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Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
 
Envelhecimento 
É uma alteração cardiovascular observada no envelhecimento: redução da complacência do ventrículo esquerdo. 
O termo "resistência anabólica", encontrada notadamente em idosos, refere-se: resistência anabólica, que ocorre na senilidade, 
relaciona-se com o declínio do nível de testosterona e androgênios adrenais. No tecido muscular, os androgênios estimulam a 
síntese proteica e recrutamento das células satélites às fibras musculares em atrofia. Reduções na testosterona e no estrogênio 
que acompanham o envelhecimento parecem acelerar o desenvolvimento da sarcopenia. Deficiências relativas de estrogênio 
e testosterona contribuem para o catabolismo muscular e a promoção de citocinas catabólicas, como IL-1 e IL-6. Além disso, a 
testosterona inibe a miostatina, estimula os mioblastos e aumenta as células satélites no interior dos músculos. 
Nas últimas décadas, a população com mais de 65 anos aumentou e 75% das pessoas acima dessa idade têm ao menos uma 
condição crônica e 20% apresentam cinco ou mais dessas condições. O cirurgião e o anestesista precisam saber como lidar com 
esses pacientes quando eles precisam de cirurgia. Uma alteração que pode acontecer no miocárdio dos pacientes por causa da 
idade é: diminuição do número de miócitos. Sabemos que a medida que o ser humano envelhece o coração progressivamente 
perde fibras musculares cardíacas que são substituídas por fibras de colágeno 
 
O estrogênio presente no organismo da mulher após a menopausa é resultado de processo de aromatização. Assinale a 
alternativa que contém a substância, o produto da aromatização e o tecido responsável pelo processo que leva à produção de 
estrogênio nessa faixa etária: 
Após a menopausa, não existem mais folículos ovarianos remanescentes. Portanto, não há mais crescimento folicular e a 
produção de estrogênio pelo ovário se torna desprezível. Porém, as mulheres continuam a apresentar níveis mensuráveis de 
estradiol e, principalmente, de estrona, devido à manutenção da capacidade dos tecidos periféricos em aromatizar os 
androgênios supra renais e ovarianos. O principal estrogênio produzida após a menopausa é a estrona, que deriva da conversão 
periférica de androgênios sob a ação da aromatase, principalmente da androstenediona, produzida pelas adrenais e estroma 
ovariano. A aromatização ocorrem tecido muscular, hepático, cerebral e principalmente tecido adiposo. 
 
Com relação aos efeitos do envelhecimento nos sistemas orgânicos, assinale a alternativa que caracteriza uma destas 
alterações. Em idosos há um aumento na gordura corporal. No sexo masculino, a gordura se deposita na região abdominal e, no 
feminino, na região das coxas e nádegas. O idoso tem um aumento de 20% a 30% na gordura corporal total (2% a 5% por década, 
após os 40 anos. A partir da quinta década de vida, ocorre redução da massa cerebral, em torno de 45 gramas por década. Com 
o avançar da idade, ocorre redução do tamanho pupilar basal e da velocidade máxima de contração pupilar. O tempo de latência 
do reflexo fotomotor permanece inalterado. Com o envelhecimento há redução de 20% a 30% da água corporal total. 
 
Sobre o efeito do envelhecimento na percepção dolorosa, pode-se afirmar que: promove alterações no sistema nervoso, 
modificando o processamento e a percepção da dor 
A imunossenescência se caracteriza por redução do seguinte fator: capacidade fagocitária dos neutrófilos 
 
O envelhecimento determina algumas alterações na farmacologia. O volume de distribuição no envelhecimento sofre alteração 
devido ao seguinte fator: redução da albumina plasmática. 
 
Redução do volume de água corporal: aumento da concentração plasmática de psicofármacos como o lítio 
Aumento da gordura corporal: Aumento do volume de distribuição de benzodiazepínicos 
Redução da albumina plasmática: aumento dos níveis plasmáticos livres de olanzapina 
Redução da massa hepática: redução do metabolismo de primeira passagem 
 
Hipotensão 
Senhor de 84 anos de idade é atendido na emergência com o relato de queda e perda transitória da consciência. Segundo relato, 
o idoso estava em um fila há mais de duas horas aguardando o atendimento no posto do INSS. Ele refere ter sentido náuseas, 
sudorese e borramento visual antes de cair. Nega palpitação e não há relato de convulsão, havendo recuperação rápida da 
consciência sem sequelas. Exame físico sem alterações. PA deitado = 130x80 mmHg e em pé = 110x70 mmHg. Faz uso regular 
de enalapril 10 mg 12/12h e hidroclorotiazida de 25 mg/dia. Esse quadro se deve à seguinte situação: hipotensão ortostática 
 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
Senhora de 85 anos de idade procura ambulatório relatando quadro de início agudo com tonteira rotatória, precipitada pelo giro 
da cabeça. O evento tem curta duração, cerca de um minuto, mas é bastante intenso. A idosa nega zumbido ou perda auditiva. 
Nesse caso, a hipótese diagnóstica é: vertigem posicional paroxística benigna 
 
Constipação Intestinal 
Conceitualmente, a constipação intestinal é dividida em dois grupos: o de causas primárias e o de causas secundárias. O grupo 
de causas primárias é constituído por três subtipos, que são: constipação intestinal com trânsito intestinal lento; constipação 
intestinal funcional; disfunção anorretal. 
 
Assinale a condição que é causa de incontinência fecal: abuso de laxantes, impactação fecal, neuropatia diabética. 
Declínio Cognitivo Leve 
Paciente de 63 anos, sexo feminino, leucoderma, casada, do lar. Compareceu ao consultório acompanhada por sua filha, que 
relatou apatia, retardo psicomotor, redução da capacidade de concentração, anedonia e astenia de seis meses de evolução, com 
piora progressiva. Anteriormente à sintomatologia, era completamente independente para atividades de vida diária (AVDs) 
básicas e instrumentais. Apresentava como comorbidades: hipertensão arterial sistêmica, controlada com captopril, e diabetes 
melito tipo 2, controlada com tratamento não-farmacológico. Até então sem sinais de lesão em órgãos-alvo. Foi relatada história 
de incontinência urinária crônica de urgência, com piora nos dois últimos meses. Funcionalidade; Dependência parcial para AVDs 
básicas – ajuda para lavar algumas partes do corpo. Dependência incompleta para AVDs instrumentais – passou a requerer 
supervisão para cuidados com o lar, não cozinhava ou saía sozinha de casa. 
1ª Avaliação cognitiva (escolaridade – 4 anos de estudo): 
Minimental: 12/30 
Lista de palavras: alterada e sem curva de aprendizagem. 
Fluência verbal: animais 1, frutas 4. 
Teste do relógio: Inabilidade absoluta para representar o relógio. 
Na avaliação da mobilidade, constatou-se distúrbio da marcha, com timed up and go test de 22 segundos, marcha de base 
alargada e com desequilíbrio. 
O exame físico não mostrou outras alterações além da marcha instável, não sendo observado alterações visuais, auditivas ou 
orais na paciente. 
Exames solicitados: hemograma, função renal, sorologia para sífilis, função tireoideana, dosagem sérica de vitamina B12 e ácido 
fólico e eletrólitos séricos, cujos resultados foram normais. Foi também solicitada tomografia computadorizada de crânio, na 
qual se observou lesão extensa, com efeito de massa, localizada na região frontal, associada a importante edema perilesional. 
Critérios clínicos que sugerem uma possível presença de CCL são 
(1) queixa de memória episódica preferivelmente confirmada por um informante; 
(2) déficit de memória episódica indicado por testes; 
(3) funções cognitivas gerais normais ou com leve declínio 
(4) atividade funcionais intactas ou com alterações discretas sem impactas nas atividades de vida diária 
(5) ausência de demência 
 
 Não tem tratamento farmacológico comprovado 
 Mini-mental, geralmente, com pontuação de 24-26 
 
Homem, 72 anos, portador de comprometimento cognitivo leve CCL e antecedentespessoais de hipertensão e diabetes mal 
controlados. Procurou atendimento ambulatorial com queixa de piora progressiva do quadro de memória no último ano, porém 
sem evidência de progressão para demência. Diante desse quadro, que terapêuticas devem ser sugeridas em relação? 
R: Dieta rica em vegetais, amêndoas e peixes, atividade física regular e controle do diabetes e hipertensão arterial. 
Homem de 72 anos, professor aposentado, vem ao ambulatório. HMA: refere esquecimento há três anos. Esquece nome de 
pessoas que não vê há algum tempo, esquece onde guardou objetos e tem dificuldade de dirigir em locais que não conhece. 
Trabalha voluntariamente em uma ONG e consegue executar as tarefas que fazia antes. HP: nega doenças prévias, nega uso 
de quaisquer medicações. EF: normal. ES: glicemia jejum = 88 mg/dl; colesterol total = 170mg/dl; HDL = 46 mg/dl; triglicérides = 
140 mg/dl; cálcio total = 9,2 mg/dl; TSH = 1,2 mUI/ml; vitamina B12 = 400 pg/ml (normal = 200 a 900 pg/ml); VDRL negativo, 
sorologia anti-HIV: negativa. Mini exame do estado mental = 28 pontos. Escala de depressão geriátrica = 3 pontos em 15. 
Avaliação neuropsicológica: prejuízo isolado na memória recente. EI: tomografia de crânio recente sem alterações. A principal 
hipótese diagnóstica é: 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
R: transtorno cognitivo leve. 
 
Homem de 81 anos, advogado atuante, relata dificuldade de memória e de avaliar casos habituais, sentindo-se inseguro no 
trabalho. Ao exame, apresenta-se consciente e orientado. Solicitado a interpretar provérbios como “água mole em pedra dura 
tanto bate até que fura” ou “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”, tem dificuldade. O domínio cognitivo que está 
sendo avaliado e o diagnóstico são respectivamente: 
R: abstração e transtorno cognitivo leve. 
Atualmente, define-se demência como condição na qual ocorre decréscimo cognitivo comparado a um nível prévio do indivíduo, 
com comprometimento de suas funções sociais e funcionais. Interpretar de provérbios avalia a capacidade de abstração. 
Consideramos comprometimento cognitivo leve amnéstico porque ainda não há comprometimento funcional e, portanto, 
síndrome demencial. 
 
 Não podemos caracterizar síndrome demencial porque não há perda de funcionalidade. 
 Interpretação de provérbios não é um teste visando avaliar memória. 
 
Homem de 72 anos, professor aposentado, vem ao ambulatório. HMA: refere esquecimento há três anos. Esquece nome de 
pessoas que não vê há algum tempo, esquece onde guardou objetos e tem dificuldade de dirigir em locais que não conhece. 
Trabalha voluntariamente em uma ONG e consegue executar as tarefas que fazia antes. AP: nega doenças prévias, nega uso 
de quaisquer medicações. EF: normal. ES: glicemia jejum = 88 mg/dl; colesterol total = 170 mg/dl; HDL = 46 mg/dl; triglicérides = 
140 mg/dl; cálcio total = 9,2 mg/dl; TSH = 1,2 mUI/ml; vitamina B12 = 400 pg/ml (normal = 200 a 900 pg/ml); VDRL negativo, 
sorologia anti-HIV: negativa. Mini exame do estado mental = 28 pontos. Escala de depressão geriátrica = 3 pontos em 15. 
Avaliação neuropsicológica: prejuízo isolado na memória recente. EI: tomografia de crânio recente na figura. A principal hipótese 
diagnóstica é: 
R: declínio cognitivo leve. 
O paciente em questão apresenta quadro de declínio cognitivo, e é importante, inicialmente, pontuar a diferença entre 
comprometimento cognitivo leve (CCL) e Demência. Nesta última, além do declínio cognitivo, deve haver prejuízo funcional, 
mas o enunciado traz um dado importante: o paciente segue executando as tarefas normalmente. O CCL inclui pacientes que 
possuem déficit cognitivo apenas, não necessariamente grave. Na investigação de um quadro de declínio cognitivo, deve ser 
solicitado avaliação complementar que inclui exames laboratoriais e de neuroimagem. Os exames laboratoriais não estão aí por 
acaso, afinal, objetivam afastar causas infecciosas e tóxico-metabólicas. A tomografia do caso demonstra apenas discreta 
microangiopatia periventricular e afasta processos expansivos e lesões estruturais. Vale lembrar que a ressonância magnética é 
o exame de imagem preferencial. O paciente NÃO apresenta prejuízo das funções habituais, o que é necessário para diagnóstico 
de um quadro demencial, principalmente Alzheimer, em que há comprometimento visuoespacial. Não há relato na HMA de 
nenhum sinal/sintoma que remeta ao transtorno depressivo maior, que poderiam ser: humor deprimido, insônia, perda de 
prazer, ansiedade, perda/ganho de peso, dentre outros. O paciente não apresenta comemorativos que corroborem com este 
diagnóstico de demência vascular: histórico de hipertensão arrterial sistêmica, diabetes e dislipidemia, que culminam em lesão 
de pequenos vasos, tampouco passado de doença cardiovascular. Além disso, a tomografia está diferente do habitual nesse 
tipo de demência, em que geralmente há redução volumétrica do encéfalo e microangiopatia pericentricular importante. 
 
Demência 
Paciente Maria Arcanja, 73 anos, casada, católica, professora aposentada, natural e procedente de Salvador (BA). QP: Consulta 
de rotina na unidade básica de saúde. HMA: Paciente refere que há quatro meses tem sentido dificuldade para organizar as 
contas e pagamentos, inclusive, no mês passado não pagou as contas de luz e água, mas disse aos filhos que estavam pagas. 
Conta que neste último não conseguiu mais fazer a feira sozinha, precisando voltar para casa e pedir ajuda à filha mais velha. 
Não sabe explicar exatamente qual foi a dificuldade encontrada. Queixa-se também de esquecer todos os números telefônicos 
que tinha em mente há alguns esses. Sem alteração de linguagem, ou perceptomotora. Nos testes aplicados perdeu pontos 
nas AIVDs, sem comprometimento de ABVDS. 
Qual graduação dessa paciente? 
Isso mesmo, demência leve! Dona Maria possui comprometimento leve de atividades instrumentais como na organização de 
contas para pagar e a feira do mês. As atividades básicas de vida estão sem alteração, logo, ainda é uma demência leve, mas 
necessita de acompanhamento contínuo. A depressão e a demência são comuns entre os idosos, aparecendo em conjunto ou 
com uma pequena distância temporal, devendo ser realizada investigação clínica para detectar causas possíveis de tratamento. 
 
Assinale a opção que apresenta causas reversíveis de demência: Encefalopatia de Wernicke, hipotireoidismo, hidrocefalia 
normobárica. sendo TSH, T4L, VDRL, B12, neuroimagem e anti-HIV são os exames básicos da investigação de demências 
reversíveis. 
 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
 Doença de Parkinson é causa de demência irreversível. 
 Doença de Creuzfeld-Jacob é causa de demência irreversível. 
 Doença de Huntington é causa de demência irreversível. 
 
A assertiva correta é a alternativa 1,a doença de Alzheimer é a demência degenerativa mais frequente na população acima dos 
60 anos . A alternativa 1, está correta, visto que dentre as enfermidades neuropsíquicas de maior prevalência na terceira idade 
estão os quadros demenciais, conjuntamente com os transtornos depressivos. A demência na doença de Alzheimer é a de 
maior prevalência, sendo sua estimativa de 60 a 80% dentre os casos demenciais. Tem como característica o inicio insidioso. É 
decorrente do depósito de duas proteínas no cérebro: a proteína betaamilóide e a proteína tau. Aproximadamente 5% dos 
indivíduos entre 65 e 75 anos de idade desenvolvem este quadro. Com o aumento da idade, a partir dos 8590 anos, a 
perspectiva aumenta para quase 50%. Nestes casos, sua evolução é lenta, porém gradativa. A alternativa 2 está incorreta, tendo 
em vista que a perda de memória não é um sintoma essencial para fechar o diagnostico de demência. O termo demência 
frontotemporal (DFT) refere-se a doenças hereditárias esporádicas que afetam os lobos frontal e temporal, incluindo a doença 
de Pick. Demência é a degeneraçãocrônica, global e geralmente irreversível da cognição. Demência frontotemporal é responsável 
por até 10% das demências. Em geral, o início se dá em idade mais jovem (55 a 65 anos) que na doença de Alzheimer. A incidência 
das DFT é quase a mesma em homens e mulheres. A alternativa 4 está incorreta, tendo em vista que diabetes e hipertensão são 
fatores de risco para o desenvolvimento da demência. 
 
Sintomas que ocorrem comumente em pacientes que apresentam o complexo demência-Aids incluem todos os seguintes: 
Alterações na memória, concentração, atenção e habilidades motoras são comuns em pacientes infectados pelo HIV. O termo 
Complexo Demência associado ao HIV refere-se à constelação de sintomas e sinais cognitivos, motores e comportamentais e 
é classificado como uma demência “subcortical” conforme estudos de neuroimagem e anátomo-patológicos. A característica 
essencial do Complexo Demência associado ao HIV-1 é o seu comprometimento cognitivo que pode ser acompanhado de 
disfunção motora, comportamental ou ambas. Alternativa A: INCORRETA. Atividade convulsiva focal não faz parte dos sinais e 
sintomas do complexo demência-Aids. Alternativa B: CORRETA. Fazem parte dos sinais e sintomas cognitivos do complexo 
demência-Aids: perda de memória visuoespacial, perda de coordenação visuomotora, esquecimentos, dificuldade de 
concentração e atenção, lentidão do pensamento, dano na memória verbal. Alternativa C: CORRETA. Fazem parte dos sinais e 
sintomas motores do complexo demência-Aids: marcha instável, perda do balanço, lentidão dos movimentos, piora da escrita, 
incoordenação, declínio das habilidades motoras finas. Alternativa D: CORRETA. Fazem parte dos sinais e sintomas 
comportamentais do complexo demência-Aids: retardo psicomotor (lentidão na fala ou no tempo de resposta), alterações de 
personalidade, afastamento de atividades sociais. Alternativa E: CORRETA. Fazem parte dos sinais e sintomas 
emocionais/humor do complexo demência-Aids: perda da iniciativa (apatia), irritabilidade, mania, psicose de início recente. 
 
Dentre as causas mais frequentes de demência podemos citar a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, e o consumo 
crônico de álcool, que podem levar ao déficit cognitivo progressivo. Outro importante grupo de causas são as doenças 
cerebrovasculares que podem levar a demência vascular. Porém, apesar do diabetes ser um fator de risco para doenças 
cerebrovasculares, ele não é considerado causa direta de demência. 
 
Hidrocefalia de pressão normal 
Paciente de 70 anos, previamente hígido e ativo, apresenta, há alguns meses, lentificação da marcha com base um pouco 
largada e passos curtos como se os pés estivessem presos ao chão. Essa alteração veio seguida por uma diminuição da atenção, 
concentração e da memória. Os familiares relatam que ultimamente o paciente tem incontinência urinária. Foi solicitado uma 
Ressonância Magnética do Crânio que evidenciou ventriculomegalia sem atrofia cortical. A hipótese diagnóstica mais provável 
é de hidrocefalia de pressão normal. 
 
Hematoma subdural 
Paciente de 73 anos, sexo feminino, chega ao consultório com seu marido, muito preocupado, referindo que sua mulher até 1 
semana atrás fazia todo o serviço de dona de casa, quando caiu da própria altura, tornando-se apática, inapetente, com perda/ 
flutuação de consciência e dificuldade de marcha. Tomou remédios caseiros, com piora do quadro. Diagnóstico provável: 
hematoma subdural. 
 
JIN,79 anos, sexo masculino, branco, casado, aposentado, ensino fundamental incompleto, natural de Antônio Dias e 
procedente de Ipatinga, compareceu à consulta de rotina, acompanhado da esposa, queixando de esquecimento. Relata que 
iniciou a notar o sintoma referido há aproximadamente um ano. No início, os familiares perceberam dificuldade para lembrar 
nomes, recados e que estava contando os mesmos casos e fazendo as mesmas perguntas várias vezes. Entretanto, o paciente 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
não percebia o esquecimento. Nega outras alterações cognitivas, como alteração na fala e percepção. Nega alterações 
comportamentais e de humor. Incapacidade em executar as atividades de vida diária como fazer compras, usar o telefone, 
tomar remédio, recebendo o auxílio da esposa para isso. Faz uso de sinvastatina, doxazosina, losartan, furosemida, omeprazol 
e furosemida. Possui como comorbidade DM tipo 2, HAS, hipercolesterolemia e DRC estágio IV. Passado de hérnia de hiato 
esofágico, gastrite e de câncer prostático, descoberto em fase inicial e tratado com quimioterapia. Nega antecedentes 
familiares de doença neurodegenerativa. Nega tabagismo. Nega etilismo. Realiza caminhada diária acompanhado da esposa. 
Exame Físico Pressão Arterial: 130/70 mmHg Mini-exame do estado mental (MEEM): revelou alterações em orientação, 
memória de evocação, atenção e cálculo, comando e cópia de pentágonos (14/30 pontos). A avaliação funcional para atividades 
de vida diária (AVD) revelou um comprometimento 
Teste do relógio: não conseguiu reproduzir o desenho 
Exames complementares: Hemograma, glicemia de jejum, eletrólitos, uréia e creatinina, albumina, dosagem sérica de vitamina 
B12 e ácido fólico e TC de crânio. Exames laboratoriais sem alterações e TC revelou leve hipotrofia hipocampal. 
?????? 
Demencia por corpos de Lewy 
Um paciente com setenta e oito anos de idade, com flutuações cognitivas de início insidioso, rigidez com predomínio axial, 
transtorno de marcha, alucinações visuais e distúrbio do sono. Apresenta demência por corpos de lewy. 
Homem, 78 anos de idade, com confusão mental e alteração da memória há 6 meses. Apresenta períodos de lucidez que duram 
alguns dias, com episódios de desorientação de início agudo. Nos últimos 3 meses teve alucinações visuais bem estruturadas 
(chega a ver animais na árvore). Teve algumas quedas, com fratura do punho. Ao exame físico: leve tremor na mão esquerda e 
rigidez nos braços. Há 3 semanas, passou em consulta, recebendo haloperidol, e evoluiu com rebaixamento da consciência e 
internação. Qual é o diagnóstico provável? Demecia por corpos de Lewy. 
As características principais da demência com corpos de Lewy são um quadro demencial progressivo com parkinsonismo em 
geral simétrico e com pouco tremor, alucinações visuais recorrentes e flutuação cognitiva. A resposta do parkinsonismo à 
levodopa é pequena 
 Doença de Parkinson não cursa com alucinações e déficit cognitivo precoce. 
 O comprometimento motor na DA é tardio. 
 DFT ocorre em idades mais precoces, havendo sinais de frontalização (desinibição sexual, reflexos primitivos, etc). 
 A questão descreve a tríade clássica da demência com corpos de Lewy (DCL): déficit cognitivo flutuante e progressivo, 
alucinações visuais e parkinsonismo. Na doença de Huntington há coreia, distúrbio comportamental e, tardiamente, 
demência. 
 
Demencia Fronto Temporal (DFT) 
Paciente do sexo feminino, 45 anos, apresentando disfunção executiva aos testes neuropsicológicos e cognitivos com relativa 
preservação da memória e habilidade visuoespacial com exame de imagem (RM) mostrando atrofia pré-frontal e diminuição da 
atividade frontal em (PET). 
 
Um paciente com sessenta e nove anos de idade, contador, foi levado à consulta pela filha, que estava muito preocupada com 
a situação do pai. Relatava que o pai sempre foi uma pessoa tímida e reservada. Gostava de ficar em casa e evitava locais com 
grandes aglomerações de pessoas. Há seis meses, estava evoluindo com apatia. Há três meses, foi a um evento em que 
observou o pai muito agitado, falando alto e gesticulando muito, (muitas vezes gestos obscenos). Há um mês, encontrou o pai 
andando nu pela casa. Acha estranho a dificuldade que o pai vem tendo para realizar cálculos simples, coisa que tinha muita 
facilidade pela profissão que exercia. Desde então desistiu de trabalhar. Paciente negava doenças prévias e uso de 
medicamentos. Exame físico sem achados anormais. Foi solicitadaressonância nuclear magnética do crânio que evidenciou 
atrofia focal de lobos frontais. 
 
Homem, 70 anos, engenheiro, foi trazido ao consultório pelo filho que relatou que o pai sempre foi muito discreto e polido. Há 
seis meses, em reunião familiar, observou que o pai estava agitado, gritando e gesticulando muito, inclusive com gestos 
obscenos. Há 2 meses, ao visitar o pai, este estava nu. O paciente vem apresentando dificuldades para realizar cálculos simples 
e, por isso, deixou de trabalhar. Não usa medicamentos e não tem relato de doenças psiquiátricas prévias. Exame físico normal. 
Qual é o diagnóstico mais provável? Demência frontotemporal. Quando a alteração comportamental é predominante, 
denomina-se variante comportamental da Degeneração Lobar FrontoTemporal (DLFT). Se, por sua vez, ocorrer principalmente 
alteração das habilidades linguísticas, têm-se as afasias progressivas primárias (demência semântica e afasia progressiva 
nãofluente). 
 Na HPN há incontinência urinária e apraxia de marcha. 
 Não há critérios para transtorno de humor depressivo. 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
 Na DLFT há macroscopicamente atrofia assimétrica dos lobos frontais e temporais. Na variante comportamental há 
sintomas decorrentes de lesão em áreas de lobo pré-frontal, como redução de empatia, afeto inapropriado, irritabilidade 
e perda de autocrítica 
 Alterações comportamentais são tardias na DA. 
 
Paciente de 72 anos foi levado a emergência por estar apresentando adinamia e recusa alimentar. O médico que o atendia 
percebeu que ele não era capaz de contar o que sentia e nem de organizar suas ideias. Ao interrogar a filha foi informado que o 
paciente tinha problemas comportamentais há cerca de 4 anos, não sendo capaz de lembrar a tarefa que estava fazendo e 
iniciando uma nova atividade sem completar a anterior. Perdia as coisas com frequência e contava as mesmas histórias várias 
vezes. Ainda no primeiro ano passou a apresentar desinibição, urinando em qualquer lugar da casa, sem se incomodar com a 
presença de outras pessoas. Ficou mais reservado, falava pouco e, às vezes, se quer respondia a perguntas simples. Às vezes 
parecia “ligar e desligar” chegando a ficar imóvel e sorrindo para si mesmo. Não havia história prévia de transtorno psiquiátrico 
no paciente ou nos familiares. Não havia relato de alucinações visuais, quedas, disfagia ou hipocinesia. No exame estava alerta 
e consciente com a Glasgow 15/15. Não prestava atenção ao seu entorno. Não havia febre, a frequência cardíaca era de 83 
batimentos por minuto e a pressão arterial de 128/62 mmHg. Não foram observadas alterações de nervos cranianos, a fala era 
normal, mas às vezes o paciente ficava mudo. Seu mini exame do estado mental (MEEM) foi de 21/30 com presença de reflexos 
palmo-mentual e de sucção (tátil oral). Seu hemograma, funções renais, funções da tireoide, funções do fígado e exames de 
urina de rotina eram normais. Seu teste para HIV, hepatite B, hepatite C e VDRL foram negativos. Qual o diagnóstico mais 
provável? Demência frontotemporal. 
Mais um enunciado de paciente trazido por familiar que percebeu algo errado. Neste em específico, trata-se de um homem 
com adinamia, recusa alimentar, esquecimentos, uma desinibição muito marcante (isso já deve acender uma suspeita sempre 
que presente) e dificuldades nas atividades básicas de vida diária com comprometimento funcional, podendo ser enquadrada 
numa síndrome demencial. É importante, inicialmente, pontuar a diferença entre comprometimento cognitivo leve (CCL) e 
Demência. Nesta última, além do declínio cognitivo, deve haver prejuízo funcional, que se manifesta e é claramente abordado 
no enunciado da questão pelas situações acerca das mudanças nos hábitos de vida (incapacidade de lembrar das tarefas), 
dificuldade para realizar as obrigações comuns (iniciar novas atividades sem complementar as anteriores) e a apatia. O CCL 
inclui pacientes que possuem déficit cognitivo apenas, sem impacto funcional. Na investigação de um quadro de declínio 
cognitivo, deve ser solicitado avaliação complementar que inclui exames laboratoriais e de neuroimagem. A já mencionada 
desinibição associado aos reflexos palmo-mentual e de sucção (considerados reflexos de liberação frontal), bem como a 
presença de apatia e quietude devem sempre ser seguidas de uma suspeita de demência frontotemporal, caracterizados por 
importantes mudanças no comportamento social e na personalidade. 
Alternativa A: Alzheimer: É uma demência mais comum em mulheres e que não apresenta tantos comemorativos como o do 
quadro. A evolução é lenta, geralmente iniciada com esquecimentos e seguida de progressivo comprometimento funcional. À 
imagem, pode ser observada atrofia hipocampal. 
Alternativa B: demência vascular: Geralmente associada a hipertensão, diabetes e dislipidemia, que culminam em lesão de 
pequenos vasos. É marcante também a presença de eventos cardiovasculars (IAM, AVC, AIT). No exame de imagem, redução 
volumétrica do encéfalo e microangiopatia pericentricular são achados comuns. 
Alternativa D:A HPN geralmente se manifesta com uma tríade. Para lembrar dela, use o mnemônico do “velhinho dos 3 Ms”: 
Maluco (demência), Molhado (incontinência urinária) e Marcha lenta (distúrbio da marcha). 
 
Demência Vascular 
Paciente de 64 anos, masculino, engenheiro, com antecedentes de HAS há 15 anos e diabetes mellitus há nove anos, ambos 
compensados. Há 4 anos começou a sofrer de episódios confusionais agudos associados a hemiparesia à direita, que obtinham 
remissão, mantendose como sequelas alterações motoras e prejuízo das funções mnêmicas e cognitivas superiores. 
Inicialmente houve exacerbação da expressão dos impulsos e dos afetos, evoluindo, porém para hipobulia e embotamento 
afetivo. O diagnóstico psiquiátrico e a proposta terapêutica para este paciente é: Demência vascular multiinfarto + profilaxia de 
AVCs coom antagonista de cálcio + tratamento do déficit cognitivo com Ach. 
Justificativa: A demência vascular multiinfarto está relacionada a uma série de pequenos infartos, geralmente resultado de 
hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes melito, causando isquemia da substância branca periventricular, sobretudo entre 
os 65 a 75 anos (como no caso do paciente em questão). Como se dá pela ocorrência de vários acidentes vasculares, diferentes 
áreas cerebrais são afetadas, resultando na interrupção de conexão cruciais para o desempenho cognitivo. O fato de ter tido 
um AVC prévio continua sendo o principal fator de risco para o acontecimento de novos AVC’S, e por isso a profilaxia com 
antagonista de cálcio é necessária, visto que promove a diminuição da resistência vascular periférica, com consequente redução 
na PA, além da diminuição da concentração de cálcio nas células da musculatura lisa vascular. O caso fala contra a demência de 
Pick, uma vez que esta está geralmente associada a um quadro degenerativo, na região frontotemporal, em função da atrofia 
dessas estruturas. 
 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
Alzheimer 
A doença de Alzheimer faz parte do grupo das mais importantes doenças comuns aos idosos que acarretam declínio funcional 
progressivo e perda gradual da autonomia. Assinale a alternativa correta sobre a doença de Alzheimer: O comportamento da 
memória é, em geral, o sintoma mais proeminente e precoce, principalmente de memória declarativa e episódica. 
 
 A demência tipo Alzheimer é a que tem maior prevalência na população mundial, é um processo orgânico e o déficit 
cognitivo corresponde à baixa de transmissão colinérgica central. 
 A doença de Alzheimer possui a maior prevalência dentre as demências, entretanto é um processo orgânico. 
 A doença de CretzfeldtJacob é irreversível. 
 Os neurotransmissores que estão envolvidos com maior frequência na condição fisiopatológica da doença de 
Alzheimer são acetilcolinae norepinefrina, e supõese que ambos sejam hipoativos na doença de Alzheimer. 
 
Mulher, 82 anos, professora aposentada, viúva, 4 filhos. Comparece à consulta trazida pela filha com a qual mora há cerca de 3 
anos, desde o falecimento do marido com quem morava. Filha informa que desde a morte de seu pai observou que a mãe 
iniciou quadro de esquecimentos frequentes e que estes estavam se agravando progressivamente. Inicialmente observou que 
os alimentos estavam estragando na geladeira e em algumas situações a mãe alimentava-se de comida estragada guardada na 
geladeira e não percebia. Observou também que a mãe se encontrava menos cuidadosa com os afazeres da casa e até mesmo 
de sua higiene, o que a deixava preocupada uma vez que a mãe sempre fora uma pessoa muito vaidosa. Decidiu leva-la para 
morar com ela já que não tinha condições de supervisioná-la. Aos poucos, a paciente evoluiu com dificuldade de sair de casa 
sozinha. Ia ao supermercado e não se lembrava o que havia ido comprar, até que em um dos episódios perdeu-se no caminho 
perto de sua casa. Filha observou também que aos poucos a paciente foi perdendo interesse em fazer atividades que antes lhe 
dava prazer, tais como ler jornais, assistir noticiário e conversar com vizinhas. Procurou atendimento médico no início do quadro, 
tendo sido realizado diagnóstico de depressão e iniciado tratamento, porém filha não observava melhora importante e decidiu 
levá-la novamente em um geriatra. História pregressa de DM e HAS, osteoartrose de joelhos e uso crônico de benzodiazepínicos 
para dormir (iniciado após falecimento do marido). Durante avaliação geriátrica observou-se: PA: 130x80 mmHg FC: 84 bpm 
Peso: 68 Kg Altura: 1,56 cm. Demais aparelhos sem alterações. MEEM: 16/30 Fluência verbal: 10 animais em 1 minuto TDR: 5; 
GDS: 2/15 Em relação ao caso acima descrito, podemos afirmar: Trata-se de provável Doença de Alzheimer, uma vez que paciente 
apresenta prejuízo de memória e também de outras funções cognitivas associado a prejuízo em suas atividades de vida diária. A 
paciente em questão apresenta quadro de declínio cognitivo, e é importante, inicialmente, pontuar a diferença entre 
comprometimento cognitivo leve (CCL) e Demência. Nesta última, além do declínio cognitivo, deve haver prejuízo funcional, 
que se manifesta na paciente em questão pelas situações acerca das mudanças nos hábitos de vida (autocuidado), dificuldade 
para realizar as tarefas comuns (ir ao supermercado) e a apatia (que a fez perder o interesse por jornais e revistas). O CCL inclui 
pacientes que possuem déficit cognitivo apenas, sem impacto funcional. Na investigação de um quadro de declínio cognitivo, 
deve ser solicitado avaliação complementar que inclui exames laboratoriais e de neuroimagem. Os exames laboratoriais 
objetivam afastar causas infecciosas e tóxico-metabólicas, que podem causar distúrbios cognitivos agudos ou subagudos. A 
ressonância magnética é o exame de imagem com maior acurácia neste contexto de investigação. Considerando a faixa etária 
e a sintomatologia, um diagnóstico muito provável é o de Alzheimer, que é muito mais prevalente em mulheres. Alternativa A: 
INCORRETA. Por mais que seja uma patologia cada vez mais comum em idosos, o declínio cognitivo com prejuízo funcional 
somado à refratariedade ao tratamento já proposto não corroboram. Alternativa B: CORRETA. Alternativa C: INCORRETA. O 
diagnóstico de síndrome demencial é clínico. Os exames complementares visam excluir causas agudas e subagudas e auxiliam 
a definir (mais facilmente) a etiologia. Alternativa D: INCORRETA. A demência frontotemporal apresenta achados de 
desinibição, hiperoralidade e compulsividade, não presentes nessa história clínica. 
 
Mulher, 86 anos, há 6 meses perdeu-se no trajeto da igreja para a sua casa e vem apresentando esquecimento de evolução 
insidiosa. Não está reconhecendo os sobrinhos e não se lembra do nome das amigas com quem fazia aulas de pintura e por 
isso tem deixado de frequentá-las. Não apresenta alteração do ciclo sono-vigília, do humor e do apetite. Qual é a substância 
envolvida na fisiopatologia do diagnóstico mais provável? Acetilcolina. 
 
Parkinson 
Dentre os sinais cardinais da Doença de Parkinson estão: instabilidade postural, rigidez, bradicinesia, tremor de repouso. 
 
O tremor essencial diferencia-se da Doença de Parkinson por apresentar as seguintes características: acentua-se com o 
movimento, é mais fino e mais rápido e cessa com o repouso 
 
 
 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
Delirium 
Um paciente com oitenta anos de idade, previamente lúcido, deu entrada na emergência com quadro de sonolência, déficit de 
atenção e desorientação temporo-espacial há um dia (AGUDO). Segundo a esposa vem evoluindo com alguns períodos de 
lucidez ao longo do dia. Faz uso regular de enalapril 10 mg, hidroclorotiazida 12,5 mg, sinvastatina 20 mg e há dois dias iniciou 
tratamento com clorfenidramina para um quadro gripal. Exame físico, exames laboratoriais, Rx, exame de urina, exame da 
função tireoideana (feita há dez dias) não apresentaram alterações e foi constatado ausência de déficit motor. Com base nesse 
caso clínico, é correto afirmar que a conduta inicial mais adequada é: suspender o antigripal. 
 
No segundo dia de pós-operatório de artroplastia de joelho uma senhora de 79 anos pensa que está em asilo e que as 
enfermeiras estão tentando machucá-la. Ela está contida fisicamente. Antes desta internação, ela morava sozinha. Apesar de 
apresentar fraqueza e esquecimento, não foi identificada qualquer alteração na avaliação pré-operatória. Ela dorme 
profundamente e, quando acorda, fica desorientada e sonolenta. A avaliação do estado mental mostra perseveração e 
alucinações visuais. O diagnóstico mais provável para este quadro é: delirium. 
O paciente em questão apresenta um quadro de Delirium misto, pode-se afirmar devido a quadros de sonolência durante o dia 
e devido a quadros de agressividade aos cuidadores. A etiologia pode ser devido a infecções, polifarmácia, idade avançada, 
desnutrição, entre outros. Em relação ao tratamento deve-se identificar e tratar os fatores precipitantes. E em relação a 
agressividade, pode lançar mão dos antipsicóticos, como por exemplo Haloperidol em doses baixas. 
A demência é um distúrbio caracterizado pelo declínio de um ou mais domínios cognitivos, sendo eles: aprendizado e memória, 
linguagem, função executiva, atenção complexa, percepção perceptivo-motora e cognição social. Esse déficit ocorre em relação 
ao status prévio do indivíduo e é grave o suficiente para causar prejuízo na função diária e independência dele. A forma mais 
comum de demência em idosos é a doença de Alzheimer, responsável por 60 a 80% dos casos. Vejamos as alternativas: 
Alternativa A: INCORRETA. O delirium ocorre mais frequentemente idosos, em parte porque mudanças cerebrais causadas pelo 
avançar da idade os tornam mais suscetíveis. As pessoas idosas costumam ter menos neurônios e níveis mais baixos de 
acetilcolina (substância que permite a comunicação entre neurônios), de forma que qualquer estresse que reduza o nível de 
acetilcolina pode interferir no funcionamento cerebral, predispondo ao delirium. Além da idade, a presença de demência também 
predispõe ao delirium, uma vez que o comprometimento da neurotransmissão colinérgica é denominador comum a essas duas 
perturbações neuropsíquicas. Alternativa B: INCORRETA. Delirium é realmente definido como um estado confusional agudo 
causado por algum fator estressor, seja ele medicação, infecção ou distúrbio metabólico. O curso dessa condição é flutuante, 
sendo acompanhado por alterações no ciclo sono-vigília, mas que podem ser reversíveis. Alternativa C: CORRETA. A tríade 
clássica da hidrocefalia de pressão normal é alteração simétrica da marcha, demência e incontinência urinária, sendo que esses 
sintomas têm início insidioso (três ou mais meses). Assim, essa é a alternativa falsa, jáque o paciente tende a apresentar 
incontinência, não retenção urinária. Alternativa D: INCORRETA. Diante de um paciente com demência, primeiramente 
precisamos descartar outras causas de alterações cognitivas em idosos e etiologias reversíveis, como o envelhecimento normal, 
depressão, doença sistêmica, efeito colateral de medicação, deficiência cognitiva leve, hipotireoidismo e carência vitamina B12. 
O desenvolvimento de delirium no paciente idoso hospitalizado sofre influência de fatores precipitantes e predisponentes. 
Dentre os predisponentes, pode-se citar: o déficit sensorial. 
 
Um quadro de delirium se caracteriza pelos seguintes aspectos: nível de consciência reduzido, curso flutuante nas 24 horas, 
presença frequente de alucinações visuais. 
 
Sono 
Paciente do sexo feminino, de 83 anos, queixa-se de sensação desagradável de desconforto nas pernas, principalmente à noite. 
Em algumas noites sente mais do que em outras e melhora fazendo movimentos com as pernas. A filha informa que, 
ultimamente, sua mãe anda irritadiça. A primeira hipótese diagnóstica é: sd. das pernas inquietas. 
 
 Nem sempre é necessário o uso de medicamentos para tratar insônia no idoso! 
 
 Benzodiazepínicos não são primeira escolha para tratar insônia no idoso! 
 
Orientações de higiene de sono: Deitar em lugar calmo e aconchegante, evitar barulho e luz, não fazer exercício para dormir, ter 
uma rotina para dormir e acordar nos mesmos horários. 
 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
Os problemas de sono no idoso são, em geral, consequência de diversos fatores: refluxos gastroesofágicos, aumento da 
atividade mioclônica noturna, dor e limitação de mobilidade, perturbações neuropsiquiátricas, principalmente depressão e 
demência. 
 
A síndrome das pernas inquietas se caracteriza por: urgência de mover as pernas 
 
 
Depressão 
Sobre os antidepressivos e suas indicações para os diversos sintomas de depressão, correlacione as duas colunas abaixo: 
 
 Duloxetina: Indicado na depressão com síndrome dolorosa ou incontinência urinária de esforço. 
 
 IMAO clássico: Indicado para depressão refratária. 
 
 ADT (tricíclicos): Bloqueio cardíaco de grau avançado, aumento intervalo QT dose-dependente, causa hipotensão 
ortostática, retenção urinária e confusão mental. 
 
 Bupropiona: Tem efeito supressor do apetite e antitabagismo 
 
 Fluoxetina: Tem meia vida de até 15 dias, causa mais inibição das enzimas hepáticas elevando a dose sérica de várias 
drogas 
 
Paciente do sexo feminino, 72 anos, portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS em uso de enalapril 10mg de 12/12 horas 
e Hidroclorotiazida 25mg pela manhã diariamente, com escore de 8 na GDS 15, foi medicada com Citalopram 20mg à noite. 
Após a quarta semana de tratamento a filha ligou para o médico neurologista que havia feito o diagnóstico e prescrição 
informando que a mãe encontrava-se sonolenta, confusa e com náuseas. O distúrbio mais provável para essa paciente é: 
hiponatremia 
 
Paciente do sexo feminino, 69 anos, apresenta quadro de dois meses de apatia, desinteresse pelas atividades diárias, fraqueza 
generalizada e hiperssonia. Ao exame físico: corada, ritmo cardíaco irregular (FC= 108 BPM – fibrilação atrial ao ECG) e dor difusa 
à palpação muscular, apesar de força muscular preservada e reflexos profundos vivos e simétricos. Ausência de sinais flogísticos 
articulares. GDS 12/15. O diagnóstico mais provável é: depressão maior. 
 
L.B.C, 69 anos de idade, sexo feminino, vem para consulta com queixa de esquecimento. Refere que, com frequência, esquece 
comida no fogo, esquece onde guarda as coisas. Há cerca de um mês o sono está de má qualidade, se irrita com facilidade, além 
de falta de concentração. Muitas vezes se sente inútil e se questiona qual o real sentido de viver. É casada há 40 anos, tem dois 
filhos e nem as reuniões de domingo com a família estão lhe dando prazer. Tem medo de se esquecer das pessoas que ama. 
Nunca havia tido um quadro clínico semelhante. ANALISE o caso, considerando as hipóteses diagnósticas e conduta. 
A paciente refere como queixa principal o déficit de memória, associado a transtorno do sono, mudanças comportamentais e 
emocionais (irritabilidade, sentimento de inutilidade), desconcentração, anedonia. Deve-se realizar o rastreamento cognitivo 
amplo da paciente por meio de aplicação de testes de avaliação dos domínios cognitivos (que atestem memória, orientação, 
linguagem e função executiva) como MEEM, Teste de fluência verbal, Teste das figuras e GDS (para investigação de quadro 
depressivo maior), os quais tenderão à normalidade ou leve variação normal, à exceção do GDS que se encontrará alterado. 
Através da história clínica da paciente, percebe-se um quadro recente de uma paciente idosa jovem com prejuízo em suas 
atividades de vida diária e que apresenta, conforme análise e aplicação dos critérios diagnósticos do DSM-V, humor deprimido, 
anedonia, sentimento de inutilidade, insônia, capacidade diminuída para se concentrar; conferindo à paciente o diagnóstico de 
Transtorno Depressivo Maior. A conduta terapêutica para tal transtorno consiste na administração de antidepressivos para 
melhora sintomática e funcional, a exemplo dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) como o Escitalopram, 
os quais apresentam menos efeitos colaterais (caso presentes, principalmente gastrointestinais), facilitando a adesão ao 
tratamento; pode-se lançar mão também de ADT (com devida análise de comorbidades da paciente, como história de 
hipotensão e sobrepeso), uma vez que o efeito de sonolência auxiliaria na otimização do sono não-restaurador da paciente. 
Deve-se lembrar de orientar a paciente acerca do tempo necessário ao efeito do antidepressivo (4 a 8 semanas), encorajando-
a a aderir ao tratamento. Além disso, medidas não-farmacológicas como exercício físico regular e completo (anaeróbico e de 
resistência), dieta adequada, controle de possíveis comorbidades a investigar, terapia cognitivo-comportamental, práticas de 
higiene do sono para auxiliá-la em sua manutenção e acompanhamento e suporte da família e vínculos sociais da paciente são 
de extrema importância para o efetivo bem-estar físico, emocional e funcional da paciente. 
 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
A paciente provavelmente apresenta um quadro de Transtorno Depressivo Maior, isso pode ser confirmado com o auxilio do 
DSM-5, já que a paciente apresenta desinteresse em realizar atividades que antes sentia prazer e humor deprimido. Além disso 
sofre de insônia e perda de peso. Dentre os fatores predisponentes e precipitantes, podemos citar a morte do marido, e as 
dores musculares e da osteoartrite, que segundo ela, tiram a vontade de viver. Em relação ao tratamento farmacológico , os 
mais indicados para essa paciente seria os antidepressivos triciclicos, pois os seus efeitos colaterais, seriam favoraveis para essa 
paciente. Por exemplo, ela apresenta insônia e perda de peso, esses antidepressivos, são sedativos e além disso tem expressivo 
ganho ponderal. E em relação ao tratamento não farmacológico é necessário buscar psicólogo. 
Ao iniciar o tratamento de um idoso com antidepressivo, deve ser considerada a seguinte questão: pode ser necessário esperar 
de seis a oito semanas para observar o início do efeito. 
 
Quedas 
Entre os fatores de risco para quedas, observa-se idade maior que 80 anos, o gênero feminino e déficit cognitivo. 
 
A identificação precoce de fator de risco para queda é uma ação preventiva de extrema importância. Estão em maior risco os 
idosos que se incluem na seguinte categoria: história de quedas anteriores. 
 
Timed get up and go (TUG) maior que 20seg: tendência a quedas. 
 
A Sra. C., de 80 anos de idade, realiza uma avaliação geriátrica ampla em um Serviço Multidisciplinar de Geriatria. Relata três 
quedas no último ano e muito medo de realizarsuas atividades cotidianas, pois teme cair novamente. A paciente deambula 
sem auxílio, mas com redução da velocidade da marcha, diminuição do comprimento do passo e desvio de linha média. Já faz 
acompanhamento com clínico geral para tratamento de hipertensão arterial sistêmica. Depois de realizar todos os testes, 
avaliações e exames, foi feito diagnóstico de instabilidade postural e indicação de acompanhamento com equipe 
multidisciplinar. 
Fatores intrínsecos: ptofobia; pesquisar (polifarmácia; inatividade física; déficit sensorial; déficit cognitivo; doença 
osteomuscular ?) 
Fatores extrínsecos: pesquisar (má iluminação; pisos escorregadios; tapetes, degraus; muitos móveis; ausência de barras de 
apoio nos banheiros) 
LEMBRAR: é um idoso caidor, então prevenir quedas é fundamental ! Necessita de uma equipe multidisciplinar: além do médico 
geriatra, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo. 
Como prevenir? apoio psicológico para trabalhar a ptofobia; estímulo à atividade física para fortalecimento da musculatura; 
revisão medicamentosa (quais anti-hipertensivos?; usa medicamentos que levam a instabilidade postural?); corrigir fatores 
ambientais (boa iluminação, piso antiderrapante); corrigir os déficits sensoriais (adequar lentes corretivas). 
 
Mulher de 87 anos é levada ao serviço de emergência do HC Mário Ribeiro, após cair no banheiro. O médico é informado pela 
paciente que ela escorregou no chão molhado, caiu, deslizou de costas pelo chão e, presumivelmente, bateu a cabeça, pois se 
queixou de uma leve cefaleia, mas não houve perda da consciência antes ou depois da queda, negou perda do controle vesical, 
vertigem, palpitações ou qualquer outro sintoma ou lesão. A referida paciente tem história pregressa de quedas recorrentes, 
hematoma subdural, secundário a uma queda antiga, tem fibrilação atrial e osteoartrite. Ela conta que tem medo de cair e, que 
por isso, diminuiu suas atividades fora do seu domicílio. Ao exame físico: acordada; atenta; alerta e orientada no tempo e 
espaço; FC 96 bpm; PA 142X76 mmHg sem HO; FR 18 irpm; satO2 99% ao ar ambiente. Exame da cabeça revelou a presença de 
hematoma com dimensões de 3x2 cm na região occipital que à TC de crânio sem contraste não mostrou qualquer alteração. 
A) ANALISE o caso clínico relatado acima e aponte a condição envolvida na queda atual. 
Resposta: fatores de risco (osteoartrite, queda pregressa, medo de cair, fibrilação atrial) + fator extrínseco (chão molhado) 
B) CITE quatro intervenções para prevenção de quedas recorrentes. 
Resposta: atividade física; fisioterapia; suportes (bengalas, andadores, cadeiras de rodas); tratamento psquiátrico 
C) CITE quatro características domésticas associadas às quedas. 
Resposta: desníveis no chão; pisos escorregadios; casa com muitos móveis, difícil locomoção; banheiro sem suporte de apoio. 
 
Paciente com história de 4 quedas no último ano, reside sozinha em casa com escada, é portadora de catarata, DM2, HAS, e 
apresenta TUGT maior que 20 segundos. Analise o caso pondere cada problema e proponha a conduta. 
Lista de problemas: Insuficiência familiar; queda (caidor); TUGT tempo aumentado; comorbidades 
Conduta: Investigar as circunstâncias da queda: local? tontura? Fraqueza súbita? Inventário medicamentoso? Avaliar a acuidade 
visual; Medição da PA deitado e em pé (hipotensão ortostática?); DM (retinopatia diabética; hipoglicemia). 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
Medidas de prevenção da queda: atividade física, calçados adequados, cirurgia de correção da catarata, instalação de barras de 
apoio, avaliar as condições das escadas, remover tapetes soltos. 
Avaliar possibilidade de um cuidador. 
 
Sd. Imobilidade 
O filme “Menina de Ouro”, a protagonista Maggie sofre uma queda que a deixa tetraplégica. O fim da trama se passa em um 
quarto de enfermaria onde ela, com vários contraturas, sinais de sofrimento cutâneo e em uso de sonda para se alimentar, 
pede ao seu treinador (de boxe) que dê um fim à sua vida. 
Diante do exposto, a paciente NÃO apresenta síndrome da imobilidade por NÃO apresentar: 
A) Relato de incontinência urinária 
B) Relato de disfagia e desnutrição 
C) Déficit cognitivo 
D) Alterações comportamentais 
E) Escaras 
 
Paciente idoso, 84 anos, com diagnóstico de demência vascular avançada, apresentando múltiplas contraturas, uso de 
gastrostomia, afasia e lesões por pressão em região sacral e trocantéricas. Além de hipertensão arterial e dislipidemia, familiares 
nega outras comorbidades. Com relação ao caso clínico acima, assinale a alternativa correta: 
a) O paciente apresenta síndrome de imobilidade, já que apresenta na história clínica dois critérios maiores obrigatórios associados 
a dois critérios menores, dentre os critérios menores estão a presença de afasia e lesões por pressão. 
 
A paciente em questão apresenta uma úlcera por pressão no estágio 2, essas úlceras são comuns de aparecer em paciente 
internados e idosos, devido ao excesso de pressão local, em certas regiões do corpo, associado a ausência de atividade e a pele 
frágil que os idosos possuem. Nesse caso o tratamento é feito, realizando a limpeza com soro fisiológico e combrindo a ferida. 
Para evitar novas úlceras, deve mudar a posição do paciente a cada 2h, se possível deita-lo em um colchão piramidal e proteger 
as regiões que sofrem atrito constante. 
Desnutrição é a principal causa de ulcera de pressão. 
Osteoporose 
Mulher de 87 anos de idade realizou exame de densitometria óssea, conforme imagem a seguir como parte de exames de 
rotina no CRASI. Apresentou menopausa aos 50 anos. Em relação a esse caso, assinale a alternativa CORRETA: osteoporose 
densiometrica, devendo ser tratada a fim de reduzir o risco de fraturas. 
Tratamento não farmacológico (dieta: maior consumo de alimentos com cálcio; exercício físico; banho de sol diário) + tratamento 
farmacológico (bifosfonato + vitamina D + cálcio). 
 
Paciente do sexo feminino, 68 anos, branca, aposentada, natural e procedente de Belo Horizonte, MG, procurou serviço de 
saúde para uma avaliação, pois apresenta histórico familiar de fratura de fragilidade (mãe apresentou fratura de colo de fêmur 
após queda da própria altura, aos 65 anos). Paciente sem história fraturas prévias. Tabagista de 20 maços/ ano, nega etilismo 
ou cafeísmo. Dieta: Consome de 1 a 2 porções de leite e derivados ao dia. HP: HAS (hipertensão arterial sistêmica) controlada. 
H.Medicamentosa: Enalapril 10 mg de 12/12 horas. HGO: G2P2A0 sem intecorrências, sem TRH (terapia de reposição hormonal). 
Exercícios Físicos: Caminha duas vezes por semana, com duração de 30 minutos. Peso: 48 kg, altura: 1,59 m. Proponha a 
conduta para o caso. 
Tratamento não farmacológico (dieta: maior consumo de alimentos com cálcio; exercício físico; banho de sol diário) + tratamento 
farmacológico (bifosfonato + vitamina D + cálcio). 
 
 
A osteoporose é uma doença sistêmica, caracteriza por baixa massa óssea e deterioração micro arquitetural do tecido ósseo, 
com consequente aumento da fragilidade óssea e da suscetibilidade de fratura. O fator de risco relacionado a osteoporose 
primária é: Os fatores de risco mais importantes relacionados à osteoporose e a fraturas na pós-menopausa são: idade, sexo 
feminino, etnia branca ou oriental, história prévia pessoal e familiar de fratura, baixa DMO do colo de fêmur, baixo índice de massa 
corporal, uso de glicocorticóide oral (dose ≥ 5,0 mg/dia de prednisona por período superior a três meses), fatores ambientais, 
inclusive o tabagismo, ingestão abusiva de bebidas alcoólicas (≥ três unidades ao dia), inatividade física e baixa ingestão 
dietética de cálcio. Alcoolismo pode levar a osteoporose secundária. Os estrogênios desempenham papel antirreabsortivo 
importante no metabolismo ósseo das mulheres na pré-menopausa. O hipoestrogenismo, que ocorre após a menopausa, 
promove perda acelerada de massa óssea. Glicocorticóides podem levar a osteoporose secundária. Hiperparatireoidismopode 
levar a osteoporose secundária. 
 Questões Revisão Geriatria 
Ana Elisa A. G. Medicina 2021.2 
 
O estado de hipoestrogenismo da pós-menopausa aumenta os riscos de: Osteoporose e atrofia urogenital. A deposição óssea 
via osteoblastos é estimulada pelos estrógenos, assim como o trofismo vaginal, ocorrendo prejuízo nestes processos no 
perimenopausa. 
 
Em mulheres idosas, o tratamento da osteoporose está indicado na presença de fratura em: punho, vértebra e fêmur. 
 
Sarcopenia 
Homem, aposentado, 78 anos, foi ao geriatra que após avaliação médica completa, fez o diagnóstico de sarcopenia e propôs 
um plano terapêutico. Os critérios diagnósticos mais aceitos pelos principais consensos envolvem: 1. baixa massa muscular; 2. 
hipoalbuminemia; 3. baixa força muscular; 4. baixo peso; 5. baixo desempenho físico: 
Recomenda-se que o diagnóstico da sarcopenia seja baseado na confirmação de baixa quantidade de massa muscular (critério 1), 
somado a uma das seguintes opções: baixa força muscular (critério 2) ou baixo desempenho funcional (critério 3). Além disso, 
indica-se a classificação em diferentes estágios: pré-sarcopenia (critério 1), sarcopenia (critério 1+2 ou 3) e sarcopenia grave 
(critério 1+2+3). 
 
A sarcopenia é um dos principais problemas associados ao envelhecimento. A fisioterapia pode contribuir para a prevenção e o 
tratamento da sarcopenia em idosos. Assinale a alternativa correta a respeito da fisioterapia na sarcopenia: O exercício resistido 
associado com a suplementação proteica podem melhorar o trofismo, a força e a potência musculares. 
 
Multiassuntos 
O Brasil, com o processo de transição demográfica, está passando por um processo de envelhecimento populacional rápido e 
intenso. Houve uma redução no número de doenças infecto-parasitárias e um aumento no número de doenças crônicas 
degenerativas. O declínio físico e muitas vezes intelectual, associados a velhice, muitas vezes comprometem a qualidade de 
vida na terceira idade, tornando crescente a demanda por prevenção e assistência aos idosos. Alternativa A: CORRETA. A queda 
é um evento bastante comum e em idosos. Embora não seja uma conseqüência inevitável do envelhecimento, pode sinalizar o 
início de fragilidade ou indicar doença aguda. Os fatores de risco mais associados a queda são: idade (80 anos ou mais), sexo 
feminino, história prévia de quedas, imobilidade, baixa aptidão física, fraqueza muscular de membros inferiores, dano cognitivo, 
uso de sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia. Alternativa B: INCORRETA. Restrição da mobilidade e retenção urinária 
não são causas reversíveis de incontinência urinária. Alternativa C: INCORRETA. Motoristas idosos são mais propensos a sofrer 
acidentes com veículos ao virarem para esquerda do que outras faixas etárias, bem como de sofrer lesões em um acidente. 
Deve-se, esse fato, ao declínio gradual e sutil da força, coordenação, tempo de reação, capacidade de concentração e audição, 
que ocorre com o envelhecimento. Alternativa D: INCORRETA. Estão relacionados com sintomas de depressão em idosos 
benzodiazepínicos, metildopa, corticóides, bem como doenças como osteoartrite, neoplasias, DPOC, insuficiência cardíaca, 
demências, AVC, infarto agudo do miocárdio e hipotireoidismo. Resposta correta, letra A. 
 
M.J., sexo masculino, branco, 80 anos de idade, Potiguar residente em Mossoró, casado, médico aposentado há oito anos, 
portador de HAS, dislipidemia, DM2, osteoartrite e HPB, relata que há um ano iniciou com quadro de cansaço, principalmente 
após desempenhar atividades como ir até a padaria localizada há cerca de 200 metros da sua casa, ou dar uma volta no 
quarteirão com seu cachorro. Há seis meses relata fraqueza para a realização de determinadas atividades (subir escadas e pegar 
seu bisneto de um ano no colo). Diminuição do apetite e peso há cerca de um ano. Nega tabagismo e etilismo. É sedentário. 
Refere intensificação do cansaço e da fraqueza no último mês, decidindo, por conta própria, não sair mais de casa e iniciar uso 
de polivitamínico. Dieta com pouca ingestão de água e carne ou ovos três vezes por semana. História medicamentosa: 1. 
Enalapril 20 mg duas vezes ao dia (após café da manhã e jantar); 2. Hidroclorotiazida 25 mg uma vez ao dia (após café da 
manhã); 3. Atorvastatina 10 mg uma vez ao dia (após jantar); 4. Metformina 850 mg duas vezes ao dia (após almoço e jantar); 
5. Tansulosina 0,4 mg uma vez ao dia (à noite); 6. Omeprazol 20 mg uma vez ao dia (jejum); 7. Polivitamínico 1 cápsula uma vez 
ao dia (após café da manhã); 8. Paracetamol 750 mg esporadicamente para dor. Exame físico: Estado geral regular, descorado 
+/4, desidratado +/4, eupnéico (frequência respiratória: 12ipm), acianótico, afebril (T: 36,2ºC); dentes em mau estado de 
conservação, tiróide sem alterações, sem linfonodomegalia; PA e FC deitado: 110 x 70 mmHg e 80 bpm; PA e FC em pé: 100 x 
70 mmHg e 84 pm; Altura: 1,78 m, peso 69 kg, IMC 21,8 kg/m2; ACV:Normal, AR: Normal, Abdome: Normal, Circunferência da 
panturrilha 30 cm, velocidade da marcha 0,66 m/seg, força de preensão palmar 17,5 kg; Neurológico – consciente, orientado, 
hipoestesia tátil e vibratória nos pés, reflexos profundos normais, força muscular GIV membros superiores (MMSS) e MMII, 
marcha lentificada; Avaliação geriátrica ampla (AGA): miniexame do estado mental (MEEM): 30; Escala de depressão geriátrica 
(GDS): 3/15; miniavaliação nutricional (MAN): 20; avaliação de sarcopenia (SARC-F): 5; atividade instrumental de vida diária 
(AIVD-Lawton): 24/27; atividade básica de vida diária (ABVD-Katz): 6/6; avaliação para risco de queda (TUGT): 16 seg. 
DETERMINE as hipóteses diagnósticas, faça as recomendações terapêuticas. 
 
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As hipóteses diagnósticas são sarcopenia, síndrome da imobilidade, anemia por deficiência dietética e neuropatia periférica. O 
paciente em questão apresenta comorbidades que comprometem sua reserva homeostática funcional e o fragiliza frente aos 
fatores estressantes, acoplado à existência de polifamácia. Pode-se perceber sinais de anemia, tornando-se necessária 
investigação de anemia ferropriva (solicitar ferro sérico e exames da cinética do ferro). Por meio da análise da MAN (inferior à 
referencia de eutrofia tida como acima de 24 pontos), em conjunto com o IMC inferior a 22 (normalidade entre 22 e 27), à 
medição da panturrilha inferior a 31 cm e força de preensão palmar inferior a 30 e velocidade de marcha inferior, constata-se 
presença de desnutrição e perda de massa muscular (e força muscular). Além disso, TUGT entre 11 e 20 sugere idoso frágil ou 
com alguma limitação física e baixo risco de quedas. Portanto, as recomendações terapêuticas consistem em controle de 
comorbidades mediante acompanhamento clínico regular e readequação medicamentosa, orientações nutricionais para maior 
consumo de proteínas e ácidos graxos de cadeia curta, alimentos ricos em ferro, cálcio e vitamina D, orientação para prática 
regular de exercícios físicos tanto aeróbicos quanto resistidos para aumento da massa e força musculares e consumo devido 
de água (hidratação), orientação para exposição solar em horário apropriado por no mínimo 15 minutos, adaptação ambiental 
para diminuição do risco de eventuais quedas. Ademais, é necessária reavaliação dos medicamentos para possível retirada de 
omeprazol, por exemplo. Avaliar progressão de possível neuropatia periférica por complicação da DM e necessidade de prótese 
dentária para melhora de qualidade dietética e bem-estar do paciente. 
 
Portador de demência Vascular, que vem apresentando períodos de piora da desorientação associada a sonolência, com rápido 
declínio funcional há uma semana. História de que há duas semanas teve uma queda da própria altura quando estava no 
banheiro, precisando de ajuda para levantar-se. Não houve trauma cranioencefálico, evoluindo com lombalgia importante, que 
limitavaa deambulação e não cedeu com dipirona, o que motivou a prescrição de codeína como adjuvante no controle da dor. 
Foi informado que o paciente estava sem evacuar há uma semana e queixava-se de ardência urinária e dor suprapúbica. Evoluiu 
com disfagia, hiporexia e recusa para ingerir líquidos. Além disso, foi relatado que essa havia sido a primeira queda do idoso, 
mas a família disse que o paciente já estava apresentando dificuldade na deambulação. O quadro cognitivo estava bem 
caracterizado, por prejuízo na memória recente com alguma disfunção executiva, mas com independência para as atividades 
básicas da vida diária. Ao ser questionado por você o paciente queixou-se de boca seca e dor lombar baixa. Ao exame, 
encontrava-se sonolento, desorientado no tempo e no espaço, corado, desidratad0 +/4+, eupneico em ar ambiente, acianótico 
e anictérico. Exame neurológico sem alterações significativas. Ao exame: PA = 120 x 70mmHg; FC = 80bpm; FR = 20irpm; Tax = 
36,5º; SpO2 = 97% em ar ambiente; Afebril; ritmo cardíaco regular em 2 tempos, sem sopros; MV universalmente audível, com 
estertores crepitantes bibasais; abdome doloroso em hipogástrio, com massa dolorosa palpável nessa localização; edema de 
membros inferiores +/4+, com cacifo, simétrico. AVALIE o caso, considerando o diagnóstico, etiologia e conduta. 
A hipótese diagnóstica é delirium, possivelmente por infecção (ITU ou pneumonia), pelo quadro agudo. Além disso, cabe 
investigação para osteoporose (queda da própria altura, idade, lombalgia, que também podem integrar o quadro de ITU). A 
conduta consiste em solicitar DMO da coluna, EAS + urocultura, readequação ambiental para diminuir risco de quedas, orientar 
higiene do sono e situar paciente no tempo e espaço (janelas, fototerapia, calendário, contato familiar), solicitar raio-X de tórax, 
para investigação de síndrome respiratória aguda, tratar incontinência fecal com laxantes osmóticos e retirada manual por 
toque retal, adoção de dieta hipossódica e rica em fibras, aumentar consumo de água. Ademais, suspender codeína (opiode) 
para melhora do efeito colateral de constipação. 
 
Sr. Francisco, 73 anos, é independente para as AVDs básicas, instrumentais e avançadas. O Paciente nega alterações cognitivas, 
do humor, da mobilidade (alcance/preensão e pinça, marcha/postura/transferência, capacidade aeróbia/muscular e continência 
esfincteriana) e comunicação (visão, audição e fala/voz). Relata ganho de peso, adinamia, fadiga e dificuldade para manter 
ereção, com piora progressiva da atividade sexual nos últimos 12 meses. Além disso, a esposa do paciente refere que ele não 
“gosta” de ir ao médico, mas está com roncos freqüentes, com períodos de “sufocamento” durante todas as noites. Nega uso 
de medicamentos ou antecedentes mórbidos conhecidos. Resultados de Exames: Glicemia de jejum: 210 mg/ml; HbA1c: 8,6; 
Creatinina: 0,86 mg/dL; Ureia: 45mg/dL; Triglicerídeos: 723 mg/dL; LDL-c 125 mg/dL; HDL-c 27; TSH: 6,6 (VR=0,4-6 μUI/mL): 
Vitamina B12 = 753 pg/mL; Testosterona 243 (VR=300-1000 ng/dL). Ao exame físico, foram observados: índice de massa corporal 
(IMC) = 36,7kg/m2; circunferência de panturrilha = 40 cm; circunferência de cintura = 128cm; velocidade da marcha: 1,2m/s. 
AVALIE o caso, considerando os diagnósticos e condutas. O paciente apresenta como hipóteses diagnósticas: disfunção erétil, 
diabetes, hipertireoidismo, hipertrigliceridemia, hipervitaminose de B12, SAOS, hipogadismo e obesidade (IMC e circunferência 
além dos valores normais). Nesse sentido, cabe ao profissional indagar sobre sintomas como poliúria, polidipsia e polaciúria 
(investigar DM), orientar o tratamento conjunto da hipertrigliceridemia e diabetes (mudança do hábito alimentar para dieta 
DASH, dieta hipolipídica, com alimentos ricos em ômega, fibras e fitoesterois), cessar tabagismo ou etilismo caso presentes, 
prescrever fibrato (a exemplo do ciprofibrato), iniciar TR de testosterona (solicitar LH e FSH), avaliar e iniciar terapêutica para 
hipertireoidismo, indicar prática regular de exercícios anaeróbicos e de esforço, calcular risco cardiovascular e avaliar prevenção 
primária com AAS, prescrever sildenafila, solicitar EAS, terapia psicossocial e solicitar polissonografia para avaliar uso de CPAP. 
 
Faça a correlação entre a situação clínica e a conduta recomendada. Situação clínica: pacientes idosos, com quadro de deficit 
cognitivo. 1. Primeiro paciente: evolução de 1 ano, apresentando Atividades de Vida Diárias (AVDs) anormais e exame de mini 
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exame do estado mental (mini mental) 12, para escolaridade de 8 anos. HPP: sem doenças prévias e em uso de ginkgo biloba 
há 3 meses, indicado por um médico do serviço básico de saúde. Exames laboratoriais e TC de crânio normais; 2. Segundo 
paciente: evolução de 9 meses, apresentando AVDs anormais e exame de mini mental 28, para escolaridade de 8 anos. 
Apresenta-se com labilidade emocional e anedonia. Exames laboratoriais e TC de crânio normais; 3. Terceiro paciente: evolução 
de 10 dias, com deficit de atenção, desorientação importante, alteração do ciclo sono vigília. AVDs anormais. Foi impossível 
aplicar o mini mental devido ao deficit de atenção. Exames laboratoriais: hemograma: Hb = 14 VCM = 87, leucócitos = 12.000, 
plaquetas = 250.000, urina tipo1 pH = 7.0, densidade = 1026, leucócitos = 500.000, hemácias = 15.000, bacteriúria intensa; 4. 
Quarto paciente: evolução de 9 meses, após uso de benzodiazepínico devido à insônia, apresentando AVDs normais e mini 
mental 26, para escolaridade de 8 anos. Exames laboratoriais e TC de crânio normais. Condutas recomendadas: a. Suspender o 
medicamento em uso, devido ao deficit cognitivo; b. Tratar especificamente a causa desencadeante, por se tratar de um quadro 
de delirium; c. Iniciar com anticolinesterásico, devido ao quadro sugestivo de Alzheimer; d. Iniciar o tratamento com citalopram, 
devido ao quadro sugestivo de depressão. Assinale a alternativa que apresenta as correlações CORRETAS: A velocidade de 
evolução do comprometimento cognitivo é fundamental no diagnóstico diferencial das demências. ASSOCIAÇÃO 1: (C). 
Paciente com comprometimento cognitivo importante (MiniMental < 19) e perda de funcionalidade com evolução lenta. TC 
normal exclui causas secundárias. Logo, devemos pensar em DA para este paciente. ASSOCIAÇÃO 2: (D). Não há 
comprometimento aparente da cognição neste paciente, e sim um distúrbio de humor (labilidade emocional e anedonia). 
ASSOCIAÇÃO 3: (B). Alteração aguda no nível de consciência e atenção é sugestivo de delirium. ASSOCIAÇÃO 4: (A). 
Benzodiazepínicos levam a comprometimento da cognição, devendo ser. suspenso neste paciente. 
Iatrogenia 
As alterações apresentadas pela paciente é devido a uma iatrogenia medicamentosa, fazendo o uso de 5 medicamentos, o que 
é muito perigoso, pois esses medicamentos pode interagir entre si e gerar diversos efeitos colaterais e pra piorar, um desses 
medicamentos é um benzodiazepínico, que gera muitos efeitos colaterais nos idosos devido a sua lipo afinidade. 
Medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) são definidos como “medicamentos cujo uso deve ser evitado em idosos, 
uma vez que possuem um risco elevado de reações adversas para essa população, evidência insuficiente de benefícios e sendo 
que há uma alternativa terapêutica mais segura e tão ou mais eficaz disponível”. 
Estudos mostram que os medicamentos inapropriados mais prescritos são os benzodiazepínicos de meia-vida longa e os anti-
histamínicos que, por provoca rem sedação prolongada, aumentam o risco de quedas e fraturas, e os antidepressivos tricíclicos 
que, por terem propriedades anticolinérgicas, podem agravar quadros de constipação intestinal e retenção urinária em idosos, 
prejudicando assim a qualidade de vida. 
Os levantamentos estatísticos mostram atualmente que os danos causados pela iatrogenia são alarmantes, frutos do 
sobrediagnósticoe sobretratamento. Com base no “primum non nocere” hipocrático surgiram vários movimentos alertando 
sobre os excessos de intervenções. Entre esses, ChoosenWisely, Slow Medicine, RightCare Alliance e, especialmente, a 
Prevenção Quaternária, que pode ser conceituada como ação para; (GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, José M. C. Tratado de 
Medicina de Família e Comunidade – Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2012, Pg: Páginas 208): identificar 
paciente ou população em risco de super medicalização, para protegê-los de uma intervenção médica invasiva e sugerir 
procedimentos científica e eticamente aceitáveis. 
Os benzodiazepínicos pertencem a uma variedade de substâncias que tem a capacidade de deprimir o Sistema Nervoso Central 
(SNC), provocando calma ou sedação (sonolência). Os Benzodiazepínicos (BDZs) são sendo classificados como sedativo 
hipnóticos. Os benzodiazepínicos e barbitúricos são as classes que mais se destacam entre os ansiolíticos, sendo os BDZs 
primeira escolha para o tratamento dos estados de ansiedade e insônia por possuírem baixo índice de intoxicação quando 
comparados com os barbitúricos e elevado índice terapêutico. Os protótipos são o diazepam e o clordiazepóxido, mas a classe 
é representada também pelos seguintes fármacos: Alprazolam, Clonazepam, Oxazepam, Triazolam, Flurazepam e Lorazepam. 
São considerados fármacos de primeira escolha no tratamento da ansiedade, podem ser úteis como miorrelaxantes, 
anticonvulsivantes, pré anestésicos e anestésicos propriamente ditos, porém a escolha dos diferentes benzodiazepínicos 
disponíveis deve ser feita após o diagnóstico do transtorno, assim como após a avaliação das condições físicas do paciente. Os 
benzodiazepínicos atuam potencializando a ação inibitória do neurotransmissor Ácido Gama Aminobutírico (GABA). Seus alvos 
são os receptores do ácido γaminobutírico tipo A GABAA, que é o principal neurotransmissor inibitório no sistema nervoso 
central, esses receptores do GABA A são compostos de uma combinação, no somatório de cinco subunidades α, β e γ inseridas 
na membrana pós sináptica. Os BDZs apresentam variações em sua farmacocinética, desde a absorção até sua excreção, mas 
em aspectos generalizados todos são rapidamente absorvidos, independente da via de administração, por conta da sua alta 
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lipossolubilidade, que é uma característica que confere ainda extensa distribuição pelos tecidos, em sua maioria assim como 
seus metabólitos possuem alta ligação à proteínas, e apresentam fácil travessia pela barreira hematoencefálica, além disso, eles 
ainda ultrapassam a barreira placentária e são excretados no leite materno, portando as mulheres que necessitarem utilizar o 
fármaco durante período de amamentação deve ter seus filhos observados quanto a possíveis efeitos colaterais . 
A população idosa constitui grupo de risco para a ocorrência de interações medicamentosas e eventos adversos. Alternativa A: 
INCORRETA. A prescrição medicamentosa deve considerar os riscos de complicações. Alternativa B: CORRETA. Em idosos há 
alterações na depuração renal dos fármacos devido à redução do fluxo plasmático renal e da taxa de filtração glomerular 
próprias do envelhecimento. Alternativa C: INCORRETA. Em idosos ocorre diminuição da porcentagem total de água e 
consequente redução do volume de distribuição dos medicamentos hidrofílicos. Alternativa D: INCORRETA. A adesão 
medicamentosa é um problema frequente em idosos. Os motivos são muitos, incluindo polifarmácia, déficit cognitivo, suporte 
social insuficiente, etc. 
O cuidado médico se baseia em um imperativo terapêutico: diagnosticar a doença e oferecer tratamentos farmacológicos ou 
alternativos. Apesar da idade avançada ser um fator de risco para comorbidades, uma pessoa jovem com múltiplas doenças 
também pode sofrer com os efeitos prejudiciais da polifarmácia. Neste sentido o desafio na atualidade é compreender a 
polifarmácia em suas origens e desencadeantes ao nível da população, das políticas públicas e dos profissionais e, 
consequentemente, desenvolver uma abordagem minimamente disruptiva para o cuidado clínico da pessoa enferma. Sobre a 
conduta em polifarmácia na atenção básica, analise as afirmativas abaixo. II. Dentre as abordagens para a polifarmácia, está o 
uso de lista de “fármacos a serem evitados”, como a lista Beers, os critérios McLeod e o IPET, mas há limitações para essa 
abordagem, pois essas listas são derivadas de consensos e a inclusão e exclusão de determinados fármacos pode ser um pouco 
ad hoc.; III. Existe boas evidências a partir de vários ensaios clínicos sobre melhores desfechos de saúde quando se considera a 
abordagem para a redução de medicamentos no manejo da polifarmácia.; IV. O imperativo comercial das companhias 
farmacêuticas em maximizar os lucros oferecendo mais fármacos para mais pessoas, acaba por expandir a definição de doença 
para aqueles que se sentem bem, contribuindo para elevar a carga de medicamentos entre idosos e de modo crescente em 
outras faixas etárias. 
Nos idosos, os benzodiazepínicos que passam por reações de fase I (principalmente oxidativas) têm uma meia vida prolongada. 
A alternativa 1 está incorreta, visto que a administração é por via oral. A alternativa 2 está incorreta, visto que o alprazolam, o 
clordiazepóxido e o lorazepam possuem velocidades intermediárias de absorção. A alternativa 3 está falsa, visto que os 
benzodiazepínicos atuam potencializando a ação inibitória do neurotransmissor Ácido Gama Aminobutírico (GABA). Seus alvos 
são os receptores do ácido γaminobutírico tipo A GABAA, que é o principal neurotransmissor inibitório no sistema nervoso 
central, esses receptores do GABA A são compostos de uma combinação, no somatório de cinco subunidades α, β e γ inseridas 
na membrana pós sináptica. O complexo formado entre o GABA e o seu receptor (GABAR) abre o canal de cloreto, aumentando 
sua condução intracelular e afetando a membrana do neurônio, despolarizando-a, os receptores do GABA são mantidos em 
estado de baixa afinidade pela ação de um peptídeo endógeno modulador (GABAmodulina). A alternativa 4 está incorreta, 
visto que não o diazepam não tem boa absorção por via intramuscular, mas sim pela vida de administração oral. 
“Em países mais ricos, o uso excessivo de medicamentos é a maior ameaça à saúde das populações mais idosas com morbidade 
crescente - provavelmente mais ameaçador do que as doenças para as quais os fármacos são prescritos. Além disso, consumo 
excessivo de medicamentos, em especial os preventivos, também é um poderoso gerador de desigualdades na saúde global, 
havendo muito mais recursos para o desenvolvimento e venda de medicamentos aos ricos e saudáveis do que aos pobres e 
doentes. Isso também representa uma ameaça à igualdade dentro dos países, pois a comorbidade e, assim, a vulnerabilidade 
aos efeitos prejudiciais da polifarmácia são mais comuns em grupos de menor poder socioeconômico. ” (MANGIN, D.; HEATH, 
I. Polifarmácia. In: GUSSO, G.; LOPES, J.M.C. (org). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. 
Porto Alegre: Artmed, 2012; página 198). Neste contexto, é importante a habilidade de desprescrição, visando à suspensão 
ativa de medicamentos desnecessários. Considerando as evidências para tal, assinale quais são as alternativas verdadeiras 
dentre as afirmações abaixo: I) A desprescrição de medicamentos em idosos frágeis está associada a melhora na qualidade de 
vida, porém também a aumento de mortalidade.; II) São raros os efeitos adversos da suspensão do uso de diuréticos em 
pacientes idosos, exceto naqueles portadores de insuficiência cardíaca.; III) A suspensão do uso de sedativos, antidepressivos, 
inibidores de colinesterase e antipsicóticos tende a reduzir o risco de quedas e melhorar a função cognitiva de pacientes idosos.; 
IV) Dada a magnitude

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