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Copyright © 2020 de Mapas Concursos Todos os direitos reservados. Este ebook ou qualquer parte dele não pode ser reproduzido ou usado de forma alguma sem autorização expressa, por escrito, do autor ou editor, exceto pelo uso de citações breves em uma resenha do ebook. Edição: Junho de 2021. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 2 Cardápio 1 Inquérito Policial ................................................................................................. 3 1.1 Noções Gerais ................................................................................................... 3 1.2 Notícia-crime e instauração ................................................................................... 4 1.3 Desenvolvimento: diligências e providências ............................................................... 5 1.4 Encerramento do Inquérito Policial .......................................................................... 6 2 Procedimentos Alternativos de Investigação Criminal .................................................... 7 2.1 Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO ............................................................... 7 3 Ação Penal ......................................................................................................... 9 3.1 Noções Gerais ................................................................................................... 9 3.2 Condições para o Exercício da Ação Penal ................................................................. 10 4 Da Competência ................................................................................................. 11 4.1 Competência em matéria penal ............................................................................. 11 5 Da Prisão e da liberdade provisória ......................................................................... 12 5.1 Da Prisão em Flagrante ....................................................................................... 12 5.2 Da Prisão Preventiva .......................................................................................... 15 5.3 Da Prisão Temporária ......................................................................................... 16 5.4 Prisão domiciliar ............................................................................................... 16 6 Das Provas ........................................................................................................ 17 6.1 Definição, contextualização, objetivos e normatividade fundamental ............................... 17 6.2 Prova pericial e exame de corpo de delito ................................................................ 17 6.3 Prova Testemunhal ............................................................................................ 21 6.4 Busca e apreensão ............................................................................................. 21 6.5 Meios probatórios excepcionais .............................................................................. 23 7 O juiz, do ministério público, do acusado e defensor, dos assistentes e auxiliares da justiça 24 8 Procedimento Penal ............................................................................................ 25 8.1 Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais – JECRIM .................................................................................................................... 25 8.2 Procedimento especial dos crimes praticados por servidores públicos contra a administração em geral .................................................................................................................... 25 L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 3 1 Inquérito Policial 1.1 Noções Gerais Art. 4º, Parágrafo único, CPP - A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. Segundo doutrina amplamente difundida, inquérito policial é o procedimento administrativo presidido pelo delegado de polícia , inquisitorial, informativo, dispensável e preparatório. É preparatório porque dá base para o início da ação penal (não obrigatoriamente) e constitui uma fase pré-processual penal. É um procedimento administrativo efetuado no âmbito da polícia judiciária, com fim de reunir elementos probatórios mínimos de autoria e materialidade, visando fornecer justa causa ao titular da ação penal. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 4 Em outras palavras, o inquérito policial é um procedimento administrativo efetivado no âmbito da polícia judiciaria com fim de reunir elementos probatórios mínimos de autoria e materialidade visando fornecer justa causa ao titular da ação penal. Dica: O CESPE adora substituir o termo procedimento por processo! A questão estará errada. 1.2 Notícia-crime e instauração CPP Art. 5 Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público , ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. CPP Art. 5º § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação NÃO poderá sem ela ser iniciado. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 5 CPP Art. 5 §5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha a qualidade para intentá-la. O requerimento para que se proceda o início da ação penal não exige grandes formalidades, sendo necessário que sejam fornecidos elementos indispensáveis para que o inquérito policial seja instaurado. Quando encerrado o inquérito policial os autos serão entregues ao requerente, ou serão remetidos ao juiz competente, onde aguardará a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal. CPP Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI). 1.3 Desenvolvimento: diligências e providências CPP Art. 7. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. CPP Art.10, § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente . CPP Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 6 1.4 Encerramento do Inquérito Policial CPP, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto , mediante fiança ou sem ela. Resumo: Se preso, 10 dias(improrrogável). Se solto, 30 dias (prorrogação múltiplas). Importante! Lei de drogas: 30 dias réu preso - 90 dias réu solto, ambos prorrogáveis por igual período. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 7 2 Procedimentos Alternativos de Investigação Criminal 2.1 Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO O procedimento básico para quando há o cometimento de um crime é a abertura do Inquérito Policial . Porém, quando tratamos de crimes de Menor Potencial Ofensivo (contravenções e penas máximas de até 2 anos) é feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência que substitui o inquérito policial. Quando tratamos de inquérito policial temos diversas formas de abertura desse procedimento administrativo: Ofício pelo Delegado , por Requisição do Juiz ou MP , por representação da vítima ou do ofendido e por último, pela prisão em flagrante do acusado . Porém, o auto de prisão em flagrante é um meio pelo qual o inquérito policial vai ser aberto. E como em crimes de menor potencial ofensivo não há inquérito policial, então também não haverá auto de prisão em flagrante. Lei 9.099/95: Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima , providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 8 L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 9 3 Ação Penal 3.1 Noções Gerais Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público , nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 10 3.2 Condições para o Exercício da Ação Penal Justa Causa - Lastro probatório mínimo que permite uma acusação formal. Tendo em vista que a simples instauração de um processo penal já atinge o chamado status dignitatis do imputado, não se pode admitir a instauração de processos levianos, temerários, desprovidos de um mínimo de elementos de informação, provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis, que dê arrimo à acusação. Em suma, é prova da existência do crime e indícios de autoria. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 11 4 Da Competência 4.1 Competência em matéria penal CPP Art. 83 Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 12 5 Da Prisão e da liberdade provisória 5.1 Da Prisão em Flagrante Prisão em flagrante é a modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa, realizada no instante em que se desenvolve ou termina de concluir a infração penal A palavra “ flagrante” deriva do latim “flagrare” e significa “queima, ardência”. Extrai-se disso que se encontra em flagrante quem está cometendo o crime, ou acabou de cometer. Trata-se de uma medida cautelar que independe de mandado judicial por expressa previsão constitucional. OBJETIVOS: • Não permitir a consumação do crime; • Assegurar o cumprimento da persecução criminal; • Não permitir que o criminoso fuja. CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio) II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio) III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante impróprio) IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante presumido ou ficto) DICA: LOGO APÓS => FLAGRANTE IMPRÓPRIO (Vogal com Vogal) LOGO DEPOIS => FLAGRANTE PRESUMIDO (Consoante com consoante) L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 13 Flagrante Próprio I - Está cometendo --> Certeza visual do crime II - Acabou de cometer --> Certeza visual do crime Flagrante Impróprio / Quase Flagrante III - Logo Após + perseguido --> Perseguição Ininterrupta Flagrante Presumido / Ficto IV - Logo Depois + instrumentos (armas, objetos) Independentemente da modalidade de flagrante, é tudo flagrante. Sendo assim, caberá a entrada forçada, mesmo sem mandado judicial e ainda durante a noite conforme previsão constitucional no Art. 5º, XI: "a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial" L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 14 Súmula 145 STF: " Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação." CPP Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. NÃO SE TRATA DE UMA FACULDADE E SIM DE UMA OBRIGAÇÃO L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 15 CPP Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a esta cópia do termo e recibo deentrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. A ordem que será realizado o procedimento. 1º. será o condutor que levou até a autoridade policial; 2º. será as testemunhas; 3º. será a vítima; 4º. por último a ser ouvido será o acusado. 5.2 Da Prisão Preventiva A prisão preventiva não segue prazo certo e determinado, sendo cabível em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva a requerimento do MP , do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial . De acordo com a Lei 13.964/19 (pacote anticrime) o juiz não atua mais de ofício. CPP Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova de existência do crime e indícios suficientes da autoria. CPP Art. 312 Será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (...) L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 16 LEI 7.960 - Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. Todavia, em se tratando de tráfico de drogas , terrorismo , tortura e hediondos (3TH), o prazo da prisão temporária será de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período. 5.3 Da Prisão Temporária A PRISÃO TEMPORÁRIA será decretada pelo Juiz , em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público , e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade; Decretada a PRISÃO TEMPORÁRIA, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. Lei 7.960/89 - Art. 2° § 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial. 5.4 Prisão domiciliar Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 17 6 Das Provas 6.1 Definição, contextualização, objetivos e normatividade fundamental É ilícita a prova colhida mediante acesso aos dados armazenados no aparelho celular, relativos a mensagens de texto, SMS, conversas por meio de aplicativos (WhatsApp), e obtida diretamente pela polícia, sem prévia autorização judicial. Atenção: Polícia acessa o WhatsApp do investigado sem autorização judicial: PROVA ILÍCITA (STJ RHC 67.379). Polícia, com autorização de busca e apreensão, apreende celular do investigado. Em seguida, sem nova autorização judicial, acessa o WhatsApp: PROVA VÁLIDA (RHC 77.232). Polícia acessa o WhatsApp da vítima morta, com autorização do cônjuge do falecido, mas sem autorização judicial: PROVA VÁLIDA (STJ RHC 86.076). 6.2 Prova pericial e exame de corpo de delito Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação , ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 18 As provas cautelares são aquelas em que há um risco de desaparecer com o tempo . Depende de autorização judicial , mas tem seu contraditório postergado/diferido (ocorre após o momento da produção). Ex.: Interceptações telefônicas. As provas não repetíveis são aquelas que quando produzidas não tem como serem produzidas novamente, o exemplo mais citado é o exame de corpo de delito , não dependem de autorização judicial e seu contraditório também é diferido. As provas antecipadas possuem contraditório real, exemplo clássico da testemunha que está no hospital em fase terminal, nesse caso, depende de autorização judicial . Sua colheita é feita em momento processual distinto daquele legalmente previsto ou antes do início do processo, devido sua urgência e relevância, por isso a classificação. DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri- lo a confissão do acusado. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: I - violência doméstica e familiar contra mulher; II - violência contra criança , adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 19 Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos , além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 20 Art. 180. Se houver divergência entre os peritos , serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro ; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos . L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 21 6.3 Prova Testemunhal A acareação é o chamado “colocar frente a frente” duas pessoas que prestaram informações divergentes. Fundamenta-se no constrangimento, ou seja, busca-se que o “mentiroso” se retrate da informação errada que forneceu. Durante o processo: CPP Art. 229 A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação. Fase investigatória: CPP Art. 6 Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal,a autoridade policial deverá: VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações. 6.4 Busca e apreensão L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 22 A apreensão do celular não é ilegal nem muito menos viola o sigilo das comunicações, porém para que a autoridade policial tenha acesso às conversas do celular é necessária autorização judicial. Apreensão do celular - Independe de autorização judicial Acesso aos dados do celular - Depende de autorização Judicial Prova ilícita: Polícia acessa o WhatsApp do investigado sem autorização judicial ou do réu, mesmo que preso em flagrante Prova lícita: Polícia, com autorização de busca e apreensão, apreende celular do investigado. Em seguida, mesmo sem nova autorização judicial, acessa o WhatsApp Polícia acessa o WhatsApp da vítima morta, com autorização do cônjuge do falecido, mas sem autorização judicial Polícia acessa o WhatsApp do investigado com autorização voluntária e consciente do acusado L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 23 6.5 Meios probatórios excepcionais CPP Art. 240, §1º - Proceder-se-á à busca domiciliar , quando fundadas razões a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições , instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas , abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender pessoas vítimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicção. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 24 7 O juiz, do ministério público, do acusado e defensor, dos assistentes e auxiliares da justiça Art. 8º Na audiência de custódia, a autoridade judicial entrevistará a pessoa presa em flagrante, devendo: I - esclarecer o que é a audiência de custódia, ressaltando as questões a serem analisadas pela autoridade judicial; II - assegurar que a pessoa presa não esteja algemada, salvo em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, devendo a excepcionalidade ser justificada por escrito; III - dar ciência sobre seu direito de permanecer em silêncio; IV - questionar se lhe foi dada ciência e efetiva oportunidade de exercício dos direitos constitucionais inerentes à sua condição, particularmente o direito de consultar-se com advogado ou defensor público, o de ser atendido por médico e o de comunicar-se com seus familiares; V - indagar sobre as circunstâncias de sua prisão ou apreensão; VI - perguntar sobre o tratamento recebido em todos os locais por onde passou antes da apresentação à audiência, questionando sobre a ocorrência de tortura e maus tratos e adotando as providências cabíveis; VII - verificar se houve a realização de exame de corpo de delito, determinando sua realização nos casos em que: a) não tiver sido realizado; b) os registros se mostrarem insuficientes; c) a alegação de tortura e maus tratos referir-se a momento posterior ao exame realizado; d) o exame tiver sido realizado na presença de agente policial, observando-se a Recomendação CNJ 49/2014 quanto à formulação de quesitos ao perito; VIII - abster-se de formular perguntas com finalidade de produzir prova para a investigação ou ação penal relativas aos fatos objeto do auto de prisão em flagrante; IX - adotar as providências a seu cargo para sanar possíveis irregularidades; X - averiguar, por perguntas e visualmente, hipóteses de gravidez, existência de filhos ou dependentes sob cuidados da pessoa presa em flagrante delito, histórico de doença grave, incluídos os transtornos mentais e a dependência química, para analisar o cabimento de encaminhamento assistencial e da concessão da liberdade provisória, sem ou com a imposição de medida cautelar. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 25 8 Procedimento Penal 8.1 Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais – JECRIM Lei 9.099 - Art. 33, Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. Características do procedimento sumaríssimo: 9.099/95 - Art. 2º, (oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.) “As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. ” 8.2 Procedimento especial dos crimes praticados por servidores públicos contra a administração em geral Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e julgamento competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas." Segundo o art. 516 do CPP, “o juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação”. Não rejeitando a denúncia ou queixa, o juiz mandará notificar o acusado para que este ofereça defesa preliminar no prazo de 15 dias. O juiz não se convencendo da inexistência de crime ou da improcedência da ação mandará citar o réu, correndo pelas regras do rito ordinário. L ic en se d t o N ilt o A lv es M ar q u es N et o - n ilt o n et o 12 3@ g m ai l.c o m - 0 61 .0 43 .1 01 -3 3 https://www.instagram.com/mapas.concursos/ 1 Inquérito Policial 1.1 Noções Gerais 1.2 Notícia-crime e instauração 1.3 Desenvolvimento: diligências e providências 1.4 Encerramento do Inquérito Policial 2 Procedimentos Alternativos de Investigação Criminal 2.1 Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO 3 Ação Penal 3.1 Noções Gerais 3.2 Condições para o Exercício da Ação Penal 4 Da Competência 4.1 Competência em matéria penal 5 Da Prisão e da liberdade provisória 5.1 Da Prisão em Flagrante 5.2 Da Prisão Preventiva 5.3 Da Prisão Temporária 5.4 Prisão domiciliar 6 Das Provas 6.1 Definição, contextualização, objetivos e normatividade fundamental 6.2 Prova pericial e exame de corpo de delito 6.3 Prova Testemunhal 6.4 Busca e apreensão 6.5 Meios probatórios excepcionais 7 O juiz, do ministério público, do acusado e defensor, dos assistentes e auxiliares da justiça 8 Procedimento Penal 8.1 Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais – JECRIM 8.2 Procedimento especial dos crimes praticados por servidores públicos contra a administração em geral
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