguesia. 
Terceira Fase: República (1792-1795) 
Na fase republicana, a Convenção Nacional julgou o destino de Luís 
XVI e sua família. Os parlamentares os condenaram à execução. 
Nesse período se ampliaram as tensões entre os deputados da 
convenção. Os Girondinos, assumiram posições conservadoras com 
 
Revolução francesa 
 
o objetivo de garantir o direito à propriedade. Os Jacobinos (que se 
sentavam à esquerda), também chamados de Montanha, liderados 
por Robespierre apoiados pelos Sans-Culottes. 
Por proposta dos Jacobinos, foi criado o Comitê de Salvação Pública. 
Os Sans Cullotes, cercaram a convenção e prenderam os 
deputados girondinos. Com isso, os Jacobinos assumiram a liderança 
do Revolução. Foi promulgada uma nova constituição, inspirada nas 
ideias de Rousseau. 
Nesse cenário das radicalizações, Robespierre se tornou líder no 
Comitê da Salvação Pública e Marat foi assassinado pela Girondino.. 
A partir daí, se iniciou o Período do Terror (1793-95). Foi instituída 
a Lei dos Suspeitos, que condenava inimigos da Revolução. Estes 
eram enviados ao Tribunal Revolucionário, responsável pelo 
julgamento de possíveis traidores. 
Quarta Fase: Diretório (1795-1799) 
Na fase final da Revolução, a alta burguesia encontrava-se no poder 
e a França vivia uma desastrosa situação econômica. No âmbito 
externo, Napoleão Bonaparte ganhava destaque nas campanhas 
militares. Internamente, a Conspiração dos Iguais emergia com o 
apoio popular. A insurreição foi esmagada em Paris pelas tropas do 
governo. Suas demandas eram basicamente o fim das propriedades 
privadas, igualdade absoluta aos homens e a instalação de um 
governo popular e democrático formando “uma comunidade de 
bens e de trabalho”. 
Nesse contexto, a situação na França era dramática, a fome, 
miséria e revolta imperavam na vida dos camponeses e dos 
operários e trabalhadores urbanos. Com a instabilidade do poder e 
as intensas guerras, a alta burguesia em conjunto com o exército 
planejaram um golpe para conter os ímpetos da população, o 
jovem general Napoleão Bonaparte derrubou o poder no golpe 
do 18 Brumário, pondo fim a Revolução Francesa.

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